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EMANCIPAÇÃO DE CARMO DO CAJURU

A obra de José Demétrio Coelho narra o processo de emancipação (do começo ao fim), valorizam as pessoas que romperam inúmeros obstáculos pela transformação do distrito em município e abrem um novo capítulo na história e na cultura cajuruenses.

A obra de José Demétrio Coelho narra o processo de emancipação (do começo ao fim), valorizam as pessoas que romperam inúmeros obstáculos pela transformação do distrito em município e abrem um novo capítulo na história e na cultura cajuruenses.

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Ata da Sessão Solene de Instalação

do Município de Carmo do Cajuru.

A primeiro de janeiro de mil novecentos e quarenta e nove, no

edifício do Grupo Escolar “Princesa Isabel”, sob a presidência do

senhor Adolfo Timóteo de Sá, primeiro Juiz de Paz, na conformidade

com as disposições a respeito, reuniram-se, em sessão solene,

autoridades e pessoas gradas, com grande assistência popular,

para o fim de se proceder à instalação do município de Carmo do

Cajuru, criado nos termos da Lei Estadual n. 336, art. 13, de 27

de dezembro de 1948, com jurisdição sobre as circunscrições que

tem por sede esta localidade. // Aberta a sessão e constituída a

Mesa de Honra, o senhor presidente, convidando os presentes a

se porem de pé, pronunciou, em voz clara e pausada, as seguintes

palavras inaugurais: ‘Em virtude dos poderes que me foram

outorgados, declaro instalado o município de Carmo do Cajuru,

com jurisdição sobre as circunscrições que tem por sede esta localidade

que ora recebe os foros de cidade, com a competência e

atribuições que a lei lhe confere e determina’. // Calorosas palmas

coroaram as palavras do senhor presidente, apenas interrompidas

pelos acordes do Hino Nacional, ouvido em silêncio e saudado com

aplausos gerais. // Sentando-se a seguir, o senhor presidente deu

a apalavra ao senhor José Jehovah Guimarães, vereador à Câmara

Municipal de Itaúna, que proferiu brilhante discurso, salientando o

trabalho de todos os cajuruenses em prol da emancipação. Franqueada

a palavra, solicitou-a o senhor José Demétrio Coelho que,

em magníficas expressões fez rápido bosquejo histórico da vida do

povo cajuruense, concitando-o ao trabalho e ao progresso. Falou

a seguir o deputado Oscar Dias Correia, em saudação a Cajuru,

instalado sob o signo da fé, da gratidão, do patriotismo. Seguiu-se

com a palavra o dr. Carlos Altivo, tecendo um hino de louvor aos

bravos lutadores da causa emancipacionista. Por fim, em lúcido

improviso, falou o senhor Ataliba Lago, narrando os pormenores da

batalha vencida pelo povo desta terra. Em grandes aclamações o

povo saudava os oradores, vivando os nomes do governador Milton

Campos e altas autoridades, com entusiasmo indescritível. // Ninguém

mais fazendo uso da palavra, o senhor presidente declarou

encerrada a sessão, convidando os presentes a ouvirem a leitura

desta ata, que foi assinada pelo senhor presidente, pelas demais

autoridades e pessoas presentes. Eu, José Rodrigues de Carvalho,

na qualidade de secretário ‘ad hoc’ escrevi a presente ata e a li ao

termo da sessão, cuja realização aqui se registra.

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José Demétrio Coelho · 1955

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