BARRETOS EM 3ª PESSOA
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.
Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
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FEBAM PO
Alciony Menegaz
B
arretos: uma cidade onde a arte sempre recebeu muito incentivo. Digo
isso por experiência própria, pois ainda criança já me apresentava na Rádio
Barretos PRJ-8, no programa infantil, e também em vários outros programas de
auditório, como em inúmeros eventos da cidade.
Depois, na adolescência e juventude, pude participar de grupos musicais
e de teatro, onde vi nascer inúmeros conjuntos musicais que faziam
nossa música ecoar.
No ano de 1968, em que o prefeito era João Batista da Rocha, um
jornalista tomou a frente na organização do Festival Barretense de Música Popular,
o chamado FEBAMPO. Antonio Paulo Flosi, o “Pinduca” como era carinhosamente
conhecido, tomou essa espetacular iniciativa que fez fervilhar o meio
musical da cidade.
Todos queriam mostrar seus trabalhos. Essa grande oportunidade encheu
os corações dos jovens de expectativas e de sonhos.
Fui procurada por uma compositora que vivia no Instituto dos Cegos, Vanda
Cesar, para interpretar sua canção. Seria acompanhada ao piano pela
linda pianista Regina Toller. Os ensaios começaram; foram muitas tardes na
casa da Regina e várias outras reuniões no Instituto dos Cegos.
O FEBAMPO aconteceu no Cine Centenário e, já na semifinal, era um sucesso.
Músicas muito boas, difícil escolha. Vários grupos acompanhavam os artistas;
dentre eles, o conjunto Night and Day.
“Tapera” destacou-se como uma das favoritas, assim como “Fim de Sonho”,
de Carlos Henrique Parise. Depois da semifinal, Carlos Henrique me procurou
e pediu para que eu defendesse sua música na final. Fui várias vezes à
sua casa para aprendê-la; ensaiamos bastante e também a defendi.
A música venceu o Festival e “Tapera” ficou em segundo lugar. Fui a
vencedora do prêmio de “Melhor Intérprete”.
As quatro primeiras colocadas foram gravadas em um compacto duplo,
pela gravadora RCS, de Barretos. Foram elas: