SCMedia News | Revista | Abril 2020

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ABRIL 2020
“Temos recebido inúmeros pedidos de vários
locais a solicitarem ajuda e expondo casos
verdadeiramente dramáticos com necessidade
de vestuário para as equipas (médicos,
enfermeiros, auxiliares e bombeiros)”, refere
Conceição Dias, empresária que lidera a
empresa, ressalvando que apesar de todos
estarem a contribuir consoante o que é
possível, os esforços serão insuficientes.
Apela a todas as empresas e profissionais
têxteis para apoiarem através de mão-de-obra
ou matérias-primas “para que seja possível
minimizar estas situações e dar, dentro do
possível, melhores condições a estes heróis
que lutam diariamente para nos salvarem da
tragédia que todos vivemos”.
Luís Onofre, designer de calçado também
reinventou o seu negócio para ajudar face
à falta de material de protecção individual
no país. Já iniciou uma produção diária de
500 máscaras não cirúrgicas na sua fábrica
em Oliveira de Azeméis, em conjunto com o
Centro Tecnológico do Calçado de Portugal
(CTCP), e tenciona aumentar para as 800
unidades. Este equipamento será doado às
instituições do concelho e arredores, tendo
sido também garantida a distribuição em
hospitais, lares e Cruz Vermelha.
Em Itália, marcas como a Armani estão
a fabricar roupa de protecção para os
profissionais de saúde, nas suas unidades de
produção. Em França também abraçaram este
desafio marcas como Yves Saint Laurent e
a Balenciaga que estão a fabricar máscaras
de protecção, ou a Louis Vuitton, Givenchy e
Dior que estão a produzir álcool gel.
Há algo inquestionável sobre tudo
isto: a solidariedade e o compromisso de
tantas e tantas empresas que, por livre
vontade, decidiram suspender os seus
habituais modelos de negócio para ajudar os
profissionais de saúde que lutam, dia e noite,
contra o coronavírus. Toda a gente pode
ajudar nesta guerra. Enquanto uns podem
ficar na retaguarda a impedir a propagação
do vírus, outros apresentam-se como a
resistência, ajudando os que estão na linha
da frente, lutando para que o vírus se renda
finalmente. •