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EMANCIPAÇÃO DE CARMO DO CAJURU

A obra de José Demétrio Coelho narra o processo de emancipação (do começo ao fim), valorizam as pessoas que romperam inúmeros obstáculos pela transformação do distrito em município e abrem um novo capítulo na história e na cultura cajuruenses.

A obra de José Demétrio Coelho narra o processo de emancipação (do começo ao fim), valorizam as pessoas que romperam inúmeros obstáculos pela transformação do distrito em município e abrem um novo capítulo na história e na cultura cajuruenses.

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molecular, como ainda estas o fizeram dos átomos. Afirmando

ainda os sábios que a escala agregativa continua em sucessivas

parcelas micro-orgânicas.

Não podíamos, então, fugir à contingência fatal da lei evolutiva.

Ontem, Carmo do Cajuru nascia, talvez, da imperiosa necessidade

de abrigar uma única família detentora de extensa porção

territorial ao lado do caudal próximo. Com o decorrer do tempo,

vieram outras famílias se juntar à primeira, no afã permanente

de seu ganha-pão e assim outras mais, surgindo as primitivas

casas nos primevos tempos.

A religião, que é o apanágio das almas e une os povos em comunhão

de pensamentos, suscitou a ereção de uma capelinha

modesta para as orações em comum. Em torno desta capelinha,

surgiram mais casas e, assim, embora lentamente, foi a célula

crescendo, tomando vulto e se alargando em várias direções, exigindo

logo providências várias, capazes de ensejar o conforto, ainda

que rudimentar, aparecendo o povoado e logo em seguida a aldeia,

o arraial, a vila e, enfim, hoje, a cidade de Carmo do Cajuru.

O povo, entretanto, sem se aperceber, veio promovendo a mutação

e imprimindo na terra os requisitos essenciais como imperativo

de suas necessidades.

Os cérebros reclamam luzes e sabem que elas existem nas 25

letras do alfabeto, porque delas emanam mais luminosidade que

em todas as constelações do firmamento e, por isso, aparece a

primeira escola, esboçando-se a instrução.

Mais tarde, uma só escola já não basta e outras são criadas para,

enfim, serem reunidas em grupo. Surgem os primeiros frutos

que, espalhados, rebentam aqui e ali em árvores portentosas,

reproduzindo-se no incentivo à cultura.

Os homens atilados procuram desenvolver, cada qual uma atividade

inerente à sua vocação e aparece o comércio, a indústria,

as artes. Eis um povo em evolução, firme na caminhada para o

futuro e já sonhando com ideais.

O trabalho, em seus múltiplos aspectos, assegura posição econômica

e a cultura, que o povo vai adquirindo, lhe facilita meios de

propiciar abastança. Carmo do Cajuru, então, é agora um povo

em marcha para o progresso e este lhe abrirá vastas perspectivas

para se ombrear em pouco com os grandes centros de Minas

Gerais, os quais, por sua vez, tiveram a mesma origem modesta

que a sua.

EMANCIPAÇÃO DE CARMO DO CAJURU

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