BARRETOS EM 3ª PESSOA
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.
Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
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FEBAMPO 45
Nesta época, eu já estava morando em São Paulo, apresentando-me
na casa de shows O Beco, dirigido por Abelardo Figueiredo. Também já havia
gravado meu disco pela RCA Victor: “Isabela”, música vencedora do 2º FEBAMPO.
Minha irmã, Darkinha, Joana Darc Menegaz, brilhou neste FEBAMPO defendendo
a música “Gota de Orvalho”, de Cesar Menegaz e João Carlos de Oliveira
Jr. e recebeu o prêmio de “Melhor Intérprete” do festival.
Cesar, meu irmão, acordou de manhã, percebeu as gotas do orvalho
brilhando nas folhas de uma planta e sentiu no peito uma saudade imensa
de mim, sua companheira de palco que havia partido para a Capital. Segundo
ele, esse aperto doído fez com que brotasse a inspiração para compor “Gota de
Orvalho”. Quando ele me contou, fiquei muito emocionada!
Nesse IV FEBAMPO fui homenageada pelos organizadores do festival e
recebi um belíssimo troféu das mãos de João Monteiro de Barros Filho, meu
grande amigo, que muito me incentivou a continuar nesta carreira.
O FEBAMPO gerou uma ebulição cultural na cidade, incentivando e revelando
muitos artistas, muitos músicos que contribuíram para o sucesso, para
a beleza deste festival que ficará para sempre na história da cidade.
Posso citar alguns nomes que contribuíram para esse sucesso, revelados
pelo FEBAMPO como: Ajax Fininho, Marcelo Bezerra, João Carlos Soares de
Oliveira Jr., Gamela, que veio de Goiânia com um grupo para participar, Rosicris
Bitencourt, Alni Guimarães, meus irmãos Cesar Menegaz e Darkinha
(Joana Darc Menegaz), Toninho Gabalhero, de Bebedouro e tantos outros...
Para mim, representou um crescimento artístico muito grande, uma
oportunidade de mostrar meu talento, de confraternização com amigos compositores,
conhecendo melhor meus colegas.
Aqui, procurei expressar minhas lembranças, minhas vivências, de
acordo com o que trago na memória. São muitos anos passados, muitos arquivos
perdidos, mas o coração continua vibrando cada vez que vejo uma
foto, ouço uma das músicas, deparo-me com algum comentário sobre esse
fantástico FEBAMPO. Paulo Flosi, meu querido e reverenciado amigo: seu trabalho
e seu empenho ficarão para sempre gravados no coração de cada um
que vivenciou esta época maravilhosa. Você foi um desbravador, um entusiasta,
um realizador de sonhos.
Reverência também à imprensa, às rádios, aos
patrocinadores, à Prefeitura e à toda população barretense.
Alciony Menegaz é filha do Maestro Yolando Menegaz. Desde criança tem
sua vida dedicada às artes como cantora, pintora, apresentadora do programa de
TV “Música & Arte com Alciony Menegaz”, tendo, na escrita, crônicas e poemas
editados em 14 Antologias. É acadêmica honorária da ALAB, acadêmica da ALARP e
membro de vários grupos literários.