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BARRETOS EM 3ª PESSOA

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.

Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

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A colônia japonesa e sua

importância em Barretos

A

Luiz Umekita

ntes de falar sobre nossa colônia, gostaria de rememorar alguns

fatos que ocasionaram o início da vinda dos japoneses para o Brasil, que se

iniciou oficialmente com a chegada, em Santos, do navio Kasato Maru, no dia

18 de junho de 1908, partindo da cidade de Kobe, numa viagem que durou

52 dias, trazendo a bordo os 781 primeiros imigrantes, vinculados ao acordo

imigratório estabelecido entre Brasil e Japão, além de 12 passageiros independentes.

Os primeiros imigrantes que aqui chegaram, neste Brasil fértil e grandioso,

cheios de esperança e sonhos de prosperidade, encontraram um país

de costumes, idioma, clima e tradição completamente diferentes do seu. Eles

deixaram para trás o seu país em período de pós-guerra quando, no Japão,

as dificuldades para se conseguir os principais proventos para a sobrevivência

eram tão grandes que a imigração tornou-se saída para aquele momento.

Ainda que em situação difícil e desestruturado, tanto monetariamente

quanto em reservas de alimentos, o Japão não se descuidou da educação

de seus súditos, sendo que no final do século XIX, passou por um processo

de alfabetização de todos os japoneses. Dessa maneira, todos os imigrantes

em idade e aptos para o trabalho que aqui chegavam eram alfabetizados no

idioma japonês. A maioria desses imigrantes tinha a intenção de trabalhar e

ganhar dinheiro, como era difundido pelas pessoas que os convenciam a vir

para o Brasil. Eles diziam ser aqui o Paraíso, o Eldorado; vinham, então, com a

intenção de enriquecer e retornar ao seu país de origem. No entanto, encontraram

muitas dificuldades de adaptação, pois quase não havia, nas fazendas

em que foram instalados, pessoas que traduzissem aquele estranho idioma,

que nunca tinham ouvido pronunciar; uma comida de paladar completamente

diferente ao seu costume. Hábitos que estavam acostumados, como no uso

do mais simples talher, pois usavam o hashi; a maneira de tomar banho, usando

o ofurô — aqui era usado o banho de bacia; sem falar no clima brasileiro

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