29.07.2020 Views

RCIA - ED. 179 - JUL 2020

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

MATÉRIA PUBLICADA ORIGINALMENTE EM 04/01/2009

qualquer escola pública.

Com sua esposa (quase sempre

grávida, em convalescença ou cuidando

dos bebês em casa), era ele

que participava das reuniões na escola.

Todos os 12 filhos estudaram,

sendo que a maioria concluiu o curso

universitário.

Em 1966 foi novamente transferido

para Araraquara, exercendo

a função de auxiliar de maquinista,

trazendo sua esposa e os 10 filhos.

A família doi morar nas proximidades

do Parque Infantil, na Rua Padre

Duarte. Logo em seguida foram

para o Santa Angelina, próximo da

Avenida Fransisco Salles Colturato.

Na primeira oportunidade, em

1968, comprou uma pequena casa

na Vila Xavier, no Jardim Popular.

A casa bem simples necessitava de

algumas mudanças para melhor

acomodar a todos. Nessa época

os filhos mais velhos começaram a

trabalhar e foi possível uma reforma

na casa, com a mão de obra da

própria família.

Durante esse período,

Francisco trabalhava

nas horas de folga como

construtor, pedreiro, encanador,

garçom em buffets,

etc. Chegou a comprar,

com um sócio, dois

caminhões que eram utilizados

na safra da cana

prestando serviços às

usinas da região. Como

lhe restavam apenas dois

anos para se aposentar,

conciliava todos seus afazeres

na esperança de

ficar apenas com a safra

de cana.

No final de sua carreira,

como funcionário da FEPASA,

realizou o curso de formação na

empresa e passou a função de maquinista

na ferrovia.

Só que o destino lhe reservava

algo não muito agradável. Até hoje

uma lacuna enorme ficou entre seus

Com a presença do prfeito Edinho Silva e familiares, a solenidade de descerramento

da placa inaugural do Museu Ferroviário “Francisco Aureliano de Araújo”

filhos. No dia 6 de abril de 1978

beijou sua esposa e seus filhos pequenos

e saiu para trabalhar para

nunca mais voltar. Naquele dia,

Francisco estava trabalhando na

estação ferroviária para bater seu

cartão de ponto não ouviu que havia

uma outra locomotiva em fun-

Toda a família reunida na chácara após a inauguração do Museu Ferroviário

SEU NOME ESTÁ NA RUA

cionamento, atravessou os trilhos e

foi atropelado, vindo a falecer no

hospital da Santa Casa de Misericórdia

de Araraquara, aos 52 anos.

Francisco está sepultado no Cemitério

São Bento.

Através da Lei n° 6.858, de 5 de setembro de 2008, que denomina

“Francisco Aureliano de Araújo” o Museu Ferroviário de Araraquara,

implantado no prédio da antiga Estação Ferroviária, na Avenida

Antonio Prado, s/n.

51|

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!