BARRETOS EM 3ª PESSOA
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.
Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
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Histórias (e novas histórias)
da minha cidade
Nivaldo Gomes e Nivaldo Gomes Júnior
D
HISTÓRIAS DA MINHA CIDADE
epois de morar em Barretos por oito décadas, quero, neste artigo,
rememorar fatos que me identificaram com este povo hospitaleiro e idealista.
A história de nossa cidade já foi escrita com muita competência pelos
nossos ilustres historiadores. Porém, é sempre bom lembrar aqueles desbravadores,
mineiros de Caldas Velhas, das Minas Gerais, que para cá vieram
com seus familiares e aqui se instalaram, dando início a um vilarejo que
resultou nesta progressista cidade do norte paulista.
Francisco José Barreto — Chico Barreto — e Simão Antonio Marques — Librina —,
sempre serão lembrados como fundadores desta famosa cidade do interior
brasileiro.
Os fatos e acontecimentos a seguir narrados serão expostos de forma
espontânea, com variados assuntos e sem muito compromisso sequencial
entre um parágrafo e outro.
São registros das décadas de 40 e 50. Infância e juventude.
DÉCADA DE 40
Nesta primeira década, os meninos em idade escolar tinham como distração
divertimentos ao ar livre, como empinar papagaio, jogar pião, bolinhas
de gude e futebol. Também era costume juntar figurinhas. Nada que
ultrapassasse as 10 horas da noite. As meninas preferiam jogar amarelinha
e brincar com bonecas. Quanto ao futebol, os meninos jogavam a semana inteira.
Nos domingos aconteciam “as finais” no Largo da Feira – Mangueirão e Largo
da Feira. A criançada se alimentava muito com frutas, sem pagar: caju, manga,
jabuticaba, jatobá, melancia, goiaba...
No futebol profissional, três times representavam nossa cidade no
Campeonato Paulista: Barretos F.C., Motoristas e Fortaleza. Todos com suas divisões
de base (infantil, juvenil e aspirantes).