BARRETOS EM 3ª PESSOA
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.
Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
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KARLA ARMANI MEDEIROS 17
Primeiro Paço Municipal de Barretos, inaugurado em 1907. Desde 1979, abriga o acervo do Museu
Histórico Artístico e Folclórico “Ruy Menezes”, tendo, desde 1994, como patrono, um dos jornalistas
que registrou nossas histórias e costumes (arquivo do Grêmio Literário e Recreativo de Barretos)
Por estes nomes, o passado da cidade foi contado pelo olhar memorialista,
isto é, narrado pelas experiências individuais de seus autores, que
mesclavam suas próprias memórias com dados de pesquisas coletados.
O memorialismo, quando estudado, afirma-se como uma produção literária
que descreve fatos, registra dados, edifica nomes, adjetiva personagens
e, por isso, cria memórias e tradições, contribuindo para o ensejo
da memória coletiva. Não são memórias soltas, e sim narrativas intencionais
e motivadoras sobre o passado. Deste modo, o memorialismo
é considerado uma fértil fonte histórica para a produção de trabalhos
acadêmicos sobre História e todos os ramos das Ciências Humanas. São
obras que precisam ser cuidadosamente arquivadas e utilizadas como
vestígios do passado, inclusive, por conta da grande quantidade de fontes
originais que se perdem ao longo do tempo.
Por outro lado, pesquisas históricas sobre Barretos cresceram nas
últimas décadas, resultando em livros, trabalhos científicos, artigos e teses
acadêmicas. Pelas perspectivas sociais, políticas, culturais e econômicas,
a cidade de Barretos tornou-se assunto destes trabalhos, desdobran-