17.08.2020 Views

BARRETOS EM 3ª PESSOA

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.

Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

KARLA ARMANI MEDEIROS 113

Professora Noemi Hilda Nogueira (1874-1911) – colaboradora e

tradutora do jornal “O Sertanejo” de Barretos entre 1900 a 1903.

(Fonte: Arquivo do Museu “Ruy Menezes”)

em anos posteriores trabalharam

rumo à instrução

na cidade, dentre elas: Lúcia

Garrido Lex (escola municipal),

Joana de Monte Bastos

(escola maternal) e Maria

José d’Oliveira (Asilo-Creche);

sendo as duas últimas integrantes

de projetos educacionais

da renomada

educadora Anália Emília Franco

Bastos, que visitou Barretos

algumas vezes e instituiu

sedes de instrução

e filantropia na cidade,

no penoso início do século

XX. Centenas de crianças

foram atendidas por estes

projetos.

Dentre tantas professoras,

uma se destaca por

trabalhar de forma diferenciada:

dedicava-se a ensinar

os alunos em situações

de exclusão por problemas

socioeconômicos ou doenças

mentais; era a Profª Paulina

Nunes de Moraes. Sua atuação em Barretos, desde 1915, dava-se no bairro Outro

Mundo (depois conhecido por Fortaleza), que ficava atrás dos trilhos da Paulista,

onde habitava a população carente. O mesmo local sediava a Igreja do Rosário, da

qual Paulina foi importante membro como catequista e benfeitora.

Ainda como professoras, mas voltadas à cultura, outras mulheres trabalharam

para a instrução e instalação de importantes instituições em Barretos.

Na Música, as professoras e pianistas Haydée Oliveira Menezes e Adelaide Galati

permitiam aos barretenses a apreciação e o conhecimento acerca da música

clássica e das canções brasileiras em saraus, recitais e audições que promoviam

no Grêmio Literário e Recreativo. Haydée chegou a ser pianista da rede da

Instrução Artística do Brasil, levando o nome de Barretos a sete capitais federais

e a mais de cinquenta cidades paulistas por onde passou. Adelaide fundou,

em 1943, na cidade, o Instituto Dramático e Musical Santa Cecília, formando jovens na

erudição da música instrumental.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!