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BARRETOS EM 3ª PESSOA

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.

Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

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MICHELA SILVA 135

Capela de Nossa Senhora do Rosário. Fonte: Acervo

Museu Histórico Artístico e Folclórico Ruy Menezes

e da construção civil que partem do Nordeste brasileiro em busca de uma

vida com mais oportunidades.

Quando chegou à cidade, Adão de Carvalho prestava serviços de barbearia.

Residiu por muito tempo isolado, nas proximidades do centro da cidade.

Escritos de memorialistas e historiadores locais trazem a história de Adão de

Carvalho como a de um homem que batalhou muito para vencer as mazelas

do estereótipo do negro na sociedade: economizava até nas refeições para a

compra de livros — foi alfabetizado depois dos 40 anos de idade, no primeiro

Grupo Escolar, hoje Escola Estadual Dr. Antonio Olympio.

Além do racismo, das dificuldades financeiras, teve ainda de enfrentar,

diante de sua elevada idade aos estudos na época, o estudo primário em meio

às crianças — com muito sacrifício, conseguiu vencer a luta para se alfabetizar,

tornando-se professor e fundador da escola Instituto do Amor às Letras 8 .

Também era poeta e violinista. O professor nunca tentou embranquecer:

viveu até o ano de 1962, com 70 anos, quando ainda não tinha desistido da

educação e estudava Direito na cidade de Bauru 9 . Adão lutou sozinho para

que fosse lembrado hoje como Adão de Carvalho — o homem que lutou até a mor-

8

MENEZES, Ruy. Espiral História do Desenvolvimento Cultural de Barretos.

9

MEDEIROS, Karla Oliveira, Armani: Postado em www.barretos.sp.gov.br no dia 26/11/2013

< acesso em 07/07/2014>.

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