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Edição 07/20 contato: portalcdovendas@gmail.com
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Redação:
Diretor Geral:
Caio Augusto
Colaboradores:
Matuka Castro;
Caio Cassola;
Sebastião Cabral;
Kelli Garcia;
Krsna Fonseca;
Daniel Grecco;
Hugo Lapa;
Pablo Araújo;
Janine Oliveira;
Alex S. de Oliveira
Correção e textos:
Equipe Geral
Artes e Distribuição:
Caio Augusto
João Paulo
Capa:
Fontes de imagens da web e montagens feitas pela equipe
Facebook: Portal Caminhos de Ogum
Instagram: @PortalCaminhosdeOgum
Telegram: Portal Caminhos de Ogum
NOTA:
Comunicamos que, o Jornal de Umbanda Sagrada
Portal Caminhos de Ogum é um espaço livre que
autores enviam seus textos e trabalhos e é
comunicado na mídia Umbandista, cada um tem
total responsabilidade por seu texto, então o jornal
em geral só se responsabiliza pela montagem e
divulgação!!! Boa leitura.
(Algumas imagens de fonte de internet)
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O olhar da maturidade
O mês de julho nos traz uma força muito forte sobre nossa mãe Nanã,
ao qual essa força nos lembra da maturidade da vida, da evolução, a
nossa vida é dividida em pilares simples de intender, a inocência que
trazemos quando crianças aonde se remetemos a um mundo novo,
aonde nosso espirito vem novamente de um acordar para a
encarnação e estamos relembrando tudo que já conhecemos de outras
vidas, o desenvolvimento aonde nossa fase adulta nos prepara como
novos seres que devemos evoluir e tomamos a rédea da nossa vida,
sabemos o que é certo e o que é errado e a vida nos leva a andarmos
com as nossas pernas, e a maturidade aonde já chegamos no nosso
estagio evolutivo aonde somos sábios, aonde a vida nos ensinou tudo
que ela podia e temos que semear nossas sementes por essa terra.
O ser maduro é um estágio bem complexo aonde precisamos dessa
energia da evolução a energia dos mais velhos, a energia da
ancestralidade aonde já cumprimos muitas das vezes nossa parte para
vida dos nossos familiares e precisamos agora fincar nossas raízes se
preparando para nossa volta ao mundo espiritual.
A vida toda lutamos batalhas incansáveis querendo o melhor para nós
e para quem amamos, querendo sempre deixar nossa marca, nossa
alegria, nossas conquistas para quem será nossos sucessores nessa
família terrestre, mas o que mais nos preocupamos como seres
espiritualizados é o que estamos aprendendo oque levaremos para
nossa nova passagem para o mundo espiritual, quais foram nossos
acertos e erros e quais foram as escolhas que nos tornaram vividos e
crescidos nessa vida, o pensar nos mais velhos na
ancestralidade na energia pura de Nanã enquanto
evolução é trazer todos nossos aprendizados aos
mais novos, a vida é bem simples é uma roda
evolutiva aonde podemos agregar novos acertos
erros, vivencias, amores e desamores, e
novidades para nossa evolução espiritual.
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Nesse mês que temos essa energia forte para essa reflexão fica aqui
meu adendo, aonde estamos indo? Quais os nossos méritos criados
diariamente para que essa maturidade evolutiva chegue em nossas
vidas e em nossa evolução? Nanã nos dá a força de continuar nossa
evolução e nosso caminho na terra, e sempre vivemos a se perguntar
será que eu estou dando o meu melhor para isso? Se apegue a força
da sagrada mãe da evolução, da limpeza, do melhorar das nossas
feridas que as vezes nunca são curadas mas podemos aprender com
elas viver com elas e levar dessa vida novos aprendizados, reflita
sobre como está sua vida e por que ela muita das vezes fica estagnada
como um rio sem poder seguir seu rumo, e peça a mãe Nanã
misericórdia para aprender a viver com as feridas mas que isso não
bloqueie sua evolução Divina! Reflita.... Saluba Nanã!
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Nanã Buruquê, a mais velha das iabás, não costuma ser cultuada em
todos os terreiros, sendo até temida por alguns umbandistas. Nesta
obra, os leitores poderão apreciar essa Mãe Divina como parte de
Olorum, o Divino Criador, um recurso evolutivo com sua ação
decantadora, propiciadora de calma, silêncio, sabedoria, misericórdia,
evolução e cura.
As autoras buscaram desvendar alguns dos grandiosos mistérios dessa
Mãe Orixá associada à velhice, com muita parcimônia,
cerimonialidade e respeito. Abordaram a relação dessa divindade de
Olorum com a natureza e com o corpo humano, sua hereditariedade,
os Guias Espirituais nessa irradiação, a reatividade do mistério Nanã
Buruquê, o saber ancestral, a transcendência, a memória, suas
hierarquias, como ativá-las e oferendá-las e muitos outros
fundamentos.
Que com esta obra os leitores possam entender Mãe Nanã como a
grande avó amorosa e calma, sábia, simples e misericordiosa, que nos
ampara nas transições, com serenidade e sabedoria e a amem com
muito respeito. Que possam dar à Nanã e às sutilezas de seus
mistérios a atenção, a importância e a reverência que ela merece.
Saluba Nanã!
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O sábio que não perdoa
Há mais de 200 anos num vilarejo, havia um homem que não gostava
de um velho sábio que vivia nas proximidades. Certo dia, o sábio
estava transmitindo seus ensinamentos a alguns discípulos e ouvintes
em geral. O homem apareceu diante do sábio e disse:
– Você é um picareta, um charlatão que engana as pessoas! Tenho
nojo de você!
O homem foi embora sem dizer mais nada. No dia seguinte, muitas
pessoas foram procurar o homem. Essas pessoas relataram a ele o
quanto o sábio as tinha ajudado, como seus ensinamentos preenchiam
seu interior. Várias pessoas testemunharam melhoras após receberem
os ensinamentos do velho mestre.
O homem refletiu o dia inteiro e no final arrependeu-se de sua atitude
diante ao sábio. Ele ficou sentindo remorso por sua leviandade… No
dia seguinte, decidiu procurar o sábio e pedir perdão pela sua ofensa.
O homem mais uma vez se colocou diante do sábio e disse:
– Mestre, desculpe-me por tê-lo insultado. Peço nesse momento seu
perdão.
O sábio respondeu:
– Não o perdoo jamais.
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Todos ficaram estarrecidos com a resposta. Nem o homem e nem as
pessoas que presenciaram o ocorrido esperavam essa reação do sábio.
O sábio então explicou:
– Não o perdoarei jamais… pois não me ofendi com o que você
disse. Só precisa perdoar aquele que se ofende ou se sente de alguma
forma atingido pelo outro. Como eu não me ofendi, não há o que
perdoar.
O homem perguntou:
– Mas mestre… você não tem receio que outras pessoas passem a
acreditar no que eu disse?
O sábio respondeu:
– Não tenho qualquer preocupação com a opinião dos outros a meu
respeito. Não posso controlar a visão que as pessoas têm de mim.
Todos compreenderam o que disse o sábio. Este completou:
– Isso serve de lição a todos. O perdão é algo muito difícil e é fato
que maioria das pessoas não consegue perdoar. Por isso, o melhor a
fazer não é praticar o perdão, mas sim não se ofender, não se magoar,
não se deixar afetar pelo que outras pessoas dizem ou fazem para
nós. Quem não se deixa atingir, não precisa passar por todo o
processo de perdão, que, como todos sabem, na maioria das vezes
nunca ocorre por completo. Na vida é necessário não se deixar
atingir, não se permitir afetar pelas ações e palavras alheias… Dessa
forma, ninguém precisará perdoar e tampouco ficará sentindo-se
magoado.
O perdão é bom… mas não se deixar afetar é infinitamente melhor.
Que a todos aguarda. (Hugo Lapa) me siga no facebook!
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Cuidados mediúnicos
Salve meus irmãos de fé, mais uma vez é um prazer estar com todos aqui
pra falar da nossa amada religião e dos ensinamentos que recebo do Senhor Meia
Noite.
Hoje o tema é sobre responsabilidade mediúnica. Mas afinal... O que é ser
um médium responsável?
A responsabilidade mediúnica vai muito além de cumprir os preceitos, que
muitas vezes os médiuns nem sabem porque o fazem. Não ingerir bebida
alcoólica, não comer carne, não fazer sexo... Isso não é nem de longe a
responsabilidade mediúnica.
Antes de prosseguirmos com o tema, vou abordar esses 3 preceitos:
Não ingerir bebida alcóolica: A bebida altera o seu estado de consciência
o que interfere diretamente no seu desenvolvimento mediúnico, nos seus
trabalhos espirituais e o seu desequilíbrio energético atrapalha o
andamento dos trabalhos da casa.
Não comer carne vermelha: A carne vermelha é de difícil digestão, o que
faz com que seu corpo concentre mais energia para realizar a digestão, há
mais circulação de sangue na região, o que faz você não ter tanta energia
para doar para sua espiritualizada, entretanto não adianta eu não comer 3
pratos de lasanha 4 queijos, pois da mesma forma irá dificultar a digestão.
Não fazer sexo: O ato sexual é um ato divino, onde existe uma troca de
energia entre aqueles que estão envolvidos, e é exatamente por isso que é
indicado para não haver relações sexuais 24h antes, pois como é um troca
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de energia, você não estará com apenas a sua energia, e isso pode
atrapalhar a conexão mais pura de seus guias com você.
Com isso explicado, a responsabilidade mediúnica ao meu modo de entender
consiste em seriedade, comprometimento, verdade, honestidade com a casa que
lhe acolheu, com seus irmãos de branco, os consulentes e com você mesmo. O
quando você leva a sério seus trabalhos espirituais? Você é umbandista uma vez
por semana, ou todos os dias? Você é um médium comprometido com a casa ou
só você? Você chega cedo para ajudar, faz o que é preciso e solicitado pelos seus
dirigentes? Você é verdadeiro e honesto com todos? Você resolve seus
problemas ao invés de fazer intriga?
A responsabilidade vai muito além de seguir normas e preceitos, é uma
mudança de comportamento social, espiritual. Ser um médium responsável é
compreender que todos estamos para aprender, é fazer tudo isso citado e saber
que ainda será pouco para ser considerado realmente digno do dom da
mediunidade. Não que você não seja, porque todos estamos para aprender,
porém se você não busca ser sempre mais, você não será.
Que Olorum abençoe suas vidas
(clique na imagem para comprar meu livro!)
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O sentido da Umbanda
A Umbanda não é uma religião só de trabalhos espirituais de
cura e desobsessão, ou de entregas e oferendas realizadas na
natureza, ao
contrário do que
muitos pensam. É,
na verdade, uma
religião sólida,
fundamentada e
estruturada, que
possui princípios
magísticos e
ritualísticos ligados
as divindades de Deus e os mistérios da criação.
Quando falo sobre esses princípios magísticos e religiosos, são
todos os procedimentos como atendimentos, descarregos,
oferendas, firmezas e outras ações, realizados tanto nos templos,
quando na residência dos médiuns umbandistas que, através
dessas ações, são ativados mistérios divinos ligados aos Sagrados
Orixás que tem si poder de realização e são capazes de
verdadeiros milagres.
Estes mistérios divinos são os responsáveis por tudo o que
acontece na criação. Um mistério é algo inerente a criação, que
não depende de nada existir além do Divino Criador, e que tem
uma função na criação, que a sustenta. São os mistérios divinos
que provem tudo os que está na criação, e são infinitos os
mistérios, assim como o Divino Criador é infinito em Si e em Sua
criação, sustentando e manifestando a vontade do Divino
Criador em nós, suas criaturas.
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A religião umbandista é uma via condutora de religação com
esses mistérios divinos, que através dos seus rituais, práticas e
doutrina, vai trazendo seus membros a uma conexão com as
divindades de Deus em uma via evolutiva consciente, em que o
ser é colocado em contato direto com espíritos luminosos que
passam a conduzi-lo e acolhe-lo com os seus ensinamentos.
Conscientemente, o ser vai aprendendo e se ligando novamente a
sua origem, que é Deus, através de Seus Mistérios que se
manifestam na religião nos guias e nos Sagrados Orixás.
Uma pessoa que adentra na religião de Umbanda, naturalmente
começa a sentir-se bem, pois é envolvida pelas energias do Orixás
e dos guias espirituais, que irão absorver os excessos e
negativismos, enquanto que recebe energias positivas que irão
lhe harmonizar e equilibrar. Essa pessoa é incentivada a pratica
do bem, a pensamentos positivos e busca de melhoria das
condições de vida.
Esse fenômeno natural que a Umbanda nos proporciona é a
condução consciente através das energias ao desenvolvimento e
aprimoramento do ser com o despertar dos sete sentidos da vida,
que estão em nós desde a origem em Deus, e que são enfatizados e
desenvolvidos na Umbanda. A pessoa começa a despertar e
desenvolver a fé, o amor, o humanismo, o desejo de
conhecimento que sacie seu mental, busca um crescimento e uma
evolução em seus hábitos e começa a direcionar as suas
atividades com bom senso. O ego, inflamado e deturpado, começa
vagarosamente a ser desestimulado e passa a ser substituído pela
humildade, pela simplicidade e pela tranquilidade na certeza de
que, no devido tempo e com a consciência requerida, tudo se
estabilizará e sua vida terá uma fluidez natural no percurso da
existência carnal.
A prática da caridade, no sentido fraternal de doar-se por amor
ao próximo, remete o umbandista a seguir o exemplo de Mestre
Jesus, que nos ensinou a servir, como instrumentos do Divino
Criador, a auxiliar nossos irmãos encarnados a encontrarem o
socorro solicitado e o consolo necessitado. Entender que é sendo
solicito, respeitoso e bondoso que crescemos diante de Deus, pois
assim estaremos sendo a Sua imagem e semelhança, e a
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Umbanda nos coloca nesta perspectiva na prática quando
observamos em um atendimento dos guias espirituais, em que um
espírito, luminoso e mais consciente, se manifesta em um médium
e acolhe com amor e bondade a todos os que se direcionam a ele,
ajudando pessoas em suas mais diversas dificuldades e ensinando
e esclarecendo sobre a vida num sentido mais amplo.
A Umbanda é uma religião magnífica, que liga o ser aos
Mistérios de Deus e nos conscientiza, no exemplo de conduta dos
guias espirituais, a sermos mais bondosos, harmônicos e
caridosos. Sem precisar impor com doutrinas, tabus e restrições
a ninguém, a Umbanda mostra a sua beleza, luminosidade e
sutiliza com a simplicidade prática e a prontidão no auxílio das
pessoas.
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Saravá, Senhor Sete!
Médium, Maga, Sacerdotisa de Umbanda, Dirigente Espiritual do TEU Ogum Beira Mar.
Salve seu 07
Senhor Sete Encruzinhadas,
Senhor Sete Catacumbas,
Sete Porteiras,
Sete Pedreiras,
Sete, Salve Sete Rios!
Saravá, Senhor Sete!
Sete Caminhos,
Sete Passagens,
Sete Coroas,
Sete, Salve Sete Espadas!
Saravá a Justiça!
Sete Mares, Sete Dimensões,
Salve as Sete Linhas de Umbanda,
Salve Sete Corações!
O que é injusto, não passará impune!
O que é falso, os Sete Senhores da Lei, com Suas Sete Espadas, fará
desinvibilizar.
Os Sete Ventos Sagrados estão a girar, girar e desmagiar.
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Sete Navalhas que cortam o mal,
Sete Escudos, que guardam e protegem,
Sete Espadas em cada mão,
Mais Sete à minha direita,
Sete à minha esquerda,
Sete ao alto e no embaixo.
Sete Cores Sagradas colorem a minha vida espiritual,
Sete Luzes me conduzem a verdadeira jornada,
Sete Giros vão desenterrando todo o mal,
Sete Assopros quebram qualquer sentimento contrário no vendaval.
Tenho meus Sete Corpos internos descarregados, limpos, revigorados,
Tenho meus Campos Vibratórios magnetizados diretamente com os Tronos da
Vitalidade e do Desejo,
Em meu umbigo há um cordão etérico espiritual ligado diretamente à Minha
Mãe Ancestral.
Em meus pés, tenho registrado os domínios de Sete Oguns,
Meus olhos vibram e brilham os Sete Raios de Iansã!
Minhas mãos são consagradas com as Sete Ondas Sagradas de Iemanjá,
Em minhas costas, Sete Facas, Sete Escudos, Sete Capas,
E as Asas da liberdade espiritual.
Em meu Ori, carrego a Estrela que vibra, viva e forte,
Que faz conexão direta ao meu ser, meu Divino humanizado,
Repleta de experiências terrestres,
Sou hoje a junção de todas as minhas existências...
Sou a batalha, sou a força
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Sou a persistência,
Sou o amor me criou e ungiu,
Sou Ar, sou Fogo, sou Ventania
Sou Tempestade, sou Brisa
Sou o que eu escolhi ser.
Sou Sete!
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Reflexão de terreiro
A arte de terceirizar problemas é um produto do ser humano fraco ou sem
consciência do ato em si.
Você tem um problema e não sabe como resolver, então faz uma promessa.
Você escolhe um santo de sua preferência ou que pode ganhar sua fé pela
maioria de pessoas adeptos a ele, faz o pedido e já deixa claro que só pagará se
der tudo certo da forma que o pedido foi feito. Com raríssimas exceções a
pessoa não sabe a história do Santo, não sabe porque foi canonizado e nem se
as energias emanadas por esse santo podem atingir o objetivo (tem a ver com o
problema em questão).
Depois de algum tempo percebe que não deu em nada seu pedido, fica
magoado (para dizer pouco) com o santo e acaba por perder a confiança na
religião. Mas isso acontece também quando a pessoa procura os terreiros e
terceiriza para os orixás ou para os espíritos, na verdade a pessoa quer algo
semelhante a um milagre, para talvez dar com alguns por centos de
credibilidade ao ato.
A maioria dos nossos problemas são resolvidos por nós mesmos, com ajuda
de amigos empenhados, profissionais competentes e muita, mas muita força
de vontade. Os santos, orixás ou espíritos estarão dando suporte energético
para que consigamos transpor aquelas barreiras, mas nunca farão por nós, até
porque estamos em planos diferentes.
Não podemos criticar ninguém por preferir esperar um milagre, mas também
não podemos permitir que hajam julgamentos quando não receber o produto
desejado.
Tudo depende de nós, até mesmo a vontade se sermos felizes ou não, portanto,
frustre se somente pelo que você fez com suas atitudes e não com as
terceirizadas.
Saravá.
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Saluba Nanã
Orixá dos mistérios funfun!
São Orixás primordiais, as primeiras Divindades criadas pelo Criador
supremo Olorum.
Nanã se manifesta em terreiros da religião de Umbanda trazendo a
grande sabedoria, maturidade e a razão dos seres em todos os
campos.
Lembramos, que o culto a essa divindade de Deus na Umbanda é
totalmente diferente dos cultos de nações na Religião do
Candomblé... Cada religião assume sua identidade de culto livre, e
dentro de uma ética e bom senso religioso, não se deve julgar a forma
de culto livre aos sagrados Orixás dentro das religiões
afrodescendentes.
Pois Deus na sua infinita sabedoria nos deu a condição da resiliência
e resignação para o culto livre de suas Divindades.
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A vida usa Salto Alto
Um dia, olhando o espelho de Oxum, com o coração apertado e a mente aflita
com a vida, minha mãe pediu para eu fechar os olhos.
Me vi num lugar todo branco, aos poucos tomando forma. Era uma grossa
camada de nuvens que me envolvia. Um barulho cadenciado me chamou a
atenção. Era o barulho de alguém andando de salto alto.
Percebi que estava sendo arrastada, quase carregada por essa pessoa. Eu olhava
pra trás e só via nuvens. Por máximo que tentasse parar, me soltar ou voltar, a
pessoa não me largava e continuava a me puxar. Então mãe começou a me
explicar:
-Filha, a vida é essa mulher de salto alto. Ela possui o próprio ritmo, constante.
Não importa o que você queira fazer, se vai querer parar no tempo, voltar ao
passado, sair fugindo. A vida vai continuar te puxando. Experimente andar
junto dela.
Me virei a frente. Não via nada além das nuvens. Sentia algo me puxando, o
som dos saltos, mas também não a via. Estava andando tropeçando. Tinha
dificuldade de caminhar sem ver nada na minha frente. Tentei ir um pouco
mais rápido e tropecei em uma pedra.
- Mãe, como posso andar se não vejo nada?
- Escuta a vida na sua própria cadência. O próprio pulsar da vida.
Começei a andar ajeitando meus passos com os da vida. Subimos morros e
escadas, fizemos curvas. As vezes me distraia e levava um puxão e,
rapidamente, entrava no ritmo da vida.
- Agora a filha entende? A filha não precisa ver o que está na frente com medo
de tropeçar. Só precisa ter fé na vida que ela vai te levar em segurança pelos
caminhos mais tortuosos e a filha não vai tropeçar. Mas se acabar se distraindo,
a vida vai te dar um puxão até entrar no ritmo de novo. Sentir o pulsar da vida
a todo momento é a coisa mais importante que a filha precisa fazer.
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