EMANCIPAÇÃO DE CARMO DO CAJURU
A obra de José Demétrio Coelho narra o processo de emancipação (do começo ao fim), valorizam as pessoas que romperam inúmeros obstáculos pela transformação do distrito em município e abrem um novo capítulo na história e na cultura cajuruenses.
A obra de José Demétrio Coelho narra o processo de emancipação (do começo ao fim), valorizam as pessoas que romperam inúmeros obstáculos pela transformação do distrito em município e abrem um novo capítulo na história e na cultura cajuruenses.
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Se examinarmos as distâncias compreendidas entre a do município
e o núcleo populoso de Cunhas, verificaremos ser maior a
distância desta localidade a Itaúna que para Carmo do Cajuru,
porquanto encontramos 22 quilômetros para Itaúna e 12 quilômetros
para Carmo do Cajuru.
Esse encurtamento de distância provoca afluência dos moradores
de Cunhas para Carmo do Cajuru, quer para comerciar, quer para
assistência aos atos religiosos, principalmente para sepultamentos,
que se fazem no cemitério de Carmo do Cajuru.
Como facilmente se deduz, não há, absolutamente, vantagem de
qualquer ordem para os habitantes de Cunhas permanecerem sob
a jurisdição do distrito da cidade.
Atentando-se para as divisas naturais, que norteiam sempre os
trabalhos geográficos, na delimitação das parcelas populosas, encontram-se
as serras do Galinheiro e Três Barras, serras que sempre
foram o nosso marco divisório e que hoje se encontram além
da demarcação.
A Comissão de Estudos da Divisão Administrativa e Judiciária do
Estado, em sua reunião de 2 de fevereiro deste ano, como se vê
da notícia publicada no jornal Estado de Minas, de 3 do mesmo
mês, julgou, entre outras providências de caráter técnico, considerar
para a atual divisão dos novos municípios estrita observância
na fixação em “acidentes naturais facilmente reconhecidos
no terreno”.
Nossa divisa, então, se viermos a conseguir a emancipação que se
pleiteia, será com o município de Itaúna pelas serras do Galinheiro
e Três Barras, acidentes naturais visíveis, evitando-se assim, divisas
por limites de propriedades particulares, para se evitar o que
se dá atualmente com Carmo do Cajuru, cuja divisa com a sede de
Itauna corta a fazenda do senhor Antônio Nogueira Gontijo.
Voltando nossa divisa à antiga demarcação, isto é, pelas serras
do Galinheiro e Três Barras, muito se beneficiará a população de
Cunhas e terá, assim, realizado seu desejo já expresso em abaixo-
-assinado junto a este Memorial.
» RESUMO HISTÓRICO DE CARMO DO CAJURU
Em 1715, Cajuru, como era denominado, já figurava no grupo das
vinte frequezias que constituíam o antigo município de Pitangui.
Em 1856, ou 57, com a criação do município de Pará de Minas,
ex-Patafufo, Cajuru, juntamente com Mateus Leme, Santana de
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José Demétrio Coelho · 1955