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REVISTA SEGURO É SEGURO

Você pode ser acionado na

Justiça por erro profissional

Alguns profissionais, como médicos, cirurgiões-dentistas e advogados estão entre

os que mais são acionados na Justiça por supostos erros na atividade profissional. Mas no

ranking estão outros profissionais. Conheça o seguro de Responsabilidade Civil Profissional,

que o auxilia, caso precise pagar indenizações. Página 6.

Veja também:

As novas regras para o seguro de automóvel. Página 14.

Segurados deixam de renovar apólices por causa da

pandemia e receita do setor cai 26,1%. Página 16.

Saiba quanto custa uma diária hospitalar se precisar ficar

internado. Página 18.

1

Veja dicas de cuidados com seu carro no inverno. Página 20.


2


3

Nossa homenagem aos

bombeiros brasileiros!


4 Durante a vida lutamos para conquistar muitas coisas. A casa

própria, o carro, cursar uma faculdade, conseguir um trabalho, viajar,

casar, ter filhos, formar uma família... mas muitas vezes esquecemos

que tudo isso leva tempo e, por isso mesmo, devemos valorizá-los.

E uma das formas de fazermos isso é garantindo que essas

conquistas não irão se perder de uma hora para outra. Imprevistos

estão por toda parte. A casa pode pegar fogo, podemos nos ferir em

um acidente com o carro…

Por isso é importante que você conheça um pouco mais de

um produto que pode garantir que, se esses imprevistos cruzarem o

seu caminho, haja uma forma de recomeçar e seguir a vida.

Pense em ter seguro para tudo que conquistar na vida. E, para

isso, procure sempre a orientação de um corretor de seguros. Ele sim

é o melhor profissional para ajudá-lo a esclarecer dúvidas e indicar o

melhor caminho. Não se esqueça disso!

Que as matérias desta edição também possam fazer com que

entenda um pouco mais deste mercado. Uma ótima leitura!

Helio Marques

Editor


Revista Seguro é Seguro

Uma publicação independente da Nota 10 Produções.

Para falar com a redação escreva para

revistaseguroeseguro@gmail.com.

Ou ligue para (41) 99844-3677.

Jornalista Responsável

Helio Marques - MTb 2524

Revisão

Andrea Marques

Projeto Gráfico

Marcelo Lise

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Diagramação desta edição

Giulia Marques

Fotos

Equipe Nota 10/Pixabay

Enviada para 100.000 e-mails e divulgada nas redes sociais

Contato para publicidade helio@nota10.com.br ou (41) 99844-3677


REVISTA SEGURO É SEGURO

Profissionais contam com seguro

que garante pagamento em caso

de ações judiciais

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Há muito tempo o mercado disponibiliza

um seguro que garante o pagamento

no caso de o profissional ser acionado na

justiça e condenado a indenizar financeiramente

o autor da ação em razão de um

ato de negligência, imperícia e imprudência

no exercício da profissão.

Essas ações costumam acontecer se o

cliente/paciente teve algum tipo de prejuízo,

seja financeiro, estético ou mesmo, perdeu

a vida por algo que deu errado. Neste caso,

os familiares decidem se acionam ou não o

profissional na justiça, buscando algum tipo de

reparação financeira.

Os que exercem funções na área

da saúde são os que mais contratam

este tipo de seguro, chamado

de Responsabilidade Civil

Profissional, ou, simplesmente,

RCP. Médicos, cirurgiões-dentistas,

advogados encabeçam

a lista, mas outros profissionais,

como engenheiros,

veterinários, contadores etc

também costumam se interessar

pelo produto. Ele

está disponível a profissionais

liberais e, na

medicina, é comum ser

procurado por obstetras,

cirurgiões-plásticos, fisioterapeutas

e ortopedistas.

A corretora de seguros Sirlei Morandini, de

Curitiba, explica que a contratação não é engessada e o valor a

ser pago depende do que é contratado.

Ela cita o seguro para um cirurgião-dentista, com R$

100 mil de cobertura contratada, que ficou por R$ 1 mil/ano.

O de um médico, com mesmo valor contratado, ficou em R$

1.400/ano e o de um advogado, com os mesmos R$ 100 mil,

ficou por R$ 660,00/ano. “O RC Profissional tem muitas parti-


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cularidades”, ressalta, observando a importância de

se avaliar caso a caso.

Normalmente as apólices são contratadas

para um ano. Mas, supondo que o profissional não

a renove, ele ainda tem direito a ser atendido por

ela durante mais três anos. No entanto, o problema

ocorrido deve ter acontecido durante o ano de

vigência da apólice e ela não pode ter sido cancelada

por falta de pagamento.

O seguro não garante que o profissional

não será processado. Mas assegura que, se for e

o juiz decidir pela condenação, terá condições de

arcar com o prejuízo sem precisar se desfazer de

algum bem para saldar a dívida, que costuma consumir

alguns milhares de reais.

Dentre os danos cobertos pelo seguro de

RC Profissional estão os materiais, morais e estéticos

decorrentes do exercício da profissão. As

custas de defesa nos processos que versam sobre

esses danos costumam ser cobertos em qualquer

esfera (processos cíveis, administrativos e criminais).

Mas é bom se assegurar disso no momento

da contratação. É que algumas seguradoras não

oferecem todas essas coberturas.

A apólice inclui também os honorários periciais

e do advogado escolhido pelo profissional,

desde que os valores estejam dentro do previsto

na apólice. Algumas seguradoras, porém, preferem

que o advogado indicado por ela atue no caso, por

ter experiência nesse tipo de situação.

O seguro também cobre um possível

acordo com a outra parte, mas o profissional e seu

advogado não podem cuidar disso sozinho. Esse

acordo precisa ter a anuência da seguradora. Caso

contrário, ela poderá negar

o pagamento.

O RCP está disponível

também a recém-

-formados que, digamos,

pertencem a um grupo

de risco, embora não

haja estatísticas disponíveis

se as ações costumam

atingir mais

estes profissionais

ou os com mais

anos de atuação

Sirlei Morandini, corretora de

seguros em Curitiba.

no mercado.

Normalmente

quem contrata o

seguro não alardeia aos quatro

ventos. Ele é sigiloso.

Muitos acreditam que se o

paciente/cliente souber da

existência da apólice isso

pode “facilitar” uma possível

ação. A situação

atual de pandemia

vivida no Brasil pode

complicar ainda mais

a situação.

A consultora

Thabata Najdek, especialista

neste tipo

de seguro, diz que

em países da Europa,

como a Itália, muitos

médicos estão sendo

Thabata Najdek, do site Venda

Seguro, especialista em RC

Profissional.

processados pelas mortes ocorridas em razão do

coronavírus. “As pessoas não aceitam o resultado

e muitas vezes buscam algum tipo de reparação”,

afirma.

Segundo ela, hoje é indispensável para

muitos profissionais ter um seguro de RCP. E

exemplifica o caso de um engenheiro que foi

acionado na justiça depois que o ralo da piscina

de um condomínio sugou e prendeu o cabelo

de uma menina, que acabou morrendo afogada.

“Isso aconteceu cinco anos depois que a obra foi

entregue, mas não impediu que o profissional fosse

acionado”, conta.

Thabata, que é sócia-fundadora do site

Venda Seguro, de Canela, no Rio Grande do Sul,

diz que os corretores têm um papel importantíssimo

na venda deste produto, pois são um grande

canal de vendas e podem ofertá-lo aos consumidores,

futuros possíveis segurados e prestar todas

as informações necessárias. “O corretor não é um

mero vendedor, é um consultor de risco e deve

atuar para conscientizar os profissionais dos perigos

que correm na prática diária da atividade que

exercem”.

Segundo ela, é o corretor que melhor pode

orientar o profissional para estabelecer o limite a

ser segurado, compatível com os riscos. “As pessoas

normalmente não têm noção desse valor e cabe ao

corretor orientar e prestar todas as informações sobre

o produto para que o seu segurado realmente se

sinta tranquilo sabendo que, se algo acontecer, estará

amplamente respaldado por uma apólice de seguro”.

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REVISTA SEGURO É SEGURO

Médicos são principais alvos de

ações e atuar sem seguro de RC

virou um grande risco

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Números mostram que, no Brasil, a

cada 20 minutos um médico é alvo de ação

na justiça. Na maioria dos casos, acusado por

erro médico. Para se ter uma ideia o Conselho

Nacional de Justiça registrou 26 mil processos

contra médicos em 2017. E o número só vem

subindo de lá para cá. Estima-se que hoje 7%

dos cerca de 500 mil médicos do Brasil tenham

sido ou são vítimas de processos judiciais.

Segundo dados da Superintendência

de Seguros Privados (Susep), que regulamenta

o setor de seguros no Brasil, os valores pagos

no RC Profissional foram de R$ 236 milhões

em 2015, R$ 312 milhões em 2016 e R$ 327

milhões em 2017.

Agora em 2020, o boletim

divulgado no início de

junho, mostra que o segmento

de RC arrecadou

em receita, até maio,

20,99% a mais em relação

ao mesmo período

de 2019. O que significa

que há mais profissionais

se prevenindo. Não há

dados específicos por

profissão.

No Conselho

Regional

de

Medicina

do

Paraná

(CRM-

-PR) há

este ano

480 processos em andamento.

Nem todos tiveram início este ano.

Muitos começaram em 2019. O advogado

do Conselho, Martim Afonso Palma, diz

que antigamente muitos pacientes “deixavam

prá lá”. Mas atualmente isso mudou.

“Hoje é: vamos ao Tribunal”, diz, acrescentando

que “a sociedade está mais belicosa”.

Existe, além da maior conscientização

da população por seus direitos, mais informação

circulando e, claro, problemas realmente

acontecendo nos consultórios e mesas de cirurgia.

A área da obstetrícia é a campeã. Mas todas

as que atuam com procedimentos invasivos

estão na ponta da lista.

Palma diz que, se fosse médico, jamais

atuaria sem o seguro de RCP. “Hoje em dia é

impossível”, avalia. Ele diz que, claro, nem todo

processo resulta na condenação do profissional.

“Há também uma crescente judicialização da

medicina”, considera.

Advogado do CRM do Paraná, Martim Palma.


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As advogadas Renata Farah e Melissa Kanda atuam em um escritório especializado em Direito

Médico e Direito da Saúde em Curitiba. Elas concordam com Palma, observando que nesse crescente

número de ações contra médicos “há muita aventura”.

Para elas, medicina não é uma ciência exata, com obrigação de resultados, mas as pessoas

querem que tudo saia conforme o previsto. Mas nem sempre isso é possível. Há os agravantes do

próprio quadro clínico do paciente, mas na maioria das vezes isso não é levado em conta.

Um processo como esse, que envolve

um vai e vem de documentos,

perícias, prazos, decisões e recursos,

costuma levar de 5 a 10 anos. “Às

vezes até mais”, observa Melissa,

ressaltando que as perícias são

uma das fases mais problemáticas

do processo.

A possível indenização que o

médico está sujeito a pagar traz à tona,

na avaliação de Palma, um outro problema.

“Muitos profissionais começam

a praticar o que chamamos de medicina

defensiva. Com receio de serem

novamente processado, passam a pedir

exames que em um primeiro momento

não solicitariam, expondo o paciente a

riscos, como radiações, só para se cercar

de todas as garantias”.

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Um paciente - ou seu familiar - pode acionar

vários médicos numa mesma ação, inclusive a clínica

ou hospital. “Se em um dia, por exemplo, esteve

em uma UPA, e foi atendido por um médico, depois

de dias voltou lá e foi visto por outro, normalmente

costuma incluir todos na ação”. Nesse caso, o juiz é

quem vai determinar o que caberá de responsabilidade

a cada um, se forem condenados.

“Tudo depende do dano. Se foi um erro estético

ou algo mais grave e até uma situação que levou

à morte do paciente. O juiz vai decidir, atribuindo

valores a serem indenizados. Não existe uma tabela”,

explica Renata, observando que as indenizações giram

na casa de R$ 50 mil a R$ 100 mil. E também há

situações em que se determina o pagamento de uma

pensão vitalícia.

Os advogados dizem que o melhor, para se

salvaguardar, é ter o seguro. Embora não haja estatísticas

que confirmem isso, arriscam a dizer que a

maioria dos médicos não tem.


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Para contratar advogados, muitas

empresas exigem o seguro RCP

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A advogada Bruna Perdicaris Degani

atua em Santa Catarina. Na Ordem dos Advogados

do Brasil (OAB) preside a Comissão de

Advocacia Corporativa e observa que o seguro

de responsabilidade civil já virou quesito

básico para muitas empresas. “Na

hora de contratar um advogado,

muitas corporações já

oferecem ou solicitam que o

pretendente contrate este

seguro”, diz, por considerarem

imprescindível para

a prevenção de riscos

inerentes à profissão.

Bruna, porém, afirma

que muitos advogados,

principalmente

os que

atuam em escritórios

associados,

ainda

não contam

com esta garantia.

Muitos

por acreditarem

não ser

necessário e

outros por

questões financeiras. “Mas quem sofre uma

ação de um cliente, depois de resolvê-la, acaba

contratando, por achar que o custo-benefício

vale à pena”, diz.

Bruna Degani preside a Comissão de Advocacia

Corporativa da OAB-SC.

As advogadas e sócias Renata Farah e

Melissa Kanda, de Curitiba, especializadas em

Direito Médico e Direito da Saúde, estão no

time dos que acreditam na importância deste

seguro. Ambas destacam que o RCP pode auxiliar

muito o profissional do Direito em inúmeras

questões, mas há algumas mais corriqueiras.

Renata e Melissa explicam que dentre algumas

condutas dos advogados que mais ocasionam

o acionamento do seguro estão a perda

de prazos processuais, o não comparecimento a

audiências, o desconhecimento de dispositivos

legais, a violação do sigilo profissional, dentre

outros itens.

Essas questões podem gerar prejuízos

ao cliente que o advogado representa, que

pode acioná-lo para pagar o dano. Mas dentro

do seguro de RCP existe uma cobertura que dá

suporte a isso, caso alguns desses problemas

venham a ocorrer. É o “perda de uma chance”.

Algumas seguradoras oferecem essa

cobertura, surgida nos anos 1960 na França.

É ofertada em seguros de RC para advogados,

mas constam em apólices para médicos e outros

profissionais também. No entanto, é preciso

verificar com atenção, pois não são todas as

seguradoras que incluem a cobertura.

Na opinião de Bruna o custo-benefício

de um seguro de RCP realmente vale à pena. Ela

mesma precisou utilizá-lo uma vez em razão de

uma perda de prazo, embora a falha não tenha

sido ocasionada diretamente por ela. “Recorri à


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Melissa e Renata são especializadas em Direito Médico e de Saúde.

perda de uma chance e depois de uns 30 dias o

assunto estava resolvido”, conta.

Na comissão que preside na OAB-SC

diz que há cartilhas para os advogados recém-

-formados com informações sobre o seguro.

Mas, segundo ela, as seguradoras e corretores

precisariam melhorar a divulgação do produto.

“Como é hoje, não chama a atenção, não gera

curiosidade”, diz.

Em sua opinião, quem oferta o produto

deveria mostrar os benefícios, as vantagens. E

cita um exemplo: “dificilmente alguém tira um

carro da concessionária sem fazer o seguro, pois

a necessidade já está enraizada. Ninguém arrisca.

Num seguro de RCP não. Os profissionais,

muitas vezes, não veem necessidade, não porque

ela não exista, mas porque não é mostrada corretamente”.

E essa insatisfação vai além. Bruna deve

trocar de corretor de seguros em breve. Ela reclama

que o seu a procura somente no momento

da renovação do seguro. “Acho que ele não

sabe nada de mim, da minha família”, ressalta.

Pelo jeito, não mesmo. Perguntamos a

ela se alguma vez seu corretor, sabendo que é

advogada, lhe ofereceu um seguro de RCP. Não

é necessário muito esforço para descobrir que

a resposta foi “não”. Bruna acrescenta: “eu, com

certeza, iria ouvi-lo, se não o conhecesse o produto,

pois é algo que tem a ver com minha atividade

profissional. Seria uma forma de estreitar

os laços. Sei que ele tem muitos clientes, mas me

faria acreditar que, naquele momento, era única

para ele, que estaria cuidando de mim, da minha

família, do meu patrimônio”.


REVISTA SEGURO É SEGURO

Ex-presidente do CRO-PR diz que,

depois que conheceu o seguro

de RC, nunca ficou sem

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O ex-presidente do Conselho Regional

de Odontologia do Paraná (CRO-PR), Roberto

Cavali, conta que conheceu o seguro nos idos

do ano 2000, quando presidia a Associação

Brasileira de Odontologia (ABO) em Curitiba. A

proposta foi levada por um corretor de seguros

e considerada importante pois, naquela época,

já havia casos de profissionais enfrentando problemas

na justiça com pacientes.

Para se ter uma ideia, um levantamento

feito pelo CRO do Rio Grande do Sul, a pedido

da Seguro é Seguro, mostrou que no ano passado

85 profissionais foram processados e, agora

em 2020, até o dia 25 de maio, outros 19.

A questão, segundo Dr. Cavali, “é que

muitos profissionais, com ajuda da tecnologia,

mostram ao paciente no consultório um resultado

perfeito no computador, mas como cada

organismo reage de uma maneira, nem sempre

fica igual”, observa.

Na odontologia os processos costumam

atingir mais ortodontistas, implantodontistas e

também os da área de harmonização orofacial.

“Normalmente quem não se sente satisfeito com

o resultado costuma contratar um advogado e

processar o profissional”, resume.

Cavali hoje já não atua mais em consultório.

Atualmente é chefe do Departamento de

Estomatologia, ramo da medicina que estuda e

trata doenças da boca e dos dentes, da Universidade

Federal do Paraná (UFPR). No período em

que atuava, nunca precisou acionar o seguro.

No entanto, viu alguns colegas passarem

por apuros. “Lembro que algumas indenizações

foram superiores a R$ 100 mil e com certeza se

não tivessem o seguro teriam de dispor de algum

patrimônio para pagar”, destaca, ressaltando que

depois que conheceu o seguro nunca ficou sem.

Cavali diz que não considera o valor

caro, pois sabe que o custo-benefício é satisfatório.

Embora as disciplinas que ministra não

tenham ligações diretas com essas questões,

costuma orientar seus alunos a terem o seguro.

“O seguro de responsabilidade civil supre uma

Roberto Cavali diz que nenhum cirurgião-dentista deveria

ficar sem o seguro.

lacuna, para os casos de ações na justiça”, diz.

Para ele, ainda há muitos profissionais

sem essa proteção, que correm grandes riscos,

caso sejam demandados na justiça. Muitos, em

sua opinião, podem nem mesmo conhecer o

produto, o que demonstra que há um grande

campo para ser explorado pelos corretores de

seguros.

“As ações na justiça cresceram significativamente”,

afirma Cavali, observando que o Conselho

Regional de Odontologia, pela legislação

vigente, analisa apenas casos de infrações éticas

e não atende questões indenizatórias. Mas

pacientes têm apresentado à justiça o resultado

dessas ações e muitos juízes, ao analisarem

que o cirurgião-dentista foi condenado no seu

órgão de classe, podem considerar que a ação

proposta pelo paciente faça sentido.


REVISTA SEGURO É SEGURO

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Liliana Orth Diehl é do escritório Checozzi & Advogados Associados,

especializado em seguros.

Mais informações em www.checozzi.adv.br | Tel 41 3024-0571


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As novas regras para o

seguro de automóvel

Com a finalidade de ampliar a concorrência

no mercado de seguro de automóveis a

Superintendência de Seguros Privados - Susep

- regulamentou o uso de peças novas, usadas,

originais ou não, nacionais ou importadas em

sinistros de danos parciais.

De acordo com as regras emitidas pela

Susep no ano de 2019 está autorizada a utilização

de peças novas, originais ou não, nacionais

ou importadas e peças usadas, observadas as

disposições da Lei n.º 12.977/2014, que regula

e disciplina a atividade de desmontagem de

veículos automotores terrestres. Para tanto a informação

deve estar clara para o consumidor na

proposta de seguro e nas condições contratuais.

Deve ficar claro em quais componentes poderão

ser utilizados os diferentes tipos de peças. (Carta

Circular n.º 1/2019).

A Susep alterou as regras sobre

o uso de peças nos sinistros de danos parciais

dos seguros de automóveis com fundamento

no artigo 21 do Código de Defesa do

Consumidor, que estabelece ao prestador

de serviços o dever jurídico de empregar

nos consertos e reparações, de qualquer

natureza, componentes originais

adequados, novos ou que possuam as

especificações técnicas do fabricante.

O Código de Defesa do Consumidor

obriga o fornecedor a utilizar componentes

originais (aqueles que contêm o selo de garantia

e/ou qualidade do fabricante do produto)

adequados ou novos. E permite a utilização de

peças usadas e que não sejam originais, desde

que mantenham as especificações técnicas do

fabricante e não sejam vetadas pelo consumidor.

O legislador preocupou-se com a qualidade

do produto que está sendo reparado, por

esta razão não existiria qualquer problema na

utilização de peças usadas ou mesmo recondicionadas

(até porque é uma realidade em outros

lugares do mundo, como os Estados Unidos,

por exemplo), desde que estejam em condições

adequadas de funcionamento e permitam que o

produto em reparo possa ser convenientemente

utilizado.

Não há qualquer problema de ordem

técnica na utilização de peças não originais,

usadas ou mesmo recondicionadas, desde que

autorizado pelo consumidor.

Exatamente por esta razão o consumidor

deve ser previamente informado sobre a possibilidade

de uso de peças novas, usadas, originais

ou não, nacionais ou importadas nos sinistros de

danos parciais.

A informação deve constar tanto na

proposta, quanto na apólice e suas condições

gerais de forma clara e precisa, de modo a possibilitar

a liberdade de escolha do consumidor

no momento da contratação do seguro.

A cláusula que trata da utilização das peças

deve ser redigida em destaque, como exige

o artigo 54, § 4.º do Código de Defesa do Consumidor,

a fim de não suscitar dúvidas quanto

à sua interpretação e extensão, sob pena de

terem sua validade questionada.

Com efeito, nos contratos que regulam

as relações de consumo, como é o caso do

seguro automóvel, o consumidor só se vincula

às disposições neles inseridas se lhe for dada a

oportunidade de conhecimento prévio do seu

conteúdo, diante do que dispõe o artigo 46 do

Código de Defesa do Consumidor.

O entendimento do Superior Tribunal de

Justiça é firme no sentido de que “o legislador

consagrou no Código de Defesa do Consumidor

o princípio da transparência, traduzido na

obrigação de o fornecedor dar ao consumidor

a oportunidade de conhecer o conteúdo do

contrato previamente, ou seja, antes de assumir

qualquer obrigação” (STJ, REsp n.º 1.660.164/SP

- 2016/0315250-7, Rel. Ministro Marco Aurélio

Bellizze, Julgado em 17/10/2017).

No contrato de seguro a informação

clara e precisa traduz-se como a própria essência

do negócio. O segurado deve ter total e

pleno conhecimento de todas as características

do contrato que está aderindo, especialmente

sobre as restrições do risco e condições da garantia.

Assim, na medida em que o fornecedor

cumpra o dever de informação e atenda os

requisitos da lei, será possível o uso de peças

novas, usadas, originais ou não, nacionais ou

importadas em sinistros de danos parciais nos

termos recomendados pela Susep.

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REVISTA SEGURO É SEGURO

Segurados deixam de renovar

apólices por causa da pandemia

e receita do setor cai 26,1%

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A pandemia reduziu sensivelmente os

recursos financeiros de inúmeras famílias no

Brasil. Muitos de seus integrantes perderam o

emprego ou tiveram redução salarial. Com isso,

a maioria teve de cortar despesas.

Na relação de itens que deixaram de ter

prioridade entraram as apólices de seguros. O

mesmo aconteceu com empresas. Com redução

no faturamento, muitas delas optaram em não

renovar apólices ou fazer seguros novos.

O empresário Jair Motta foi um deles.

Ele havia aberto uma franquia de sorveteria

em Curitiba. Com a pandemia, as restrições de

acesso, veio a queda no consumo e teve de

fechar. “Não ficamos abertos nem quatro meses”.

Com isso, não renovou o seguro dos dois

carros, que venciam no mesmo mês, um particular

e o que usava para transportar produtos

da empresa. “Sei que é um risco, mas não havia

o que ser feito”, explica.

Esses cortes que as famílias e empresas

fizeram resultaram numa queda de 21,4% na receita

do mercado segurador no mês de abril em

relação ao mês anterior e 26,1% na comparação

com abril do ano passado.

Isso significa R$ 15,7 bilhões, menor

arrecadação desde fevereiro de 2016, quando

somou R$ 15,026 bilhões. Os números foram

divulgados no mês passado no Rio de

Janeiro, e não incluem saúde suplementar

e o seguro de Danos Pessoais

por Veículos Automotores

Terrestres (Dpvat).

O presidente da Confederação Nacional

das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano,

analisou em entrevista à Agência Brasil que o

resultado já era esperado. “Mas em abril, como

o mês veio cheio, a queda foi forte”, comentou

Coriolano.

O presidente da CNseg observou que

a retração registrada no mercado de seguros

não ficou muito distante da queda que tiveram

a produção industrial e o varejo, no período. “A

queda está em linha com o que aconteceu nos

demais setores da economia, o que é natural”.

O setor de seguros responde aos estímulos de

produção e de consumo.

O presidente da CNseg acredita, no entanto,

que a retração que o setor vai sofrer por

conta da pandemia terá alguma compensação

mais à frente. “Não se sabe em que momento e

em que condições”, disse. Mas tal como já começa

a ocorrer em países da Europa, da América

Latina e nos Estados Unidos, a percepção é

que os consumidores, em determinado momento,

perceberão que é importante não correr

riscos e os números, então, poderão ser outros.


REVISTA SEGURO É SEGURO

Mesmo com liminar, planos de

saúde continuarão a cobrir

exames para covid-19

A Agência Nacional de Saúde Suplementar

(ANS) conseguiu derrubar na Justiça,

neste dia 14, decisão liminar que obrigava os

planos de saúde a oferecer testes sorológicos

para o novo coronavírus.

A ANS informa que o tema será levado

para discussão da Diretoria Colegiada do órgão,

que avaliará a medida a ser tomada. Enquanto

isso, segue válida a Resolução Normativa nº

458, que desde o dia 29 de junho obrigou os

planos de saúde a oferecerem os exames sorológicos

- pesquisa de anticorpos IgA, IgG ou

IgM (com Diretriz de Utilização) para Covid-19.

A ANS esclarece que a decisão de

ingressar na justiça foi baseada no risco que

uma incorporação de tecnologia sem a devida

análise criteriosa poderia causar para os beneficiários

de planos de saúde.

Planos de saúde são obrigados a custear novos exames

para o coronavírus. Foto Leopoldo Silva/Agência Senado.

17

Clientes registraram 4,7 mil queixas contra planos

Os clientes de planos de saúde registraram

4.701 queixas relacionadas à pandemia do

novo coronavírus na Agência Nacional de Saúde

Suplementar (ANS), entre o ínicio de março e o

dia 15 de junho. O dado faz parte da segunda

edição do Boletim Covid-19, divulgado no último

dia 22 pela agência reguladora.

Entre as queixas, 36% dizem respeito

a exames e tratamento da doença e 43% reclamavam

de outras assistências afetadas pela

pandemia. Outros 21% foram sobre temas não

assistenciais, como contratos ou regulamentos.

As reclamações sobre dificuldades no

tratamento ou exames de covid-19 seguem em

trajetória de aumento desde abril. Na primeira

quinzena de junho, foram 452 queixas, contra 352

na segunda quinzena de maio e 317 nos primeiros

15 dias de maio.

A ANS diz que os dados informam apenas

o número de relatos dos consumidores e não incluem

qualquer análise de mérito sobre possíveis

infrações nos serviços oferecidos.

O número total de reclamações recebidas

pela agência em abril e maio de 2020 ficou abaixo

dos mesmos meses de 2019. Segundo a ANS,

Entre as queixas, 36% dizem respeito a exames e tratamento

da doença.

foram 9.138 queixas em maio deste ano, contra

10.186 no ano passado.

Em janeiro, fevereiro e março, 2020 superou

o número de reclamações do ano passado.

A maior diferença foi no primeiro mês do ano,

quando foram registradas 15.102 ocorrências,

contra 9.661 no mesmo período do ano passado.


REVISTA SEGURO É SEGURO

Saiba quanto custa uma diária

hospitalar se precisar ficar internado

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As pessoas, normalmente, não fazem

ideia de quanto custa uma diária hospitalar em

uma UTI ou enfermaria, se por acaso precisar

ser internado, pela covid-19 ou outra doença.

Se você tem seguro saúde, e pode contar com

a assistência de um plano, melhor. Na grande

maioria das vezes não precisará desembolsar

nada. O problema é se não tem.

A imprensa noticiou, no mês passado,

que um homem de 70 anos recebeu uma

conta de US$ 1,1 milhão (ou R$ 5,5 milhões) do

hospital onde se tratou de covid-19, em Seattle,

nos Estados Unidos.

Michael Flor ficou 62 dias internado no

Centro Médico Sueco em Issaquah e esteve à

beira da morte. Flor ficou em um ventilador por

29 dias. O americano se recuperava bem em

sua casa quando recebeu a conta com 181 páginas

descrevendo os procedimentos médicos

aos quais foi submetido ao longo da internação

e o valor exato de US$ 1.122.501,04 (mais de R$

5,5 milhões).

Ele contou à reportagem de um jornal

local que seu coração quase parou ao ver o

total da conta. Mas que como possuía seguro

de saúde, se sentiu aliviado.

No Brasil, o custo de uma diária na

UTI também tem valores elevados. O boletim

da Agência Nacional de Saúde Suplementar

(ANS) divulgado em junho informa dados sobre

tempo e custo de internação de pacientes por

covid-19.

O boletim diz que a mediana de dias

de internação na UTI por covid-19 passou de

10,9 dias em abril para 12 dias em maio, o que

elevou o custo por internação de R$ 40.477,00

para R$ 48.150,00 Também contribuiu o encarecimento

da diária de internação, que subiu de

R$ 3.714,00 para R$ 4.013,00.

Nos leitos comuns, a mediana de dias

de internação também subiu, de 5,1 para

5,8 dias. O custo por diária aumentou de R$

1.611,00 para R$ 1.808,00, e o custo total por

internação, de R$ 8.133,00 para 10.393,00.


REVISTA SEGURO É SEGURO

Lei Seca completa 12 anos e

ajuda a salvar vidas no trânsito

A Lei Seca completou 12 anos no mês

passado. Desde sua implementação, em 2008,

a lei número 11.705 passou por duas modificações.

Uma em 2012, que ampliou o valor

da multa; e outra em 2016, que incluiu o art.

165-A, da recusa de se submeter ao teste do

etilômetro.

Com o artigo, mesmo com a recusa o

infrator é penalizado.

O objetivo das leis e suas modificações

foi tornar a Lei Seca mais rigorosa, para evitar

que as pessoas dirijam alcoolizadas.

No Brasil, desde 2012, foi determinada

pelo art. 276 do CTB, a tolerância zero em

relação à quantidade de álcool no sangue do

condutor. Qualquer concentração de álcool por

litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita

o condutor às penalidades previstas em lei.

Apesar dos avanços, dados da Polícia

Rodoviária Federal (PRF), mostram que, de

11/03 a 31/05, mesmo em isolamento social,

foram contabilizados 11.268 acidentes, sendo

969 deles (8,6%) provocados pela ingestão de

álcool. A prática de beber e dirigir foi responsável

por 7% do total de mortes registradas, que

chegaram a 958.

Ao longo de 2019, o total de acidentes

provocados por bebidas alcoólicas foi de 5.631,

sendo 1.412 graves. Por isso, o Ministério da

Infraestrutura (MInfra), por meio da Secretaria

Nacional de Transportes Terrestres e do Departamento

Nacional de Trânsito (Denatran) deu

início a uma campanha, nas redes sociais, para

conscientizar a população sobre o tema, aproveitando

o aniversário da legislação.

19

Multa dobra em caso de reincidência

O valor da multa para quem dirige

embriagado é de R$ 2.934,70. Além disso,

o condutor será proibido de dirigir por

um ano. Os documentos de habilitação

serão recolhidos e o veículo ficará retido.

E em caso de reincidência, se ocorrer

dentro de um período de 12 meses, o

valor dobra, ou seja, vai a R$ 5.869,40.


REVISTA SEGURO É SEGURO

Veja dicas de cuidados com

seu carro no inverno

20

Há quem goste

do inverno e quem

odeie. Mas quem é

proprietário de um

automóvel - goste ou

não do inverno - precisa

saber que é preciso

dar uma atenção

a mais para o carango

nesta época do ano. Há

muitos itens e componentes

que requerem

cuidados, por causa das

baixas temperaturas.

O gerente da

Mega Concept Centro

Automotivo, de Curitiba,

Marquesson Deola,

diz que, dentre os itens que costumam apresentar

problemas no inverno, um deles é a

bateria. A oficina costuma registrar um aumento

de 20% na troca, em comparação com

outras épocas do ano.

Segundo Deola, que é conhecido por

Jiló, essas falhas na bateria têm origem ainda

no verão, quando há o desgaste gerado pelas

altas temperaturas. “O clima frio apenas agrava

o estado, por conta do aumento da densidade

dos componentes líquidos”, afirma.

Marquesson Deola, o Jiló, dá algumas dicas para

você cuidar do seu carro neste inverno.

Em algumas regiões, o frio pode ser mais intenso e causar problemas nos veículos.

Algumas medidas podem ajudar o motorista

a contornar esses problemas com a bateria.

Uma das dicas é fazer, periodicamente, um

teste funcional para identificar a vida útil

e avaliar se o alternador está realizando a

recarga corretamente. “Este teste é rápido e

pode ser feito por um profissional especializado,

pois problemas no alternador são as

principais causas de panes elétricas dos veículos

em trânsito; por isso a necessidade de fazer

revisões periódicas”, destaca.

Antes de dar a partida no veículo,

orienta, você deve se certificar de que todos

os equipamentos elétricos estejam desligados,

como o rádio e o ar condicionado. Após

dar a partida, permaneça pelo menos 15

minutos com o veículo ligado. “Este tempo,

em média, é suficiente para que o alternador

reponha a carga total que a bateria perdeu ao

fornecer energia na partida”, explica.

Outra dica de especialistas é bem

apropriada para este período de pandemia,

quando muitos estão com os carros na garagem.

No inverno aumenta a necessidade de

ligar o veículo periodicamente - se não for

utilizá-lo - deixando-o em funcionamento por

pelo menos 30 minutos. Isso irá aquecer e colocar

em funcionamento vários componentes.

Mas de quanto em quanto tempo isso


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deve ser feito? É muito variável. Você pode

fazer isso uma vez por semana, uma vez por

mês ou até depois de alguns meses. “Um

amigo meu viajou e deixou o carro parado por

quase um ano. Deu a partida e o carro pegou

de primeira. Mas o ideal é que os proprietários

não demorem tanto tempo assim para ligar

o carro, se tiverem condições de fazê-lo, pois

podem evitar problemas”, observa Jiló.

O gerente diz ainda que a calibragem

dos pneus é muito importante nesta época

do ano. Eles sugerem que você faça isso pelo

menos uma vez por semana e, no posto, coloque

de duas a três libras a mais de pressão

do que recomenda o manual, principalmente

se o veículos forem continuar por mais tempo

parado.

Outra dica de Jiló é para deixar uma fresta

nos vidros, para não causar bolor em determinados

pontos do veículo. Uma sugestão é

colocar sachês específicos para tirar umidade

em alguns pontos internos e também no porta-malas.

“Uns dois ou três já ajuda bastante”,

afirma.

Um outro ponto a observar é a quantidade

de combustível a deixar no automóvel,

se for ficar muito tempo parado. Este é

um ponto que não há muito consenso entre

os especialistas. Alguns dizem para deixar o

tanque cheio e outros orientam para deixar

com o mínimo. “Se deixar pouco combustível,

procure utilizar um aditivo”, diz.

Veja outros itens a serem observados nesta estação

Reservatório de gasolina - Em motores flex, que funcionam tanto com álcool quanto com gasolina,

há um reservatório de gasolina que influencia na partida do carro. Com ele vazio ou pouco combustível,

o carro pode demorar a ligar numa manhã muito fria ou em casos que ele ficou alguns dias

parado. É importante sempre mantê-lo abastecido e com gasolina aditivada.

21

Palhetas de limpeza do para-brisa - Como são feitas de borracha, as palhetas ressecam com mais

facilidade por conta do tempo frio. O ressecamento influencia diretamente na limpeza dos vidros,

podendo causar riscos e sujeiras. A troca das palhetas deve ser realizada de três em três meses, normalmente.

Consulte o fabricante para saber se o período não é diferente.

Reservatório de água do para-brisa - A neblina dos tempos frios carrega muita sujeira para o carro

no inverno. E, por isso, é muito importante estar com o reservatório de água sempre cheio, de preferência

misturado com algum detergente próprio, que auxilia em uma limpeza mais eficiente.

Velas de ignição - Outro cuidado que o motorista deve ter é com as velas de ignição. Se o carro

não pegar na primeira tentativa, não se recomenda que continue tentando, pois a ação pode causar

encharcamento das velas. O mais recomendado é desligar o carro e aguardar um tempo, até que o

combustível evapore por completo. Se o carro não pegar, talvez seja necessário ir ao mecânico.

Ar-condicionado - O ar-condicionado de seu automóvel deve ser ligado pelo menos por uns 15

minutos por semana, em média. Além de evitar a proliferação de bactérias, esse cuidado faz com que

todos os componentes do sistema permaneçam lubrificados, o que reduz o risco de rachaduras e

vazamentos nas mangueiras, nos vedadores e nos selos de borracha.


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Evite ficar dentro do carro

sem necessidade

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Atender o celular, verificar algum

papel, parar para conversar ou namorar:

são diversas situações que fazem com que

as pessoas permaneçam dentro do veículo.

Porém, essa é uma atitude muito perigosa.

Quando for necessário permanecer

no carro parado — como em semáforos e

filas ou para esperar uma urgência — feche

os vidros e trave as portas. Assim, você dificulta

a ação dos bandidos.

Muito cuidado ao entrar

na garagem

Sempre que for entrar em uma garagem,

fique de olho nas redondezas e verifique se há alguma

movimentação estranha. Essa é uma das principais

dicas para evitar roubo de carros e outras ações

criminosas.

Alguns bandidos costumam se aproveitar do

tempo de espera para entrar na garagem para fazer

a abordagem ou, até mesmo, aproveitam o portão

aberto para invadir a residência e efetuar o assalto.

Ao se aproximar da garagem, preste atenção

nas proximidades e, se constatar a presença

de veículos ou pessoas suspeitas, não pare o carro.

Continue andando e tome as medidas de segurança

cabíveis, como entrar em contato com os vizinhos, se

tiverem um sistema de segurança no bairro ou ligar

para a polícia.

Use os espelhos retrovisores

Habitue-se a usar os espelhos retrovisores

para verificar o que acontece atrás do veículo.

Delinquentes costumam se aproximar

por trás para abordar suas vítimas.


Se for viajar, tome alguns cuidados

com sua casa

Nunca deixe o portão fechado com um cadeado

para o lado de fora. Isso indica que não há

ninguém na casa. Antes de sair, cheque se janelas

e portas estão fechadas com trincos e fechaduras.

Não deixe dinheiro e joias em casa. Se

preciso, alugue um cofre em um banco por um

período. Feche todas as cortinas e persianas.

Não se esqueça de fechar os registros de

água e gás.

Com esses cuidados, certamente você fará

uma viagem mais tranquila, sem ficar o tempo

todo preocupado. São medidas simples que

fazem uma grande diferença quando o assunto é

segurança.

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No dia do pagamento, tome

cuidados especiais

23

Muitos assaltantes costumam agir no dia

dos pagamentos. E lembre-se: um alvo fácil é

sempre o mais procurado. Então, não comente

sobre seu salário com pessoas de pouco convívio.

Evite a conversa com pessoas estranhas

dentro ou fora do banco. Nos dias de pagamento,

adote medidas de segurança mais severas.

Observe se alguém o está seguindo. Se

precisar transportar muito dinheiro, não ande

sozinho, peça a companhia de parentes, amigos

ou seguranças.


24

REVISTA SEGURO É SEGURO


A corretora de seguros Veridiana Reis, da Essencial Vida Corretora de Seguros,

de Curitiba, participa desta edição neste mês de abril, para falar sobre seguros

O corretor de vida de e seguros planos de Ednilson saúde, nestes Torres momentos Saraiva, da de Cruzeiro pandemia. Corretora de

Seguros, de Cruzeiro do Oeste, Noroeste do Paraná, participa desta edição

de julho para explicar para você o que é “prêmio”, um termo do mercado de

seguros que muita gente confunde!

Assista ao vídeo:

25


Confira

as edições anteriores da

Seguro é Seguro.

Edição de Maio

Edição de Junho

REVISTA SEGURO É SEGURO

REVISTA SEGURO É SEGURO

26

Segure sua bike!

Ter uma bicicleta é o sonho

de muita gente. Existem modelos

para todos os gostos e bolsos. Das

mais comuns, que custam menos

de R$ 1 mil, às mais sofisticadas,

que podem custar o valor de um

automóvel ou mais. Um receio, no

entanto, é comum entre os ciclistas:

perdê-las em um assalto ou 1

danificá-las em quedas ou acidentes.

Mas para evitar tudo isso, é

possível fazer seguro. Sim, é possível

segurar a sua magrela.

Veja detalhes na página 8.

Mercado já oferta seguro

com vigência reduzida

Seguradoras começam a ofertar novas modalidade de seguros. É possível

contratar por um determinado tempo e não só por um ano, que é a prática

mais comum atualmente. A contratação pode ser feita por minutos, horas, dias

e meses. Ou para um determinado trajeto ou situação. Confira na página 7.

Veja também:

Veja artigo do advogado Luiz Carlos Checozzi, na Coluna Direito &

Seguro, sobre o risco de contratar seguro por meio de associações

de proteção veicular. Página 12.

Levantamento mostra que só 18% das mulheres estão envolvidas

em acidentes fatais. Página 14.

Só três estados têm aumento no número de veículos furtados ou

roubados durante a pandemia. Página 19.

Confira as Dicas de Segurança para ficar sempre seguro. Página 20.

1

Veja também:

Motoristas terão de voltar a pagar Seguro Dpvat. Página 7.

Se eu tiver uma doença, posso fazer seguro de vida? Página 13.

Mulheres têm procurado mais por seguros de vida. Página 14.

Quase metade da população já teve celular furtado ou roubado. Página 16.

Foto que comprova golpe em seguro é utilizada para fake-news. Página 19.

E não se esqueça de nos seguir nas redes sociais.

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