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BARRETOS EM 3ª PESSOA

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.

Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

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NEWTON TEIXEIRA DA SILVA 143

Uma semana antes da Festa, todas as noites, na praça em frente à

Cate dral, cada colônia apresentava uma dança típica de seu País. Em um

ano, o Grêmio Literário e Recreativo de Barretos ficou responsável por apresentar

uma dança dos Estados Unidos. A dança que estava na moda era o Twist, que

vinha de lá na voz do Chubby Checker. Como eu dançava, fui convidado para

fazer parte do grupo de dança e a apresentação foi muito bem, com cabelo

na testa e tudo.

Defronte ao recinto existia o campo de futebol do Barretos Futebol Clube,

que em 1959 fez a fusão com o outro time da rua 20, o Fortaleza Futebol Clube,

ficando somente o Barretos Esporte Clube, com o campo da rua 20. Quando o campo

da rua 32 foi desativado, os muros foram derrubados, deixando o terreno

livre. Pude desfrutar de jogar várias “peladas” no campo desativado.

Durante a Festa do Peão, os camelôs armavam suas barracas no local

do campo de futebol, numa desordem total. Como era época da guerra do

Vietnã, o local ficou conhecido como Vietnã, por causa da bagunça. A coisa foi

aumentando e o Vietnã se espalhou na avenida 23 até a rua 30. Nessa época,

eu morava em frente à Santa Casa.

Já rapaz, com os amigos frequentávamos o footing: a definição para essa

palavra seria: “um passeio de ida e volta, em trecho curto, de rapazes e garotas para verem o

sexo oposto ou iniciarem um namoro”.

De fato, na praça Francisco Barreto existia uma fonte luminosa redonda,

doada pela colônia japonesa, onde era realizado o footing redondo — sim, redondo,

porque também existia o footing quadrado, realizado no quarteirão da

avenida 19 entre as ruas 18 e 20.

Praça Francisco Barreto, com destaque à fonte luminosa doada pela colônia japonesa; um dos pontos de

encontro da juventude barretense nos anos 1960 (fonte: arquivo do Museu “Ruy Menezes”)

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