BARRETOS EM 3ª PESSOA
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.
Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
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KARLA ARMANI MEDEIROS 19
Compreendendo a diferença, o diálogo e a complementaridade entre
a História e a Memória, entende-se melhor o caminho deste livro. Nas
páginas seguintes, deparar-se-á o leitor com textos escritos sob olhares
da pesquisa histórica, assim como das lembranças vividas. É um diálogo
de narrativas sobre o passado. A maneira como cada autor escreve
sobre “ela” — Barretos — é íntima, particular e sem rótulos. Tempera-se
a memória da mesma maneira que se saboreia a História. Os perfis dos
autores são descritos por suas biografias curtas, assim como seus estilos
literários; são historiadores, pesquisadores, biógrafos, professores,
escritores, jornalistas, artistas ou simples amantes do passado citadino.
Os temas foram livremente escolhidos por cada escritor, conforme
suas afinidades, linhas de pesquisa ou lembranças. O interessante é que,
ao leitor atento, oferece-se a sensação de perpassar os diversos tempos
vividos em Barretos. O século XIX está tão presente quanto a memória
de quem vive hoje. É possível conhecer boa parte da história de Barretos
pela sensibilidade das linhas que aqui se sucedem. Página a página,
encontra-se novo recorte, personagem, cenário e espaço. E o mais importante:
tudo real. Nada fictício. Tudo ao alcance da realidade que se
permite a pesquisa da História e a capacidade da memória.
Desfile cívico na Praça Francisco Barreto, em frente ao antigo Paço Municipal. Nota-se a presença de
escolares (inclusive as alunas do Colégio Maria Auxiliadora), atiradores do Tiro de Guerra 512,
autoridades e populares, cujas memórias também são nosso patrimônio
(arquivo do Museu Histórico, Artístico e Folclórico “Ruy Menezes”)
Tanto quanto as pessoas são os espaços da cidade que essa obra
quer captar. As ruas, praças, igrejas, coretos, instituições, parques, pré-