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Covid19 - Portugal e Espanha revelam como lidaram com a crise

Numa altura em que o mundo inteiro teve de se readaptar aos impactos provocados pelo SARS-CoV-2, os sistemas de saúde foram postos à prova durante o pico da pandemia. O novo coronavírus não deu tréguas a ninguém, exigindo respostas imediatas e eficazes de governantes, gestores e profissionais de saúde. Para debater a forma como tal foi feito, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e a sua congénere espanhola, a Sociedad Española de Directivos de la Salud (SEDISA), organizaram um ciclo de quatro webinars subordinado ao tema “Partilha de experiências na luta contra a Covid-19”, no qual participaram especialistas de ambos os países, oriundos de contextos diferentes na área médica, farmacêutica e de gestão da saúde. Na abertura do primeiro encontro, no dia 30 de abril, Alexandre Lourenço, presidente da APAH, deixou claro que “não existem formas de enfrentar esta crise sem um trabalho comum”, realçando que “a experiência dos colegas espanhóis é muito importante para nós num combate que será longo”. Também no papel de moderador esteve José Soto Bonel, da direção da SEDISA e diretor do Hospital Clínico San Carlos, de Madrid, que partilhou o contexto espanhol na luta contra a Covid-19, o qual foi consideravelmente diferente do português, tendo em conta que, como recordou Alexandre Lourenço, “Portugal teve a sorte de não sofrer a pressão sobre o sistema de saúde que se observou em Espanha”.

Numa altura em que o mundo inteiro teve de se readaptar aos impactos provocados pelo SARS-CoV-2, os sistemas de saúde foram postos à prova durante o pico da pandemia. O novo coronavírus não deu tréguas a ninguém, exigindo respostas imediatas e eficazes de governantes, gestores e profissionais de saúde. Para debater a forma como tal foi feito, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e a sua congénere espanhola, a Sociedad Española de Directivos de la Salud (SEDISA), organizaram um ciclo de quatro webinars subordinado ao tema “Partilha de experiências na luta contra a Covid-19”, no qual participaram especialistas de ambos os países, oriundos de contextos diferentes na área médica, farmacêutica e de gestão da saúde. Na abertura do primeiro encontro, no dia 30 de abril, Alexandre Lourenço, presidente da APAH, deixou claro que “não existem formas de enfrentar esta crise sem um trabalho comum”, realçando que “a experiência dos colegas espanhóis é muito importante para nós num combate que será longo”. Também no papel de moderador esteve José Soto Bonel, da direção da SEDISA e diretor do Hospital Clínico San Carlos, de Madrid, que partilhou o contexto espanhol na luta contra a Covid-19, o qual foi consideravelmente diferente do português, tendo em conta que, como recordou Alexandre Lourenço, “Portugal teve a sorte de não sofrer a pressão sobre o sistema de saúde que se observou em Espanha”.

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RESPOSTA IMEDIATA NA ÁREA DA FARMÁCIA<br />

Olga Delgado enumerou algumas das soluções postas em marcha pela SEFH <strong>com</strong><br />

grande rapidez:<br />

• Microsite alojado na página da SEFH <strong>com</strong> informação sobre procedimentos de<br />

farmácia hospitalar para a gestão da Covid-19, nomeadamente sobre medicamentos,<br />

investigação clínica, normas nacionais e internacionais e até informação sobre<br />

utilização de EPI;<br />

• Criação de um fundo solidário coordenado pela SEFH para melhorar a cobertura<br />

de necessidades nos serviços de farmácia hospitalar, que contou <strong>com</strong> donativos de<br />

inúmeros laboratórios farmacêuticos, entre outros;<br />

• Consultas de telefarmácia para dar apoio a doentes em ambulatório;<br />

• Apoio aos alunos do 5.º ano do curso de farmácia que precisavam de fazer as aulas<br />

práticas, sendo que esta lacuna foi suprida através do site da SEFH;<br />

• Criação de um Registo Nacional de Resultados de Farmacoterapia no âmbito da<br />

Covid-19, que contou <strong>com</strong> 6 mil doentes registados para investigação científica.<br />

HOSPITAIS EM TEMPO DE CALAMIDADE<br />

“Resposta através dos hospitais de campanha” foi o tema do último debate deste ciclo<br />

de conferências, no dia 12 de maio, <strong>com</strong> a participação de Javier Marco, especialista em<br />

Medicina Interna no Hospital Clinico San Carlos, em Madrid, e codiretor do hospital IFEMA,<br />

também na capital espanhola. Este foi um dos hospitais de campanha construídos no<br />

país vizinho para dar resposta ao coronavírus, o qual levou ao limite os recursos do sistema<br />

nacional de saúde, “numa <strong>crise</strong> sem precedentes”, <strong><strong>com</strong>o</strong> descreveu na abertura da reunião<br />

Pere Vallribera Rodríguez, secretário-geral da SEDISA e presidente da Sociedade Catalã<br />

de Gestão Sanitária. Em concreto, os primeiros módulos deste hospital foram instalados<br />

de um dia para o outro, literalmente, na Feria de Madrid (IFEMA), depois de, no dia 20 de<br />

março, ter sido decidida a sua instalação <strong><strong>com</strong>o</strong> consequência de os SU da cidade terem<br />

ultrapassado o seu limite: estima-se que, na altura, cerca de 2500 pessoas esperavam<br />

para ser atendidas. No dia 21 de março, 15 horas depois de iniciadas as obras, <strong>com</strong>eçaram<br />

a admitir os primeiros doentes e 48 horas depois estavam a esgotar a lotação do primeiro<br />

pavilhão <strong>com</strong> 350 camas ocupadas.<br />

“SE DEMORASSE MAIS [A CONSTRUÇÃO DO HOSPITAL IFEMA]<br />

NÃO TERIA SIDO ÚTIL.”<br />

JAVIER MARCO<br />

Especialista em Medicina Interna no Hospital Clínico San Carlo e Co-diretor do Hospital de IFEMA<br />

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