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CERTIFICAÇÃO: - Produção das portas passa por processo rigoroso de controle de qualidade<br />
SOLUÇÕES INTELIGENTES,<br />
INOVAÇÃO E INTEGRIDADE<br />
INDÚSTRIA FORTALECE O MERCADO DE<br />
GERAÇÃO DE ENERGIA TÉRMICA
QUALIDADE<br />
Nós trabalhamos<br />
sempre na busca<br />
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SUMÁRIO<br />
INDUSTRIAL<br />
48<br />
<strong>2020</strong><br />
28<br />
42<br />
38<br />
MADEIRA<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
Alca Máquinas 07<br />
Contraco 53<br />
Dallabona Máquinas 45<br />
DRV Ferramentas 09<br />
Eletro Izidoro 21<br />
Engecass 15<br />
H Bremer 11<br />
Impacto Máquinas 19<br />
Linck 05<br />
Máquinas Águia 59<br />
Máquinas Dudi 41<br />
Mendes Máquinas 02<br />
Mill Indústrias 23<br />
Mill Indústrias 51<br />
Mill Indústrias 60<br />
MSM Química 13<br />
Picoloto 37<br />
Plantag 47<br />
Prêmio REFERÊNCIA 27<br />
Tecnovapor 55<br />
Vantec 17<br />
XH MAR Bethlehem 57<br />
SUMÁRIO<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
14 Notas<br />
20 Aplicação<br />
22 Frases<br />
24 Entrevista<br />
28 Principal Energia para mudar<br />
34 Infraestrutura<br />
38 Marcenaria<br />
42 Mercado<br />
46 Madeira Tratada<br />
48 Artigo<br />
56 Agenda<br />
58 Espaço Aberto<br />
04<br />
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Inovação. Qualidade.<br />
Economia.<br />
MADE IN GERMANY
EDITORIAL<br />
INDÚSTRIA<br />
QUALIFICADA<br />
NA CAPA<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
CERTIFICAÇÃO: - Produção das portas passa por processo rigoroso de controle de qualidade<br />
SOLUÇÕES INTELIGENTES,<br />
INOVAÇÃO E INTEGRIDADE<br />
INDÚSTRIA FORTALECE O MERCADO DE<br />
GERAÇÃO DE ENERGIA TÉRMICA<br />
E<br />
m momentos de obstáculos, a indústria<br />
brasileira precisa provar sua força e mostrar<br />
que pode concorrer no mercado internacional.<br />
Nesta edição da REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL, trazemos uma reportagem<br />
sobre a certificação de portas de madeira exigida<br />
pelas normas da Abnt, que qualificam os produtos<br />
brasileiros entre os melhores do mundo. Além disso,<br />
a entrevista do mês é com a economista Monica de<br />
Bolle, que explica quais medidas governamentais<br />
devem ser realizadas para amenizar os impactos<br />
econômicos da pandemia do novo coronavírus nas<br />
cadeias produtivas brasileiras. Além disso, o leitor<br />
poderá acompanhar matérias exclusivas nas editorias<br />
de Marcenaria, Mercado e Madeira Tratada, bem<br />
como, novidades do setor. Tenha uma ótima leitura!<br />
ESTAMPA A CAPA DESTA<br />
EDIÇÃO MONTAGEM<br />
ALUSIVA AOS PRODUTOS<br />
FORNECIDOS PELA<br />
XH MAR BETHLEHEM<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXII - EDIÇÃO <strong>219</strong> - JUNHO <strong>2020</strong><br />
Ano XXII • N°<strong>219</strong> • Junho <strong>2020</strong><br />
06<br />
INDUSTRY<br />
QUALIFICATION<br />
I<br />
n times of obstacles, Brazilian industry needs<br />
to prove its strength and show that it can<br />
compete in the international market. In this<br />
issue of REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong>, we have an<br />
article on the certification of wood doors as<br />
required by Abnt standards, which qualify<br />
Brazilian products among the best in the world. Also,<br />
this month’s interview is with economist Monica de<br />
Bolle, who explains what government measures<br />
should be taken to mitigate the economic impacts<br />
of the new coronavirus pandemic on the Brazilian<br />
production chains. Also, the reader will be able to<br />
follow exclusive articles in the Woodworking, Market,<br />
and Treated Wood Sections, as well as news from the<br />
Sector. Pleasant reading!<br />
referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Murilo Basso<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista / Columnist<br />
Flavio C. Geraldo<br />
Paulo Pupo<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski e Fabiano Mendes / Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
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Tainá Carolina Brandão<br />
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fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />
Tradução / Translation - John Wood Moore<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
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Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />
conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />
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FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />
exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />
consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />
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A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
CARTAS<br />
CAPA DA EDIÇÃO 218 DA<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE MAIO DE <strong>2020</strong><br />
MADEIRA TRATADA<br />
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Ano XXII • N°218 • Maio <strong>2020</strong><br />
QUALITATIVE<br />
RESULT<br />
RESULTADO<br />
QUALITATIVO<br />
MÁQUINAS EFICAZES<br />
POTENCIALIZAM NEGÓCIOS<br />
Por Rodrigo Ávila -<br />
Três Corações (MG)<br />
MARCENARIA<br />
Por Pedro Nogarolli -<br />
Londrina (PR)<br />
Excelente reportagem<br />
sobre as estratégias<br />
de fidelizar clientes em<br />
marcenarias. Nós, desse<br />
segmento, sabemos a<br />
dificuldade de concorrer<br />
com a produção em<br />
grande escala. O<br />
relacionamento com o<br />
consumidor é essencial<br />
neste processo.<br />
Foto: divulgação<br />
Bela iniciativa dos parklets em Toronto. O<br />
uso da madeira como principal material deixa<br />
a construção sustentável e ainda gera uma<br />
reocupação de pontos esquecidos da cidade.<br />
Acredito que as cidades brasileiras devem se<br />
espelhar neste exemplo.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
Por Raquel Giovanelli -<br />
Porto Alegre (RS)<br />
ECONOMIA<br />
Por Márcio Saboia -<br />
Santos (SP)<br />
Muito esclarecedora a<br />
entrevista com Pedro<br />
Wongtschowski. Neste<br />
momento de incertezas, a<br />
união dos empresários em<br />
todo o Brasil é essencial<br />
para que a indústria<br />
saia fortalecida deste<br />
momento turbulento.<br />
Parabéns pelo material.<br />
Ótima reportagem sobre o estudo do Sistema<br />
Fiep que mostra que o retorno do crescimento<br />
econômico no Brasil deve começar a ser visto<br />
em breve. É importante sermos otimistas em<br />
momentos de crise!<br />
08<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong><br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
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BASTIDORES<br />
BASTIDORES<br />
MOMENTO #TBT<br />
NESTA EDIÇÃO, APROVEITAMOS PARA RELEMBRAR ALGUNS DOS<br />
ÓTIMOS MOMENTOS VIVIDOS RECENTEMENTE. PEDRO BARTOSKI<br />
JR., DIRETOR EXECUTIVO DA REVISTA INDUSTRIAL, JUNTO AO DIRETOR<br />
DA INDUMEC, STEPHAN KOLLER.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
AINDA DURANTE FEIRA REALIZADA ANO PASSADO EM CURITIBA<br />
(PR), PEDRO BARTOSKI JR., DIRETOR EXECUTIVO DA REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL, FRANK BORDES, REPRESENTANTE COMERCIAL, FABIO<br />
MACHADO, DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL E O<br />
DIRETOR DA TREE FLORESTAL, MARCO TUOTO.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
ALTA<br />
CONFIANÇA EMPRESARIAL<br />
Depois de registrar em abril o<br />
menor nível em 19 anos, o Índice<br />
de Confiança da Indústria de<br />
maio pode começar a recuperar a<br />
perda registrada anteriormente. A<br />
prévia do indicador foi divulgada<br />
após estudo da FGV (Fundação<br />
Getúlio Vargas), que sinaliza avanço<br />
de 2,4 pontos. De acordo com<br />
a FGV, a leve alta da confiança em<br />
maio é resultado de uma reavaliação<br />
das expectativas dos empresários<br />
para os próximos três e seis<br />
meses. O Índice de Expectativas,<br />
que avalia a confiança no futuro,<br />
apresenta variação de 4,6 pontos,<br />
o que seria uma devolução de<br />
10% da perda que ocorreu em<br />
abril. Para a prévia do mês de<br />
maio, FGV consultou 790 pessoas.<br />
BAIXA<br />
ARRECADAÇÃO NACIONAL<br />
Em meio à pandemia da Covid-19, a<br />
arrecadação das receitas federais no<br />
Brasil registrou queda de 28,95% em<br />
abril, totalizando R$ 101,154 bilhões<br />
(reais). A comparação é com o mesmo<br />
mês de 2019, descontada a inflação.<br />
Esse foi o menor valor para o mês<br />
desde 2006, quando a arrecadação<br />
totalizou R$ 94,505 bilhões. As informações<br />
foram divulgadas pela Receita<br />
Federal. As receitas administradas<br />
pela Receita Federal, como impostos<br />
e contribuições federais, chegaram<br />
a R$ 93,332 bilhões, resultando em<br />
queda real (descontada a inflação) de<br />
28,79%. Já as receitas administradas<br />
por outros órgãos, principalmente<br />
royalties do petróleo, somaram R$<br />
7,822 bilhões, com queda de 30,75%,<br />
em relação a abril de 2019.<br />
10 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
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COLUNA<br />
O EMPURRÃOZINHO DO CUPIM<br />
HOUVE UMA ÉPOCA EM QUE ERA SÓ FALAR DOS PREJUÍZOS CAUSADOS POR ESSES INSETOS E ROMANTIZAR<br />
SOBRE SEUS HÁBITOS QUE A ATENÇÃO DA MÍDIA ESTAVA GARANTIDA<br />
Flavio C. Geraldo<br />
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O<br />
período de isolamento social proporciona experiências<br />
interessantes. Permite, por exemplo,<br />
um espaço para reflexões. E assim, em<br />
consulta a vários artigos e entrevistas publicados<br />
nos últimos 30 anos, é possível constatar<br />
que o cenário voltado aos assuntos relativos à utilização da<br />
madeira tratada tem a sua dinâmica.<br />
Parece ser uma constante a necessidade da autoafirmação<br />
do setor em relação às vantagens competitivas da madeira<br />
e também a necessidade de reafirmação da mesma<br />
como sendo material de engenharia. Foram marcantes as<br />
reportagens realizadas por grandes veículos de comunicação,<br />
em especial durante toda a década de 1990, motivadas,<br />
é certo, pelas provocações à mídia em geral, sugerindo<br />
pautas relativas aos prejuízos causados pelos cupins.<br />
Aliás, nesse período, foi possível constatar que o cupim<br />
assumiu um papel relevante como um grande marqueteiro.<br />
Era só falar dos prejuízos causados por esses insetos<br />
e romantizar sobre seus hábitos que a atenção da mídia<br />
estava garantida. É claro que o setor teve a percepção para<br />
aproveitar ao máximo esse mote, utilizando como estratégia<br />
complementar o direcionamento para a utilização da<br />
madeira tratada em projetos construtivos e no setor da eletrificação,<br />
ainda um importante segmento de mercado da<br />
madeira tratada à época.<br />
Como consequência desse conjunto de ações de comunicação,<br />
representantes do setor começaram a ser convidados,<br />
com frequência, para participar de eventos dos<br />
setores industrial madeireiro, elétrico e da construção. Ao<br />
mesmo tempo começam a pipocar mensagens e atitudes<br />
em todos os setores produtivos e imagináveis ao redor do<br />
mundo, sobre o tema da sustentabilidade. Chegou até a<br />
virar moda, mas, de qualquer forma, ajudou muito. E foi aí<br />
que nosso querido cupim começou a perder espaço como<br />
principal marqueteiro do setor. O tema “Sustentabilidade”<br />
tinha tudo a ver!<br />
Foto: divulgação<br />
As mensagens foram sendo naturalmente redirecionadas,<br />
criaram-se novos bordões de comunicação, o que foi<br />
fácil, pois, afinal, a utilização da madeira cultivada como<br />
material construtivo estava em sintonia com todos os princípios<br />
da sustentabilidade.<br />
Começou a ganhar as mentes da nossa engenharia<br />
e arquitetura alguns conceitos, lembrando que a fábrica<br />
da madeira é a árvore, que no seu processo de produção<br />
sequestra e aprisiona o dióxido de carbono da atmosfera<br />
e de quebra ainda libera oxigênio puro – além de ser um<br />
recurso natural renovável de ciclo curto, eternamente disponível<br />
graças à tremenda evolução das técnicas de melhoramento<br />
e plantios.<br />
Hoje esses mantras são lembrados e repetidos nas salas<br />
de aula de cursos de várias modalidades da engenharia e<br />
arquitetura, além de palestras, veículos de comunicação, sites<br />
e portais. Esses movimentos motivaram tremendamente<br />
uma maior mobilização de entidades representativas do<br />
setor em direção à elaboração de novos textos normativos<br />
ou à revisão de textos já existentes.<br />
O setor da construção necessitava, com urgência, de<br />
parâmetros que pudessem orientar o uso e garantir a qualidade<br />
de componentes de madeira tratada em seus projetos.<br />
Começou a surgir então, no início dos anos 2000, um<br />
texto contemplando um sistema de categorias de uso que<br />
orientava o construtor sobre o tipo de madeira, sua condição<br />
de uso e os processos e produtos de tratamento mais<br />
adequados a cada situação: surgia assim em 2013, a Norma<br />
Brasileira (NBR 16.143 – Preservação de Madeiras – Sistema<br />
de Categorias de Uso).<br />
Outras de igual importância foram surgindo como, por<br />
exemplo, a NBR 16.201 (Cruzetas Roliças de Eucalipto Preservado<br />
para Redes de Distribuição Elétrica), uma excelente<br />
resposta ao setor elétrico nacional que buscava alternativas<br />
ao uso de cruzetas de madeiras tropicais nativas.<br />
E assim, algumas outras normas já existentes foram<br />
passando por revisões, procurando uma adaptação de seus<br />
textos aos momentos mais atuais. Ainda no início dos anos<br />
2000, foi dado um passo decisivo em direção à busca da<br />
qualidade e da legalidade na produção da madeira tratada.<br />
Durante a realização de um encontro do setor, realizado<br />
na Expointer em Esteio (RS) foi proposto um plano (Plano<br />
de Disciplinamento de Mercado), que foi a base para o<br />
desenvolvimento do Qualitrat, hoje um plano oficial de<br />
autorregulamentação do setor, que garante a qualidade e<br />
a legalidade da madeira tratada oferecida aos mercados<br />
consumidores.<br />
Bem, isolamento social tem dessas coisas, nos remete a<br />
lembranças que permitem uma boa reflexão sobre a necessária<br />
dinâmica do setor de proteção de madeiras no Brasil.<br />
Aproveitando a oportunidade, nosso muito obrigado aos<br />
cupins!<br />
12 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
NOTAS<br />
MEDIDA PROVISÓRIA<br />
927<br />
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) protocolou petição no<br />
STF (Supremo Tribunal Federal) na qual solicita participar como amicus<br />
curiae (parte interessada) de sete ações diretas de inconstitucionalidade<br />
que tratam da MP (Medida Provisória) 927/<strong>2020</strong>. A CNI defende<br />
a validade integral da MP 927, que estabeleceu mudanças pontuais e<br />
temporárias na legislação trabalhista para o enfrentamento do estado<br />
de calamidade pública e de emergência de saúde decorrente do novo<br />
coronavírus. Na petição, a CNI pontua que a medida provisória trouxe<br />
alternativas pontuais, temporárias e absolutamente razoáveis para<br />
conferir a empregadores soluções a um cenário imprevisível e inédito.<br />
A MP 927 criou condições específicas para o período de crise, com<br />
medidas como o teletrabalho, antecipação de férias, aumento do período<br />
da compensação do banco de horas, fiscalização trabalhista de<br />
caráter orientador, entre outros pontos.<br />
EMPRESAS<br />
PARANAENSES<br />
A crise causada pela pandemia do coronavírus ocasionou<br />
uma perda de faturamento para 90,2% de micro e pequenos<br />
negócios paranaenses, média maior que a nacional, de<br />
88,7%. O prejuízo mensal médio para esses empresários foi<br />
de 64,6%. Apenas 0,8% dos negócios apresentaram crescimento<br />
do faturamento. É o que apontou uma pesquisa<br />
realizada pelo Sebrae, com parceria da Fundação Getúlio<br />
Vargas, que ouviu 10.384 MEI (Microempreendedores Individuais)<br />
e donos de micro e pequenas empresas de todo o<br />
País. No Paraná, foram ouvidos 681 empresários. Essa é a 3ª<br />
edição de uma série iniciada pelo Sebrae no mês de março,<br />
pouco depois do anúncio dos primeiros casos da doença<br />
no território nacional. Por conta desses impactos, 43,5% dos<br />
pequenos negócios do Estado tiveram que interromper suas<br />
atividades temporariamente e 2,2% das empresas fecharam<br />
as portas. Além disso, 44,8% dos negócios tiveram que modificar<br />
sua maneira de atuar para continuar funcionando.<br />
14 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong><br />
Foto: divulgação<br />
TRANSPORTE<br />
DE CARGAS<br />
As medidas restritivas para a população brasileira, que<br />
incluíram o fechamento do comércio, a diminuição<br />
da circulação das pessoas pelas cidades e as orientações<br />
de trabalho à distância, fizeram com que muitas<br />
empresas diminuíssem ou até mesmo parassem suas<br />
atividades. E isso impactou a atividade transportadora<br />
nacional, que corresponde a cerca de 65% de tudo o<br />
que circula no país, e tem influência tanto no abastecimento<br />
de cidades quanto na circulação de tudo o que<br />
é produzido. Diante dessa crise, o setor vem sofrendo<br />
grandes consequências de acordo com os dados colhidos<br />
através das transportadoras. Após 4 semanas de<br />
acompanhamento, o número em porcentagem total<br />
chegou a 43,9% de queda no volume de cargas, sendo<br />
que, para cargas fracionadas, aquelas que contêm<br />
pequenos volumes, a queda chegou a 46,28%. Já para<br />
cargas lotação, que ocupam toda a capacidade dos<br />
veículos, a pesquisa demonstra diminuição de 41,84%,<br />
revelando a desaceleração do comércio geral, indústria,<br />
combustíveis e agronegócio.<br />
Foto: divulgação Foto: divulgação
Foto: divulgação<br />
NOTAS<br />
MERCADO<br />
FINANCEIRO<br />
A previsão do mercado financeiro para a queda da economia<br />
brasileira este ano chegou a 5,89%. Essa foi a décima quinta<br />
revisão seguida para a estimativa de recuo do PIB (Produto<br />
Interno Bruto) – a soma de todos os bens e serviços produzidos<br />
no país. No início do mês de maio, a previsão de queda<br />
estava em 5,12%. A estimativa consta do boletim Focus, publicação<br />
divulgada semanalmente pelo BC (Banco Central),<br />
com a projeção para os principais indicadores econômicos.<br />
A previsão para o crescimento do PIB em 2021 passou de<br />
3,20% para 3,50% e para 2022 e 2023 continua em 2,50%.<br />
AUXÍLIO<br />
ÀS EMPRESAS<br />
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que<br />
institui o programa de crédito para micro e pequenas<br />
empresas, durante a crise do novo coronavírus.<br />
Aprovada pelo Congresso Nacional, a lei oferece<br />
uma linha de crédito no valor de até 30% do faturamento<br />
anual da empresa do ano anterior, como<br />
forma de enfrentar os impactos econômicos causados<br />
pela Covid-19. Podem participar empresas com<br />
faturamento anual de até R$ 4,8 milhões que se encaixam<br />
nas definições de micro e pequena empresa.<br />
O presidente Bolsonaro acatou as recomendações<br />
do ministério da Economia e do Banco Central e<br />
fez quatro vetos ao projeto de lei. Entre eles, vetou<br />
a carência de 8 meses para começar a pagar o empréstimo.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
IMPACTOS<br />
DA CRISE<br />
A Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do<br />
Sul) tem unido forças a outras entidades nacionais com o intuito de buscar soluções<br />
e ferramentas para amenizar os impactos causados pela crise da Covid-19<br />
junto a seus associados e ao setor moveleiro. O presidente da Movergs, Rogério<br />
Francio, lembra que o segmento de móveis gaúcho vinha fazendo sua lição de<br />
casa, após ter sofrido uma intensa crise nos últimos 5 anos. “Estávamos nos preparando<br />
para decolar em <strong>2020</strong>, mas, lamentavelmente fomos surpreendidos por<br />
esse vírus que assolou o mundo todo e foi muito crítico e severo ao setor moveleiro<br />
brasileiro”, aponta. Em constante contato com o Ministério da Economia,<br />
a Abimóvel, com total apoio da Movergs e demais instituições, comemora algumas<br />
vitórias, entre elas: desconto da parcela patronal do Inss durante os próximos<br />
três meses; postergação do recolhimento do Fgts por até 90 dias; aumento<br />
da liquidez por meio da política monetária via redução da taxa de recolhimento<br />
do compulsório e abertura de créditos orçamentários extraordinários.<br />
16 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
NOTAS<br />
QUEDA<br />
NO FATURAMENTO<br />
Com R$ 384 milhões de faturamento entre janeiro e março<br />
deste ano, o pólo moveleiro de Bento Gonçalves (RS) apresentou<br />
queda de 3,3% em relação ao mesmo período do<br />
ano passado. A perda de faturamento no estado como um<br />
todo não foi tão expressiva como no polo moveleiro, tendo<br />
sido a queda de -1,38% no primeiro trimestre. Foram especialmente<br />
os números de março que contribuíram para essa<br />
queda verificada no primeiro trimestre, conforme os dados<br />
da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul apurados<br />
pela Inteligência Comercial do Sindmóveis Bento Gonçalves.<br />
O desempenho era positivo antes do início da pandemia,<br />
em março, quando se iniciou uma série negativa que deve<br />
perdurar nos próximos meses. O desempenho do próximo<br />
trimestre deverá ser ainda pior. Já existem estimativas de<br />
consultorias e institutos econômicos de queda de mais de<br />
5% no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em <strong>2020</strong>, e de<br />
16% na produção de bens duráveis.<br />
Foto: divulgação<br />
RECOMENDAÇÕES<br />
À INDÚSTRIA<br />
Com o objetivo de auxiliar a indústria neste momento<br />
de pandemia, a Abimóvel promoveu um manual de<br />
prevenção ao Covid-19 para entrada e saída de casa,<br />
bem como um protocolo para prevenir quando se mora<br />
com pessoas do grupo de risco. “Somos o 6º produtor<br />
mundial de móveis, a 8ª cadeia produtiva que mais<br />
emprega no país, com parques fabris e tecnologia de<br />
ponta, exportamos para mais de 120 mercados e temos<br />
atributos fantásticos como a agilidade, alta produtividade,<br />
design e as madeiras e matérias primas brasileiras.<br />
Reiteramos que o essencial é cuidar-se, cuidar da sua<br />
família. O nosso maior patrimônio são as vidas das nossas<br />
equipes, colaboradores e suas famílias. Elas estarão<br />
sempre em primeiro lugar. Siga os cuidados que você<br />
encontra neste relatório e juntos vamos vencer este<br />
momento difícil”, afirmou a instituição em nota oficial<br />
Foto: divulgação<br />
FEIRA<br />
CANCELADA<br />
A edição de <strong>2020</strong> da IWT (International Woodworking Fair),<br />
feira internacional de carpintaria inicialmente prevista para o<br />
fim de agosto, em Atlanta, nos EUA (Estados Unidos da América),<br />
foi cancelada devido à pandemia do coronavírus. Trata-<br />
-se do maior e mais antigo evento de carpintaria da América<br />
do Norte. Segundo os organizadores, estudos sobre os dados<br />
de propagação do vírus aliados às restrições de viagens e<br />
regulações impostas pelo governo local demonstraram ser impossível<br />
realizar o encontro sem colocar em risco a segurança<br />
e a saúde dos expositores, visitantes e da comunidade em geral.<br />
“Essa realidade inevitável está no centro da difícil decisão<br />
de cancelar o evento deste ano”, afirma a organização da IWT.<br />
A próxima edição da feira deve ser realizada em 2022.<br />
Foto: divulgação<br />
18 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
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Recebe toras de até 500 mm, realiza os<br />
cortes laterais formando um bloco ou<br />
semi-bloco retirando as costaneiras<br />
automaticamente, é transportado por uma<br />
esteira de correntes, sistema hidropneumático<br />
para tensionamento das serras, guias das<br />
serras com acionamento elétrico, saída de<br />
costaneiras com discos laterais<br />
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APLICAÇÃO<br />
MADEIRA<br />
DE VALOR<br />
Foto: divulgação<br />
Peça requisitada na moda, a madeira tem cada vez<br />
mais enterrado a fama de ultrapassada e abraçado<br />
as tendências rústicas e retrôs. Inserida na moda<br />
masculina, ela é sinônimo de requinte e bom gosto.<br />
Neste cenário, a Purpleheart, empresa americana fornecedora<br />
de madeira para relógios, lançou em <strong>2020</strong><br />
sua moderna linha de carteiras masculinas à base de<br />
madeira. Com um design minimalista e artesanal,<br />
as peças são compostas por madeira compensada<br />
de bétula do Báltico, revestidas com vários tipos de<br />
madeira exótica e doméstica. O acabamento é desenhado<br />
a partir de um corte a laser e selado com óleo<br />
de linhaça e cera de abelha. Isso proporciona um acabamento<br />
suave e sedoso e semi-fosco. Como trata-se<br />
de uma peça única e artesanal, a carteira é feita sob<br />
encomenda e pode ser customizada de acordo com<br />
o gosto do consumidor. A fabricação leva de 3 a 5<br />
dias, após a confirmação da compra.<br />
TOQUES<br />
REFINADOS<br />
Feita pelo marceneiro e designer Alexander<br />
Precsilav, esta pia de madeira é construída a<br />
partir do choupo de madeira Bird Eye Maple<br />
sólida e de prancha única. A peça é envernizada<br />
e passou por todos os processos para<br />
impermeabilização. “Nossos móveis são fabricados<br />
com os mais altos padrões, com os<br />
melhores vernizes e madeiras do mercado.<br />
Cada equipamento passa por 10 estágios de<br />
gravação, lacagem e polimento, para fornecer<br />
qualidade de classe mundial”, afirma Precsilav,<br />
em seu site oficial. A pia foi concebida para<br />
ser uma das protagonistas em cozinhas com<br />
toques refinados e com estilo vintage americano,<br />
baseado no estilo de cabanas americanas<br />
da década de 1960.<br />
Foto: divulgação<br />
20 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
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FRASES<br />
“ESTÁVAMOS PREVENDO UM ANO MELHOR EM <strong>2020</strong>, EM QUE REALMENTE<br />
A GENTE PUDESSE FAZER UM PLANEJAMENTO E TALVEZ ATÉ VOLTAR A<br />
TER INVESTIMENTO NA INDÚSTRIA. CLARO, NINGUÉM AQUI E NO MUNDO<br />
ESPERAVA A SITUAÇÃO COM QUE NOS DEPARAMOS, EM RELAÇÃO A ESSA CRISE<br />
DO CORONAVÍRUS. E ISSO JOGA A INDÚSTRIA A UMA SITUAÇÃO DE RETRAÇÃO<br />
POR CAUSA DA PROTEÇÃO DA SAÚDE. PRIMEIRO, O ISOLAMENTO DA GRANDE<br />
MAIORIA, E AGORA A VOLTA DA ATIVIDADE ECONÔMICA, MAS DE FORMA<br />
MUITO GRADUAL. A EXPECTATIVA PARA O ANO, EM MEIO À INCERTEZA QUE<br />
VIVEMOS, É DE QUE TEREMOS DE TRANSFORMAR NOSSOS CUSTOS E OTIMIZAR<br />
OS PRODUTOS, POR QUE O MERCADO NÃO SERÁ O MESMO”<br />
CARLOS VALTER MARTINS PEDRO, PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DAS<br />
INDÚSTRIAS DO PARANÁ, SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA<br />
“O<br />
MOMENTO<br />
DE SALVAR<br />
AS EMPRESAS<br />
É AGORA. SE<br />
ESPERAR ATÉ<br />
CHEGAREM A UM<br />
ESTÁGIO TERMINAL,<br />
SERÁ SEM VOLTA.<br />
ISSO VAI DESENCADEAR<br />
O AGRAVAMENTO DA<br />
SITUAÇÃO, COM MAIS<br />
DESEMPREGO, DIMINUIÇÃO<br />
DE IMPOSTOS PAGOS.<br />
AS EMPRESAS PRECISAM<br />
DE CAPITAL DE GIRO E<br />
FINANCIAMENTO, MAS HÁ<br />
MUITA DIFICULDADE. PODE, SIM,<br />
TER EMPRESAS QUE NÃO VÃO<br />
SOBREVIVER”<br />
ROBSON BRAGA<br />
DE ANDRADE,<br />
PRESIDENTE DA CNI<br />
(CONFEDERAÇÃO<br />
BRASILEIRA DA<br />
INDÚSTRIA), SOBRE<br />
MEDIDAS PARA<br />
PRESERVAR A<br />
OPERAÇÃO DAS<br />
EMPRESAS ANTES<br />
QUE ELAS FECHEM<br />
AS PORTAS<br />
22 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong><br />
“TODOS TÊM A GANHAR COM A VOLTA RESPONSÁVEL AO<br />
SERVIÇO. O QUE EU DIGO AOS SENHORES GOVERNADORES,<br />
RESPEITOSAMENTE, OS SENHORES QUE DECIDEM, EU APENAS<br />
ESTOU MANDANDO BILHÕES AOS SENHORES, O ESTADO QUE<br />
TIVER UM PLANO DE ABERTURA RADICAL, OBRIGANDO A<br />
MÁSCARA, SEM MULTA, NO CONVENCIMENTO, VAI SER UM<br />
GOVERNADOR RECONHECIDO, PORQUE A ANSIEDADE POR<br />
PARTE DA POPULAÇÃO ESTÁ ENORME. ESTAMOS TORNANDO OS<br />
POBRES MISERÁVEIS”<br />
JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE DO BRASIL, SOBRE A RETOMADA DAS ATIVIDADES NO PAÍS<br />
Foto: divulgação<br />
“AS EMPRESAS PERDEM O FATURAMENTO,<br />
PERDEM LIQUIDEZ, E PASSAM A LANÇAR MÃO<br />
DO SEU DIREITO CREDITÓRIO EFETUANDO<br />
AS COMPENSAÇÕES TRIBUTÁRIAS. ESSES<br />
DIREITOS FORAM ADQUIRIDOS NO<br />
PASSADO, AS EMPRESAS TÊM ISSO NA SUA<br />
CONTABILIDADE E PODEM UTILIZAR NO<br />
MOMENTO EM QUE FOR OPORTUNO. COM O<br />
ADVENTO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO<br />
SOCIAL, QUEDA NA ATIVIDADE ECONÔMICA,<br />
NOS FATURAMENTOS, AS EMPRESAS<br />
PASSARAM A UTILIZAR MAIS O RECURSO DAS<br />
COMPENSAÇÕES”<br />
CLAUDEMIR MALAQUIAS, CHEFE DO CENTRO<br />
DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS E ADUANEIROS DA<br />
RECEITA FEDERAL, SOBRE O CRESCIMENTO DAS<br />
COMPENSAÇÕES TRIBUTÁRIAS DURANTE A PANDEMIA
ENTREVISTA<br />
REDUZIR<br />
OS IMPACTOS<br />
REDUCE<br />
THE IMPACTS<br />
C<br />
om as incertezas geradas pela pandemia do novo coronavírus,<br />
a indústria brasileira precisará ser protegida<br />
a médio prazo. Além disso, negócios, empregos e a<br />
renda básica da população também serão impactados<br />
após o fim dessa crise. Um governo ciente de seu<br />
papel e com olhar atento à economia nacional é o que defende<br />
Monica de Bolle, professora e economista, diante dos atuais e<br />
iminentes efeitos do Covid-19 sobre a economia brasileira. Pesquisadora-sênior<br />
do Peterson Institute for International Economics<br />
e diretora do Programa de Estudos Latino-Americanos da<br />
Johns Hopkins University (EUA), de Bolle, defende a tese de que<br />
a crise atual não tem precedentes e será pior que o crash de 1929<br />
da bolsa americana. Confira:<br />
ENTREVISTA<br />
W<br />
ith the uncertainties generated by the pandemic<br />
of the noval coronavirus, Brazilian industry will<br />
need to be protected in the medium term. Also,<br />
businesses, jobs, and the basic income of the<br />
population will be impacted after the end of this<br />
crisis. A government aware of its role and with a close eye on the<br />
national economy is what Monica de Bolle, Professor and Economist,<br />
defends, given the current and imminent effects of Covid-19 on the<br />
Brazilian economy. Senior Fellow at the Peterson Institute for International<br />
Economics and Director of the Latin American Studies Program<br />
at Johns Hopkins University (USA), de Bolle defends the thesis that<br />
the current crisis is unprecedented and will be worse than the 1929<br />
crash of the U.S. stock exchange. Check out below:<br />
MONICA DE BOLLE<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: ECONOMISTA, PELA LONDON<br />
SCHOOL OF ECONOMICS<br />
CARGO: PESQUISADORA-SÊNIOR DO PETERSON INSTITUTE<br />
FOR INTERNATIONAL ECONOMICS E DIRETORA DO<br />
PROGRAMA DE ESTUDOS LATINO AMERICANOS DA JOHNS<br />
HOPKINS UNIVERSITY<br />
Foto: divulgação<br />
PROFESSIONAL EDUCATION: PHD. IN ECONOMICS, LONDON<br />
SCHOOL OF ECONOMICS<br />
FUNCTION: SENIOR FELLOW AT THE PETERSON INSTITUTE FOR<br />
INTERNATIONAL ECONOMICS AND DIRECTOR OF LATIN AMERICAN<br />
STUDIES AT JOHNS HOPKINS UNIVERSITY<br />
24 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS ECONÔMI-<br />
CAS DA PANDEMIA?<br />
A parada súbita tem um impacto forte na economia.<br />
Alguns setores sofrem mais, mas todos sentem<br />
os efeitos. Criou-se um vácuo entre empresas e consumidores,<br />
em toda a economia.<br />
COMO O GOVERNO PODE REDUZIR OS IM-<br />
PACTOS?<br />
A função do governo é suprir o vácuo e fazer o<br />
papel, de certa forma, de sustentação da economia.<br />
Os países ocidentais demoraram para entendê-la,<br />
vendo-a como passageira. Para entender a duração, é<br />
preciso compreender a doença e a trajetória do vírus.<br />
A saída virá pela ciência, por uma vacina, por exemplo.<br />
Portanto, será uma crise longeva. É certo que<br />
outros vírus virão, mais ou menos graves. Há décadas<br />
epidemiologistas desenham quadros de pandemias<br />
globais.<br />
ATÉ MARÇO, 79% DAS INDÚSTRIAS BRASILEI-<br />
RAS SOFRERAM REDUÇÃO DE PEDIDOS E 41%<br />
INTERROMPERAM A PRODUÇÃO. O QUE É PRE-<br />
CISO FAZER?<br />
Não tem como o governo não intervir. Uma interrupção<br />
de mais de 40% na produção industrial é uma<br />
situação absolutamente dramática, que leva à falta de<br />
suprimento. O governo precisa agir. Há várias formas,<br />
como dar mais acesso a capital de giro, auxiliar em<br />
folha de pagamento, entre outras ações. O governo<br />
tem que atuar para preservar o parque industrial nacional.<br />
Senão vai acabar tudo.<br />
QUE MEDIDAS CONCRETAS PODERIAM SER<br />
TOMADAS?<br />
Nos EUA (Estados Unidos da América), no Reino<br />
Unido e na Europa há auxílios não só dos bancos<br />
centrais, mas também do tesouro. No caso brasileiro,<br />
a gente conta com algo que outros países não têm<br />
(como nos EUA), que são os bancos públicos. Nós<br />
temos o potencial de usá-los para ajudar a indústria,<br />
como prover novas linhas de crédito e, eventualmente,<br />
até oferecer um pouco de subsídio para aliviar dívidas.<br />
Mas falta uma coordenação entre o Ministério<br />
da Economia, o Banco Central e os bancos públicos.<br />
Tem muita coisa que o Brasil pode fazer e tem capacidade<br />
para isso. Para evitar demissões, é necessário<br />
pagar uma parte da folha de salários, como fazem o<br />
Reino Unido e a Alemanha com a condição de não<br />
demitir.<br />
COMO REDUZIR O CUSTO BRASIL NO PÓS-<br />
-CRISE?<br />
Serão necessárias muitas reformas. A reforma tributária,<br />
evidentemente, ficou urgente nesse cenário.<br />
Eu tenho defendido a inversão da pirâmide tributária<br />
brasileira – que hoje onera excessivamente consumo<br />
WHAT ARE THE ECONOMIC CONSEQUENCES<br />
OF THE PANDEMIC?<br />
The sudden shutdown has a substantial impact<br />
on the economy. Some sectors suffer the most, but<br />
everyone feels the effects. A vacuum has been created<br />
between businesses and consumers throughout the<br />
economy.<br />
HOW CAN THE GOVERNMENT REDUCE THE<br />
IMPACTS?<br />
The Government’s role is to fill the vacuum and, in a<br />
way, play the role of supporting the economy. Western<br />
countries were slow to understand this, seeing their<br />
role as an observer. To understand the duration, it is<br />
necessary to understand the disease and the trajectory<br />
of the virus. The way out will come from science, by a<br />
vaccine, for example. However, it’s going to be a lengthy<br />
crisis. It is certain that other viruses will come, more<br />
or less severe. For decades epidemiologists have been<br />
designing pictures of global pandemics.<br />
BY MARCH, 79% OF BRAZILIAN INDUSTRIES<br />
HAD REDUCED ORDERS, AND 41% DISCONTI-<br />
NUED PRODUCTION. WHAT NEEDS TO BE DONE?<br />
There is no way the Government can’t intervene.<br />
An interruption of more than 40% in industrial production<br />
is an extremely dramatic situation, which leads to<br />
a lack of supply. The Government needs to act. There<br />
are several ways, such as giving more access to working<br />
capital and assisting in making payroll, among other<br />
actions. The Government has to act to preserve the<br />
national industrial park. Otherwise, it is soon going to<br />
be all over.<br />
WHAT CONCRETE STEPS COULD BE TAKEN?<br />
In the United States, the United Kingdom, and<br />
Europe, there is aid not only from central banks but<br />
also from the treasury. In the Brazilian case, we have<br />
something that other countries do not have (such as<br />
the United States doesn’t have), which is public banks.<br />
We have the potential to use them to help industry, to<br />
UMA INTERRUPÇÃO DE MAIS<br />
DE 40% NA PRODUÇÃO<br />
INDUSTRIAL É UMA SITUAÇÃO<br />
ABSOLUTAMENTE DRAMÁTICA, QUE<br />
LEVA À FALTA DE SUPRIMENTO<br />
JUNHO <strong>2020</strong> 25
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quipamentos fabricados com o objetivo de<br />
gerar produtividade, eficiência e segurança<br />
em todos os processos industriais. Assim é a<br />
produção da XH MAR BETHLEHEM, localizada<br />
em Laurentino, na região catarinense do<br />
Alto Vale do Itajaí, que tem em seu catálogo<br />
eficientes máquinas de pequeno e médio porte para<br />
geração de energia térmica. Proximidade e qualidade<br />
de atendimento, respeito aos prazos, agilidade e satisfação<br />
do cliente também são priorizados pela empresa.<br />
O diretor administrativo da XH MAR, Estêvan Klock<br />
Chiarelli explica que o grande diferencial da companhia<br />
é garantir que o equipamento atenda perfeitamente<br />
às necessidades e expectativas do cliente. Caso seja<br />
necessário, são realizadas, inclusive, adaptações que<br />
fujam do padrão. “Cada projeto desenvolvido por nós<br />
é único. Ouvimos o cliente, entendemos suas necessidades<br />
e, a partir disso, fabricamos equipamentos<br />
completos para garantir a entrega de uma solução<br />
confiável e eficiente”, afirma.<br />
JUNHO <strong>2020</strong> 29
30 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
JUNHO <strong>2020</strong> 31
32 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
JUNHO <strong>2020</strong> 33
INFRAESTRUTURA<br />
LUTA<br />
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34 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
SETOR INDUSTRIAL PLEITEIA TARIFAS MENORES<br />
PARA RECUPERAR PROTAGONISMO<br />
JUNHO <strong>2020</strong> 35
INFRAESTRUTURA<br />
O<br />
presidente da Abit (Associação Brasileira<br />
da Indústria Têxtil e de Confecção),<br />
Fernando Pimentel, fez um apelo ao<br />
governo e a Aneel (Agência Nacional de<br />
Energia Elétrica), para reduzir o custo da<br />
energia elétrica do setor industrial, durante o período<br />
de pandemia. Ele defendeu que o pagamento seja<br />
sobre a energia consumida, e não sobre a demanda<br />
contratada, com possibilidade de compensações<br />
após a crise.<br />
“Estamos tendo desligamento de energia de<br />
fábricas e nada aconteceu que pudesse atenuar a<br />
situação das empresas consumidoras de energia. As<br />
empresas estão tendo que pagar uma demanda que<br />
não tiveram que consumir sob o risco de ter a energia<br />
desligada”, pontuou Fernando Pimentel, que também<br />
integra a diretoria da CNI (Confederação Nacional<br />
da Indústria).<br />
Pimentel destacou ainda que somente as empresas<br />
que compram no mercado livre de energia estão<br />
conseguindo negociar, mas lembrou que a grande<br />
maioria está refém das distribuidoras, que, segundo<br />
ele, não estão se mostrando dispostas a negociar.<br />
“A energia vem sendo um custo muito crítico para a<br />
indústria. Dentro desse contexto, há um desespero<br />
enorme. Esta é a verdade do mundo real, daquela<br />
indústria que está sem demanda ou com pouca demanda<br />
durante a pandemia”, defende.<br />
Segundo o presidente da Abit, o setor industrial<br />
precisa, com urgência, que o setor público adote<br />
medidas para atenuar o peso da energia sobre os<br />
segmentos para, assim, atravessar a crise e retomar<br />
a produção. “Ninguém quer dinheiro jogado de helicóptero.<br />
Mas precisamos de fôlego para religar o<br />
processo produtivo. O setor não quer favor, quer respirar<br />
para atravessar o deserto”, afirmou.<br />
Para Fernando Pimentel, a inovação será um dos<br />
fatores essenciais para empresas sobreviverem e preservarem<br />
empregos. Segundo ele, muitas indústrias<br />
anteciparam planejamentos que tinham o horizonte<br />
de três anos e implementaram soluções inovadoras<br />
em três meses. “É hora de ousar em propostas. É um<br />
momento oportuno de avançarmos com proposições<br />
ousadas, já que uma crise como essa, com grandes<br />
perdas, também nos traz boas lições”, frisou.<br />
REDUÇÃO DE ENCARGOS<br />
O presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, alertou<br />
que, antes mesmo da pandemia do novo coronavírus,<br />
a normalidade do país era de energia barata e conta<br />
cara, em razão de impostos, encargos e distorções.<br />
Pedrosa defendeu a redução ou a extinção de encar-<br />
36 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
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DEVERÃO BUSCAR MODERNIZAÇÃO PARA CONTINUAR COMPETITIVOS<br />
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JUNHO <strong>2020</strong> 39
MARCENARIA<br />
S<br />
e, em condições normais, já não era fácil competir<br />
com as gigantes empresas de produção<br />
de móveis em grande escala, o momento vivido<br />
pela indústria durante e após a pandemia<br />
do novo coronavírus será um dos maiores desafios<br />
para as marcenarias brasileiras nos próximos anos.<br />
Para vencer a crise e se diferenciar no mercado, os<br />
pequenos e médios negócios deverão buscar na modernização<br />
de tarefas e operações o segredo para continuarem<br />
vivos no mercado. Uma das primeiras etapas para<br />
conseguir esse objetivo é eliminar o máximo de gargalos<br />
e desperdícios de produção em sua oficina.<br />
Segundo o marceneiro Leandro Nilsen, proprietário<br />
da Nielsen Móveis Planejados, a falta de assertividade<br />
em encontrar possíveis perdas de recursos ainda é um<br />
dos grandes desafios para aqueles que estão iniciando<br />
no ramo da marcenaria.<br />
“Acredito que não há nada mais perigoso para uma<br />
empresa do que efetuar gastos desnecessários quase<br />
que diariamente, e não falo somente de dinheiro. Esses<br />
desperdícios acontecem desde a hora de planejar o<br />
projeto, a inexperiência em realizar orçamentos, a perda<br />
de matéria-prima na hora do corte ou até mesmo o desperdício<br />
na movimentação de peças pode acarretar”,<br />
explica o empresário.<br />
Nielsen também relata que, em média, 30% do valor<br />
de um projeto de marcenaria vai pelo ralo, devido a problemas<br />
que estão ou não ao alcance do empresário. “Se<br />
essa é a questão, não adianta vender mais, querer fazer<br />
mais caixa, se existe um buraco no caixa que consome<br />
um valor considerável”, analisa.<br />
Outro ponto que deve ser considerado na hora de<br />
revisar os processos de sua marcenaria é o prazo de<br />
entrega dos móveis. Leandro Nielsen afirma que esse<br />
é o próximo passo, após detectar gargalos produtivos.<br />
“Diminuir o tempo de entrega de um móvel só é possível<br />
por meio da sistematização do que é feito dentro da<br />
marcenaria. Trocando em miúdos, o profissional deverá<br />
realizar apenas o que é necessário, de forma ordenada,<br />
para que no final o tempo da produção seja significativamente<br />
mais curto”, acrescenta.<br />
O terceiro passo dessa mini revolução em seu negó-<br />
EM MÉDIA, 30% DO<br />
VALOR DE UM PROJETO<br />
DE MARCENARIA É DESPERDIÇADO<br />
DEVIDO A PROBLEMAS QUE ESTÃO<br />
AO ALCANCE DO EMPRESÁRIO<br />
40 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
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JUNHO <strong>2020</strong> 41
MERCADO<br />
CERTIFICAÇÃO<br />
DE QUALIDADE<br />
Fotos: divulgação<br />
42 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
PARA GARANTIR PADRONIZAÇÃO<br />
E ATENDIMENTO ÀS NORMAS<br />
TÉCNICAS, PRODUÇÃO DE PORTAS<br />
PASSA POR UM PROCESSO<br />
RIGOROSO DE CONTROLE<br />
JUNHO <strong>2020</strong> 43
MERCADO<br />
C<br />
ertificar a porta de madeira começa com<br />
um trabalho interno de organização da<br />
fábrica. São requisitos exigidos pela norma<br />
Abnt NBR 15930, que trata das portas de<br />
madeira para edificações. Assim, antes<br />
mesmo dos produtos serem testados em laboratórios,<br />
as empresas certificadas e participantes do PSQ-PME<br />
(Programa Setorial da Qualidade de Portas de Madeira<br />
para Edificações), submetem o sistema de gestão da<br />
qualidade das indústrias a uma série de critérios técnicos,<br />
que são verificados por meio de auditorias.<br />
Por meio do sistema, a empresa precisa manter um<br />
controle de todos os documentos necessários para a fabricação<br />
do produto, comprovando sua validade e aplicabilidade.<br />
Esses documentos devem estar atualizados,<br />
disponíveis na última revisão aprovada; e controlados,<br />
evitando o uso de documentos obsoletos. Além do controle<br />
de documentos, a empresa deve manter um registro<br />
dos controles e testes que influenciam a qualidade<br />
do produto.<br />
Outra medida necessária para validar o sistema de<br />
gestão passa pelo treinamento dos profissionais que<br />
fabricam a porta. Assim, cada fabricante determina as<br />
competências necessárias da equipe para execução das<br />
tarefas internas e oferece treinamento específico, garantindo<br />
a qualidade do produto.<br />
QUALIDADE DESDE A ORIGEM<br />
Para assegurar a qualidade do produto certificado,<br />
a empresa deve manter um controle para a aquisição<br />
das matérias-primas e insumos que serão usados no<br />
processo de fabricação. Por meio de uma verificação<br />
desses produtos, o fabricante avalia no lote recebido,<br />
por exemplo, qualidade, características e dimensões dos<br />
materiais e as propriedades físicas e químicas dos insumos<br />
utilizados. Somente após todos os critérios técnicos<br />
serem atendidos, o produto é liberado para ser utilizado<br />
no processo de produção da porta de madeira.<br />
Com o objetivo de assegurar que somente materiais<br />
que atendem aos requisitos de qualidade sejam utilizados<br />
no processo de fabricação da porta de madeira, e<br />
facilitar a análise de eventuais falhas ou reclamações por<br />
parte dos clientes, todos os produtos certificados são<br />
rastreados. Assim, é possível traçar e investigar o processo<br />
do produto desde a sua origem até a expedição.<br />
A verificação do produto é feita durante e após a<br />
fabricação, garantindo que as características exigidas<br />
estão sendo atendidas. Com isso, portas de madeira<br />
fora da especificação são corrigidas e apenas liberadas<br />
quando atender aos requisitos exigidos. Na eventual<br />
ocorrência de alguma falha, a organização e o controle<br />
de todo o processo facilitam a correção. Por meio do<br />
procedimento de ação corretiva é possível investigar e<br />
44 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
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JUNHO <strong>2020</strong> 45
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TORRES (RS) DECIDIU<br />
INVESTIR NA REFORMA DE<br />
SEUS CARTÕES-POSTAIS<br />
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A MADEIRA COMO<br />
PROTAGONISTA<br />
C<br />
om objetivo de fortalecer ainda mais o mercado<br />
de turismo, a prefeitura do município<br />
de Torres, localizado no extremo norte do<br />
litoral do Rio Grande do Sul, iniciou seu<br />
plano de revitalização de seus mais famosos<br />
pontos turísticos.<br />
No primeiro semestre de <strong>2020</strong>, foi a vez do pórtico<br />
do principal cartão-postal da cidade, o Parque Estadual<br />
da Guarita, obra reivindicada por moradores e visitantes<br />
há alguns anos. O evento de inauguração contou com a<br />
presença do prefeito Carlos Souza, de inúmeros vereadores<br />
e também de empresários e moradores da região,<br />
que comemoraram a iniciativa.<br />
“Era um pedido da sociedade de Torres há algum<br />
tempo. Além de ser uma região muito visitada por suas<br />
praias e belezas naturais, nós precisávamos de uma<br />
reforma no Parque da Guarita, que atrai muitos turistas<br />
e também faz com que os comércios próximos tenham<br />
grande arrecadação”, afirmou a presidente do Sindicato<br />
dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Ivone Ferraz.<br />
Com investimento de R$ 152.737,00, oriundo de recursos<br />
próprios do Parque da Guarita, a obra do pórtico<br />
foi licitada por meio de um pregão eletrônico. A execução<br />
foi realizada pela equipe técnica da Secretaria de<br />
Planejamento e Participação Cidadã.<br />
46 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
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JUNHO <strong>2020</strong> 47
ARTIGO<br />
GRIDSHELL EM MADEIRA:<br />
ASPECTOS TEÓRICOS E<br />
CONSTRUTIVOS<br />
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA ITAPEVA<br />
CARLITO CALIL NETO<br />
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ANDERSON DIEGO DA FÉ<br />
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA ITAPEVA<br />
ULYSSES MARTINS FREITAS<br />
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA ITAPEVA<br />
48 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
JUNHO <strong>2020</strong> 49
ARTIGO<br />
RESUMO<br />
s gridshells são estruturas leves, que<br />
Apermitem a obtenção de grandes vãos<br />
livres, além de uma ampla variedade<br />
de formas arquitetônicas. No entanto,<br />
no Brasil, não existem registros da<br />
construção desse tipo de estrutura (em<br />
caráter permanente) nem muitas informações bibliográficas<br />
sobre o seu comportamento estrutural.<br />
Neste manuscrito, são apresentados os principais<br />
aspectos teóricos, como também os detalhes de<br />
projeto e de construção de uma gridshell, construída<br />
em madeira, em escala real.<br />
Os custos de construção também foram relacionados<br />
neste caso. Na confecção da estrutura<br />
utilizou-se uma configuração de malha quadrangular<br />
plana, formada por ripas duplas de madeira de<br />
Lyptus (Classe D40), unidas ortogonalmente entre<br />
si por parafusos com diâmetro de 6,35 mm (milímetros).<br />
A malha plana (com dimensões totais de<br />
9m x 9m [metros]) foi deformada até a obtenção<br />
da forma curva desejada e, posteriormente, travada<br />
por contraventamentos diagonais.<br />
A bagagem de conhecimento adquirida como<br />
resultado dessa aplicação prática levou a um<br />
aperfeiçoamento significativo da ideia de projeto<br />
inicial, relacionada ao controle da forma da estrutura<br />
durante as fases de montagem e à otimização<br />
das estratégias executivas. As recomendações de<br />
construção aqui apresentadas enriquecerão a literatura<br />
nacional sobre o assunto tendo-se em vista<br />
a carência de textos dessa natureza.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Gridshells são estruturas tridimensionais, não<br />
planas, que se assemelham às cúpulas geodésicas,<br />
mas que permitem maior liberdade de curvatura<br />
de forma geral. Permitem formas cilíndricas, elípticas,<br />
hiperbólicas, entre outras (Ghiyasinasab;<br />
Lehoux; Ménard, 2017) e, sobretudo, a cobertura<br />
de grandes áreas sem a necessidade de apoios intermediários,<br />
tirando maior proveito do comportamento<br />
estrutural tridimensional para atingir metas<br />
arquitetônicas. Quando a forma geométrica curva<br />
da gridshell é obtida por meio do envergamento<br />
dos seus elementos retilíneos, tem-se uma classificação<br />
referente ao processo construtivo denominada<br />
“pós-formada”. Se a forma curva da gridshell<br />
é obtida a partir do uso de peças pré-fabricadas, a<br />
estrutura é classificada como “pré-formada” (Caffarello;<br />
Mascia; Basaglia, 2016).<br />
A madeira consiste em uma excelente opção<br />
de material para a construção das gridshells (Kuns;<br />
Prauchner, 2015). Dentre as vantagens da madeira<br />
para esse tipo de estrutura está a leveza (peso<br />
próprio entre 70 N/m 2 e 20 N/m 2 (Mesnil, 2013).<br />
Dentre as espécies de madeiras brasileiras com<br />
potencial para a construção das gridshells estão as<br />
madeiras de reflorestamento como os pínus e os<br />
eucaliptos.<br />
A maioria das gridshells construídas até o<br />
momento em outros países basicamente utiliza<br />
madeiras do tipo coníferas. No caso das gridshells,<br />
tem-se basicamente uma estrutura reticulada<br />
50 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
JUNHO <strong>2020</strong> 51
52 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
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JUNHO <strong>2020</strong> 55
AGENDA<br />
AGENDA<br />
<strong>2020</strong>/2021<br />
SETEMBRO<br />
17 A 20<br />
FERIA FORESTAL ARGENTINA<br />
LOCAL: POSADAS (ARGENTINA)<br />
WWW.FERIAFORESTAL.COM.AR/<br />
OUTUBRO<br />
3 A 6<br />
FEDEMA - FERIA<br />
INTERNACIONAL DEL MUEBLE<br />
Y LA MADERA<br />
LOCAL: HANNOVER (ALEMANHA)<br />
WWW.ZOW.DE/ZOW/INDEX.PHP<br />
SETEMBRO<br />
15 A 18<br />
FEIRA INTERNACIONAL<br />
DE TECNOLOGIA E<br />
PROCESSOS PARA<br />
A INDÚSTRIA DE<br />
EMBALAGENS2019<br />
LOCAL: SÃO PAULO (SP)<br />
WWW.ABIMAQ.ORG.BR/<br />
DEZEMBRO<br />
3 A 6<br />
FLORESTAS UAI – ENCONTRO DA<br />
INDÚSTRIA FLORESTAL DE MINAS GERAIS<br />
CAIRO WOODSHOW<br />
LOCAL: CAIRO (EGITO)<br />
WWW.CAIROWOODSHOW.COM/<br />
4 A 5 DE NOVEMBRO DE <strong>2020</strong><br />
BELO HORIZONTE<br />
WWW.MALINOVSKI.COM.BR/EVENTOS/<br />
MARÇO<br />
24 A 26<br />
2021<br />
EVENTO FOCADO NO SETOR FLORESTAL MINEIRO. O OBJETIVO É APRESENTAR<br />
TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DA REGIÃO, COM O MAIOR PLANTIO DE EUCALIPTO<br />
DO BRASIL, PARA FORTALECER E POTENCIALIZAR A CADEIA PRODUTIVA DA<br />
MADEIRA NO ESTADO DE MINAS GERAIS ATRAVÉS DE INFORMAÇÃO E NETWORK<br />
QUALIFICADO.<br />
LIGNUM BRASIL 2021<br />
LOCAL: PINHAIS (PARANÁ)<br />
LIGNUMLATINAMERICA.COM/<br />
JUNHO<br />
8 A 11<br />
2021<br />
JULHO<br />
5 A 8<br />
2021<br />
SETEMBRO<br />
26 A 29<br />
2021<br />
FESQUA<br />
LOCAL: SÃO PAULO<br />
WWW.FESQUA.COM.BR/<br />
EXPOLUX<br />
LOCAL: SÃO PAULO (SP)<br />
WWW.EXPOLUX.COM.BR/PT-BR.HTML<br />
WOODMEX AND ASFI<br />
LOCAL: BIRMINGHAM (INGLATERRA)<br />
WWW.WEXHIBITION.CO.UK/<br />
56 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>
ESPAÇO ABERTO<br />
A HIPÓTESE<br />
DAS TRÊS CRISES<br />
Ao colocar as pessoas em isolamento social,<br />
a pandemia do coronavírus gerou uma<br />
crise múltipla: parou parte do sistema produtivo,<br />
fábricas e lojas fecharam, estabelecimentos<br />
de serviços pessoais deixaram<br />
de atender, o desemprego aumentou, e milhões de<br />
profissionais autônomos perderam sua renda. O estrago<br />
econômico nacional foi grande, a perda financeira das<br />
famílias foi expressiva e os efeitos psicológicos do isolamento<br />
e do empobrecimento econômico está aí, visível<br />
para todos. Esta crise, porque ela ainda não acabou,<br />
acendeu um debate novo sobre a previsão de crises<br />
futuras.<br />
A pergunta principal é: há alguma crise em formação<br />
que não estamos vendo e que pode explodir em algum<br />
momento do futuro? A pergunta pode parecer um pouco<br />
ingênua, pois crises fazem parte da vida econômica,<br />
social e política, logo, outras crises virão certamente.<br />
Mas, a questão não é essa, e sim tentar ler a realidade<br />
mundial e, por meio de informações e estudos, captar<br />
sinais que ajudem a prever determinada crise de uma<br />
ou outra natureza. Para entrar no debate, penso em três<br />
crises possíveis.<br />
A primeira, por óbvio, é a crise econômica pós-coronavírus.<br />
Que o produto mundial vai cair é algo que todos<br />
sabemos. Se o produto cai e a população aumenta,<br />
o produto por habitante – que é a versão real da renda<br />
per capita – declina, em uns países mais e em outros,<br />
menos. Nem a taxa de redução da renda por habitante<br />
será igual em todos os lugares nem o empobrecimento<br />
terá o mesmo significado. Uma coisa é a queda de 20%<br />
na renda per capita da Dinamarca, que hoje está em<br />
US$ 61 mil por ano, outra coisa é essa mesma queda no<br />
Brasil, cuja renda anual por habitante não chegou aos<br />
US$ 11 mil.<br />
A segunda crise, e essa é mais estrutural, é o aumento<br />
do número de pessoas desocupadas. É a crise do<br />
desemprego, que pode criar aquilo que o escritor Yuval<br />
Harari (1976-) chamou de uma “enorme classe sem utilidade”.<br />
Além do desemprego causado pelos efeitos da<br />
pandemia do coronavírus, o mundo caminha para outro<br />
tipo de desemprego com o qual ainda não sabe como<br />
lidar. Trata-se do seguinte: nas revoluções tecnológicas<br />
do passado, as máquinas competiam com o ser humano<br />
em habilidades físicas, mas agora, na quarta revolução<br />
POR<br />
JOSÉ PIO MARTINS<br />
ECONOMISTA,<br />
E REITOR DA<br />
UNIVERSIDADE<br />
POSITIVO<br />
tecnológica, as máquinas e os robôs vão competir com<br />
o ser humano em habilidades cognitivas, e milhões de<br />
pessoas perderão seu emprego.<br />
A terceira crise, se houver, fará parte das grandes<br />
catástrofes financeiras. Será a crise dos derivativos. Em<br />
2008-2009 o mundo viu explodir uma grave crise financeira,<br />
cujos efeitos foram devastadores. Essa crise não<br />
explodiu do nada em 2008. Suas causas foram plantadas<br />
e desenvolvidas durante pelo menos os 20 anos anteriores.<br />
Porém, praticamente ninguém não a previu. Uns<br />
poucos especialistas tentaram alertar sobre a formação<br />
da onda que estava vindo em nossa direção. Mas não<br />
foram ouvidos.<br />
Atualmente, há uma onda em formação que pode<br />
terminar em uma crise financeira de grandes proporções.<br />
Trata-se das operações de derivativos (contratos<br />
futuros mercantis e financeiros, derivativos de commodities,<br />
ações, títulos de crédito, juros, câmbio, moedas<br />
etc.). Segundo algumas estimativas, o total de operações<br />
com derivativos chega a ser igual ao valor do produto<br />
bruto mundial, que é de US$ 135 trilhões, multiplicado<br />
por seis.<br />
Derivativos são instrumentos financeiros de proteção<br />
e especulação que ajudam a incentivar a economia mundial<br />
e dar liquidez a ativos representados por bens, direitos<br />
ou obrigações. Não são operações maléficas nem<br />
ilegais. O problema dos derivativos é que são soluções<br />
novas, cujas regras ainda não foram testadas suficientemente.<br />
Isso pode representar a maior bolha financeira<br />
da história.<br />
Se essas crises vão ocorrer ou não, é difícil saber.<br />
Mas há sinais que merecem ser observados e estudados,<br />
pois eles podem representar elos de uma rede que vai<br />
estourar lá na frente, com todos seus efeitos danosos.<br />
Foto: divulgação<br />
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