Jorge Andrade:Cultura, família e históriaem suas obrasAna Cláudia Ávila MaderFJorge Andrade em sua casa em São Paulo, onde criava suas obras.Fonte: Blog do Nilson Xavier – Canal Vivaalar de Jorge Andrade é mais do que falar de um profissional, de umdramaturgo, de um ícone cultural da cidade de Barretos; é falar também deum homem que, através de sua obra, impactou a minha vida e de muitaspessoas.Sua referência moldou minha história em duas fases: a primeira, profissionalmente,quando conheci seu trabalho através da obra “Vereda da Salva-
JORGE ANDRADE: CULTURA, FAMÍLIA E HISTÓRIA EM SUAS OBRAS 47ção”, em 1991, e decidi que era exatamente isso o que eu buscava: a artedramática; e, a segunda, afetivamente, quando 17 anos depois, também atravésde sua obra, conheci seu sobrinho Guilherme, o homem por quem meapaixonei, casei e vivi uma linda história de amor.Aluisio Jorge Andrade Franco, nasceu em Barretos, São Paulo, em21/05/1922. Filho do casal Ignácio de Lima Franco e Albertina de AndradeFranco, teve quatro irmãos: Aradir, Amélia, Ademar e a caçula Anna Luiza.Casou-se em 1956 com Helena de Almeida Prado, com quem teve três filhos:Gonçalo, Camila e Blandina.Jorge, desde criança, já demonstrava ser diferente do mundo que orodeava. A família pertencia à aristocracia da terra, mas Jorge não se consideravaum fazendeiro; talvez, como dizia em suas entrevistas:Posso ser um “fazendeiro do ar” na classificação de Carlos Drummond de Andrade.Os valores da época eram o cavalo, o cachorro e a caça, em um meioagreste. Era um mundo onde não se conhecia o rádio, a TV e muito menosa arte; nesse mundo, ele amava os livros, comovia-se com a música, criavaestórias e torcia pela caça.A “conscientização” de seu trabalho como dramaturgo veio quando foiassistir a montagem de “Anjos de Pedra”, de Tennessee Willians, no TBC/SP, em1950. Ele conheceu Cacilda Becker, que transformou seu destino, aconselhando-oa fazer a Escola de Arte Dramática – EAD, com a finalidade de escrever. Jáno primeiro ano, criou a obra teatral “O Telescópio”, descobrindo-se dramaturgo.Outro conselho essencial para sua escolha foi quando, em uma viagem aosEstados Unidos, conheceu o dramaturgo Arthur Miller, que lhe diz:Volte para seu país, Jorge, e procure descobrir porque os homens são o que são e não o quegostariam de ser, e escreva sobre a diferença.Sua primeira montagem profissional aconteceu em 1955, em São Paulo,no Teatro Maria DellaCosta: “A Moratória”, peça que teve Fernanda Montenegro noinício de sua carreira como atriz, com a direção de Giani Rato.Suas obras são de conteúdo denso, intenso, ousado, original. Este homemnão corria atrás do apelo popular mais fácil, de agradar por agradar:ele realmente respeitava a inteligência do público, instigando-o a refletir e acriar uma imagem própria.São obras de grandes cenários, movimentações complicadas e muitospersonagens. Mas se não fosse para escrever o que queria, não escrevia.Para ele, o teatro é onde o homem está sendo representado.Seus textos evidenciam famílias, culturas e história, como, por exemploem “A Moratória”, que enfoca a derrocada do café e o declínio de toda umaclasse patriarcal devido à crise de 1929.
- Page 4 and 5: A quem, pela graça da memória,tem
- Page 7 and 8: Fragmento de vista aérea de Barret
- Page 9 and 10: “Há que sereverenciar e defender
- Page 11: S U M Á R I OBezerrinha: setenta a
- Page 14 and 15: PrefácioÉ com euforia que anuncia
- Page 16 and 17: IntroduçãoEssa é uma obra sobre
- Page 18 and 19: 18INTRODUÇÃOdo-se em temas que v
- Page 20 and 21: 20INTRODUÇÃOdios, casas, templos,
- Page 22 and 23: 22INTRODUÇÃO
- Page 24 and 25: 24INTRODUÇÃO
- Page 26 and 27: 26INTRODUÇÃOVisita do Presidente
- Page 28 and 29: 28INTRODUÇÃOVisita do presidente
- Page 30 and 31: Nossa BibliotecaPública de Barreto
- Page 32 and 33: 32ADALGISA BORSATOEla me disse: “
- Page 34 and 35: 34ADALGISA BORSATOteatro adulto, co
- Page 36 and 37: Minha Barretos:O ser-tão profundoN
- Page 38 and 39: 38ADONIAS GARCIApessoas terem ideia
- Page 40 and 41: 40ADONIAS GARCIAmemória, já que,
- Page 42 and 43: FEBAM POAlciony MenegazBarretos: um
- Page 44 and 45: 44ALCIONY MENEGAZmento do nosso con
- Page 48 and 49: 48ANA CLÁUDIA ÁVILA MADEREm “Ve
- Page 50 and 51: 50ANA CLÁUDIA ÁVILA MADERprojeç
- Page 52 and 53: 52UMA LEMBRANÇA FELIZtradicional e
- Page 54 and 55: Ser criança em Barretosnos anos 80
- Page 56 and 57: 56AURIMAR DE FREITAS FIGUEIREDOFest
- Page 58 and 59: Dr. Osório Faleirosda RochaChamiss
- Page 60 and 61: 60CHAMISSI ZAUITH E MARIA EUGÊNIA
- Page 62 and 63: 62CHAMISSI ZAUITH E MARIA EUGÊNIA
- Page 64 and 65: 64PINCELADAS EM RECORTES: A PRIMEIR
- Page 66 and 67: 66PINCELADAS EM RECORTES: A PRIMEIR
- Page 68 and 69: 68SOCIEDADE BENEFICENTE E RECREATIV
- Page 70 and 71: 70SOCIEDADE BENEFICENTE E RECREATIV
- Page 72 and 73: 72SOCIEDADE BENEFICENTE E RECREATIV
- Page 74 and 75: 74OS ITALIANOS EM BARRETOSAs regiõ
- Page 76 and 77: 76OS ITALIANOS EM BARRETOSos sobren
- Page 78 and 79: 78RECINTO “PAULO DE LIMA CORRÊA
- Page 80 and 81: 80RECINTO “PAULO DE LIMA CORRÊA
- Page 82 and 83: 82RECINTO “PAULO DE LIMA CORRÊA
- Page 84 and 85: 84CEL. JOÃO CARLOS DE ALMEIDA PINT
- Page 86 and 87: 86CEL. JOÃO CARLOS DE ALMEIDA PINT
- Page 88 and 89: 88CEL. JOÃO CARLOS DE ALMEIDA PINT
- Page 90 and 91: 90LUIZ CARLOS ARUTIMposse como vere
- Page 92 and 93: 92LUIZ CARLOS ARUTIMComeu’; o lib
- Page 94 and 95: 94LUIZ CARLOS ARUTIM‘O Rei do Gad
- Page 96 and 97:
96NIDOVAL REIS E A DESTRUIÇÃO DO
- Page 98 and 99:
98NIDOVAL REIS E A DESTRUIÇÃO DO
- Page 100 and 101:
O bairro industrial doFrigorífico:
- Page 102 and 103:
102JOSÉ MESQUITAClube Social e Rec
- Page 104 and 105:
104JOSÉ MESQUITAO BAIRRO ATUALA pa
- Page 106 and 107:
106BEZERRINHA: 70 ANOSO filme, nunc
- Page 108 and 109:
108BEZERRINHA: 70 ANOSFrancisco de
- Page 110 and 111:
110BEZERRINHA: 70 ANOSvado pelo exc
- Page 112 and 113:
112ELAS, DE BARRETOS!historiográfi
- Page 114 and 115:
114ELAS, DE BARRETOS!Professora Pau
- Page 116 and 117:
Sobre uma Rocha criou-sea FEB, hoje
- Page 118 and 119:
118LUIZ ANTÔNIO BATISTA DA ROCHAPr
- Page 120 and 121:
A colônia japonesa e suaimportânc
- Page 122 and 123:
122LUIZ UMEKITAPraça Francisco Bar
- Page 124 and 125:
124LUIZ UMEKITAAcreditamos que, ass
- Page 126 and 127:
126A VENDA, OS PEÕES, A BOIADA E A
- Page 128 and 129:
128A VENDA, OS PEÕES, A BOIADA E A
- Page 130 and 131:
130FILETAGEM: A ARTE DOS CAMINHÕES
- Page 132 and 133:
132FILETAGEM: A ARTE DOS CAMINHÕES
- Page 134 and 135:
134ALGUNS APONTAMENTOS DE TRAJETÓR
- Page 136 and 137:
136ALGUNS APONTAMENTOS DE TRAJETÓR
- Page 138 and 139:
Verí, Verídica, Verdadeira:Veridi
- Page 140 and 141:
140MUSSA CALILtrecho do livro do pa
- Page 142 and 143:
Minha Barretos nos anos 60ONewton T
- Page 144 and 145:
144MINHA BARRETOS NOS ANOS 60Consis
- Page 146 and 147:
146MINHA BARRETOS NOS ANOS 60sentad
- Page 148 and 149:
148HISTÓRIAS (E NOVAS HISTÓRIAS)
- Page 150 and 151:
150HISTÓRIAS (E NOVAS HISTÓRIAS)
- Page 152 and 153:
FU T EBOL - MEMÓR IA 1965O emblem
- Page 154 and 155:
154PATRÍCIO AUGUSTO DOS SANTOS REI
- Page 156 and 157:
A classe operária em Barretos:Qalg
- Page 158 and 159:
158PRISCILA VENTURA TRUCULLO— pri
- Page 160 and 161:
160PRISCILA VENTURA TRUCULLO_______
- Page 162 and 163:
Museu Ruy Menezespor ele mesmoRaque
- Page 164 and 165:
164RAQUEL MILAGRES DE MATTOSInaugur
- Page 166 and 167:
Retalhos do passadoSada AliNParte d
- Page 168 and 169:
168SADA ALIdoente. Eram os tempos!Q
- Page 170 and 171:
170SADA ALIvirilhas, provocando lat
- Page 172 and 173:
172SE ESSAS PAREDES FALASSEM...que
- Page 174 and 175:
174SE ESSAS PAREDES FALASSEM...dand
- Page 176 and 177:
Silvestre de Lima: as multifacesdo
- Page 178 and 179:
178SUELI DE CÁSSIA TOSTA FERNANDES
- Page 180 and 181:
180SUELI DE CÁSSIA TOSTA FERNANDES
- Page 182 and 183:
182RESENHA DE UM IMIGRANTE LIBANÊS
- Page 184 and 185:
184RESENHA DE UM IMIGRANTE LIBANÊS
- Page 186 and 187:
Mais um pouco de História...
- Page 188 and 189:
188MAIS UM POUCO DE HISTÓRIAPor Ba
- Page 190 and 191:
190MAIS UM POUCO DE HISTÓRIAO Bras
- Page 192 and 193:
192MAIS UM POUCO DE HISTÓRIAA Band
- Page 194:
Prefixo Editorial: 66961Número ISB