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EMANCIPAÇÃO DE CARMO DO CAJURU

A obra de José Demétrio Coelho narra o processo de emancipação (do começo ao fim), valorizam as pessoas que romperam inúmeros obstáculos pela transformação do distrito em município e abrem um novo capítulo na história e na cultura cajuruenses.

A obra de José Demétrio Coelho narra o processo de emancipação (do começo ao fim), valorizam as pessoas que romperam inúmeros obstáculos pela transformação do distrito em município e abrem um novo capítulo na história e na cultura cajuruenses.

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Ao meu coração de sexagenário é grato este ensejo de reanimar

o espírito no calor de vosso convívio cheio de força idealista, na

oportunidade em que concretizamos pelo esforço comum uma velha

aspiração com a vitória da emancipação de Carmo do Cajuru.

Estamos, portanto, colhendo o que semeamos; e o resultado a

que chegamos neste momento não se deve a uma só pessoa e,

sim, a todos os colaboradores nesta obra comum. O resultado

que hoje todos nós festejamos é por demais grandioso para ser

atribuído a número restrito de colaboradores conquistadores.

O que foi obtido, só pode ser, como já tive oportunidade de dizer

ao celebrarmos nossa primeira vitória, porque muitos porfiaram

na luta, muitos combateram enérgica e valorosamente sob o

mesmo ideal num bater uníssono de corações.

E neste momento de tréguas, nesta hora em que se reúnem os

combatentes deste bom combate, em torno das armas ensarilhadas,

para uma troca de efusão e entusiasmo, para um relancear

de vistas sobre o terreno conquistado e para alçar o olhar mais

alto para as novas etapas de lutas, que se sucederão num contínuo

batalhar, é grato sentir e proclamar o mérito do que foi feitio,

sinceramente, de coração aberto e fé lavada.

Meus amigos, nesta hora tão grata para todos nós, eu preciso

dizer-vos que, mergulharam-se bem longe, no passado, as raízes

de minha efetividade por esta terra. Testemunhei o seu crescimento

e a obra dos verdadeiros precursores de seu progresso,

dentre os quais quero citar o saudoso padre José Alexandre de

Mendonça, Jacinto Epifânio Pereira, Sinfrônio Batista Jota, Achiles

Guimarães, Guilherme Nunes, Gonçalves Chaves, Nogueira

Penido e tantos outros que já desapareceram de nosso convívio.

Sinto grandes emoções, evocando para reverenciar a memória

desses que se tornaram grandes vultos da história desta terra,

pelo muito que, no tempo, por ela fizeram.

Continuemos, pois, trabalhando com a mesma devoção e sem fadiga

pelo bem-estar da coletividade de Carmo do Cajuru, dentro

do salutar programa de regeneração inaugurado em nossa pátria

com o advento da Constituição de 1946.

Sob o regime atual, as congratulações devem ser recíprocas,

porque é bem verdade, meus amigos, que só o regime em que

passamos a viver depois da extinção da ditadura no Brasil, tornou

possível entre governantes e governados, o que quer dizer,

entre colaboradores, esse feliz estado de compreensão, estima,

respeito e simpatia.

EMANCIPAÇÃO DE CARMO DO CAJURU

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