BARRETOS EM 3ª PESSOA
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.
Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
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ANA CLÁUDIA ÁVILA MADER
projeção internacional na Arte e na Cultura.
Hoje, todos os direitos autorais de suas obras teatrais e de teledramaturgia
estão sob a posse da Rede Globo de Televisão.
JORGE ANDRADE: o homem que criava ouvindo óperas italianas; o pai, extremamente
protetor, que levava os filhos no domingo de manhã na ma tinê
do “Cine Metro”, em São Paulo, para assistirem Tom e Jerry; que amava criar
na sua máquina de datilografar, fumando de piteira e tomando sua dose de
uísque; que amava restaurante italiano e assistir aos jogos de futebol no Pacaembu;
que trabalhava em seu escritório, em um porão, com uma escadaria
repleta de fotos de suas montagens teatrais; que levava o sobrinho Guilherme
para assistir suas aulas na Escola Vocacional em Barretos, quando trabalhava
como professor; que recebia amigos quando morava em sua fazenda, a
“São Luís dos Coqueiros”, em Jaborandi.
Que se foi em 13/03/1984, levando consigo o sonho de escrever sua
última peça teatral: “As Moças da Rua 14”. Sim, a nossa Rua 14, via tradicional e
diferenciada em nossa Barretos, onde suas irmãs, filhas, sobrinhas e primas
viveram, por muito tempo, sonhos e emoções; emoções essas que ele queria,
ah, como queria, retratar em sua última obra.
“Meu mundo, pelo qual sempre lutei, sempre foi o tema principal de tudo que escrevo.
Se não conseguia viver nele nem aceitar seus valores, vivi através das obras escritas, recriando
aqueles valores literariamente. E, é, sendo o que sou como dramaturgo, que provo ter sempre
pertencido a este mundo, como continuo pertencendo artisticamente” (Jorge Andrade).
Ana Cláudia Ávila Mader é atriz, roteirista, diretora e
professora de Teatro e Cinema do “Studio Claudia Ávila de Atores”.
Já produziu, com seus mais de 600 alunos, cerca de 20 peças
teatrais e 25 curtas-metragens ao longo dos
30 anos de carreira, completados em 2020.
Trabalhou no cinema e na televisão brasileira.
Membro da ABC, cadeira 37, do patrono Luiz Carlos Arutim