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BARRETOS EM 3ª PESSOA

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.

Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

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Minha Barretos nos anos 60

O

Newton Teixeira da Silva

riundo da cidade de São José do Rio Preto, aportei nesta Barretos nos

idos do ano de 1958, com dez anos de idade. Fui cursar o 4º ano primário no

1º Grupo Escolar, hoje EE Dr. Antônio Olympio, classe mista, cujo professor era o saudoso

professor José Expedito Marques. Modéstia à parte, formei-me em primeiro

lugar da classe, dividindo a honra com uma menina. Quando da entrega do

prêmio de melhor aluno, dividido por dois, tive aí, por parte do professor José

Expedito Marques, uma mostra de educação e respeito, quando ele entregou o

prêmio primeiro para a menina, dizendo primeiro as damas. O 4º ano de grupo

era feito concomitantemente, durante o ano, com um curso que se chamava

“admissão” que era ministrado por professoras independentes e você tinha

que ser aprovado, senão não ingressava na primeira série ginasial. Eu fiz a

admissão com a Dona Pequena, que morava em frente ao Grêmio Literário e Recreativo

de Barretos, na avenida 19 — a sala de aula ficava nos fundos da casa.

Morei na esquina da avenida 27 com a rua 28, em frente ao Colégio das

Freiras, somente para meninas. Nos anos 60, as meninas, todas uniformizadas,

atraíam a atenção dos jovens. Nessa época, ainda imberbe, via na saída

do colégio os paqueradores da época, que passavam para cima e para baixo

nas suas lambretas e vespas — que eram as motos da época — se mostrando

para as meninas.

Lembro que íamos onde hoje é a Região dos Lagos, para ver os peixes ornamentais,

onde os japoneses que cultivavam hortas criavam-nas nos laguinhos

das minas d’água. Aquela região era brejo.

Fui fazer o 1º ano ginasial no Ginásio Estadual Mario Vieira Marcondes, no ano

de sua inauguração. Escola que deixou muita saudade, pelo nível dos professores

que tinham amor à profissão e faziam questão de ensinar. Não vou

mencionar os nomes com receio de esquecer alguns.

A Festa do Peão de Boiadeiro, recém-criada em 1956, fazia suas programações

de montaria no Recinto Paulo de Lima Correia, durante o dia, e a noite apresentavam

grupos de danças folclóricas de todo o Brasil e também do exterior. A

juventude então se fantasiava de boiadeiro e curtia toda programação.

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