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DURA BATALHA - Empresas adotam medidas preventivas para combater os impactos da pandemia<br />
PARCERIA E<br />
CRESCIMENTO<br />
ESCOLHA CERTA DE FORNECEDORES<br />
POTENCIALIZA RESULTADOS<br />
9 7 7235 9 4 66 0 7 3 0 0 2 2 0<br />
SOURCING AND<br />
GROWING<br />
CHOOSING THE RIGHT<br />
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SUMÁRIO<br />
INDUSTRIAL<br />
44<br />
<strong>2020</strong><br />
30<br />
40<br />
36<br />
MADEIRA<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
Alca Máquinas 07<br />
Contraco 19<br />
DRV Ferramentas 09<br />
Engecass 11<br />
Impacto Máquinas 47<br />
Linck 05<br />
Máquinas Águia 59<br />
Máquinas Dudi 53<br />
Marrari 39<br />
Mendes Máquinas 02<br />
Mill Indústrias 29<br />
Mill Indústrias 55<br />
Mill Indústrias 60<br />
Nazzareno 21<br />
MSM Química 13<br />
Picoloto 43<br />
Prêmio REFERÊNCIA 23<br />
Vantec 17<br />
Wood Home 57<br />
SUMÁRIO<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
14 Notas<br />
20 Aplicação<br />
22 Frases<br />
24 Entrevista<br />
30 Principal À prova do tempo<br />
36 Comércio<br />
40 Marcenaria<br />
44 Mercado<br />
48 Madeira Tratada<br />
50 Artigo<br />
56 Agenda<br />
58 Espaço Aberto<br />
04<br />
referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
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Inovação. Qualidade.<br />
Economia.<br />
MADE IN GERMANY
0 0 2 2<br />
EDITORIAL<br />
DRIBLAR<br />
OBSTÁCULOS<br />
NA CAPA<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
DURA BATALHA - Empresas adotam medidas preventivas para combater os impactos da pandemia<br />
PARCERIA E<br />
CRESCIMENTO<br />
ESCOLHA CERTA DE FORNECEDORES<br />
POTENCIALIZA RESULTADOS<br />
06<br />
A<br />
indústria brasileira precisará se reinventar<br />
ao fim da pandemia. A promessa<br />
da retomada econômica dos<br />
últimos anos foi interrompida, mas<br />
o setor produtivo do país já mostra<br />
sinais de forças para vencer mais este obstáculo.<br />
Neste cenário, a REFERÊNCIA INDUSTRIAL desta<br />
edição conversa com o novo presidente da Abimci<br />
(Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />
Mecanicamente), Juliano Vieira de Araújo,<br />
sobre o papel da instituição no futuro da indústria<br />
para a próxima década. Na editoria de Mercado,<br />
abordamos as medidas trabalhistas tomadas pelas<br />
empresas para enfrentar os problemas criados<br />
pela pandemia e pelo isolamento social. Além disso,<br />
o leitor poderá acompanhar matérias exclusivas<br />
nas editorias de Marcenaria e Madeira Tratada,<br />
assim como as principais novidades do setor. Uma<br />
ótima leitura!<br />
DRIBBLE AROUND THE<br />
OBSTACLES<br />
B<br />
razilian industry will need to reinvent<br />
itself at the end of the pandemic. The<br />
promise of economic recovery in recent<br />
years has been interrupted, but<br />
the Country’s productive sector has<br />
already shown further strength to overcome this<br />
obstacle. In this scenario, this issue of REFERÊN-<br />
CIA <strong>Industrial</strong> talks with Juliano Vieira de Araújo,<br />
the new President of the Brazilian Association<br />
of the Mechanically Processed Timber Industry<br />
(Abimci), about the role of the institution in the<br />
future of the industry for the next decade. In the<br />
Market Section, we approach the measures taken<br />
by companies as to labor to face the problems<br />
created by the pandemic and social isolation.<br />
Also, the reader will be able to follow exclusive<br />
articles in the Wood Working and Treated Wood<br />
Sections, as well as the news from the Sector.<br />
Pleasant reading!<br />
referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong><br />
ESTAMPA A CAPA DESTA<br />
EDIÇÃO ARTE EM ALUSÃO AOS<br />
PRODUTOS OFERECIDOS PELA<br />
COMPANHIA CATARINENSE MILL<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXII - EDIÇÃO <strong>220</strong> - JULHO <strong>2020</strong><br />
Ano XXII • N°<strong>220</strong> • Julho <strong>2020</strong><br />
9 7 72359 4 66073 0<br />
INDÚSTRIAS<br />
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Murilo Basso<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista / Columnist<br />
Flavio C. Geraldo<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski e Fabiano Mendes / Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />
Tradução / Translation - John Wood Moore<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
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CHOOSING THE RIGHT<br />
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Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />
conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />
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FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />
exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />
consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />
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segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />
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and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />
the written authorization of the holders of the authorial rights.
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CARTAS<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
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INDÚSTRIA FORTALECE O MERCADO DE<br />
GERAÇÃO DE ENERGIA TÉRMICA<br />
CARTAS<br />
CAPA DA EDIÇÃO 219 DA<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE JUNHO DE <strong>2020</strong><br />
FUTURO<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXII • N°219 • Junho <strong>2020</strong><br />
Por Antônio Saboia - Goiânia (GO)<br />
MERCADO<br />
Por Bruno Vaz -<br />
São Paulo (SP)<br />
As incertezas geradas pela pandemia do novo<br />
coronavírus trazem insegurança, mas com<br />
certeza a indústria brasileira superará esse<br />
desafio. Parabéns pela cobertura sobre temas<br />
econômicos!<br />
Em nosso mercado, a<br />
certificação de portas<br />
de madeira, por meio<br />
das normas Abnt, se<br />
transformou em algo<br />
essencial para dar<br />
ainda mais prestígio<br />
e confiabilidade ao<br />
segmento industrial<br />
madeireiro. Parabéns por<br />
expor essas características<br />
na reportagem!<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
MARCENARIA<br />
Por Fábio Prestes -<br />
Londrina (PR)<br />
COMÉRCIO<br />
Por Amilton Dias Cardoso - Florianópolis (SC)<br />
Tenho uma marcenaria e<br />
tudo que foi abordado<br />
na matéria condiz com a<br />
realidade. Saber buscar<br />
se modernizar, ainda mais<br />
em tempos como esse,<br />
é fundamental para a<br />
sobrevivência da nobre<br />
arte dos marceneiros.<br />
Excelente material!<br />
Todos os agradecimentos à Abimci (Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />
Mecanicamente), que protocolou um documento,<br />
enviado aos governos do Brasil e dos EUA (Estados<br />
Unidos da América), com o pedido para estabelecer<br />
boas práticas regulatórias entre os dois países.<br />
08<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong><br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
Revista <strong>Referência</strong> <strong>Industrial</strong><br />
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para ser rei,<br />
não basta ter<br />
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BASTIDORES<br />
BASTIDORES<br />
PARCERIA<br />
ANGELITA RAUEN, ANDERSON IZIDORO E LUCAS RAUEN,<br />
DA ELETRO IZIDORO<br />
Foto: divulgação<br />
VISITA<br />
MARCOS EDUARDO DOLBERTH, DA CERUMAQ E<br />
GERSON PENKAL, COMERCIAL DA REVISTA<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
Foto: divulgação<br />
ALTA<br />
AUXÍLIO GOVERNAMENTAL<br />
As micro e pequenas empresas já podem<br />
solicitar o crédito oferecido por meio do<br />
Pronampe (Programa Nacional de Apoio<br />
às Microempresas e Empresas de Pequeno<br />
Porte). O FGO (Fundo Garantidor de<br />
Operações), de R$ 15,9 bilhões do Tesouro<br />
Nacional, foi liberado para avalizar empréstimos<br />
tomados pelos pequenos negócios. O<br />
anúncio foi feito pela Secretaria Especial de<br />
Produtividade, Emprego e Competitividade<br />
do Ministério da Economia, Receita Federal<br />
e Banco do Brasil, instituição gestora do<br />
fundo. Os recursos poderão ser pedidos em<br />
bancos públicos, privados, cooperativas e<br />
cooperativas de crédito que quiserem participar<br />
do programa. É permitida ainda a participação<br />
de agências de fomento estaduais,<br />
bancos cooperados, instituições integrantes<br />
do Sistema de Pagamentos Brasileiro, fintechs<br />
(empresa de inovação e tecnologia do<br />
setor financeiro) e organizações da sociedade<br />
civil de interesse público de crédito.<br />
BAIXA<br />
QUEDA DA PRODUTIVIDADE<br />
A CNI (Confederação Nacional da<br />
Indústria) informou que a redução da<br />
demanda de consumo, causada pelo<br />
isolamento social, afetou o faturamento<br />
das empresas, as horas trabalhadas<br />
na produção e a utilização da capacidade<br />
instalada da indústria de forma<br />
sem precedentes. De acordo com<br />
a pesquisa Indicadores Industriais<br />
do mês de abril, todos esses índices<br />
tiveram queda recorde e registram<br />
os menores níveis de toda a série histórica,<br />
iniciada em 2010. O emprego<br />
industrial foi o menor desde 2004. Em<br />
março, os três índices já haviam registrado<br />
queda. A indústria relata perdas<br />
de 23,3% do faturamento, queda de<br />
19,4% nas horas trabalhadas na produção<br />
e redução de 2,3% no número<br />
de empregados em abril, em relação<br />
a março deste ano. A utilização da capacidade<br />
instalada caiu 6,6% em abril<br />
se comparado a março e 8,2% em<br />
relação à abril de 2019.<br />
10 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
COLUNA<br />
FAMA DE MAU<br />
Flavio C. Geraldo<br />
FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />
Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />
O<br />
tempo vai passando, mas a lembrança do<br />
exemplo dado pela fábula dos “Três Porquinhos”<br />
é sempre esclarecedora. Com alguma<br />
frequência, vemos como uma das explicações<br />
pelo preconceito em relação ao uso da madeira<br />
em construções o fato de termos, em nosso subconsciente,<br />
a memória remanescente da infância a respeito da<br />
escapada dos três porquinhos quando perseguidos pelo<br />
Lobo Mau.<br />
Para os mais esquecidos, os três porquinhos, chamados<br />
Prático, Heitor e Cícero, deveriam, cada um, construir<br />
suas casas para ficarem protegidos do Lobo Mau. Cícero,<br />
mencionado como o mais preguiçoso dos três, optou pelo<br />
caminho mais fácil, construindo uma pequena cabana com<br />
palha. Enquanto isso, Heitor decidiu construir sua casa utilizando<br />
madeira. Já Prático usou tijolos, cimento e pedras.<br />
Longe de serem analisados alguns detalhes que hoje<br />
fazem toda a diferença, a construção feita pelo porquinho<br />
Prático foi a mais trabalhosa e demorada, tanto que ele se<br />
chateava pelo fato de seus dois irmãos, por já estarem com<br />
suas casas prontas, terem tempo disponível para a diversão,<br />
enquanto ele ainda precisava pegar pesado.<br />
Um dia, finalmente, o Lobo Mau chegou. Faminto, decidiu<br />
que porquinhos assados fariam parte do seu cardápio.<br />
Com a aproximação do Lobão, cada porquinho correu para<br />
se esconder em sua cabana. Cícero, tremendo de medo,<br />
viu sua casinha se desfazer com um forte sopro do Lobo<br />
Mau. Por sorte, conseguiu escapar correndo para a casa do<br />
Prático.<br />
O Lobo, então, partiu para a sua segunda opção: tentar<br />
pegar Heitor, cuja casa era a de madeira. Foi aí que Joseph<br />
Jacobs, tido como o autor da fábula, criou um grande problema<br />
para a madeira enquanto material construtivo em<br />
algumas regiões do planeta. Segundo a história, bastaram<br />
dois fortes sopros para que a construção viesse abaixo,<br />
deixando o pobre Heitor apavorado. Para a sua felicidade,<br />
Foto: divulgação<br />
porém, conseguiu correr e refugiar-se na casa de Prático.<br />
Bem, o Lobão não teve dúvidas e foi até a terceira casa,<br />
pensando que, no máximo, três bons soprões resolveriam<br />
o problema. Ele soprou até perder o fôlego, mas a casa de<br />
alvenaria nem se mexia. Diz-se que até tentou entrar pela<br />
chaminé, mas queimou sua cauda e nunca mais voltou para<br />
importunar os três porquinhos.<br />
Fica, assim, na mente das crianças, que a casa de<br />
alvenaria seria a construção perfeita, à prova de lobos<br />
malvados e outros tantos males. Perderam os lobos, que<br />
ganharam a fama de mau, sem direito à caça para a sua<br />
sobrevivência, e perdeu a madeira, cuja imagem ficou comprometida<br />
como um material frágil para construções.<br />
O senhor Jacobs certamente não teve essa intenção<br />
quando escreveu a história e estava longe de prever esse<br />
tipo de consequência. Hoje, o Lobo Mau, se fosse mesmo<br />
mau, teria se dado mal. Provavelmente se tornaria vegetariano<br />
ou vegano.<br />
Quanto aos materiais utilizados, a palha teve uma trajetória<br />
de sucesso, não como material construtivo, é certo,<br />
mas como material de fertilização ou conservação do solo,<br />
para fins energéticos ou mesmo para a fabricação de acessórios<br />
e artesanato. Já a madeira vem lutando bravamente<br />
para ganhar o seu espaço como material construtivo e de<br />
engenharia em países onde a cultura madeireira ainda segue<br />
a cartilha do senhor Jacobs.<br />
A partir da utilização da madeira engenheirada do tipo<br />
mass timber, como a Mlcc (Madeira Lamelada Colada Cruzada),<br />
das vigas laminadas coladas e do sistema construtivo<br />
de base wood frame, vemos aos poucos se consolidar no<br />
Brasil uma significativa mudança da percepção em relação<br />
à madeira como material construtivo.<br />
Graças a essa gradativa mudança, a aceitação desses<br />
sistemas, elementos e tipos de componentes têm o reconhecimento<br />
da engenharia construtiva brasileira quanto<br />
aos modelos de construções do tipo industrializada ou<br />
modulares, com base na utilização intensiva da madeira.<br />
Distantes de serem novidade em muitos países onde a<br />
cultura madeireira é muito mais desenvolvida, começam a<br />
ser reconhecidos no Brasil como sendo mais adequados do<br />
que construções em alvenaria.<br />
É certo também que as demandas da sociedade pela<br />
sustentabilidade têm contribuído fortemente para a adoção<br />
de materiais construtivos amigáveis e de baixo impacto<br />
ambiental. A madeira cultivada apresenta-se como a<br />
melhor opção, afinal, trata-se de recurso natural renovável<br />
de ciclo curto. Possivelmente, em algum lugar, o senhor<br />
Joseph Jacobs esteja feliz com esse desfecho. Resta agora<br />
limpar a barra do Lobão, que, ao que parece, ainda carrega<br />
a sua fama de mau.<br />
12 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
NOTAS<br />
CONFIANÇA<br />
EMPRESARIAL<br />
O Icei (Índice de Confiança do Empresário <strong>Industrial</strong>)<br />
passou de 34,7 pontos, em maio, para 41,2 pontos, em<br />
junho, em uma escala de 0 a 100. Nessa metodologia,<br />
os 50 pontos marcam uma linha divisória entre confiança<br />
e falta de confiança. Quanto mais abaixo de 50 pontos,<br />
maior e mais disseminada é a falta de confiança. O aumento<br />
do índice pode ser explicado pela melhora nas<br />
expectativas do empresário para os próximos seis meses,<br />
que registrou alta de 8,4 pontos e subiu para 47,8<br />
pontos. A avaliação em relação ao momento atual ainda<br />
não é a ideal. O índice de condições atuais cresceu 2,7<br />
pontos e alcançou 27,7 pontos entre maio e junho deste<br />
ano.<br />
Foto: divulgação<br />
ECONOMIA<br />
BRASILEIRA<br />
O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revisou<br />
as previsões macroeconômicas para <strong>2020</strong> e apontou queda<br />
esperada de 6% no PIB (Produto Interno Bruto), que é<br />
a soma de todos os bens e serviços produzidos no país,<br />
e a alta de 3,6% para 2021. Em março, ele havia estimado<br />
recuo de 1,8% este ano e crescimento de 3,1% para o ano<br />
que vem. Segundo o Ipea, os dados foram revistos diante<br />
do avanço da pandemia da covid-19 e de seus impactos na<br />
economia brasileira, especialmente, no segundo trimestre<br />
deste ano. O estudo destacou o início de uma gradual flexibilização<br />
das restrições à mobilidade e ao funcionamento<br />
das atividades econômicas a partir de junho. Considerando<br />
o cenário, projeta-se queda de 10,5% no segundo trimestre.<br />
Só na indústria, a retração deve ser de 13,8%, nos serviços,<br />
10,1%, e, no consumo das famílias, 11,2%. Para o terceiro e o<br />
quarto trimestres, a previsão é de recuperação da atividade<br />
econômica.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
PRODUÇÃO<br />
INDUSTRIAL<br />
Os efeitos do isolamento social imposto no país para<br />
conter a pandemia da covid-19 se refletiram nos dados<br />
da PIM (Pesquisa <strong>Industrial</strong> Mensal) de abril, divulgada<br />
hoje pelo Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).<br />
Na série com ajuste sazonal, as taxas foram<br />
negativas em 13 das 15 regiões pesquisadas, com oito<br />
delas apresentando o pior resultado da série histórica,<br />
iniciada em 2002, assim como o resultado nacional,<br />
que apresentou queda de 18,8% da atividade industrial<br />
de março para abril de <strong>2020</strong>. As maiores quedas<br />
ocorreram no Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), região<br />
nordeste (-29,0%), Paraná (-28,7%), Bahia (-24,7%),<br />
São Paulo (-23,2%) e Rio Grande do Sul (-21,0%).<br />
Tiveram resultados positivos apenas o Pará, com crescimento<br />
de 4,9% na comparação com março, e Goiás,<br />
que subiu 2,3%. Os dois Estados voltaram a crescer<br />
após apresentar queda no mês anterior, de -14,4% e<br />
-2,5%, respectivamente.<br />
14 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
AUXÍLIO DO<br />
BNDS<br />
O presidente do Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />
Econômico e Social), Gustavo Montezano,<br />
anunciou no início de junho um conjunto<br />
de ações emergenciais, no valor de R$ 4,3 bilhões,<br />
para combater impactos da pandemia da covid-19<br />
no país. Entre as medidas, destaca-se a suspensão,<br />
até o fim de dezembro deste ano, do pagamento<br />
de juros em contratos de financiamento do Bndes<br />
com estados, municípios e o Distrito Federal. Montezano<br />
anunciou também a aprovação de repasse<br />
emergencial de recursos para os 13 Estados que<br />
têm contratos ativos com o banco: Acre, Amapá,<br />
Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais,<br />
Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Rio<br />
Grande do Sul e Santa Catarina. O objetivo é que<br />
possam investir em ações de enfrentamento à pandemia<br />
e na redução do impacto das consequências<br />
econômicas. A medida permite também prorrogar<br />
os prazos das operações pelo mesmo período.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
PEQUENAS<br />
INDÚSTRIAS<br />
O Índice de Desempenho da Pequena Indústria mostra o impacto<br />
da pandemia da covid-19 no segmento. O indicador<br />
apresentou reduções de 13 pontos em março e 4,1 pontos<br />
em abril, quando o indicador ficou em 27,1 pontos numa escala<br />
de 0 a 100. Esse foi o menor índice da história. Segundo<br />
a Confederação Nacional da Indústria, a retração foi sentida<br />
em todos os setores, com maior ênfase na transformação,<br />
com 17,7 pontos negativos na construção civil, queda de<br />
15,7 pontos. Em menor escala aparece a extrativa, com uma<br />
redução de 6,9 pontos. “A falta de demanda, resultado das<br />
restrições impostas ao comércio, do isolamento e da piora<br />
da confiança dos consumidores, assumiu a primeira posição<br />
no ranking de principais problemas enfrentados pelas pequenas<br />
empresas da indústria de transformação”, destaca o<br />
relatório.<br />
LINHA DE<br />
CRÉDITO<br />
Foto: divulgação<br />
Em resposta ao pedido da Abimóvel (Associação Brasileira<br />
das Indústrias do Mobiliário) enviado ao Banco Central brasileiro,<br />
o presidente Roberto Campos Neto afirmou que irá<br />
formular mudanças na linha de créditos para folhas de pagamento.<br />
Segundo o responsável pelo BC (Banco Central), a<br />
tendência é que o limite de faturamento das empresas que<br />
podem contratar o crédito aumentará. Entretanto, Campos<br />
Neto não deu detalhes sobre a mudança. Atualmente, a linha<br />
é destinada para empresas com faturamento entre R$ 360 mil<br />
e R$ 10 milhões. Campos Neto disse que as firmas que contrataram<br />
o financiamento têm faturamento mais próximo dos<br />
R$ 10 milhões. “Isso mostra que nesse produto de folha de<br />
pagamentos vamos expandir (o limite de faturamento) para<br />
cima”, explicou, em entrevista ao UOL.<br />
JULHO <strong>2020</strong> 15
NOTAS<br />
SALÃO<br />
DE GRAMADO<br />
A Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário),<br />
entidade responsável pela realização do Salão<br />
de Gramado, anunciou que o evento acontecerá entre os<br />
dias 15 a 18 de Junho de 2021 no Serra Park, em Gramado,<br />
no interior do Rio Grande do Sul. A feira, que aconteceria<br />
em junho deste ano, precisou ser adiada devido o<br />
aumento do número de casos da covid-19 nos Estados da<br />
região sul do Brasil. “Diante deste cenário de incertezas<br />
e após reuniões online com os nossos Expositores, avaliamos<br />
conjuntamente todas as possibilidades de realização<br />
do Salão de Gramado, porém, as dificuldades de agenda<br />
no segundo semestre do pavilhão e as barreiras frente<br />
ao isolamento social nos impossibilitaram de retomar os<br />
planos”, afirmou a Abimóvel em comunicado oficial divulgado<br />
à imprensa.<br />
Foto: divulgação<br />
EXPORTAÇÕES<br />
GAÚCHAS<br />
O relatório: Conjuntura e comércio externo do<br />
setor de móveis no Brasil; com dados de março<br />
e abril, encomendado pela Movergs (Associação<br />
das Indústrias de Móveis do Estado do<br />
Rio Grande do Sul) e produzido pelo Iemi (Inteligência<br />
de Mercado), confirma a queda nas<br />
vendas do setor moveleiro gaúcho em função<br />
da pandemia, cenário já previsto pelos empresários.<br />
De acordo com o levantamento, no<br />
quesito exportações, em março as negociações<br />
ainda permaneceram positivas, com avanço<br />
3,4%, e somando US$ 13,8 milhões. No entanto,<br />
no mês de abril, é possível verificar recuo de<br />
45,0%, totalizando US$ 7,6 milhões. Mesmo<br />
com a queda significativa das exportações em<br />
abril, o saldo da balança comercial nesse mês<br />
ficou positivo em US$ 7,3 milhões.<br />
Foto: divulgação<br />
IMPACTO<br />
PARANAENSE<br />
O Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou<br />
em junho os resultados da produção industrial no Paraná. Os<br />
números revelam uma forte queda no setor em abril, quando a<br />
crise do novo coronavírus já influenciava a atividade no Estado.<br />
Na comparação com abril de 2019, houve queda de 30,6%. O<br />
indicador nacional, no mesmo período, ficou em -27,2%. Mas<br />
quando se analisam os números relativos ao acumulado do<br />
ano, de janeiro a abril, a queda é bem menor. O Paraná teve<br />
retração da atividade industrial em 6,2%. O indicador nacional<br />
ficou em -8,2%. “A queda na produção industrial, revelada<br />
pelos dados do Ibge, já era esperada devido às restrições a diversas<br />
atividades, que se intensificaram durante o mês de abril<br />
e paralisaram ou reduziram a produção em boa parte das fábricas”,<br />
afirma o presidente da Fiep (Federação das Indústrias do<br />
Estado do Paraná), Carlos Valter Martins Pedro.<br />
Foto: divulgação<br />
16 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
NOTAS<br />
PANDEMIA<br />
AFETOU EXPORTAÇÕES<br />
Consulta realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria)<br />
para medir impacto da pandemia do novo coronavírus<br />
no comércio exterior brasileiro revelou que a maioria<br />
das empresas foram afetadas negativamente. Entre as exportadoras,<br />
57% registraram queda no valor faturado. Entre<br />
as importadoras e aquelas que investem em países estrangeiros,<br />
a queda foi ainda mais relevante, de 70% em cada<br />
um dos grupos. O levantamento foi feito entre os dias 02 e<br />
10 de junho e avaliou os dados referentes a abril e maio de<br />
197 empresas internacionalizadas (exportadoras, importadoras<br />
ou com investimentos no exterior). Essa é a segunda<br />
consulta da CNI para avaliar o impacto da pandemia no<br />
comércio exterior do Brasil. Apesar do estudo mostrar um<br />
quadro extremamente negativo, na comparação com a<br />
primeira edição, os dados indicam que a queda no valor de<br />
exportações desacelerou. Em fevereiro e março o índice de<br />
retração foi de 80%, um percentual 23 pontos maior que o<br />
referente aos meses de abril e maio.<br />
Foto: divulgação<br />
MOVELSUL<br />
BRASIL <strong>2020</strong><br />
Adiada no mês de março devido ao avanço mundial da<br />
Covid-19, a Movelsul Brasil, maior feira de móveis da<br />
América Latina para lojistas e importadores, tem nova<br />
data anunciada: de 14 a 17 de setembro, em Bento Gonçalves<br />
(RS). O presidente do Sindmóveis e da Movelsul<br />
Brasil, Vinicius Benini, admite que o setor moveleiro deva<br />
ser um dos mais impactados pela pandemia, mas reforço<br />
a importância do evento para o segmento de móveis no<br />
país. “Desde março, a entidade buscou administrar a<br />
situação de uma feira já montada e a apreensão do setor<br />
moveleiro. Diante de um quadro de retomada responsável,<br />
entendemos que no mês de setembro as pessoas<br />
estarão mais seguras em circular e a feira estará apta<br />
a ocorrer”, afirma. “Precisamos considerar que o setor<br />
moveleiro é essencial para a cidade de Bento Gonçalves,<br />
ao mesmo tempo em que a Movelsul é essencial para o<br />
nosso turismo de negócios e para os negócios do setor<br />
moveleiro nacional”, completa Vinicius Benini.<br />
Foto: divulgação<br />
NOVAS<br />
MEDIDAS<br />
Medidas emergenciais e temporárias são fundamentais para atenuar o<br />
impacto da pandemia do novo coronavírus e garantir a sobrevivência de<br />
empresas e a renda de milhões de trabalhadores. Por isso, ainda em março,<br />
a CNI (Confederação Nacional da Indústria), com o apoio de federações e<br />
associações setoriais, propôs ao governo federal um conjunto de 38 medidas<br />
urgentes contra a crise. Depois, em abril, outras 30 novas ações foram sugeridas<br />
aos representantes dos três Poderes, totalizando 68 recomendações<br />
em diversas áreas, como trabalhista, tributária, creditícia, ambiental e de infraestrutura.<br />
Dentre elas, 50 já foram adotadas total ou parcialmente. “Todas<br />
as áreas foram contempladas de alguma forma com medidas emergenciais”,<br />
destaca Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de Desenvolvimento <strong>Industrial</strong> da<br />
CNI. Segundo ele, “houve uma sensibilidade e uma real compreensão por<br />
parte do governo federal de que, em uma crise, algumas pautas não podem<br />
ser consideradas da mesma forma que nos momentos de normalidade.”<br />
Foto: divulgação<br />
18 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
estufas para secagem<br />
de madeira,<br />
TRATAMENTO<br />
FITOSSANITÁRIO HT e<br />
Tratamento para pallet<br />
Estufas de<br />
tratamento a Gás<br />
estufa para secagem<br />
e tratamento<br />
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APLICAÇÃO<br />
CASE DE<br />
SMARTPHONE<br />
Foto: divulgação<br />
A versatilidade da madeira tem sido cada vez<br />
mais utilizada pela área de design, que tem ressignificado<br />
seu uso nos mais diversos contextos,<br />
desde o mobiliário até aplicações menores,<br />
como em ferramentas do nosso cotidiano. É o<br />
que a Qualtry, empresa de utilitários para casa<br />
e dia a dia, tem realizado com sua nova linha<br />
de cases de smartphones, que se aproveitam<br />
de madeiras de destruição e de fontes certificadas<br />
para dar um toque de requinte ao aparelho<br />
celular. Essas capas de madeira natural e<br />
resistente mantêm o smartphone seguro contra<br />
choques e arranhões acidentais. Além disso, a<br />
Qualtry ainda fornece um serviço de gravação a<br />
laser para a personalização da peça ao usuário.<br />
Mesmo sendo americana, a companhia aceita<br />
encomendas do Brasil e suas cases custam em<br />
torno de R$ 90.<br />
MADEIRA<br />
NA CABEÇA<br />
Com vasta experiência no vestuário jovem e surfista, a<br />
Koa tem produzido modernos e bonitos bonés com a<br />
aba de madeira, para auxiliar os esportistas nas praias<br />
de todo o mundo. Esses acessórios são construídos<br />
com um sistema laminado de madeira largamente<br />
testado pelas equipes de pesquisa da empresa. O<br />
resultado é uma superfície estável com três camadas<br />
de verniz de longarina marinha com um inibidor de<br />
UV que mantém sua elegância por anos de exposição<br />
aos elementos. “Nossos chapéus e viseiras combinam<br />
o artesanato do velho mundo, a bela madeira koa<br />
havaiana e uma sensação de diversão para criar um<br />
boné exclusivo. Fabricamos os chapéus e viseiras em<br />
uma variedade de cores sólidas e tecidos estampados”,<br />
explica Anna Kahuawan, designer da Koa.<br />
Foto: divulgação<br />
20 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
FRASES<br />
“A MELHOR SAÍDA SÃO OS ACORDOS COLETIVOS, DE REDUÇÃO DE<br />
SALÁRIO E JORNADA, ANTECIPAÇÃO DE FÉRIAS OU SUSPENSÃO DO<br />
CONTRATO DE TRABALHO, COM APORTE PARCIAL DO GOVERNO. PARA UMA<br />
REDUÇÃO SALARIAL DE ATÉ 25%, A PRÓPRIA CLT, EM SEU ART. 503, PREVÊ<br />
A POSSIBILIDADE POR DECISÃO EXCLUSIVA DA EMPRESA EM CASO DE FORÇA<br />
MAIOR, INDEPENDENTE DE ACORDO. E A PANDEMIA É A NOTÓRIA FORÇA<br />
MAIOR DO MOMENTO. É DE SE LEMBRAR A MP 680, DE 2015, PARA SALVAR A<br />
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA, PERMITINDO REDUÇÃO DE SALÁRIO E JORNADA<br />
EM 30%, COM APORTE DO FAT (FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR) DE<br />
50% DOS SALÁRIOS REDUZIDOS”<br />
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS FILHO, MINISTRO DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO<br />
TRABALHO), SOBRE SAÍDAS PARA A CRISE ECONÔMICA GERADA PELA PANDEMIA<br />
“O<br />
CAMPO NÃO<br />
PAROU, MAS<br />
AS CIDADES E<br />
MUITOS ESTADOS<br />
PARARAM.<br />
NÃO VAI SER<br />
FÁCIL FAZER ESSA<br />
ECONOMIA PEGAR NO<br />
TRANCO NOVAMENTE.<br />
ENTÃO APELAMOS QUE<br />
OS GOVERNADORES<br />
E PREFEITOS PARA<br />
QUE, OBVIAMENTE COM<br />
RESPONSABILIDADE,<br />
COMECEM A ABRIR O<br />
COMÉRCIO”<br />
“AS INDÚSTRIAS EVITARAM AO MÁXIMO DEMITIR,<br />
OPTANDO POR DIVERSAS ALTERNATIVAS QUE<br />
POSSIBILITARAM FREAR O DESEMPREGO NOS PRIMEIROS<br />
MESES DA CRISE. MAS, NO MÊS DE ABRIL, PUDEMOS<br />
ACOMPANHAR QUE, LAMENTAVELMENTE, HOUVE MUITOS<br />
FECHAMENTOS DE POSTOS. DEPENDENDO DA DURAÇÃO<br />
DA CRISE, DAS AÇÕES DE RESTRIÇÕES DE CIRCULAÇÃO<br />
DE PESSOAS, DO FECHAMENTO DO COMÉRCIO E DA<br />
INDÚSTRIA E OS EFEITOS DAS MEDIDAS ECONÔMICAS, O<br />
IMPACTO PODE VARIAR. DE QUALQUER MODO, OS EFEITOS<br />
SERÃO SENTIDOS PELO MENOS ATÉ O FINAL DO ANO”<br />
VINICIUS BENINI, PRESIDENTE DO SINDMÓVEIS (SINDICATO DAS INDÚSTRIAS<br />
DO MOBILIÁRIO DE BENTO GONÇALVES)<br />
JAIR BOLSONARO,<br />
PRESIDENTE DO<br />
BRASIL, SOBRE A<br />
REABERTURA DO<br />
PAÍS DURANTE A<br />
PANDEMIA<br />
Foto: divulgação<br />
“O BRASIL SABE DA IMPORTÂNCIA<br />
DO CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL DO<br />
PONTO DE VISTA FISCAL E AMBIENTAL.<br />
O BRASIL É UM PAÍS QUE ALIMENTA<br />
O MUNDO, PRESERVANDO O MEIO<br />
AMBIENTE. SE HÁ EXCESSOS E SE HÁ<br />
ERROS, CORRIGIREMOS”<br />
PAULO GUEDES, DURANTE REUNIÃO<br />
VIRTUAL DA OCDE (ORGANIZAÇÃO PARA<br />
A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO<br />
ECONÔMICO)<br />
22 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
Patrocinadores:<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
www<br />
revistareferencia.com.br<br />
/referenciamadeira<br />
comercial@revistareferencia.com.br
ENTREVISTA<br />
DE OLHO<br />
NO AMANHÃ<br />
WITH AN EYE<br />
ON TOMORROW<br />
C<br />
om o olhar para o futuro, mas tendo como base a<br />
consolidada história construída por uma associação<br />
quase cinquentenária, o novo presidente da<br />
Abimci (Associação Brasileira da Indústria da Madeira<br />
Processada Mecanicamente), Juliano Vieira<br />
de Araujo, assume a gestão da entidade pelos próximos três<br />
anos. Na pauta, além dos conhecidos desafios enfrentados<br />
pelo setor produtivo para melhoria da competitividade, o objetivo<br />
é fortalecer a atuação dos Comitês Setoriais, avançar na<br />
representação internacional, na defesa de interesses nos mercados<br />
nacional e internacional, além de intensificar o monitoramento<br />
de informações relevantes às empresas associadas.<br />
ENTREVISTA<br />
Looking to the future, but based on a consolidated<br />
history built by an almost fifty-year-old association,<br />
Juliano Vieira de Araujo, the new president of the Brazilian<br />
Association of the Mechanically Processed Timber<br />
Industry (Abimci), takes over the management of<br />
the Entity for the next three years. On the agenda, in addition to<br />
the known challenges faced by the productive sector to improve<br />
competitiveness, the objective is to strengthen the performance<br />
of sectoral committees, advance in international representation,<br />
the defense of interests in the national and international markets,<br />
and intensify the monitoring of relevant information to member<br />
companies.<br />
JULIANO VIEIRA<br />
DE ARAUJO<br />
PERFIL: NASCIDO EM CURITIBA, 47 ANOS,<br />
FORMADO EM ADMINISTRAÇÃO, PÓS-GRADUADO EM<br />
NEGÓCIOS INTERNACIONAIS. PRESIDENTE DA ABIMCI<br />
E DIRETOR DA F.V.DE ARAUJO S.A.<br />
Foto: Marcos Mancinni<br />
DATE AND PLACE OF BIRTH: CURITIBA, 47<br />
PROFESSIONAL EDUCATION: MANAGEMENT AND POST-GRADUATE<br />
STUDIES IN MANAGEMENT<br />
FUNCTION: PRESIDENT OF THE BRAZILIAN ASSOCIATION OF THE<br />
MECHANICALLY PROCESSED TIMBER INDUSTRY (ABIMCI) AND DIRECTOR<br />
OF F.V.DE ARAUJO S.A.<br />
24 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
JULHO <strong>2020</strong> 25
26 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
28 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
PRINCIPAL<br />
À PROVA<br />
DO TEMPO<br />
30 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
PRODUTOS DE ALTA<br />
DURABILIDADE E ROBUSTEZ<br />
FAZEM DE EMPRESA<br />
CATARINENSE DE SERRAS E<br />
MÁQUINAS, DESTAQUE NO<br />
SEGMENTO<br />
Fotos: Fom Conradi<br />
TIME-PROOF<br />
HIGH DURABILITY AND ROBUST<br />
PRODUCTS MAKE THE STATE OF<br />
SANTA CATARINA MANUFACTURER<br />
OF SAW BLADES AND SAWMILL<br />
EQUIPMENT A HIGHLIGHT OF THE<br />
SEGMENT<br />
JULHO <strong>2020</strong> 31
PRINCIPAL<br />
Q<br />
ualidade do serviço oferecido, tecnologia de<br />
ponta, durabilidade dos produtos e atendimento<br />
diferenciado. Essas são as principais<br />
características da Mill Indústrias: há 24 anos<br />
no mercado, a empresa também conta com<br />
um corpo de colaboradores qualificado e atento às crescentes<br />
evoluções e demandas do setor industrial brasileiro.<br />
Fundada em 1996 na cidade de Lages (SC), a companhia<br />
se tornou referência em serras e maquinários para o<br />
segmento de corte e secagem de madeira. A empresa hoje<br />
conta com um extenso mix de produtos para diversos ramos<br />
e um moderno parque fabril, com mais de 14 mil m² (metros<br />
quadrados) dividido em três categorias produtivas, sendo<br />
a unidade serras com foco em fabricação de lâminas para<br />
corte de madeira; unidade de equipamentos, que projeta<br />
e constrói equipamentos para a indústria madeireira, e a<br />
unidade caldeiras, secadores e autoclaves, com projetos<br />
personalizados conforme demanda.<br />
MERCADO SÓLIDO<br />
O setor madeireiro é um dos mais fortes do Brasil. Boletim<br />
divulgado pela IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores)<br />
referente ao primeiro trimestre de <strong>2020</strong> apontou que os<br />
produtos da indústria de base florestal brasileira alcançaram<br />
US$ 2 bilhões em comercialização com outros países.<br />
Enquanto a celulose totalizou US$ 1,5 bilhão, o papel representou<br />
US$ 451 milhões do montante e os painéis de<br />
madeira somaram US$ 68 milhões.<br />
Outro ponto a favor do industrial madeireiro no Brasil<br />
é a qualidade das florestas plantadas. Elas ocupam, hoje,<br />
1% de todo o território nacional,<br />
e fazem com que o país<br />
seja líder no ranking mundial<br />
de produtividade no ramo,<br />
possuindo 7,83 milhões de<br />
hectares plantados, e são<br />
responsáveis por cerca de<br />
6,9% do PIB (Produto Interno<br />
Bruto) industrial nacional.<br />
Além disso, o setor gera quase<br />
4 milhões de empregos<br />
diretos e indiretos.<br />
Neste cenário, diversas<br />
empresas brasileiras se tornaram<br />
referência quando o<br />
assunto é qualidade de madeira<br />
plantada. Nos últimos<br />
anos, o país tem comercializado<br />
sua matéria-prima para<br />
países como EUA (Estados<br />
Unidos da América), México,<br />
China, Reino Unido, Japão e<br />
Bélgica e também tem conquistado<br />
outros mercados,<br />
como França e Alemanha.<br />
Q<br />
uality of service offered, state-of-the-art<br />
technology, the durability of products, and<br />
differentiated service. These are the main<br />
characteristics of Mill Indústrias, with 24 years<br />
in the market, and a qualified technical staff<br />
that is attentive to the growing evolutions and demands of<br />
the Brazilian industrial sector.<br />
Founded in 1996 in the City of Lages (SC), the Company<br />
has become a reference in saw blades and equipment for<br />
the sawn wood and drying segment. Today, the Company<br />
has a broad mix of products for various segments and a<br />
modern manufacturing park, with more than 14 thousand<br />
m² divided into three productive categories: the saw blade<br />
unit with a focus on the manufacture of wood cutting blades;<br />
equipment unit, which designs and builds equipment for the<br />
timber processing industry: and, the boiler, dryer, and autoclave<br />
unit, with customized designs according to demand.<br />
SOLID MARKET<br />
The Timber Processing Sector is one of the strongest<br />
in Brazil. Ibá (Brazilian Tree Industry) Bulletin for the first<br />
quarter of <strong>2020</strong> pointed out that the value of products<br />
exported to other countries from the Brazilian forest-based<br />
industry amounted to US$ 2 billion. Where pulp totaled<br />
$1.5 billion, paper accounted for $451 million, and wood<br />
panels $68 million.<br />
IMAGEM DOS EQUIPAMENTOS<br />
DA BOA ESPERANÇA,<br />
TRABALHANDO HÁ QUASE 20 ANOS<br />
32 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
JULHO <strong>2020</strong> 33
34 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
JULHO <strong>2020</strong> 35
COMÉRCIO<br />
BARREIRAS<br />
COMERCIAIS<br />
DE ACORDO COM O SISTEMA SEM<br />
BARREIRAS, DO GOVERNO FEDERAL,<br />
SETOR PRIVADO IDENTIFICOU 17 NOVOS<br />
ENTRAVES COMERCIAIS EM <strong>2020</strong><br />
Fotos: divulgação<br />
36 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
JULHO <strong>2020</strong> 37
COMÉRCIO<br />
O<br />
setor industrial identificou 17 novas<br />
barreiras comerciais no exterior contra<br />
produtos brasileiros entre março e maio,<br />
mostra levantamento da CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria). Do total,<br />
10 dizem respeito a barreiras impostas pela China. As<br />
demais foram criadas pela Argentina, México, Arábia<br />
Saudita e União Europeia.<br />
O setor privado inseriu essas informações no<br />
Sem Barreiras (Sistema Eletrônico de Monitoramento<br />
de Barreiras às Exportações) do governo federal. A<br />
CNI atualiza esse levantamento periodicamente, em<br />
parceria com associações e federações estaduais da<br />
indústria, e contabiliza até agora 70 barreiras identificadas<br />
no exterior contra produtos brasileiros desde<br />
maio de 2018, quando o sistema foi criado. Os dados<br />
buscam ajudar o governo a definir estratégias para<br />
enfrentar esse problema.<br />
No caso da China, todas as barreiras dizem respeito<br />
a subsídios. Eles afetam a produção de itens<br />
como borracha, materiais elétricos e produtos metalúrgicos.<br />
Na prática, com os subsídios, esses bens<br />
circulam com preço abaixo do praticado no mercado<br />
DO TOTAL DE 70<br />
BARREIRAS<br />
COMERCIAIS IDENTIFICADA,<br />
APENAS 10% FORAM<br />
SOLUCIONADAS<br />
38 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
Conquiste a<br />
certificação<br />
fitossanitária<br />
com a Marrari<br />
O controle fitossanitário é a solução Marrari para<br />
empresas que queiram fazer a exportação de sua<br />
madeira conforme as normas do MAPA.<br />
O controle fitossanitário opera de forma com que ele<br />
garante que a temperatura durante a secagem, ou outro<br />
método após a secagem, atinja um patamar no qual mate<br />
todos os insetos, fungos e outros invasores que possam<br />
proliferar no país importador.<br />
• Rede de comunicação com conversor serial USB<br />
• Sinal para controle de temperatura<br />
• Alimentação 110/<strong>220</strong> V<br />
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• Até 4 pontos de umidade por estufa (KD)<br />
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JULHO <strong>2020</strong> 39
MARCENARIA<br />
40 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
MARCENARIA<br />
EM CASA<br />
DE VOLTA À MODA, AS MARCENARIAS E OS TRABALHOS ARTESANAIS EM<br />
MÓVEIS TÊM CADA VEZ MAIS CAÍDO NO GOSTO POPULAR. ESSA É A SUA<br />
CHANCE DE FAZER VOCÊ MESMO E INICIAR SEU PRÓPRIO NEGÓCIO<br />
Fotos: divulgação<br />
JULHO <strong>2020</strong> 41
MARCENARIA<br />
E<br />
m tempos de popularidade do home office<br />
e de busca por vias alternativas para ganhar<br />
dinheiro, a possibilidade de abrir um<br />
negócio dentro da própria casa ganha cada<br />
vez mais adeptos. Aquele antigo clichê,<br />
visto em demasia em filmes e seriados americanos, do<br />
porão lotado de mesas e ferramentas de marcenaria<br />
deixou de ser algo de Hollywood para também tomar<br />
a realidade dos lares brasileiros.<br />
Com a facilidade da Internet em divulgar novas<br />
iniciativas, marceneiros de primeira viagem, que antes<br />
encaravam a prática como um simples hobby, conseguem<br />
não apenas iniciar seu ofício, mas também<br />
mostrá-lo aos mais diversos públicos. Mas antes de<br />
gastar com a compra de equipamentos, o marceneiro/<br />
empresário deverá tomar algumas precauções para<br />
que o sonho da independência financeira não acabe se<br />
tornando um piso em falso na vida econômica familiar.<br />
MERCADO<br />
O primeiro ponto a ser analisado é o entendimento<br />
do mercado de móveis de madeira em sua região. No<br />
Brasil, a prática tem crescido nos últimos anos, vinculada<br />
principalmente ao crescimento dos setores de<br />
construção e habitação.<br />
A urbanização também é um fator que tende a<br />
provocar um incremento de mercado, pois dá origem a<br />
uma maior procura por fabricação de móveis em geral<br />
sob medida para suas residências. Segundo o Ibge<br />
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2017,<br />
o Brasil conta com cerca de 68, 2 milhões de residências<br />
particulares, com uma média de quase 3 pessoas<br />
por domicílio, o que mostra o potencial mercadológico<br />
NO BRASIL, O NÚMERO DE<br />
MARCENARIAS TEM<br />
CRESCIDO ANO A ANO, VINCULADO<br />
PRINCIPALMENTE AO CRESCIMENTO<br />
DOS SETORES DE CONSTRUÇÃO E<br />
HABITAÇÃO<br />
42 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
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densidade e grande rigidez otimizando o corte<br />
em bitolas finas e aumentando a vida útil do<br />
revestimento<br />
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na entrada com cilindros<br />
pneumáticos<br />
• Acionamento do porta facas<br />
via servo motor com precisão<br />
de posicionamento<br />
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via Painel IHM touch screen<br />
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JULHO <strong>2020</strong> 43
MERCADO<br />
PARA ENFRENTAR<br />
A CRISE<br />
44 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
Fotos: divulgação<br />
DE ACORDO COM LEVANTAMENTO DA<br />
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA, CERCA<br />
DE 47% DAS EMPRESAS PRECISARAM ADOTAR<br />
MEDIDAS TRABALHISTAS DURANTE A PANDEMIA<br />
Fotos: divulgação<br />
JULHO <strong>2020</strong> 45
MERCADO<br />
As medidas trabalhistas anunciadas no<br />
contexto da pandemia do novo coronavírus,<br />
principalmente na forma das<br />
medidas provisórias 927 e 936, têm sido<br />
instrumentos relevantes para o setor<br />
produtivo enfrentar o período mais grave da crise.<br />
Pesquisa encomendada pela CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria) mostra que 39% das empresas<br />
industriais haviam celebrado acordos individuais de<br />
redução de jornada e salário. Paralelamente, 22% das<br />
indústrias haviam realizado a suspensão temporária<br />
de contratos de trabalho nos últimos 45 dias. Ao<br />
todo, 47% das empresas entrevistadas afirmam ter<br />
adotado uma das alternativas isoladamente ou ambas.<br />
Os dados estão no levantamento: Os impactos<br />
da pandemia na indústria brasileira; realizado pelo<br />
Instituto FSB, que ouviu 1.017 empresas industriais<br />
em todo Brasil. “A pesquisa mostra que as medidas<br />
trabalhistas, que resultaram em mais de 8 milhões de<br />
acordos individuais para redução de jornada e salário<br />
e suspensão de contratos de trabalho, foram importantes<br />
para a preservação de empregos”, analisa o<br />
presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.<br />
Para o presidente do Conselho de Relações do<br />
Trabalho da CNI, Alexandre Furlan, o número é ex-<br />
pressivo porque mostra adesão de parte significativa<br />
da indústria em um período em que começavam a<br />
se esgotar as primeiras medidas adotadas pelas empresas<br />
ainda em março, como a concessão de férias<br />
coletivas, antecipação de férias, entre outras que<br />
vinham sendo pactuadas com sindicatos de trabalhadores.<br />
“O dado é importante porque mostra que a<br />
MP 936 veio em hora oportuna e ajudará as empresas<br />
a se manterem ativas com manutenção de postos de<br />
trabalho”, avalia.<br />
A pesquisa também buscou entender o tempo<br />
médio de duração dos acordos individuais celebrados<br />
entre empresas e trabalhadores. Em relação à<br />
redução proporcional de jornada e salários, metade<br />
dos acordos terá duração de três meses, enquanto<br />
31% serão de dois meses e 13% de um mês. Entre as<br />
empresas que realizaram a suspensão do contrato de<br />
trabalho, 79% relataram que o prazo será de dois a<br />
três meses. O dado sugere que parte desses acordos<br />
tenha sido celebrado via negociação coletiva (art. 476<br />
da CLT), que permite a suspensão por prazo maior do<br />
que o permitido pela MP 936.<br />
MEDIDAS SANITÁRIAS<br />
O levantamento investigou como as empresas estão<br />
lidando com os desafios de evitar a contaminação<br />
46 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
www.impactomaquinas.com.br<br />
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VERTICAL<br />
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aumentando a precisão de corte e<br />
aproveitamento da tora.<br />
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Painel elétrico completo<br />
Sensores de segurança<br />
Opções com volantes de 700 e 900mm<br />
Sistema de tensionamento hidropneumático<br />
Alta produção, sistema contínuo de alimentação<br />
Inversor de frequência para controle de avanço<br />
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Recebe toras de até 500 mm, realiza os<br />
cortes laterais formando um bloco ou<br />
semi-bloco retirando as costaneiras<br />
automaticamente, é transportado por uma<br />
esteira de correntes, sistema hidropneumático<br />
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JULHO <strong>2020</strong> 47
MADEIRA TRATADA<br />
MADEIRA<br />
E TECNOLOGIA<br />
ESTUDANTES CONSTROEM PRIMEIRO PAVILHÃO DE MADEIRA DO<br />
MUNDO COM O AUXÍLIO DE ROBÔS - E COMPROVAM COMO<br />
O MATERIAL SERÁ PROTAGONISTA NO FUTURO<br />
Fotos: divulgação<br />
48 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
Alunos de mestrado da Universidade ETH,<br />
de Zurique, na Suíça, desenvolveram um<br />
ousado e inovador projeto de construção<br />
de um pavilhão de madeira moldado totalmente<br />
por robôs. A iniciativa faz parte<br />
do curso de Fabricação Digital, responsável por encontrar<br />
novas alternativas para a construção civil no país.<br />
O projeto, idealizado por alunos e professores,<br />
foi implantada no laboratório de pesquisa Gramazio<br />
Kohler. A estrutura de treliça do pavilhão é feita de madeira<br />
reforçada interconectada e é deixada descoberta<br />
por dentro para formar assentos de janela e uma escada.<br />
Por outro lado, a forma curva externa da estrutura<br />
é totalmente coberta por telhas de madeira. A parte<br />
desafiadora do projeto foi adaptar a técnica do robô<br />
aos materiais e dimensões não padronizados.<br />
“O objetivo era desenvolver processos robóticos<br />
adaptativos capazes de lidar com dimensões desconhecidas<br />
do material e qualidade da superfície, reduzindo<br />
assim o desperdício de material resultante do<br />
uso de produtos de madeira padronizados pré-processados<br />
(projetados)”, explicou Eric Javersen, mestrando<br />
e um dos idealizadores do pavilhão tecnológico.<br />
Os alunos/designers afirmam que sua estrutura é<br />
o primeiro pavilhão de madeira de dois andares do<br />
mundo construído usando robôs. “A construção da<br />
madeira tem uma história impressionante de uso das<br />
possibilidades de fabricação com peças de madeira<br />
colada, mas as tecnologias de montagem robótica<br />
ainda são muito raramente integradas”, alerta Philipp<br />
Eversmann, chefe do curso de Fabricação Digital na<br />
ETH de Zurique.<br />
“Por meio de técnicas de automatização e processos<br />
inovadores de feedback, o sistema de fabricação<br />
conseguiu minimizar o desperdício de material reagindo<br />
a diferentes tamanhos das peças, mesmo durante o<br />
processo de construção”, salienta Eversmann.<br />
Enquanto o piso térreo do pavilhão atua como um<br />
espaço de reunião ou de exposição, o piso superior,<br />
com o telhado inclinado para o lado, funciona como<br />
um local de observação. “Usamos e abusamos das<br />
propriedades da madeira laminada colada, como sua<br />
resistência e sua leveza. Sem contar as inúmeras possibilidades<br />
de implementação, como fôrmas, estruturas,<br />
esquadrias, pisos, forros, revestimentos e até todo o<br />
mobiliário”, acrescenta o professor.<br />
Em tempo recorde, a fabricação do pavilhão de<br />
eventos em Zurique, somado aos testes fases pré-construção,<br />
levou cinco semanas. Em seu relatório final<br />
sobre a obra, a classe do curso de Fabricação Digital<br />
ainda ressaltou que a ideia do grupo é exportar seu<br />
case para países do Terceiro mundo. “Como uma opção<br />
mais barata, acreditamos que esse sistema construtivo<br />
possa ajudar muitas pessoas carentes nos mais<br />
diversos continentes”, afirma o estudo.<br />
Os projetistas também esperam que seu projeto,<br />
que fez parte de uma longa pesquisa sobre o emprego<br />
de mão-de-obra remota na construção de madeira,<br />
contribua para o desenvolvimento de estruturas de<br />
armação fabricadas por robô para casas e outros projetos<br />
de grande escala na Suíça. Devido ao sucesso<br />
da iniciativa, o pavilhão fez parte da exibição de novas<br />
tecnologias da Bienal de Design de Zurique, que aconteceu<br />
em 2018.<br />
JULHO <strong>2020</strong> 49
ARTIGO<br />
50 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
EFICIÊNCIA DA COLAGEM<br />
DE MADEIRA TRATADA<br />
DE EUCALYPTUS CLOEZIANA F. MUELL<br />
PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA LAMINADA<br />
COLADA (MLC)<br />
Fotos: divulgação<br />
PEDRO GUTEMBERG DE ALCÂNTARA SEGUNDINHO<br />
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA,<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />
FABRICIO GOMES GONÇALVES<br />
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA,<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />
GEANINE COSTA GAVA<br />
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA,<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />
VINÍCIUS PEIXOTO TINTI<br />
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA,<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />
SABRINA DARÉ ALVES<br />
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA,<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />
ADAIR JOSÉ REGAZZI<br />
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA,<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />
JULHO <strong>2020</strong> 51
ARTIGO<br />
O<br />
RESUMO<br />
s setores da construção civil, indústria<br />
moveleira, indústria de papel e celulose<br />
buscam novas alternativas para uma<br />
utilização mais racional da madeira que<br />
possam diminuir as limitações de seu<br />
uso, a exemplo da produção dos painéis reconstituídos<br />
dessa matéria-prima, como compensados,<br />
aglomerados de partículas, sarrafos, MLC (Madeira<br />
Laminada Colada), entre outros. No presente trabalho<br />
buscou-se avaliar a eficiência da colagem em<br />
taliscas de madeira de Eucalyptus cloeziana preservadas<br />
quimicamente com CCA (Arseniato de Cobre<br />
Cromatado).<br />
Foram utilizados seis adesivos (MUF: melamina-<br />
-ureia-formaldeído; PVA: poliacetato de polivinila;<br />
RF: resorcinol-formaldeído; TF: tanino-formaldeído;<br />
UF: ureia-formaldeído; PUR: poliuretano à base de<br />
mamona) e foram realizadas avaliações da interface<br />
madeira-adesivo por meio de fotomicrografias, da resistência<br />
ao cisalhamento, da porcentagem de falhas<br />
na madeira e mensuração da espessura da linha de<br />
cola.<br />
Para a visualização da interface madeira-adesivo<br />
retiraram-se cortes anatômicos de cada posição, plano<br />
transversal e plano longitudinal da junta colada,<br />
após amolecimento em água quente. Apenas nas<br />
taliscas unidas com TF não foi possível avaliar a interface.<br />
O CCA contribuiu de forma negativa nas propriedades<br />
físicas e mecânicas da madeira. O MUF apresentou<br />
os melhores resultados, representados por<br />
maiores penetrações do adesivo no material utilizado<br />
e consequentemente maiores valores de resistência<br />
ao cisalhamento e menores valores de delaminação.<br />
NO BRASIL, OS PAINÉIS<br />
SÃO PRODUZIDOS<br />
PRINCIPALMENTE POR PEÇAS DE<br />
MADEIRA DAS ESPÉCIES OBTIDAS<br />
POR REFLORESTAMENTOS DOS<br />
GÊNEROS EUCALYPTUS E PINUS<br />
INTRODUÇÃO<br />
A madeira é um material de origem biológica que<br />
apresenta propriedades físicas e mecânicas variáveis<br />
entre as espécies e dentro de uma mesma espécie,<br />
sendo matéria-prima indispensável em aplicações<br />
na construção civil, indústria moveleira, indústria de<br />
papel e celulose, dentre outras. Na sua forma maciça<br />
e em dimensões maiores, a madeira tornou-se, ao decorrer<br />
dos anos, um material difícil de ser encontrado<br />
devido à constante supressão de florestas nativas e à<br />
legislação ambiental vigente. Assim, os setores que a<br />
utilizam buscaram novas alternativas para um aproveitamento<br />
mais racional e que pudessem diminuir suas<br />
limitações de uso, a exemplo da produção dos painéis<br />
reconstituídos de madeira, como compensados,<br />
aglomerados de partículas, sarrafeados, MLC (Madeira<br />
Laminada Colada), entre outros.<br />
Associado a essa alternativa, tem-se o aproveitamento<br />
de resíduos madeireiros na produção destes<br />
painéis, desde que um estudo técnico do material<br />
seja realizado. Em empresas de imunização de madeiras,<br />
após seu efetivo tratamento com preservantes,<br />
os resíduos gerados apresentam em sua composição<br />
substâncias químicas tóxicas. Para o uso de madeira<br />
que passou ou não por um tratamento preservante,<br />
alguns estudos foram realizados em relação a sua colagem<br />
como forma de aproveitamento de resíduos, a<br />
exemplo de Abreu et al., Pereira et al, Bertolini et al.<br />
e Boa et al..<br />
A maioria dos painéis de madeira requer adesivos<br />
durante a produção para um melhor aproveitamento<br />
de suas pequenas peças. Segundo Carneiro et al., os<br />
mais utilizados pelo setor madeireiro e moveleiro são<br />
aqueles à base de poliacetato de vinila, ureia-formaldeído,<br />
fenol-formaldeído, poliuretano, colas à base<br />
de água, entre outros.<br />
Conforme Brady e Kamke, a região de interface<br />
é o volume que contém as células de madeira e o<br />
adesivo. De acordo com Albino et al., é importante<br />
conhecer essa interface em função da utilização crescente<br />
de produtos à base de compostos da madeira.<br />
Os mesmos autores afirmam que a adesão entre a<br />
madeira e o adesivo depende das características de<br />
cada um deles e do processo adotado para a colagem.<br />
Existem poucos estudos sobre como ocorre<br />
essa interação, apenas sobre a resistência ao cisalhamento<br />
na linha de cola.<br />
No Brasil, os painéis são produzidos principalmente<br />
por peças de madeira das espécies obtidas<br />
por reflorestamentos dos gêneros Eucalyptus e Pinus.<br />
Essas apresentam matéria-prima com boas características<br />
e são de rápido crescimento, segundo Iwakiri et<br />
al., quando comparadas com espécies nativas do Brasil.<br />
No gênero Eucalyptus, com características físicas e<br />
52 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
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JULHO <strong>2020</strong> 53
54 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
JULHO <strong>2020</strong> 55
AGENDA<br />
AGENDA<br />
<strong>2020</strong>/2021<br />
OUTUBRO<br />
3 A 6<br />
NOVEMBRO<br />
4 A 5<br />
SETEMBRO<br />
15 A 18<br />
FEIRA INTERNACIONAL DE<br />
TECNOLOGIA E PROCESSOS<br />
PARA A INDÚSTRIA DE<br />
EMBALAGENS<br />
LOCAL: SÃO PAULO (SP)<br />
WWW.ABIMAQ.ORG.BR/<br />
FEDEMA - FERIA INTERNACIO-<br />
NAL DEL MUEBLE Y LA MADERA<br />
LOCAL: FORMOSA (ARGENTINA)<br />
FEDEMA.COM.AR/<br />
FLORESTAS UAI – ENCONTRO DA<br />
INDÚSTRIA FLORESTAL DE MINAS<br />
GERAIS<br />
LOCAL: BELO HORIZONTE (MG)<br />
MALINOVSKI.COM.BR/EVENTOS/<br />
NOVEMBRO<br />
19 A 22<br />
FESQUA<br />
08 A 11 DE JUNHO DE 2021<br />
SÃO PAULO (SP)<br />
WWW.FESQUA.COM.BR/<br />
A FEIRA INTERNACIONAL DA INDÚSTRIA DE ESQUADRIAS CHEGA À SUA 13ª EDIÇÃO<br />
CONSOLIDADA COMO O MAIOR E MAIS IMPORTANTE EVENTO PARA O MERCADO DE<br />
ESQUADRIAS DA AMÉRICA LATINA. O EVENTO TORNOU-SE UM VERDADEIRO E PODEROSO<br />
CENTRO GERADOR DE NEGÓCIOS E OPORTUNIDADES LUCRATIVAS PARA AS EMPRESAS<br />
EXPOSITORAS E PARA OS VISITANTES, POTENCIAIS COMPRADORES DESSE MERCADO.<br />
FERIA FORESTAL ARGENTINA<br />
LOCAL: POSADAS (ARGENTINA)<br />
WWW.FERIAFORESTAL.COM.AR/<br />
DEZEMBRO<br />
3 A 6<br />
CAIRO WOODSHOW<br />
LOCAL: CAIRO (EGITO)<br />
WWW.CAIROWOODSHOW.COM/<br />
JULHO<br />
5 A 8/2021<br />
AGOSTO/<br />
17 A 21/2021<br />
SETEMBRO<br />
26 A 29/2021<br />
EXPOLUX<br />
LOCAL: SÃO PAULO (SP)<br />
WWW.EXPOLUX.COM.BR/PT-BR.HTML<br />
FENASUCRO<br />
LOCAL: SERTÃOZINHO (SP)<br />
FENASUCRO.COM.BR/PT-BR.HTML<br />
WOODMEX AND ASFI<br />
LOCAL: BIRMINGHAM (INGLATERRA)<br />
WWW.WEXHIBITION.CO.UK/<br />
56 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong>
ESPAÇO ABERTO<br />
FALTA CONCORRÊNCIA<br />
AOS BANCOS<br />
Apandemia do novo coronavírus e a crise que<br />
estamos presenciando deixam muito claro<br />
como as decisões do presente têm um impacto<br />
enorme em nosso futuro. A afirmação<br />
é evidente. Contudo, essa evidência esconde<br />
uma complexa e importante relação entre a realidade<br />
e os modelos científicos que usamos para tentar explicá-<br />
-la e compreendê-la.<br />
No domínio do direito antitruste, é frequente a utilização<br />
de modelos científicos para analisar aspectos<br />
relevantes da concorrência em um determinado mercado.<br />
A maioria desses modelos busca contribuir para a identificação<br />
do grau de concentração de um mercado em torno<br />
de poucos agentes econômicos, bem como do poder<br />
que esses agentes possuem para, individualmente ou em<br />
conjunto, influenciar esse mesmo mercado.<br />
Ao analisar atos de concentração de empresas, como<br />
fusões e aquisições, o Cade (Conselho Administrativo de<br />
Defesa Econômica) costuma recorrer a esses modelos<br />
para tomar suas decisões. A análise realizada pelo Cade<br />
nesses casos consiste, fundamentalmente, em estabelecer<br />
uma comparação entre dois cenários do mercado: o cenário<br />
real, existente antes da concentração, e um cenário<br />
hipotético, de como o mercado seria após ela ocorrer.<br />
Ao longo dos últimos 15 anos, o Cade autorizou diversos<br />
atos de concentração no mercado bancário, todos<br />
supostamente corroborados pelos modelos de análise<br />
de atos de concentração (Santander-Real, Itaú-Unibanco<br />
e Bradesco-Hsbc, para ficar em alguns exemplos). Atualmente,<br />
convivemos em um cenário no qual os 5 principais<br />
bancos do país – dois deles pertencentes ao Estado –<br />
dominam mais de 80% dos ativos e dos depósitos bancários.<br />
Nos EUA (Estados Unidos da América), os 5 maiores<br />
bancos concentram menos de 50% do mercado.<br />
AO LONGO DOS ÚLTIMOS 15<br />
ANOS, O CADE AUTORIZOU<br />
DIVERSOS ATOS DE CONCENTRAÇÃO<br />
NO MERCADO BANCÁRIO, TODOS<br />
SUPOSTAMENTE CORROBORADOS<br />
PELOS MODELOS DE ANÁLISE DE ATOS<br />
DE CONCENTRAÇÃO<br />
58 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2020</strong><br />
POR<br />
ADRIANO<br />
CAMARGO<br />
GOMES<br />
ADVOGADO, DOUTOR<br />
PELA USP, MESTRE PELA<br />
UNIVERSIDADE DE<br />
OXFORD, É PROFESSOR<br />
DA ESCOLA DE DIREITO<br />
E CIÊNCIAS SOCIAIS DA<br />
UNIVERSIDADE POSITIVO<br />
Seria possível voltar nossa análise para os modelos,<br />
para falarmos de oligopólio e de teorias econômicas que<br />
possam explicar eventuais falhas de mercado existentes<br />
no setor bancário. Nosso objetivo, porém, não é explicar<br />
as falhas, mas apenas mostrar que elas são facilmente<br />
identificadas se olharmos para a nossa realidade. E, falando<br />
dela, podemos ter a certeza de que, caso algum<br />
modelo não indique falhas na concorrência do setor bancário,<br />
ou não somos capazes de entendê-lo ou, então, o<br />
modelo está errado.<br />
Em março deste ano, o Banco Central anunciou medidas<br />
que injetaram R$ 1,2 trilhão no mercado, ampliando a<br />
liquidez dos bancos. Essa disponibilidade gigantesca de<br />
recurso, em um mercado competitivo, deveria produzir<br />
maior oferta de empréstimos a juros menores – os Bancos<br />
disputariam mercado. Em razão da crise atual, há ainda a<br />
expectativa de novas medidas, indicando a disponibilidade<br />
de mais de R$ 600 bilhões. Nada disso parece ser suficiente.<br />
Qualquer empresário que precisa de crédito para<br />
enfrentar a crise já percebeu: a oferta não aumentou e,<br />
aproveitando a crise, os juros cobrados estão mais altos.<br />
O oligopólio dos bancos controla o mercado.<br />
O resultado é desastroso: os consumidores, industriais,<br />
produtores rurais, comerciantes e autônomos<br />
brasileiros, que movem o país por meio da produção e<br />
aquisição de bens e serviços, são estrangulados por um<br />
mercado de crédito perverso. Um mercado que paga<br />
pouco pelo nosso dinheiro e que vende seu dinheiro mais<br />
caro do que quase todos os outros bancos do mundo.<br />
Um mercado que não conhece a crise econômica que<br />
todos nós vivemos nos últimos anos e que, diante dela,<br />
ganha ainda mais dinheiro. Há muito tempo pagamos,<br />
com juros, o preço das escolhas e dos modelos errados<br />
que fizemos no passado. Não há economia que possa<br />
crescer se a produção e o consumo são reféns do capital<br />
financeiro. Desta vez, num contexto de crise, o preço<br />
que vamos pagar por esses erros será ainda mais alto. Os<br />
bons modelos mostrarão isso no futuro.<br />
Foto: divulgação
São José dos Pinhais<br />
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