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O Fraternista - 86

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O fraternista

JORNAL DO GRUPO DA FRATERNIDADE ESPÍRITA IRMÃ SCHEILLA

GRUPO SCHEILLA

GRUPO DA FRATERNIDADE ESPÍRITA IRMÃ SCHEILLA

Belo Horizonte • MG • maio | junho • 2020 • Número 86

CORONAVÍRUS E NÓS,

CONVITE A REFLEXÕES

| página 14 |

A NOVIDADE DAS AULAS

VIRTUAIS E CICLOS DE

ESTUDOS À DISTÂNCIA

| páginas 22 e 23 |

GRUPO SCHEILLA

COMEMORA 68 ANOS

| página 18 |


EDITORIAL

Em tempos de pandemia, onde toda a

população planetária viu-se enfermiça,

envolta em uma onda de adoecimentos

inesperada, fatos inusitados emergiram.

Tempestivo isolamento social fez paralisar grande

parte da atividade econômica, permanecendo em

operação apenas serviços essenciais. Cientistas de

todo o Mundo mobilizados na busca de vacinas

preventivas ou tratamentos, a área da saúde

mobilizada no seu grau máximo, hospitais sem

vagas, governos sem caixa, escolas paralisadas,

igrejas de portas cerradas. O fim do abraço, do

aperto de mãos, o distanciamento social, pessoas

usando máscaras. E o causador de tudo, um

inimigo invisível, desconhecido, diminuto no seu

porte, gigantesco na sua mobilidade, insurgindo

contra o ser humano numa guerra sem fronteiras.

Nesse bojo o Grupo Scheilla viu-se, de repente, de

portões fechados, fato que dantes, nos 100 anos

de fundação do Centro Oriente, nunca se teve

notícias. Era o advento do Covid 19, um vírus letal.

Nesse cenário adverso, o Grupo Scheilla mobilizou

sua força interna e um novo panorama foi imediatamente

delineado. Já que assistidos e frequentadores

ficaram sem acesso, com a tecnologia a seu

favor, o Grupo Scheilla passou a visitar os lares

diariamente, levando a cada dia uma palestra

diferente para as famílias assistirem sem sair de

casa; nas quartas-feiras a ir aos lares numa LIVE,

com transmissão ao vivo, reunindo estudiosos da

temática cristã-espírita. Os Ciclos de Estudos

ficaram on-line e os participantes continuaram a

fazer seus cursos, a prosseguir seus estudos, sem

sair de casa. Num tempo em que se passou a ter

mais tempo, agora em casa, a LIVRARIA se tornou

um delivery de livros e o Grupo Scheilla passou a ir

às residências levar obras que o público espírita

gostaria de ler. Foi ativado um SOS Preces e as

demandas ao atendimento fraterno se tornaram

acessíveis à distância, por telefone. Visitas a lares e

hospitais feitas à distância, reuniões de estudos

com participação sem deixar a residência. As

famílias apoiadas pela assistência social continuaram

a receber as cestas básicas que recebiam e

abnegados voluntários fazendo o trabalho de

compor cada cesta de modo a atender às características

de cada grupo familiar. Em home office

parte da inteligência do Grupo Scheilla passou a

contribuir, sem sair de casa. Reuniões administrativas

ininterruptas com aplicativos para encontros

virtuais, fontes provedoras ativas, um trabalho

grandioso que não pode parar.

As dificuldades são passageiras. Logo tudo vai

passar. Mas grandes aprendizados terão sido

feitos e novos espaços à solidariedade, ao zelo pela

vida terão maior lugar nos corações de todos nós.

EXPEDIENTE - O FRATERNISTA

Publicação bimestral do Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla

Comissão Editorial: Antônio Carmo Rubatino,

Daltro Rigueira Vianna, Luiz Carlos Alves Reis e

Sueli Fonseca Santos Rodrigues

Jornalista Responsável: Flávia Resende (DRT/MG

08996 JP)

Repórteres: Camila da Conceição Marques, Denise

Anastácio de Melo Nunes (DRT 0020538/MG),

Fabiana Gomes Martins (DRT 46249), Graciele de

Oliveira Pessoa (DRT/MG 07589 JP), Mara Rúbia

Pereira (DRT/MG 11.711), Marcelo Guerra

Projeto Gráfico: Virgínia Loureiro

Diagramação: Cíntia Vilarinho

Coordenação Geral: Antônio Carmo Rubatino e

Wilton Ferreira

R. Aquiles Lobo, 52 - Floresta - Belo Horizonte -

MG - CEP: 30150-160 - Tel. (31) 3226-3911

GRUPO SCHEILLA

GRUPO DA FRATERNIDADE ESPÍRITA IRMÃ SCHEILLA

2


ÍNDICE

18 NOTÍCIAS

GRUPO SCHEILLA COMEMORA 68 ANOS

DE FUNDAÇÃO!!

EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA

Imagem: Internet

| Allan Kardec |

EQUILÍBRIO ................................... 04

REFORMA ÍNTIMA: UM VALOROSO

PASSO PARA A EVOLUÇÃO ............. 05

O espiritismo realiza o

que Jesus disse ao

consolador prometido:

O CAMINHO DO BEM: A ESCOLHA É

NOSSA .......................................... 06

O NECESSÁRIO .............................. 09

OS VENDILHÕES DO TEMPO ........... 10

A CURA REAL ................................. 12

Ê N I O W E N D L I N G P E L A V E R E DA

MEDIÚNICA .................................. 13

NOTÍCIAS

CORONAVÍRUS E NÓS, CONVITE A

REFLEXÕES ................................... 14

TRANSFORMANDO CONHECIMENTO

EM BOAS AÇÕES ............................ 21

CICLO DE ESTUDOS À DISTÂNCIA ... 22

A NOVIDADE DAS AULAS VIRTUAIS

NOS CICLOS DE ESTUDOS .............. 23

conhecimento das coisas,

fazendo que o homem saiba

donde vem, para onde vai e

porque está na Terra [...].»

INFÂNCIA E JUVENTUDE

SHEILITA .................................... 24

3


EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA

Palavra da Espiritualidade

EQUILÍBRIO

Atingir o equilíbrio na interação com as forças que

regem a dinâmica da vida é anseio que nasce no

imo de todas as criaturas no concerto da Criação.

Para isso, necessário se faz agir segundo os

padrões do Cristo Jesus, que nos concitou a viver

no mundo sem ser do mundo. Conciliar o reino de

Deus com o reinado de César é tarefa hercúlea que

exige do viajor terreno esforços diários no caminho

da perseverança.

Assim, alma querida, se te encontras em meio a

provas e expiações, individuais ou coletivas, antes

de te confinares à revolta e ao desespero, esforçate

por compreender o propósito das lições que a

Divina Providência te convida ponderar e aprender.

Os problemas terrenos são instrumentos que

funcionam à guisa de buril da alma, com vistas a

libertar o brilho da centelha divina que habita em

ti.

A dor da ofensa pede o bálsamo do perdão.

O ruído ferino da calúnia convoca a anulação do

revide por meio do silêncio pacificador da

consciência tranquila.

O Modelo Divino nos legou o amor por bússola

infalível nos embates da experiência humana,

como a nos alertar que na obra da Criação tudo

tem seu propósito, e sempre incorreremos em

equívoco quando recusarmos as lutas e sacrifícios

na dimensão das formas, a pretexto de nos

dedicarmos exclusivamente ao desenvolvimento

das qualidades da alma.

Não nos concede o Senhor uma vestimenta física

para que desprezemos a dádiva da experiência

física. Na existência carnal, todos os obstáculos e

desafios oferecem extenso campo de trabalho

para o espírito, ensejando o despertamento das

virtudes, que ainda jazem adormecidas em nós.

Adversidades, aflições, enfermidades e dores

fazem parte de curso intensivo, cujo objetivo é

franquear o acesso do ser às qualidades divinas

que herdamos do Pai Celestial.

Neste sentido, o medo que paralisa a alegria de

viver e promove a estagnação espiritual é sempre

o adversário que se deve vencer a cada passo da

jornada, valendo-se do escudo da confiança, da

espada da caridade e da armadura da fé, de modo

a avançarmos na senda evolutiva, atraídos pelo

Excelso Redentor.

A tempestade da desesperança enseja a permanência

no abrigo seguro da fé.

A decepção da traição requisita a compaixão em

favor do coração desertificado que não te

reconheceu o oásis do amor devotado.

O frio da doença repentina e restritiva exige o

calor da confiança inabalável nos desígnios de

Deus.

Antes os testemunhos da transição planetária,

busca o equilíbrio com Jesus, cultivando a resignação

e o devotamento, e abandonarás os extremos

da negação materialista e da contemplação sem

obras, de modo a alcançares êxito no aprendizado

em que te encontras matriculado na Terra e para o

qual te preparastes antes de renascer.

Na horizontalidade da vida material, ama, trabalha

e confia em Deus, a fim de que a verticalidade

da vida espiritual possa soerguer-te da escuridão

da ignorância para a luz da verdade que liberta,

como Ele nos ensinou.

Scheilla

Mensagem psicografada pelo

médium Emmanuel Chácara Sales em

reunião estudo evangélico-doutrinário

realizada em 02/02/2020, domingo,

no Núcleo de Fraternidade Francisco

de Assis, Grande Colorado, Sobradinho/DF

4


REFORMA ÍNTIMA:

UM VALOROSO PASSO PARA A EVOLUÇÃO

N ó s s o m o s o

espírito que governa

as ações,

tendo o registro

4

das existências

passadas como

consequência das

diversas encarnações,

onde acumulamos

experiências

que influenciam

os nossos

hábitos, vicissitudes,

bem como

os aprendizados

que acontecem

a partir do

d e s p e r t a r d a

c o n s c i ê n c i a . O

processo é gradativo

e ocorre de acordo com o reconhecimento do

nosso mundo interno, tendo como bons aliados o

auto perdão e a paciência.

Descobrir e conviver com o seu “homem velho” é

necessário e saudável para o que a caminhada

aconteça sem a inquietação da culpa. Nossos

erros constituem o alicerce que impulsiona a

transformação, nos apresentando os aspectos

morais que precisam ser modificados e colocando

as imperfeições a serviço da “construção gradativa

de valores, visando a qualificação de qualidades

eternas”¹.

O tempo, quando compreendido, se transforma

em um precioso colaborador. As nossas muitas

vindas à Terra e a outros mundos visam o nosso

melhoramento² progressivo, nos ajudando a

desenvolver ora o intelecto, ora a moral. É certo

que podemos nos adiantar para que as experiências

corpóreas sejam mais agradáveis³, mas não

devemos nos apressar para que encontremos a

evolução no dia de amanhã.

Imagem: Internet

O equilíbrio descoberto durante o aprendizado

nos ajuda a recordar que Deus se sente feliz com as

pequenas melhoras, ficando satisfeito ao

reconhecer em nós a disposição para que a

reforma aconteça.

O último e permanente passo é a perseverança. Se

o verdadeiro espírita é aquele que se esforça para

domar suas más inclinações⁴, se concentre no

bem, ore e vigie. O início pode ser complicado,

mas após compreendermos o quão benéfica é a

transformação, seguimos motivados pelas

pequenas vitórias que, sem dúvidas, nos levarão a

viver a sólida e amorosa experiência espiritual.

Marsília de Cássia Santos Oliveira

Mocidade Espírita Maria João de Deus

(1) Reforma Íntima Sem Martírio – Ermance

Dufaux/ Angústia da Perfeição

(2) O Livro dos Espíritos – Questão 167

(3) O Livro dos Espíritos – Questão 192

(4) O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XVII

Sede Perfeitos – Os Bons Espíritas

5


EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA

O CAMINHO DO BEM:

A ESCOLHA É NOSSA

Imagem: Internet

4

Não são raras as vezes em que nos vemos diante

de problemas que nos parecem incontornáveis.

Em situações assim, não é raro pensarmos: “Será

que Deus se esqueceu de mim?”. São nessas horas,

onde a fé é questionada, que a angústia passa

a ser a companheira constante em nossas vidas.

Nós, seres humanos, passamos grande parte do

tempo que nos é oferecido sonhando com a

felicidade, a realização profissional, o crescimento

intelectual, a riqueza e o conforto material.

Mas, quase sempre, temos a impressão de que

nada alcançaremos e mais uma vez indagamos:

“Quando chegará o dia em que o Senhor tornará

realidade os nossos sonhos? Quando seremos

contemplados com os números da loteria, para

enfim realizarmos nossas aspirações?”.

As dificuldades da vida e a resistência que

apresentamos em nosso dia-a-dia acabam por

criar em nós um desejo intenso: a materialização

de um anjo do céu que solucione todos os nossos

problemas e nos conceda o caminho da felicidade

plena. A ele, portanto, conferimos a responsabilidade

de direcionar nossas escolhas ou mesmo

fazê-las por nós. Ocorre que, o único anjo que

poderá solucionar nossos problemas, somos nós

mesmos.

É claro que os anjos existem! Talvez, não da

maneira como os idealizamos: criaturas iluminadas

com asas muito alvas. Mas sim como espíritos,

encarnados ou desencarnados, que nos amam

profundamente. Espíritos que estão sempre à

nossa disposição, não para fazer por nós, mas para

nos guiar e orientar em nossa caminhada. Alguns

podem chamá-los de anjos guardiões, outros de

anjos da guarda. Mas, o nome dado a eles não é o

mais importante.

Esses seres de luz que nos acompanham durante

nossa jornada nem sempre se fazem perceptíveis,

mas é certo que existem. Se não os percebemos é

porque nem sempre se mostram ostensivamente.

Os anjos usam de artifícios e intuições para indicar

caminhos, pessoas e situações e nos oferecerem

sua proteção delicadamente.

Como exemplo dessa afirmativa, podemos citar o

Livro de Tobias, antigo testamento: ao necessitar

de alguém para acompanhar o filho em uma

viagem perigosa, o pai de Tobias contratou um

servidor. Sem que soubesse havia contratado, na

verdade, o anjo “Rafael”, que o acompanhou e

cuidou dele com esmero durante toda a viagem.

Nessa passagem, conta-se que ao apanhar um

peixe para se alimentarem, o anjo disse a Tobias:

6


“Guarde o fel”. Ao retornar da viagem, orientou

que deveria passar o fel nos olhos do pai, que era

cego. Após o cuidado oferecido pelo filho, o pai de

Tobias retomou a visão. E assim, se o anjo tivesse

dito a Tobias, que era o enviado de Deus para guiálo,

Tobias não receberia o mérito pelo ato realizado.

Todos nós, assim por dizer, temos o chamado

“anjo de Tobias”. Eles estão sempre a postos, a

cuidar de nós, ainda que não os percebamos.

Somos espíritos criados por Deus, simples e

ignorantes, (Livro do Espíritos, questão 115) e foi

nos dado o livre arbítrio (Livro dos Espíritos,

questão 843). Portanto, as escolhas são nossas e

os anjos... Ah...os anjos, eles são as criaturas

divinas que nos orientam, nos intuem e nos

consolam durante nossa caminhada.

É preciso entender que ninguém surge para salvarnos

de escolhas errôneas ou para fazer aquilo que

cabe somente a nós. A responsabilidade de

usufruir corretamente do livre arbítrio é um

desafio tanto para o nosso crescimento como para

a participação na obra divina.

Diante disso fica a pergunta: “O que fazer então

para solucionar tantos desalentos que nos aparecem

constantemente?”. Paulo, em sua segunda

Carta aos Coríntios, 4:8, prescreve: “Em tudo

somos atribulados, mas angustiados não”. Desse

modo, seria um bom caminho a ser seguido,

entender que as tribulações são nossas

companheiras constantes e que não há porque

desesperarmos diante delas, pois o auxílio

divino nos alcançará.

Como não nos sentirmos tão angustiados diante

das lutas e aflições? O primeiro passo é

compreender que cabe a cada um de nós, nos

tornarmos espíritos bons, ou seja, está em

nossas mãos a mudança que queremos ver no

mundo. Ainda assim, qual o motivo que nos leva

a adiar essa decisão mediante a tantos

benefícios? Alguns acreditam não dar conta de

vencer suas tendências inferiores, outros creem

que a “porta larga” é um incentivo ao

adiamento. No entanto, muitos se esquecem

que a convivência com o mal será sempre uma

escolha com provas dolorosas e longas.

Tudo isso não quer dizer que seguir o caminho do

bem é a alternativa mais fácil ou que as provas

serão mais leves durante a caminhada. No entanto,

é importante compreender que obra divina é

perfeita e que a maneira como enfrentamos

nossas dificuldades, impactam em nossas

escolhas diárias na direção do bem, o que pode

abreviar em muito o tempo da nossa evolução

espiritual. Assim como dito em Mateus 11: 28-30:

“Vinde a mim, todos vós que estais cansados e

oprimidos, e eu vos darei descanso. Tomais sobre

vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou

manso e humilde de coração, e encontrareis

descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o

meu fardo é leve.”

A ciência numa visão mais pragmática atesta que

o universo surgiu do caos. A Bíblia, em Gênesis,

1:1-2 cita: “No princípio, Deus criou o céu e a terra.

Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam

o abismo, e um sopro de Deus agitava a superfície

das águas”. Se a grandiosidade e complexidade do

universo, teve sua origem no caos, não serão

nossas dificuldades, tão pequenas, que ficarão

sem solução ou impedirão nossa evolução.

No entanto, no estágio em que nos encontramos e

na ausência de vigilância, basta apenas uma

dificuldade, por menor que seja, para que o

desespero tome conta de nossas vidas e a fé dê

lugar ao medo. Não são poucos os exemplos a

mostrar que, diante de dificuldades imensas,

espíritos elevados, utilizaram-se dos próprios

obstáculos em benefício próprio para transformálos

em dádivas de Deus.

Humberto de Campos, nos conta em seu Livro

Estante da Vida, cap. 38, A arte de elevar-se, a

história de um homem trabalhador que, por

engano, foi levado ao inferno, onde se deparou

com figuras monstruosas e passou muitos dias em

terrível sofrimento. Como ele já era acostumado

aos trabalhos edificantes, logo deixou de lado as

suas dificuldades e se entregou aos trabalhos na

semeia do bem, amparando todos que encontrava.

O homem ofertou alívio, consolação e seguiu:

“multiplicando pregações de amor, obediência e

esperança”.

7


EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA

Suas atitudes acabaram por diminuir o padrão de

sofrimento no inferno e despertaram o sentimento

de gratidão daqueles a quem havia ajudado. A

vibração no inferno foi de tal forma alterada, que o

próprio Satanás, após receber informações do que

estava acontecendo, foi em pessoa observar as

mudanças. Ao constatar a situação, ordenou a

expulsão do trabalhador. O mesmo se viu livre e

retornou ao “Reino de Paz”. Humberto de Campos

conclui que se alguém: “... sente-se na Terra como

se estivesse no inferno. Pense, fale e procure agir,

como se fosse o céu, e o próprio mundo restituirá

você ao paraíso”.

Outros tantos exemplos se nos apresentam. De tal

modo elucidado na obra Paulo e Estevão: Jeziel,

posteriormente chamado de Estevão, foi julgado

e condenado a servir perpetuamente nas galeras

como remador. Tal condenação equivalia à pena

de morte. Mas Jeziel, sem revolta, cuidou de fazer

o que lhe competia, com resignação e amor. Ajudou

aos que precisavam e respeitou a todos, mesmos

os seus algozes. Com isso, granjeou a simpatia

de todos, inclusive do feitor, que admirou a forma

como Jeziel agia. Não demorou muito, o

comandante do navio necessitou de uma pessoa

para cuidar de um romano importante que se encontrava

a bordo. Imediatamente, o feitor indicou

Jeziel, que pelo ótimo trabalho realizado havia

ganhado a simpatia do romano. Ao desembarcar,

este levou Jeziel com ele e o livrou da tal temida

pena de morte. Alguém pode pensar que o anjo de

Jeziel, aquele que o livrou da pena de morte, havia

sido o romano, mas não o foi. O romano foi apenas

um instrumento utilizado para premiar Jeziel, em

face do bem que havia feito enquanto embarcado

na galera. Jeziel foi seu próprio anjo quando

venceu as tendências inferiores e optou por seguir

o caminho do bem e do amor. Podemos concluir,

portanto, que o bem que fazemos hoje será

sempre o nosso melhor advogado. Não obstante,

as dificuldades são transformadas em benefício

quando fazemos o bem. Outra situação que

sempre nos consola é pensar que a prática do bem

se reveste de atenuante diante de todos os erros

que cometemos. O livro Perante Jesus, de

Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido

Xavier, esclarece:

“... toda vez que a Justiça Divina nos procura no

endereço exato para a execução das sentenças que

lavramos contra nós próprios, segundo as leis de

causa e efeito, se nos encontra em serviço ao

próximo, manda a Divina Misericórdia que a

execução seja suspensa, por prazo indeterminado”.

Assim meus irmãos, todas as vezes que procurarmos

as soluções para nossos problemas, tenhamos

o cuidado de verificar, ao nosso redor e

dentro de nós mesmos, onde encontram-se as

respostas. Muitas vezes, as soluções estão ao

nosso alcance e apenas não conseguimos vê-las

por que nos distanciamos do amor divino. É como

pedir a Deus luz e esquecermos que todos os dias o

sol brilha para todos, independentemente de

merecimento ou não.

Por isso ao compreendermos que as provas

existenciais são processos de crescimento espiritual

estaremos nos aproximando de Deus e de

seus ensinamentos. As dificuldades, então,

passarão a ser superadas com fé, paciência e

leveza.

Que Jesus nos abençoe.

Rogério Berlini

Colaborador do Grupo Scheilla

Imagem: Internet

8


O NECESSÁRIO

"Mas uma só coisa é necessária." - Jesus (Lucas, 10:42).

Imagem: Internet

4

Terás muitos negócios próximos ou remotos, mas

não poderás subtrair-lhes o caráter de lição,

porque a morte te descerrará realidades com as

quais nem sonhas de leve...

Administrarás interesses vários, entretanto, não

poderás controlar todos os ângulos do serviço, de

vez que a maldade e a indiferença se insinuam em

to-das as tarefas, prejudicando o raio de ação de

todos os missionários da elevação.

Amealharás enorme fortuna, todavia, ignorarás,

por muitos anos, a que região da vida te conduzirá

o dinheiro.

Improvisarás pomposos discursos, contudo,

desconheces as consequências de tuas palavras.

Organizarás grande movimento em derredor de

teus passos, no entanto, se não construíres algo

dentro deles para o bem legítimo, cansar-te-ás em

vão.

Experimentarás muitas dores, mas, se não

permaneceres vigilante no aproveitamento da

luta, teus dissabores correrão inúteis.

Exaltarás o direito com o verbo indignado e

ardoroso, todavia, é provável não estejas senão

estimulando a indisciplina e a ociosidade de

muitos.

"Uma só coisa é necessária", asseverou o Mestre,

em sua lição a Marta, cooperadora dedicada e

ativa.

Jesus desejava dizer que, acima de tudo, compete-nos

guardar, dentro de nós mesmos, uma

atitude adequada, ante os desígnios do Todo-

Poderoso, avançando, segundo o roteiro que nos

traçou a Divina Lei. Realizado esse "necessário",

cada acontecimento, cada pessoa e cada coisa se

ajustarão, a nossos olhos, no lugar que lhes é

próprio. Sem essa posição espiritual de sintonia

com o Celeste Instrutor, é muito difícil agir alguém

com proveito.

EMMANUEL / Chico ( Vinha de luz. Psicografado por

Francisco Cândido Xavier. 28 ed. Brasília: FEB, 2016, CAP 3) .

9


EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA

OS VENDILHÕES DO TEMPLO

4

Imagem: Internet

Primeiro impondo-nos o dever de avaliar, à luz da

razão, as seguintes questões: seria Jesus, o

Espírito mais evoluído a pisar sobre a face da Terra,

o Guia e o Modelo para a Humanidade (O Livro dos

Espíritos, questão 625), o Governador Espiritual do

Planeta, capaz de adentrar o templo de Jerusalém

e, esbravejando, verberando os mais variados e

impublicáveis impropérios, derrubar as mesas, as

cadeiras e todos os demais utensílios dos mercadores

e libertar, num ato de desatino, todos os

animais destinados à oferta nas cerimônias

religiosas do povo hebreu? Um ato destes seria

compatível com a natureza e com a grandeza

espiritual e moral de Jesus? Seria Jesus, Ele, a

personificação do amor, da ternura, da

harmonia, da paz e do equilíbrio, capaz de agir

assim, de modo tão destemperado e desequilibrado?

Não nos parece crível imaginar tal cena e tais

a t i t u d e s p r o v i n d o d e J e s u s . N ã o !

Definitivamente, não!...

Novamente matriculados na Escola de Aprendizes

do Evangelho, desta feita, à luz da Terceira

Revelação e sob os auspícios dos bons Espíritos,

somos convidados, consoante orientação do

Apóstolo dos Gentios, a extrair o espírito da letra

(II Cor 3:6), o que significa mobilizar todos os

esforços para, desta feita, experenciar as inolvidáveis

lições do Mestre de Amor.

A passagem evangélica em que Jesus expulsa os

vendilhões e os salteadores e purifica o templo

guarda importantes lições da mais alta expressão

de espiritualidade.

Propomos ao leitor amigo, aqui nas páginas de O

Fraternista, uma reflexão em torno desta passagem

evangélica que, embora muito conhecida,

guarda, ainda, nos corações mais simples, significação

outra que não a Excelsa grandeza do

Mestre.

10

Se Jesus não seria capaz de agir de tal maneira,

como, de fato, não agiu, como interpretar esta

lição, que é narrada pelos quatro evangelistas

(Mt 21:12-13; Mc 11:15-17; Lc 19:45-46; e, Jo 2:13-

22) e examinada pelo Codificador (O Evangelho

Segundo o Espiritismo, cap. XXVI, item 5).

O que nos revelaram, a respeito, os Espíritos

Superiores que presidiram a obra da Codificação

Espírita? Busquemos, então, a chave: Kardec!

Somos, todos nós, espíritos imortais, criados,

num dado momento do tempo, simples e ignorantes

(O Livro dos Espíritos, questão 115), que, após

estagiarmos nos reinos inferiores da criação e ora

chegados ao reino hominal, por acréscimo da

Misericórdia Divina, estamos, mais uma vez,

mergulhados no vaso físico por meio da bendita

oportunidade reencarnatória. É, pois, sob esta

perspectiva, pensamos nós, que devemos nos

apropriar do entendimento do evangelista João,

qual seja, o de que é o nosso corpo físico, a morada,

o templo do nosso Espírito: “Ele, porém, se

referia ao templo do seu corpo” (Jo 2:21).

Quando permitirmos que Jesus adentre o nosso

templo, o nosso coração, a nossa casa mental,

seremos capazes de percebê-Lo e de senti-Lo

agindo em nós!...

Narram os evangelistas que Jesus chega a

Jerusalém e adentra o templo após pernoitar em

Betânia.


Jerusalém, em hebraico significa visão da paz ; é

o nosso estado psíquico-espiritual superior, de

vigilância; representa um padrão vibratório

elevado e transcendente; Betânia, em hebraico

significa casa da aflição, região psíquica da alma

em que muitas das vezes nos situamos. Jesus

sobe de Betânia à Jerusalém. Jesus sobe,

portanto, vibratoriamente.

A subida de Betânia Jerusalém exigirá de cada

um de nós, esforço, disciplina, atitude e o firme

propósito de nos melhorarmos, ou seja, a tomada

de consciência e, ato contínuo, o início da reconstrução

de nós mesmos, a tão apregoada reforma

íntima ou autoconhecimento, ou ainda, segundo

Paulo de Tarso, o instante em que iniciamos o bom

combate (II Tim. 4:7).

Jesus adentrará o nosso templo íntimo, a morada

do nosso espírito, quando estivermos em

Jerusalém e mudado de faixa vibratória; quando

situarmos a nossa casa mental (nosso psiquismo

em r e g i õ e s o n d e v i s l umb r amo s a p a z .

Simbolicamente diremos que Betânia representa

a faixa do consciente; Jerusalém, a faixa do

superconsciente.

Permitindo que Jesus faça morada em nós,

permitiremos que Ele purifique e expulse os

vendilhões que comerciam e os salteadores que

furtam no interior do nosso templo!

Outra questão que se impõe: quem são os vendilhões

e os salteadores do templo?

O que dizermos do orgulho, do egoísmo, do

desamor, da raiva, da inveja, da destemperança,

da maledicência, do apego aos ídolos de barro, do

ócio pernicioso e contemplativo e de todos os

sentimentos menos nobres que ainda residem em

nós, no nosso íntimo e com os quais cambiamos

com o objetivo deliberado de obtermos vantagens?

Indaguemo-nos!... Ainda praticamos a caridade

deliberando receber algum benefício em troca,

celestial ou temporal? Participamos desta ou

daquela tarefa almejando maior visibilidade

dentro da Casa/Movimento Espírita e/ou uma

posição de direção que vá dar vazão aos nossos

projetos (pessoais) de poder e glórias? Medimos

os nossos sacrifícios pessoais, contabilizando o

bônus-hora que o “trabalho” nos trará quando de

nossa reentrada na Pátria Espiritual? Pensamos,

agimos e realizamos vislumbrando a possibilidade

de sermos recebidos como expoentes da Terceira

Revelação quando da reentrada na pátria espiritual?

Como nos posicionamos frente aos compromissos

inadiáveis do lar? Mercadejamos cada ato,

cada gesto? Permitimos que as necessidades dos

nossos irmãos de caminhada se sobreponham aos

nossos? E frente aos compromissos e interesses

da Casa Espírita? Como nos posicionamos frente

às luzes do Evangelho de Jesus?

Como o fio de um novelo, novas dúvidas surgem:

se é assim, quais, então, os utensílios, os objetos e

os apetrechos de que se valem esses vendilhões e

salteadores?

Reflitamos!... O que dizermos do ardil, da traição,

das intrigas, da maledicência, das vis combinações,

das subtrações (de afeto, de amor, de

carinho...) e de tudo o mais que se assemelhe? O

que dizermos de tudo o mais que nos aprisiona à

transitoriedade e a efemeridade da matéria? O

que dizermos de todos os sentimentos menos

nobres que se posicionam contrariamente às

questões sublimares do espírito?

Desejamos ter o nosso templo purificado?

Desejamos que Jesus expulse os vendilhões e os

salteadores que estão, há milênios, a cambiar em

nós?

Se sim, mãos à obra!

Estudemos e cultuemos o Evangelho em nossos

lares, nas Casas Espíritas, no movimento espírita e

no meio social em que somos chamados a servir

para que, num futuro próximo, livres dos vendilhões

e salteadores, possamos, efetivamente,

gestarmos Jesus em cada um dos nossos corações.

José Márcio de Almeida

Escritor e conferencista espírita

11


EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA

A manutenção da saúde é, desde o princípio da

humanidade, uma das maiores aspirações humanas.

De tempos em tempos, diversos recursos

tecnológicos são empregados para dar mais

conforto e qualidade de vida aos que padecem de

algum mal físico.

Mesmo com o avanço da ciência, inúmeras

mazelas atinge a sociedade deixando, além de

sequelas no corpo, consequência na alma. Por

isso, mais que recursos científicos são necessários

recursos edificantes para curar a natureza do ser.

Idealizado por doze anos, o livro A Cura Real foi

feito a muitas mãos com objetivo de apresentar a

verdadeira cura do espírito, a partir do precioso

relato das 27 curas realizadas por Jesus.

12

LIVRO: A CURA REAL

Imagem: Internet

Entre tantas narrativas sublimes, o

leitor é convidado a entender, por

exemplo, a importância de fluídos

benéficos movidos pela fé, a partir do

processo de cura da mulher hemorroíssa,

descrito no evangelho de Lucas

(8: 43 – 48).

Além do valioso recurso da fé,

capaz de revelar potencialidades de

vitória sobre nós mesmos, outro

aspecto importante e evidente

apresentado no livro é a vontade,

força motriz que move o ser de uma

condição prejudicial para outra

positiva e promissora.

Não podemos aqui esquecer o merecimento,

condição que nos torna

passíveis de receber as dádivas

conquistadas pela nossa própria

colheita.

E assim, o livro A Cura Real, com

psicografias do médium Wellerson

Santos, pelo Espírito Fritz Schein, nos

guia à compreensão de que, além da

ação da natureza, que pode ceifar a

matéria, existem também aspectos

de cunho espiritual capazes de

desenvolver processos enfermiços

desencadeados pela sintonia e afinidade

que nos coloca à mercê das chamadas

obsessões.

O livro traz ainda, dentro da proposta de transformação

idealizada por A Cura Real, os comentários

de Charles Simões Pires, estudioso e colaborador

espírita.

A obra está disponível na LIVRARIA do Grupo

Scheilla e pode ser obtida em Delivery para a sua

casa através do WhatsApp (031) 98919-0219 ou

pelo telefone (31) 3273-3829.

Maiza Silva

Jornalista colaboradora do Grupo Scheilla


ÊNIO WENDLING

PELA VEREDA MEDIÚNICA

literatura

Muitos foram os colaboradores que fizeram o uso

da mediunidade com Jesus a favor da consolidação

do Movimento Espírita mineiro, empregando

sublime dom em favor dos mais necessitados.

Imagens: Internet

Por isso, nesta edição do Fraternista, a coluna

Literatura remonta parte da história do médium,

Ênio Wendling. Trabalhador assíduo e dedicado

que não mediu esforços para colaborar

com a espiritualidade e ajudar na construção

do Movimento da Fraternidade.

No livro Ênio Wendling - pela vereda

mediúnica, o escritor Marcelo Orsini, por

meio de um trabalho cuidadoso, fruto de

longa e laboriosa pesquisa, conta a

história de vida e a dedicação do médium

Ênio Wendling.

Ao todo, são 376 páginas de relatos

preciosos que fazem parte da história do

espiritismo no Brasil e ajudam a recontar o

erguimento de importantes instituições

espíritas mineiros como, por exemplo, O

Grupo da Fraternidade Espírita Irmã

Scheilla e Fraternidade Espírita Irmão

Glacus.

Ênio Wendling - pela vereda mediúnica,

mais que um livro, é um memorial da

prática mediúnica, publicado pela Editora

Educere. Uma excelente fonte de pesquisa

no que tange a Ciência Espírita, ao

relatar a participação do médium em

reuniões de materialização, desde 1949

até o início da década seguinte.

Sem dúvidas, essa é mais uma daquelas

obras da literatura espírita que pretende,

não apenas homenagear, mas deixar

impresso na história do espiritismo, grandes

vultos que que se colocaram disposição da Plano

Maior da vida.

A obra está disponível na LIVRARIA do Grupo

Scheilla e pode ser obtida em Delivery para a sua

casa através do WhatsApp (031) 98919-0219.

Maiza Silva

Jornalista colaboradora do Grupo Scheilla

13


NOTÍCIAS

CORONAVIRUS E NÓS,

CONVITE A REFLEXÕES

Imagem: Internet

4

Está aqui narrada de início a magia de algo que o

mundo pouco valoriza e reconhece qual seja a

existência real de vida desde quando do encontro

do espermatozoide com o óvulo, formando o

zigoto. A narrativa será no singular, entrementes

se subentende o plural. Eu era pequenino, de

tamanho infinitesimal, só visível por avançados

exames de imagem, os médicos me denominavam

de feto, apesar do meu estado de inconsciência

sabia-me um ser vivo dotado de inteligência e

com uma clara noção de existir antes de fazer

moradia na intimidade de alguém que mais tarde

passei a chamar de mamãe.

Algum tempo depois recebi a denominação de

embrião, talvez porque tenha crescido e fui

tomando uma forma que não sabia bem descrever,

só muito tempo à frente descobri que milagrosamente

surgiram em mim células, tecidos,

órgãos e organismo, compondo a estrutura do

meu tenro corpo e, para isso não despendi

nenhum esforço. Vagarosamente logrei sair do

estado de inconsciência para semiconsciência. Era

um mundo maravilhoso onde habitava!

14

Estava resguardado numa câmara uterina, uma

confortável moradia, suas paredes eram de

imensa plasticidade e que os humanos chamam

de placenta. Cada vez tinha mais mobilidade no

que poderíamos denominar de oceano, contudo

com o passar do tempo este virou um grande rio,

mais a frente um rio menor, entrementes as águas

eram sempre calmas, renovadas, contendo

alimentos indispensáveis para a minha sobrevivência.

Sentia-me indelevelmente ligado a minha

mãezinha: estava imerso nela, protegido por ela e

uma seiva intermitente provinda dela irrigava

meu minúsculo corpo. Como era confortável

aquele mundo, não precisava de coisa alguma

externa, pois ela, a minha mãe me supria de tudo e

em verdade eu precisava de tão poucas coisas!...

Era acariciado, tocado com leveza, minha mamãe

conversava diuturnamente comigo, só me

incomodavam os ruídos externos, as gritarias e,

não raras vezes a respiração ofegante da minha

protetora, também o seu cansaço, sua movimentação

dificultosa, mas isso pouco refletia na minha

paz, na minha vida feliz. Tinha eu o pressentimento

que não ficaria muito tempo em tão encantador


castelo, percebia-me crescer e muito, os espaços

limitavam os meus movimentos e minha mãezinha

sinalizava que a breve tempo eu surgiria para

o mundo externo e que nada temesse, pois ela

haveria de me amar e de me proteger para o resto

da minha vida. É muito difícil externar como era

nossa comunicação, bastava eu pensar para ele

me entender e quando isso não acontecia era por

agitações estranhas, lá de fora, não perceptíveis

para mim!

Eu sairia do meu castelo, do meu lar para conhecer

meu pai, outros que habitavam o castelo de fora.

Mamãe me confortava, afirmando que eu estaria

numa casa nova, bem espaçosa e, além disso,

viriam surpresas, um mundo novo me aguardava!...

O mundo novo que se deparou foi bem diferente,

só ai entendi a grandeza, os sacrifícios, o devotamento

e o amor da minha mãe. Passei por todos os

ciclos do desenvolvimento anatômico, fisiológico

e de formação da minha personalidade. Fui

consumido pelas atrações e prazeres deste

mundo novo e, não diferentemente dos outros

humanos como eu, usufrui dos benefícios da

civilização. Constitui minha própria família e

passei a lamentar o quão pouco convivia com

meus entes queridos. Trabalho, quase sempre

extenuante, cursos de especialização, roda de

amigos, compromissos sociais, viagens e preocupações

com o futuro da minha nova família, pouco

me permitia estar mais tempo em casa, conviver

com meus entes queridos, dispor de mais tempo

para ouvi-los, senti-los, brincar como nos tempos

de infância.

De repente surgiu no trânsito da minha existência

um inimigo invisível, um ser vivo de tamanho

infinitesimal, capaz de transmutar, de se multiplicar

e de efetuar uma perseguição implacável. Já

tivera adversários ferrenhos e até inimigos na

minha voragem terrena e contra eles sempre

soube me prevenir, reagir e comportar. Resisti a

este perseguidor empregando todos os ardis e

meios, entrementes para ele não me causar dano

maior, com a perda da própria vida, recolhi na

minha casa, junto da minha família e descobri que

todos deveríamos nos proteger reciprocamente

do inimigo comum, o coronavírus.

Quanta estranheza, tudo cessou na minha existência,

uma paralisia incompreensível, não mais o

trabalho, a roda de amigos, as viagens, as horas

extras nos serões para melhoria da qualidade de

vida, os passeios, os encontros festivos, o cinema,

os shoppings, o clube recreativo, a academia, a

casa de oração, de repente me descobri junto da

minha família, vinte e quatro horas por dia. Nem

mais as saídas de carro ou de ônibus, em que pese

o estresse e a irritação de quando em vez. Uma

mudança repentina no modo de vida. Estava

definitivamente preso, uma reclusão não

pensada, compulsória. Confesso, no início foi

agradável, mas, depois uma inquietude tomou

conta de mim.

Uau, eu não desejei por tantas vezes estar mais e

conviver mais com meus entes queridos? Quantas

vezes reclamei mais tempo no lar, ter tempo para

meus entes amados! A COVID-19 não estava me

proporcionado a realização desses sonhos e

desejos? Porque não relembrar do castelo encantado

onde habitei por longos meses, onde eu

estava perto de quem se importava comigo? Eu e

minha mãezinha usufruíamos de uma felicidade

verdadeiramente indizível, muito diálogo,

atenção recíproca, afeto transbordante, alegria

exultante, paz indescritível e poucas necessidades

para a manutenção da vida!

Descobri com o passar do tempo que eu e meus

entes queridos carecíamos de menos roupas, a

alimentação tornou-se mais frugal, os passeios

nos shoppings ou nos cinemas ou no clube ou casa

de campo não faziam tanta falta, ou não eram

coisas tão importantes. Redescobri o gosto de

conversar mais e de ouvir a minha parentela

consanguínea. Minimizei o uso de aparelhos

celulares, da televisão, do notebook, do acesso

frenético as redes sociais para usufruir da companhia

dos seres que Deus situou no meu lar.

Relembrei de antigas e recentes amizades,

retomando ou incrementando o contato com elas.

Matriculei-me nos trabalhos domésticos, seja na

lavação, na limpeza, na arrumação, até arriscando-me

no trato da cozinha. O mais importante,

arrumei tempo para filosofar, falar e buscar à

Deus, me abastecer de esperanças, de crer na vida

futura e de verdadeiramente condoer do sofri-

15


NOTÍCIAS

mento alheio, além de me solidarizar com as dores

de quem perdeu seus entes queridos, vitimados

pelo irmãozinho desavisado, olha só agora o

chamo assim e não o tenho mais como um inimigo!

Ah, aconteceu um problema que eu debito a esse

coronavirus, qual seja, fiquei impedido de tocar,

de abraçar, de beijar meus entes queridos - isto é

uma provação e tanto, mas saberei esperar! O

irmão inferior da natureza veio para ficar algum

tempo e depois, partirá para cumprir outra

trajetória nos círculos da mãe natureza. Cada ser

v i v o t em um

papel a desempenhar

no seio

da natureza,

nós é que ainda

não compreend

e m o s o

propósito de

Deus para cada

e v e n t o o u

acontecimento!

Não sei quanto

tempo perdur

a r á e s s a

a p a r e n t e

reclusão, assim

r e d e fi n o a

d i a m e t r a l

m u d a n ç a

compulsória na

minha existência,

todavia sei

que será por

pouco tempo. O Espírito Emmanuel nos assegura

que moléstias estranhas devastam populações

inteiras, mas Deus inspira a cabeça de cientistas

abnegados e liquida as epidemias (livro Palavras

de Vida Eterna, lição 79). Voltarei a algumas das

atividades de antes, espero que eu seja mais

seletivo. Não perderei as belíssimas lições aprendidas

e apreendidas em poucos meses, como: o

convívio com meus entes queridos resignificando

meu modo de ver a vida; o gosto pelas demoradas,

pacientes e alegres conversações; o cultivo de

afazeres domésticos; o contentar-se com as

16

vestes e alimentos absolutamente indispensáveis

para viver; o apreço pelas amizades; a redução dos

supérfluos; o fortalecimento da minha fé; o amor

aos meus semelhantes e a busca incessante de

Deus na minha vida.

Quando eu estava na iminência de deixar o castelo

encantado, o útero da minha adorável mãezinha

tive medo. Tudo era paz e me sentia muito protegido,

contudo de algum modo sabia da necessidade

de nascer (renascer) para viver muitas experiências.

Deveria afastar qualquer receio, uma voz

inconsciente me dizia que eu estava preparado e

Imagem: Internet q u e m i n h a

m a m ã e m e

protegeria.

4

Q u a n d o e u

tiver de ausentar

do meu lar,

para cumprir

m ú l t i p l o s

afazeres, após

a crise deflag

r a d a p e l o

q u e r i d o

c o r o n a v i r u s ,

digo para mim

mesmo, serei

outro. Vou me

i n fl a r d e

coragem, pois

q u e e s t a r e i

fortalecido e

renovado em

ricos propósitos.

Tenho um

tempo rico para

cumprir na minha trajetória existencial, sei que

sou um ser único, amado por Deus e com uma

missão importante a mim designada, qual seja a

de aprimorar-me espiritualmente e contribuir

para que o nosso hospitaleiro planeta se converta

num mundo mais fraterno, com uma humanidade

mais solidária e feliz.

Célio Alan Kardec de Oliveira

Escritor e conferencista espírita


SE VOCÊ NÃO PODE IR AO GRUPO

SCHEILLA, O GRUPO VAI ATÉ VOCÊ!!

N e s t e t e m p o d e

pandemia devido ao

novo Coronavírus, em

que todos estamos

permanecendo mais

em casa, evitando as

aglomerações, inclusive

deixando de frequentar

reuniões públicas

e mediúnicas e

outras atividades do

nosso Grupo Scheilla,

torna-se necessário

um grande esforço de

todos nós para mantermos

o equilíbrio

f í s i c o , m e n t a l e

espiritual.

Além disso, vamos

lembrar que as atividades

de Assistência

Espiritual realizadas

pelo Grupo Scheilla

como as Orientações

Espirituais, o Atendimento

Fraterno e os

Tratamentos Espirituais através das Reuniões

Mediúnicas, contribuem fortemente na manutenção

do equilíbrio mental e espiritual, tanto de

encarnados quanto de desencarnados.

Com a paralisação das atividades presenciais do

Grupo Scheilla em meados de março, surgiu a

ideia de implantar o “SOS PRECES”, de modo a

atender às pessoas necessitadas de consolo,

entendimento e informações. Consiste de plantão

telefônico utilizando-se o telefone (31) 3226-3911,

realizado de segunda a sexta-feira, nos horários

de 9h às 12h e de 14h às 17h, e sábado no horário

de 14h às 17h.

A equipe de atendentes são tarefeiros do

Atendimento Fraterno, que têm experiência no

atendimento presencial e que realizam a atividade

de forma totalmente voluntária, buscando

oferecer ouvidos e entendimento amoroso

aqueles que sofrem. Se você sente necessidade de

falar com alguém sobre alguma dificuldade

momentânea ou se conhece alguém que está se

sentindo sozinho ou ansioso nestes momentos

transitórios em que estamos vivendo, busque os

nossos irmãos e irmãs do “SOS PRECES”, que lhe

atenderão com carinho a dedicação.

No mínimo, a prece nos pacica para

que encontremos por nós mesmos,

a saída para a diculdade que

estejamos enfrentando.

Chico Xavier

4

17


NOTÍCIAS

GRUPO SCHEILLA COMEMORA

68 ANOS DE FUNDAÇÃO!!

4

Em 21 de junho de 1952 é fundado em Belo

Horizonte o Grupo da Fraternidade Espírita Irmã

Scheilla, resultado da fusão do Grupo Scheilla, que

funcionava à Rua Paraisópolis 658 no bairro Santa

Tereza, onde hoje é o Grupo da Fraternidade Irmã

Ló, com o Centro Espírita Oriente, que funcionava

à Rua Aquiles Lobo 52 na Floresta, fundado em 06

de junho de 1930.

Desde julho de 1946, os Mensageiros da

Espiritualidade Maior acenavam para o surgimento

de um movimento de caráter nacional, a nascer

das montanhas mineiras, que muito contribuiria

para o progresso espiritual do Brasil, capaz de

despertar mais intensamente a chama da fraternidade

dentro do Movimento Espírita no Brasil,

nascia o Movimento da Fraternidade.

No final da década de 40, onde hoje localiza-se o

Grupo da Fraternidade Irmã Ló, casa do Sr. Jair

Soares, começaram a surgir as famosas

“Materializações Luminosas”, ocasião em que a

espiritualidade superior aproveita os fluidos

emanados por vários médiuns de efeitos físicos

para a materialização de espíritos iluminados,

fenômeno que trouxe à BH diversas caravanas de

18

irmãos e irmãs sequiosos de presenciá-lo e

que voltavam para as cidades de origem e

fundavam novos Grupos.

Assim foi criado o “Movimento da Fraternidade”,

de caráter universalista e constituído pela união

voluntária das criaturas conscientes que, sob a

Égide de Jesus Cristo, se propõem a espalhar a

luz da Doutrina Espírita, codificada por Allan

Kardec, a verdade do Evangelho e a praticá-la

junto aos irmãos em humanidade, convivendo

com a dor e compadecendo-se dela, levando à

criança desamparada o calor paternal e ao

doente, do corpo e da alma, a visitação, o

remédio, o repouso, a habitação, as vestes, a

água e o pão.

Os objetivos do Movimento da Fraternidade são a

evangelização, a espiritualização e o aprimoramento

do Espírito em evolução, encarnado e

desencarnado, em sintonia com a Espiritualidade

Maior e efetivamente participando na construção

do Brasil, Coração do Mundo, Pátria do

Evangelho.

Foi o Espírito Scheilla que, em 16 de outubro de

1949, propôs um programa de trabalho para os


MOMENTO ATUAL DO GRUPO SCHEILLA

4 4

4 4

grupos de fraternidade nascentes, o chamado

“Programa de Trabalho Permanente”, constituído

pelos seguintes pontos

(Artigo 9 do Estatuto do Grupo Scheilla):

a) Ensino e Prática da Doutrina Espírita e do

Evangelho;

b) Assistência Social Espírita;

c) Tarefa de Passes; e

d) Formação de Ambientes Espiritualizantes.

A Instituição Espírita que o adota denomina-se

Grupo da Fraternidade e, assim, o Movimento da

Fraternidade é, também, somatório dos Grupos

de Fraternidade Espírita.

Nesta mesma data, de 16 de outubro de 1949, o

espírito Scheilla avalizou a instalação do primeiro

Grupo da Fraternidade no País, pronunciando-se

desta maneira: “Meus amigos, que a paz do

Mestre fortifique os nossos propósitos. O nosso

Grupo da Fraternidade será um dos balaústres que

proporcionará a nós e a todos que dele se aproximarem,

momentos de recompensa e de alegria

íntima! Em breve realizaremos belos trabalhos

que irão propiciar-nos renovadas e crescentes

alegrias. Que o Pai nos ouça e nos abençoe!”.

Em 21 de junho de 1952, o Centro Espírita Oriente,

reconhecendo a grandeza da proposta de trabalho,

integrou-se ao Movimento da Fraternidade,

ocorrendo a fusão e o surgimento oficial do

Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla, que

funciona até esta data no mesmo endereço.

Faz parte também do Grupo Scheilla, a Casa

Espírita André Luiz – CEAL, que consiste no seu

núcleo de assistência social.

A CEAL foi inaugurada em 1957 com a denominação

de Casa de Saúde André Luiz, com o propósito

de atender gratuitamente pacientes do sexo feminino,

portadoras de patogenia psico-espiritual

(doentes mentais. Em 1960, direcionou-se o

atendimento para crianças desvalidas em regime

de internato, quando a Casa assumiu então a denominação

atual. A partir de 1985, decidiu-se dar

ênfase ao atendimento em regime semi-aberto,

buscando-se ao mesmo tempo estender o atendimento

à família, para que ela possa criar os próprios

filhos com dignidade. As atividades de assistência

social se multiplicaram e todas elas visam o

soerguimento espiritual dos carentes do corpo e

da alma.

19


Rua;

· Academia da

Cidade em Convênio

com a Prefeitura

de BH;

20

NOTÍCIAS

Atualmente são várias as atividades realizadas no

Grupo Scheilla e dentre elas podem-se citar:

· Reuniões Públicas;

· Organização de Seminários e Congressos;

· Evangelização Infantil e a Mocidade Espírita

Maria João de Deus;

· Ciclos de Estudos e Estudos Continuados da

Doutrina, Evangelho e Mediunidade;

· Biblioteca e a Livraria Fritz Schein;

· Culto do Evangelho No Lar;

· Tarefa de Passes;

· Assistência à Famílias Carentes com Distribuição

de Cestas Básicas;

· Dispensário Irmão Glacus com distribuição

gratuita de remédios sob Receita Médica;

· Cursos Profissionalizantes e Banco de Empregos;

· Curso Preparatório para o ENEM;

· Campanha do Quilo;

· Bazar Fraterno;

· Sala de Costura Irmã Narcisa e Oficina Irmã

Scheilla;

· Distribuição da Sopa Fraterna e Atendimento aos

M o r a d o r e s d e

· E d u c a n d á r i o

Irmã Veneranda

para crianças do

s e x o f e m i n i n o

em grau de vulnerabilidade

social,

em parceria

com a Prefeitura de BH;

· Visitação Fraterna a Lares, Colônia Santa Isabel e

Hospital Raul Soares;

· Atendimento Fraterno;

· Orientações Espirituais ao Público e Fraternistas

do Grupo Scheilla;

· Grupo de Engenharia, que organiza e planeja as

atividades de manutenção e melhoria das instalações

prediais;

· Grupo “Sócios do Bem” e “Mãos Amigas” que

contribuem para a sustentabilidade do Grupo.

Enfim o Grupo Scheilla é uma colméia de amor e

trabalho no bem, oferecendo ótimas oportunidades

de crescimento espiritual para todos aqueles

que contribuem na realização de suas atividades.

Assim nós gostaríamos de terminar nossas

observações acerca do aniversário da nossa Casa

com a transcrição do Item 5 “Os Obreiros do

Senhor”, constante no capítulo XX do Evangelho

Segundo o Espiritismo:

“Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as

coisas anunciadas para a transformação da

Humanidade. Ditosos serão os que houverem

trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse

e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias

de trabalho serão

pagos pelo cêntuplo

do que tiverem

esperado.

Ditosos os que

hajam dito a seus

irmãos: ‘Trabalhemos

juntos e

unamos os nossos

esforços, a

fim de que o Senhor,

ao chegar,

encontre acabada a

obra’, porquanto o Senhor lhes dirá: Vinde a mim,

vós que sois bons servidores, vós que soubestes

impor silêncio às vossas rivalidades e às vossas

discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a

obra!”.

· Tratamentos de Desobsessão e Ectoplasmia; Parabéns aos valorosos trabalhadores do

· Reuniões de Educação Mediúnica;

Grupo Scheilla, que têm dado o seu amor

· Recepção;

e dedicação às atividades realizadas no

· Harmonização de Reuniões Públicas e Eventos

através dos Corais Scheilla, Sebastião Lasneau e

Grupo, que Deus e a Espiritualidade

Amiga abençoem a todos.

João Cabete, além de colaboradores individuais;

· Organização de eventos de integração entre os

Referências:

Fraternistas, Movimento da Fraternidade e

- Site do Grupo Scheilla

- Livro “Movimento da Fraternidade”

Movimento Espírita;

de Célio Alan Kardec de Oliveira.

4


TRANSFORMANDO

CONHECIMENTO EM BOAS AÇÕES

Sob a Luz do Evangelho e movidos pela

imensa vontade de fazer o bem, a turma de

11-12 anos da Evangelização Infantil Maria

João de Deus, tem se tornado a cada domingo,

exemplo de multiplicadores de boas

ações.

4

Inspirados pelo desafio de mudar o mundo

com uma participação mais ativa para deixálo

ainda melhor, que o projeto «A Corrente do

Bem», vem contagiando a todos por sua

dedicação, entrega e amor ao próximo.

Visitação Abrigo Institucional Creche Tia Dolores

Conduzi-los à prática da caridade, tem contribuído

para a formação moral e espiritual, que pauta

sua conduta nas leis de amor deixadas pelo Cristo,

oferecendo ao evangelizando a oportunidade de

reconhecer-se como um ser integral, consciente,

participativo, cidadão do universo e agente

transformador da sociedade.

Visita ao Lar das Idosas Senhor Bom Jesus

Foram várias as ações desenvolvidas ao

longo das atividades deste ano e contaram

com a participação de todos que

integram esse projeto (evangelizadores,

pais e alunos).

4

Servir a Deus servindo aos homens, é a maior

prova do nosso AMOR ao Divino. Há muito a ser

feito, em nós e no mundo. Temos todas as possibilidades

para realizá-lo! Apliquemos toda nossa

vontade e esforço para transformá-lo e deixá-lo

muito melhor do que encontramos.

«Hoje é a oportunidade

ditosa para depositardes

sementes no solo dos

corações; amanhã será o dia

venturoso de colherdes os

frutos da paz.»

Francisco Thiesen

4

Estimularam também a colaboração de

profissionais da área da saúde, beleza e

educação, que caridosamente doaram seu

tempo e talento para transformar a vida de

muitos.

Participação na Campanha do Quilo

21


NOTÍCIAS

CICLOS DE ESTUDOS À DISTANCIA

No dia 20 de abril, o Grupo Scheilla, com

objetivo de dar continuidade aos estudos da

Doutrina Espírita deu início, por meio de

videoconferência, as aulas do Ciclo de

E s t u d o s p a r a o s Mó d u l o s I , I I , I I I e

Complementar.

Com dinâmica semelhante ao formato das

aulas presenciais, o encontro tem início com

leitura e prece de harmonização, e, em

seguida, a palavra é dada ao expositor que

fica responsável por apresentar o tema

específico do dia, conforme cronograma de

estudos organizado pela EDU e Coordenação

do Ciclo de Estudos.

Para que não permaneça, por parte dos

alunos, nenhuma dúvida acerca do tema

abordado, todas as perguntas são direcionadas

ao expositor por meio de mensagens no

bate-papo da ferramenta de videoconferência

utilizada pelo Grupo. Após dado os recados

importantes, a aula virtual chega ao fim

com a tradicional prece de encerramento.

Aproximadamente, 1000 alunos estão

matriculados nos Estudos Doutrinários do

Grupo Scheilla, subdivididos em 29 turmas.

Módulo I: segundas e quintas

Módulo II: terças e sextas

Módulo III: quartas e aos sábados

As aulas do Módulo Complementar, que

oferece o Curso Básico de Preparação para

Educação Mediúnica, acontecem aos

sábados, enquanto o Núcleo de Estudos das

Obras de André Luiz, NEAL, realiza os

encontros virtuais às quartas-feiras.

Também 0 ESDE que ocorre às segundas e o

NEDE às quintas-feiras.

Bruno Freitas dos Santos

Tecnologia Grupo Scheilla

22


A NOVIDADE DAS AULAS VIRTUAIS

NO CICLO DE ESTUDOS

Diante das medidas sanitárias para preservar

vidas e conter o contágio pelo novo coronavírus,

as aulas dos módulos de estudos foram

suspensas na segunda quinzena de março.

Diante da gravidade da pandemia e a impossibilidade

das aulas presenciais o Grupo

Scheilla se mobilizou para ofertar aulas online

aos alunos.

Vencendo a inexperiência com as ferramentas

tecnológicas, mas pensando em trazer

aos frequentadores dos módulos um suporte

espiritual, lançamo-nos com o amparo da

espiritualidade a organizar as aulas, trazendo

aos corações a palavra que esclarece e

consola.

Com bom ânimo, como exortava Jesus,

coordenadores, alunos, expositores e vários

colaboradores foram vencendo os desafios e

adaptando-se aos novos tempos.

E, decorridos dois meses, agradecemos aos

espíritos amigos pelo alcance das aulas que

têm, em média, 120 participantes em cada

sessão.

Hoje os alunos em seus lares são reunidos

virtualmente de segunda a sexta de 20 às

21:15 e aos sábados em dois horários 15 às

16:15 e 16:30 às 17:45 para, através da

instrução, vibrar amor e paz a favor do

planeta e de toda a humanidade.

Assim, a distância material tem sido superada

pela proximidade espiritual e, por mais

esta graça, rendemos a Jesus e aos mentores

da Casa de Scheilla nosso reconhecimento e

gratidão.

Deus é conosco!

Miraci Gomes de Oliveira

Coordenação dos Ciclos Básicos

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INFÂNCIA E JUVENTUDE

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