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RCIA - ED. 179 - JUL 2020

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ASSISTÊNCIA SOCIAL

Moradores de rua constroem favela

na lateral da Igreja do Santana

O vereador Jeferson Yashuda

foi chamado pelos vizinhos,

padre e paroquianos, que

não conseguem entrar na

igreja devido à agressividade

da nova moradora. Há quase

90 dias ele pede ajuda do

Executivo, mas nenhuma

providência foi tomada pelas

secretarias responsáveis

Na sessão da Câmara desta

terça-feira (16), o vereador Jeferson

Yashuda (PSDB), fez uma indicação

à Prefeitura Municipal para que tome

providências sobre moradores em

situação de rua que se alojaram em

frente à Igreja do Santana.

O parlamentar pede que o poder

público os acolha na Casa Transitória

ou outro lugar adequado. Para o

vereador um governo que se auto intitula

solidário e participativo, precisa

ter atitudes humanitárias.

Yashuda ressalta que Araraquara

tem uma rede de assistência social,

através dos seus 10 CRAS (Centro

de Referência de Assistência Social),

Centro Pop, casas de acolhimento e

Casa Transitória. Tem Guarda Municipal,

Centro de acompanhamento

para dependentes químicos de álcool

e drogas, mas os espaços públicos

estão tomados por moradores em

situação de rua.

Segundo a Secretaria de Assistência

Social a cidade conta hoje com

50 moradores de rua. O vereador diz

que “de forma inédita, nunca visto

antes, em frente à Igreja do Santana

se ergue uma favela, criada pelos

moradores de rua, edificando ao lado

do salão paroquial, e o que é mais

absurdo é que o local fica em frente

à Casa Transitória, onde se acolhe

essas pessoas”.

Moradores de rua acampam na lateral

da Igreja do Santana

Ele diz ainda que o caso vem se

tornando tão grave que ele participou

de uma reunião na Casa Transitória

no último 10 de junho com a gerente

de Assistência Social, Ana Cassia,

Assistente Social da Casa Transitória,

Azenilda, Comandante da Guarda Municipal,

Zacaro, o Padre Charles da

paróquia do Santana e Guilherme que

é assistente técnico da Casa Transitória,

que também já acompanham

o caso.

“Entendemos e respeitamos o posicionamento

de todos, assim como

respeito nossos irmãos moradores

de rua, mas não podemos deixar de

evidenciar a incapacidade do serviço

prestado pelo município, neste caso

em especifico. Essas pessoas estão

lá há quase 90 dias, desde o dia 20

de março, e até agora absolutamente

nada foi feito para acolhê-los na Casa

Transitória que fica em frente, ou levá-los

para um local adequado. Eles

usam o banheiro da Casa e recebem

marmitas diariamente, não sairão de

lá” – afirma Yashuda.

Vale ressaltar que Juliana que é

a moradora fixa do local, mas existe

uma rotatividade de cerca de cinco

pessoas. Ela é usuária de drogas,

agressiva e impede a entrada de

paroquianos, dos voluntários e até

mesmo do padre, pois está usando

o toldo do salão sem autorização da

comunidade e tomou conta da porta

lateral do salão.

“Os moradores do entorno, os

paroquianos e os comerciantes bem

como as pessoas que por ali passam,

vem nos cobrando sobre providências

que o Executivo tem que tomar. Enquanto

isso, fica um jogo de empurra-

-empurra e nenhuma secretaria assume

a responsabilidade, é necessário

um trabalho conjunto, mas tem que

ser feito. É inadmissível quase 90 dias

e nada foi feito”, desabafa o vereador.

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