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BARRETOS EM 3ª PESSOA

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.

Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

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FILETAGEM: A ARTE DOS CAMINHÕES DE BOI

No início dos anos 1970, a M.I. Eduardo fabricou muitas gaiolas para

caminhões de boi. Nesse período, o pintor responsável pelos filetes nessa

fábrica era Geraldo Rodrigues Dado Stuart (1953). Ele lembra que os motoristas se

identificavam muito com a Arte da Filetagem, deixando a escolha do padrão

decorativo por conta do pintor. Cada motorista indicava as cores desejadas e

obtinha uma carroceria personalizada e exclusiva. A carroceria servia também

como identificador do veículo. Como o caminhão não podia ficar parado,

o filetador precisava trabalhar com rapidez. Dado Stuart revela que pintava

uma carroceria de boi em até dois dias. Porém, foi o pintor, cartazista e letreirista

Geraldo Stuart Rangel (1916-2013), pai de Dado Stuart, um dos introdutores

da Arte da filetagem em Barretos.

Letreiro atribuído ao pintor Dado Stuart (arquivo empresa Madcar)

Mas qual é a origem da Arte Filetada? Esse estilo pode ter chegado ao

país com os imigrantes europeus, segundo o site Pinstriping Brasil (pinstripe.

com.br). Em seus países de origem, muitos eram construtores de carruagens,

carroças e charretes que utilizavam a técnica da pintura filetada para

agregar valor ao produto.

De acordo com artigo “Fileteado”, no Wikipedia, o filete, na Argentina, é

um estilo tradicional. Naquele país, fileteador é quem realiza esse tipo de trabalho,

que requer pincéis de pelo longo:

a palavra filete deriva do latim filum ou um fio.

Se o Fileteado argentino diferencia-se da Arte Filetada brasileira por

conter desenhos, assemelha-se, no entanto, ao costume no Brasil quando

agrega à decoração palavras e frases. Muitos caminhoneiros brasileiros exa-

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