EMANCIPAÇÃO DE CARMO DO CAJURU
A obra de José Demétrio Coelho narra o processo de emancipação (do começo ao fim), valorizam as pessoas que romperam inúmeros obstáculos pela transformação do distrito em município e abrem um novo capítulo na história e na cultura cajuruenses.
A obra de José Demétrio Coelho narra o processo de emancipação (do começo ao fim), valorizam as pessoas que romperam inúmeros obstáculos pela transformação do distrito em município e abrem um novo capítulo na história e na cultura cajuruenses.
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» RENDAS ESTADUAIS
O distrito de Carmo do Cajuru, em 1947, rendeu mais de Cr$ 200
mil para o erário estadual. Com a elevação do distrito a município,
seguramente, a Coletoria Estadual, a ser aqui instalada, terá renda
aproximada de Cr$ 300 mil.
» RENDAS FEDERAIS
Em virtude do intenso movimento bancário e da expansão industrial
deste distrito, as rendas federais serão apreciáveis.
» MATADOURO MUNICIPAL
A Carta Constitucional Mineira, de 14 de julho de 1947, exige, na
criação de novos municípios, a existência de Matadouro. Carmo
do Cajuru ainda não possui esse melhoramento de alta relevância;
possui, entretanto, locais apropriados para sua instalação.
A Comissão Pró-Emancipação, cogitando desse serviço, já tem
em vista três locais onde, vantajosamente, poderá ser instalado o
Matadouro, distanciando o mais afastado, 1.500m. Qualquer deles,
que se situam nas margens do ribeirão Empanturrado, caudal
abundante, satisfaz plenamente as exigências.
O senhor Nagib Mileib, próspero industrial neste distrito, já ofereceu
gentilmente o terreno necessário para a instalação do Matadouro
local.
» CEMITÉRIO
O único cemitério existente na sede do distrito foi construído no
ano de 1854, pelos reverendíssimos frades missionários “barbônios”
Eugênio Maria de Gênova, Francisco Coriliano D’Otranto e
Irmão Leigo Arcângelo de Nápoles, todos de origem italiana da
Ordem dos Mínimos (OM) de São Francisco de Paula. Povo e missionários
citados foram os construtores que deram à paróquia uma
admirável obra de alvenaria de pedras secas, ocupando uma área
de 3.692 m2, situado em uma colina ao norte da vila, onde dormem
o último sono tantos entes que nos eram caros e ante cujas
cinzas nos ajoelhamos respeitosos.
Em 1944, o governo municipal de Itaúna, tendo como prefeito o
Dr. Lincoln Nogueira Machado, construiu, a pedido do vigário Pe.
Raul Silva, um aumento de sua capacidade para mais 665 m 2 .
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José Demétrio Coelho · 1955