BARRETOS EM 3ª PESSOA
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.
Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
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LUIZ UMEKITA
Praça Francisco Barreto na década de 1930, com destaque aos arcos de inscrições japonesas.
Fonte: Arquivo do Museu “Ruy Menezes”
Na área de hortifruti, tivemos compradores e distribuidores, como as
famílias Endo, Shinohara, Ito, Yamada e Kitagawa.
E nos setores de máquinas agrícolas e veículos, tivemos as famílias
Kawai e Endo, que geraram grandes movimentações monetárias e, consequentemente,
muitos impostos a serem recolhidos aos cofres públicos.
Num crescente desenvolvimento, tanto econômico, quanto cultural e
educacional, temos registro de pessoas da colônia ocupando as mais diversas
áreas na comunidade, como empresários, bancários, profissionais liberais,
professores, políticos, num gambate constante para o progresso desta querida
cidade de Barretos. Entre muitos, citamos o dr. Matinas Suzuki, médico, vereador
e presidente da Câmara Municipal de Barretos; membro-fundador e presidente
por três vezes da ABC – Academia Barretense de Cultura; o Sr. Nobuiro Kawai, que foi por
muito tempo presidente do Sindicato Rural do Vale do Rio Grande e a professora Sissi
Kawai, atual Reitora do UNIFEB – Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos.
Como os japoneses são de uma raça muito unida e social, temos em
nossa cidade, desde os tempos do pós-guerra, um local para nos reunirmos
e praticarmos o esporte preferido na época, que era o Basebol. Este local, nos
anos de 1946 a 1948, era provisoriamente instalado em um barracão de
madeira nos altos da avenida 21, onde depois foi instalado o Campo do Motorista.
Em 10 de setembro de 1948 foi inaugurada, oficialmente, nossa associação.
Não podia, ainda, nenhum japonês ocupar o cargo de presidente de
qualquer instituição no Brasil; por isso, foi nomeado um brasileiro para tal:
o Sr. Joaquim Augusto, ocupando a vice-presidência o Sr. João Cavaguti.
De lá para cá, foi uma constante luta para o crescimento do KAIKAN, tanto
dentro da colônia quanto na sociedade barretense, tendo por objetivo de unir