BARRETOS EM 3ª PESSOA
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.
Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
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MINHA BARRETOS NOS ANOS 60
sentadas e, depois, as dez finalistas no outro dia. Eu trabalhava no Banco Moreira
Salles, que depois virou Unibanco e, agora, é Itaú; um colega que tocava violão
falou que ia ter um festival de música. Eu falei vamos fazer uma música, eu faço a
letra. Sentei na máquina de escrever e a escrevi. Não deu certo para fazer
com esse colega. Fiquei com aquilo na cabeça e, mentalmente, fiz a melodia.
Fiquei sabendo que o conjunto Night and Day fazia arranjos e, também,
que havia um cantor que já ia defender uma outra música, o Carlos Fernandes.
Procurei o Carlos e ele concordou defender a minha música também e o Night
and Day fez um arranjo espetacular. Depois da triagem do Paulo Flosi, fomos
escolhidos entre as vinte que iriam para o Festival. Após a apresentação no
primeiro dia, foi classificada para as dez que iriam para a final.
Vários autores acostumados com festivais em Barretos participaram,
como o Juninho Soares, Parisi, Cesar Menegaz, Mau Mau, de Bebedouro, entre outros.
Uma das cantoras era Alciony Menegaz, que foi a vencedora do festival com a
música Isabela.
No júri, além das pessoas de Barretos, veio também o maestro Élcio
Alvares, que tinha uma orquestra muito conhecida na época. Ele elogiou minha
música, disse que tinha cheiro de sucesso. Pelo que me falaram sobre a
classificação geral, fiquei em sétimo lugar.
Foram momentos inesquecíveis no Festival e, para quem não era do
ramo, até que ficamos bem.
Posso ter esquecido alguma coisa, mas foi uma década interessante.
Chegou 1970. Mas, aí, é outra história...
Newton Teixeira da Silva é nascido em Jaú. Mora em Barretos
desde 1958. Casado, Técnico em Contabilidade, cursou Ciências Contábeis
(incompleto).
É aposentado pelo Banespa, membro da Academia Barretense de Cultura
(ABC), cadeira 16. É casado com Maria Teresa Dal Moro Teixeira da Silva