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*Junho/2020 Referência Florestal 219

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MINUTO Revista REFERÊNCIA FLORESTAL e Bayer solidificam parceria na produção de conteúdo exclusivo<br />

PART REPLACEMENT<br />

WITH AGILITY<br />

PREVENTIVE MAINTENANCE AND A RELIABLE<br />

SUPPLIER ARE ESSENTIAL TO OPTIMIZE<br />

EQUIPMENT EFFICIENCY<br />

REPOSIÇÃO COM AGILIDADE<br />

MANUTENÇÃO PREVENTIVA E FORNECEDOR<br />

CONFIÁVEL SÃO ESSENCIAIS PARA OTIMIZAR<br />

A EFICIÊNCIA DO EQUIPAMENTO


SUMÁRIO<br />

JUNHO <strong>2020</strong><br />

46<br />

AGILIDADE NA<br />

SOLUÇÃO<br />

12 Editorial<br />

14 Cartas<br />

16 Bastidores<br />

18 Coluna Ivan Tomaselli<br />

20 Notas<br />

36 Frases<br />

38 Entrevista<br />

46 Principal<br />

52 Sustentabilidade<br />

56 Minuto Floresta<br />

58 Mercado<br />

62 Espécie<br />

66 Internacional<br />

70 Legislação<br />

74 Pesquisa<br />

80 Agenda<br />

82 Espaço Aberto<br />

56<br />

70<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

15 Agroceres<br />

11 Bayer<br />

17 BKT<br />

25 Carrocerias Bachiega<br />

81 D’Antonio Equipamentos<br />

36 Denis Cimaf<br />

84 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

04 Emex<br />

31 Engeforest<br />

83 Envimat<br />

29 Fex Ferro e Aço<br />

41 Fliegl<br />

06 Grupo AIZ<br />

08 Grupo AIZ<br />

33 J de Souza<br />

13 Komatsu Forest<br />

45 Lion Equipamentos<br />

19 Log Max<br />

35 Manos<br />

77 Mill Indústrias<br />

79 Mill Indústrias<br />

27 Pacajá<br />

73 Potenza<br />

55 Prêmio REFERÊNCIA <strong>2020</strong><br />

21 Rotary-Ax<br />

69 Rotor Equipamentos<br />

23 Sergomel<br />

43 Show <strong>Florestal</strong><br />

37 Vantec<br />

10 www.referenciaflorestal.com.br


®<br />

<br />

<br />

<br />

EDITORIAL<br />

Potência<br />

nacional<br />

Chegamos na metade de <strong>2020</strong> e começamos visualizar<br />

novos caminhos para restabelecer a economia, ainda que em<br />

passos mais compassados. Para o setor florestal, a pesquisa da<br />

ONU (Organização das Nações Unidas) de que o Brasil apresenta<br />

a segunda maior área de florestas e, ao lado de Rússia<br />

e Canadá, EUA (Estados Unidos da América) e China, mostra<br />

quanto potencial ainda temos a ser trabalhado no futuro. As<br />

perspectivas positivas convergem ao pensamento do presidente<br />

da Abaf (Associação Baiana de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>),<br />

Wilson Andrade, conforme a entrevista exclusiva concedida<br />

a REFÊRENCIA FLORESTAL. Também mostramos a previsão de<br />

crescimento nas cargas florestais pela empresa administradora<br />

do Terminal de Paranaguá (PR), que já bateu recorde no último<br />

mês. A edição conta ainda com outras notícias relevantes do<br />

setor. Uma excelente leitura.<br />

BRAZILIAN POTENTIAL<br />

We have reached the middle of <strong>2020</strong> and are beginning<br />

to visualize new ways to restore the economy, albeit more<br />

timidly. For the Forest Sector, a United Nations survey shows<br />

how much potential Brazil with the second largest forest area<br />

still has in the future, alongside Russia, Canada, the United<br />

States, and China. The positive perspectives converge with the<br />

thinking of Wilson Andrade, President of the Bahian Association<br />

of Forest-Based Companies (Abaf), according to the exclusive<br />

interview granted to REFÊRNCIA <strong>Florestal</strong>. We also show the<br />

forecast of growth in forest exports by the company which manages<br />

the Paranaguá Terminal (PR), which already set a record<br />

in the last month. This issue also provides other relevant news<br />

from the Sector. Pleasant reading.<br />

DENIS CIMAF<br />

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Melhores Lucros em Trabalhos Intensivos.<br />

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2<br />

Entrevista com<br />

Wilson Andrade,<br />

presidente da Abaf<br />

1<br />

DENISCIMAF.COM<br />

A capa da edição apresenta os<br />

serviços da Lion Equipamentos<br />

Terminal de Paranaguá bate recorde<br />

de exportações de cargas florestais<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXII • N°<strong>219</strong> • Junho <strong>2020</strong><br />

MINUTO Revista REFERÊNCIA FLORESTAL e Bayer solidificam parceria na produção de conteúdo exclusivo<br />

PART REPLACEMENT<br />

WITH AGILITY<br />

PREVENTIVE MAINTENANCE AND A RELIABLE<br />

SUPPLIER ARE ESSENTIAL TO OPTIMIZE<br />

EQUIPMENT EFFICIENCY<br />

REPOSIÇÃO COM AGILIDADE<br />

MANUTENÇÃO PREVENTIVA E FORNECEDOR<br />

CONFIÁVEL SÃO ESSENCIAIS PARA OTIMIZAR<br />

A EFICIÊNCIA DO EQUIPAMENTO<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXII - EDIÇÃO <strong>219</strong> - JUNHO <strong>2020</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Lídia Ferreira<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

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embora não estejamos reunidos<br />

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por conta das orientações da<br />

OMS em relação ao COVID-19<br />

(Coronavírus), seguimos<br />

disponibilizando o atendimento<br />

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manutenção e à venda de<br />

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Alagoinhas-BA: (75) 3421-8396<br />

Araguaína-TO: (63) 3413-2543<br />

Caçador-SC: (41) 2102-2828<br />

Bauru-SP: (14) 2106-6800<br />

Butiá-RS: (51) 3652-5080<br />

Macapá-AP: (96) 3251-2466<br />

Conceição da Barra-ES: (27) 3761-4746<br />

Três Lagoas-Ms: (67) 3524-2037<br />

Trevo-BA: (27) 3761-4711<br />

Nos acompanhe nas redes sociais:<br />

siga @komatsuforest e fique por<br />

dentro de todas as novidades.


®<br />

CARTAS<br />

MATA ATLÂNTICA Ministério do Meio Ambiente põe fim à insegurança jurídica nas áreas consolidadas<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

Capa da Edição 218 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

DENIS CIMAF<br />

Confiabilidade e Produtividade com<br />

Melhores Lucros em Trabalhos Intensivos.<br />

Foto: DAH-150E e Komatsu PC 200LC<br />

mês de maio de <strong>2020</strong><br />

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Ano XXII • N°218 • Maio <strong>2020</strong><br />

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PASSAM A SER MECANIZADAS:<br />

O PLANTIO E A IRRIGAÇÃO<br />

TECNOLOGIA<br />

Por Willian Rafael Mendonça, engenheiro florestal, Goiânia (GO)<br />

Excelente notícia sobre a nova plantadeira da última edição,<br />

estamos cada vez mais tecnológicos no campo<br />

INFORMAÇÃO<br />

Por Professor Wescley Viana, engenheiro florestal, doutor em<br />

Ciência <strong>Florestal</strong> pela UFV (Universidade Federal de Viçosa)<br />

Sou leitor da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL e considero<br />

uma Revista importante do setor florestal que, assim como nós<br />

na universidade, produz textos atuais e informativos<br />

Foto: divulgação<br />

CONTEÚDO<br />

Por Luiz Felipe Ferraz, universitário, São Luiz (MA)<br />

Descobri durante a promoção Revista REFERÊNCIA FLORESTAL digital e me<br />

surpreendi com a qualidade e variedade do conteúdo. Muito interessante!<br />

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servidora pública,<br />

Curitiba (PR)<br />

Leon Seara,<br />

massoterapeuta,<br />

Curitiba (PR)<br />

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Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


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Charge<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

Revista<br />

VISITA<br />

Os diretores da REFERÊNCIA FLORESTAL, Pedro<br />

Bartoski Jr. e Fábio Machado, recebem a visita do<br />

especialista do setor florestal, Waldemar Lopes.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

ERRAMOS:<br />

Na edição anterior, de Maio <strong>2020</strong>, cometemos um erro na<br />

legenda desta foto. O conteúdo correto é: a representante<br />

comercial da REFERÊNCIA FLORESTAL, Joseane Knop,<br />

esteve na Agroceres, em visita aos parceiros<br />

Augusto Tarozzo e Marina Viotto.<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br<br />

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COLUNA<br />

O COVID19 NA INDÚSTRIA DE<br />

MADEIRA TROPICAL<br />

Nove países, entre eles o Brasil, são<br />

os responsáveis por mais de 50% das<br />

exportações mundiais de madeira tropicais<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

A pesquisa da<br />

Itto envolveu<br />

o Brasil,<br />

Gabão, Ghana,<br />

Indonésia,<br />

Malásia,<br />

Mianmar,<br />

Peru, Tailândia<br />

e Vietnam<br />

N<br />

os últimos três meses a mídia<br />

tem gasto uma grande parte do<br />

tempo para noticiar e discutir a<br />

crise causada pelo Covid-19. Esta<br />

é a terceira coluna onde trato das<br />

implicações da crise na economia e mais especificamente<br />

para o setor florestal. Não poderia<br />

ser diferente.<br />

Recentemente a Itto (Organização Internacional<br />

de Madeiras Tropicais) fez uma pesquisa<br />

para avaliar o impacto do Covid-19 na indústria<br />

exportadora de produtos de madeira tropical.<br />

A pesquisa envolveu o Brasil, Gabão, Ghana,<br />

Indonésia, Malásia, Mianmar, Peru, Tailândia e<br />

Vietnam. Estes países são responsáveis por mais<br />

de 50% das exportações mundiais de madeira<br />

tropicais.<br />

Segundo a Itto, na maior parte destes países<br />

a indústria florestal tropical continua em operação<br />

neste período de crise. Em geral os países<br />

não impuseram restrições ao funcionamento da<br />

indústria florestal, mas adotaram medidas de<br />

distanciamento social e outras, que reduziram a<br />

capacidade de produção. O funcionamento tem<br />

sido parcialmente afetado por razões de mercado,<br />

em grande parte pela postergação de entrega<br />

de pedidos. Na Tailândia, 60% das fábricas<br />

encontram-se fechadas e em dois países, Peru e<br />

Vietnam, ocorreu o fechamento de 100%.<br />

Com a redução da atividade econômica,<br />

vem ocorrendo dispensa de funcionários. No<br />

Vietnam a redução de empregos na indústria<br />

florestal foi de 45%, na Tailândia 30% e no Gabão<br />

20%. Na maioria dos casos, como no Brasil<br />

foram adotadas medidas de ajustes para o<br />

período da crise, incluindo acordos de redução<br />

dos salários e suspensão temporária dos contratos<br />

de trabalho. Os governos, em geral, têm<br />

apoiado para mitigar o impacto nas empresas<br />

e na sociedade. Alguns governos ainda estão<br />

definindo programas de apoio, como é o caso<br />

do Gabão, Indonésia e Peru. Existe um grupo<br />

de países cujos programas são relativamente<br />

modestos, por exemplo Gana, com subsídios<br />

ao pagamento de utilidades (eletricidade e<br />

água). Outros, como o Brasil e particularmente<br />

Malásia, têm propostas mais amplas de apoio,<br />

incluindo medidas de postergação de impostos,<br />

garantia de renda mínima, redução da taxa de<br />

juros, facilitação de acesso ao crédito, programas<br />

de capacitação e outras.<br />

A indústria de madeira tropical de todos<br />

os países pesquisados continua a processar os<br />

pedidos em carteira, a maioria são pedidos de<br />

2019. Em diversos casos os importadores têm<br />

solicitado postergação na entrega. Também tem<br />

sido observado uma redução nos novos pedidos,<br />

o que é esperado se intensificar ao longo<br />

deste primeiro semestre.<br />

Não foram identificadas limitações na disponibilidade<br />

de containers para exportação e as<br />

operações portuárias encontram-se próximas da<br />

normalidade. No entanto, na maioria dos países,<br />

existem problemas com a logística interna,<br />

como é o caso da Indonésia, Malásia e Peru. No<br />

caso do Peru também tem ocorrido problemas<br />

logísticos para atender o suprimento de insumos<br />

e peças sobressalentes.<br />

As expectativas de retorno à normalidade<br />

são variadas. Em Ghana, Mianmar e Tailândia a<br />

expectativa é de um retorno à normalidade em<br />

2 ou 3 meses, passada a crise. A indústria da<br />

Malásia, Indonésia e Peru, por outro lado, está<br />

prevendo um período mais longo, 6 meses a um<br />

ano, para a recuperação. Todos, no entanto consideram<br />

que a retomada dependerá de apoio<br />

dos governos e ainda da reativação da demanda<br />

nos países importadores.<br />

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NOTAS<br />

Agronegócio florestal no Paraná<br />

Da receita gerada pelas exportações do Paraná no<br />

primeiro quadrimestre deste ano, 80,3% têm origem<br />

no agronegócio do Estado. Somando cerca de US$<br />

4,12 bilhões, os produtos que mais participaram deste<br />

montante foram do complexo soja, as carnes e os<br />

produtos florestais. Os dados são do Mapa (Ministério<br />

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). De março<br />

a abril, as exportações brasileiras do agronegócio somaram<br />

US$ 31,40 bilhões, alta de 5,9% em relação ao<br />

mesmo período no ano anterior. O Paraná é terceiro<br />

estado mais expressivo neste valor, sendo responsável<br />

por 13,14% deste total, atrás apenas do Mato Grosso<br />

(18,33%) e São Paulo (15,38%). Os produtos florestais,<br />

que representam 16,53% do total exportado pelos<br />

produtos agropecuários, resultaram em receita de<br />

cerca de US$ 682,2 milhões. A receita gerada pela<br />

agricultura e pecuária paranaense, no período, supera em US$ 160 milhões a das exportações dos produtos de janeiro a abril<br />

de 2019. Somente o soja representa quase metade (46,7%) das exportações do agro paranaense. O setor alcançou receita de<br />

quase US$ 1,93 bilhão. As carnes participam com 23,57%, tendo gerado US$ 972,7 milhões. Na sequência das exportações,<br />

ainda somam-se o complexo sucroalcooleiro, café, cereais (farinhas e preparações), entre outros que, juntos, contabilizam US$<br />

543 milhões em receita.<br />

Foto: divulgação<br />

Indústria madeireira<br />

Foto: divulgação<br />

No último dia 25 de maio foi comemorado o Dia Nacional<br />

da Indústria. Dentro da cadeia produtiva da madeira de<br />

Santa Catarina, a madeira se destaca diante de um setor<br />

industrial altamente diversificado, diferente de outros<br />

Estados que despontam em segmentos específicos. De<br />

acordo com o Anuário Estatístico de Base <strong>Florestal</strong> para o<br />

Estado de Santa Catarina, publicado em 2019, o segmento<br />

moveleiro, que tem uma tradição histórica em Santa Catarina,<br />

se destaca pelo número de empresas, contabilizando<br />

2.568 em 2018. Este segmento é seguido pelo de serrarias<br />

com desdobramento de toras, com 1.028 estabelecimentos.<br />

Na sequência, observam-se fábricas de esquadrias de<br />

madeira e de peças para instalações industriais/comerciais<br />

com cerca de 500 empresas. As demais empresas somam<br />

1.486 estabelecimentos e representam 27% do total presente<br />

no Estado. Importante destacar, que dentro destes<br />

27% estão grandes fabricantes de papel, embalagens de<br />

papel, celulose, biomassa e madeira energética, que apesar<br />

de serem em menor número, são responsáveis por<br />

uma parcela significativa nos postos de emprego, arrecadação<br />

de tributos e elevação do PIB (Produto Interno Bruto)<br />

de Santa Catarina.<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br


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NOTAS<br />

Setor florestal atinge<br />

US$ 2 bilhões em exportações<br />

Foto: divulgação<br />

No primeiro trimestre de <strong>2020</strong>, os produtos da indústria de base florestal chegaram a dois bilhões de dólares em comercializações<br />

com outros países. Celulose totalizou US$ 1,5 bilhão, enquanto papel somou US$ 451 milhões e painéis de<br />

madeira US$ 68 milhões. Os dados são do Boletim Cenários Ibá, produzido pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores).<br />

O saldo da balança comercial do setor atingiu US$ 1,8 bilhão (-27,5%). No período, o setor representou 9,6% das exportações<br />

do agronegócio nacional e 4,1% do total do comércio exterior brasileiro.<br />

No primeiro trimestre deste ano, a China seguiu como principal mercado da celulose brasileira, adquirindo US$ 719<br />

milhões do produto. A América Latina, por sua vez, é o destino com maior negociação para painéis de madeira (US$ 38 milhões)<br />

e papel (US$ 262 milhões).<br />

“São números de um período que abrange janeiro, fevereiro e de março, mês em que a pandemia ainda estava iniciando<br />

sua escalada no Brasil. Mas o aumento da produção de papéis demonstrou como os produtos originados das árvores<br />

cultivadas, como as embalagens, que fazem alimentos e medicamentos chegarem a mercados e lares, e papéis para fins<br />

sanitários, como papel higiênico e lenços, se mostraram fundamentais. Este é um setor nato da bioeconomia, de base renovável,<br />

presente no dia a dia das pessoas e que está ao lado das pessoas no combate da Covid-19”, afirmou Paulo Hartung,<br />

presidente da Ibá.<br />

Todos os indicadores de desempenho do setor de árvores plantadas durante o primeiro trimestre de <strong>2020</strong> estão na 61ª<br />

edição do Cenários Ibá, boletim mensal da Ibá, disponível no site da instituição.<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Parada<br />

prorrogada<br />

A Klabin implementou dezenas de<br />

medidas preventivas para combater a Covid-19<br />

em todas as suas instalações. Entre<br />

as definições do período, a companhia<br />

decidiu postergar as paradas gerais de algumas<br />

unidades com o objetivo de evitar<br />

a aglomeração e fluxo intenso de pessoas,<br />

comuns nestes momentos, seguindo as<br />

recomendações da OMS (Organização<br />

Mundial da Saúde). As unidades Monte<br />

Alegre (PR) e Correia Pinto (SC) tiveram<br />

suas paradas adiadas para agosto e setembro<br />

deste ano, respectivamente. Essa<br />

mudança tem o objetivo de prevenir a<br />

disseminação do coronavírus e prioriza a<br />

saúde e a segurança dos colaboradores e<br />

das comunidades dos municípios onde as<br />

fábricas estão instaladas. A Klabin reforça que as paradas gerais são imprescindíveis para garantir a qualidade da manutenção<br />

das operações. No entanto, o adiamento não interfere na segurança do processo produtivo da companhia.<br />

Foto: divulgação<br />

Lançamento<br />

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as ferramentas, inclusive na indústria da madeira. Com produtos de alta resistência<br />

e modulares, que permitem ao usuário a conexão de várias maletas de<br />

acordo com a necessidade, a linha conta com 5 modelos de caixa e uma base.<br />

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NOTAS<br />

Prorrogação das Autex<br />

Os produtores de madeira brasileira, que realizam a exploração em manejos e projetos licenciados, estão pleiteando a<br />

prorrogação do prazo de uso da área, devido à crise decorrente da pandemia do novo coronavírus. O Fnfb (Fórum Nacional<br />

de Atividades de Base <strong>Florestal</strong>) apresentou ao MMA (Ministério do Meio Ambiente) um ofício destacando a importância da<br />

dilatação de prazo das Autex (Autorizações Florestais de Exploração).<br />

Segundo Fnfb, a estimativa é que a comercialização de madeira registre uma queda de até 60% neste ano, inviabilizando<br />

a retirada dos produtos durante a safra de <strong>2020</strong>, que teve início em maio. A entidade explica, que com a diminuição do período<br />

chuvoso, é iniciada a colheita da madeira nas florestas tropicais brasileiras oriundas de áreas de manejo ou de projetos<br />

autorizados pelos órgãos competentes. O pico da safra, geralmente ocorre entre os meses de junho e agosto, quando o<br />

índice pluviométrico é menor e permite a exploração da madeira e transporte com segurança. Porém, com a queda nas vendas<br />

e incertezas do mercado, muitos produtores vão reduzir a colheita ou até mesmo suspender para evitar mais prejuízos<br />

econômicos.<br />

De acordo com o presidente do Fnfb, Frank Rogieri, como a madeira é perecível, os produtores não vão explorar os<br />

projetos em sua totalidade para evitar perda de produto nos pátios. “Entramos na safra com uma insegurança muito grande<br />

devido às incertezas no mercado interno e externo. Por isso estamos requerendo a prorrogação dos prazos para que os<br />

produtores possam explorar a madeira já licenciada na próxima safra. Estes produtos têm autorização de todos os órgãos<br />

fiscalizadores para serem retirados conforme o manejo adequado”, explica o presidente.<br />

Geralmente, a autorização tem validade de um ano, podendo ser renovado por mais um ano, sendo que em alguns<br />

estados este prazo é de dois anos, porém sem prorrogação. “Como algumas empresas já estão no último período de exploração,<br />

não vão conseguir executar os projetos em sua totalidade. Por isso, estamos solicitando, em caráter especial, que os<br />

manejos sejam prorrogados automaticamente”, explica Frank Rogieri.<br />

Ele reforça que como o setor não possui linhas de crédito específicas, a retomada dos negócios para o setor pode ser<br />

ainda mais lenta, o que dificulta a manutenção das operações nas indústrias e dos projetos de manejo.<br />

Foto: divulgação<br />

26 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

NOVA FÁBRICA<br />

Com previsão de inauguração para o primeiro<br />

semestre de 2021, a empresa paranaense P2A Embalagens<br />

vai instalar uma unidade fabril, em Linhares,<br />

no norte do Espírito Santo. O investimento vai<br />

ser de R$ 5,3 milhões, conforme anúncio feito pelo<br />

prefeito da cidade, Guerino Zanon. A empresa vai<br />

produzir papel ondulado para embalagens e deve<br />

gerar 35 empregos diretos e 50 indiretos na primeira<br />

fase de operação. A fábrica vai ser construída às<br />

margens da ES-440, no distrito de Bebedouro, e vai<br />

contar com 1.500 m2 (metros quadrados) de área<br />

construída. Segundo a prefeitura, os trabalhos no<br />

terreno onde a empresa vai funcionar já começaram.<br />

A empresa está há 10 anos no mercado e<br />

tem uma unidade em Sabáudia (PR), onde produz<br />

papel e bobinas onduladas; e outra em Júpia (SC),<br />

com a produção de papel e papel ondulado 100%<br />

reciclado.<br />

Foto: divulgação<br />

Imagem: reprodução<br />

E-book<br />

restauração<br />

florestal<br />

<strong>Referência</strong> em restauração florestal, o Coordenador<br />

Técnico do Grupo de Trabalho Restauração,<br />

Sebastião Venâncio Martins, publicou<br />

recentemente um e-book sobre o tema. O material<br />

está disponível para download gratuito<br />

no site da Editora UFV (Universidade Federal de<br />

Viçosa), no endereço https://www.editoraufv.<br />

com.br/.<br />

Na publicação, o pesquisador e professor trata sobre o que é a restauração florestal, a importância de restaurar<br />

florestas e quais são as principais alternativas, entre elas a condução da regeneração natural, o reflorestamento em<br />

área total e técnicas de nucleação, como transposição de solo e serapilheira, transposição de galharias, transposição<br />

de chuva de sementes, plantio de mudas em núcleos e poleiros artificiais. A publicação do e-book vai de encontro com<br />

a evolução de uma área do conhecimento relativamente recente: a restauração ecológica. No contexto da perda de<br />

ecossistemas naturais que aconteceu historicamente no país, foi sentida uma necessidade de entender como restaurar<br />

esses ambientes, com foco no retorno de biodiversidade e de serviços ecossistêmicos. Assim, uma série de motivações<br />

legais, como o Código <strong>Florestal</strong>, e de metas globais e nacionais de restauração culminaram em um destaque dessa área<br />

do conhecimento, que tende a aumentar nos próximos anos.<br />

28 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Mudanças administrativas<br />

Foto: divulgação<br />

A Ponsse Plc elegeu Jarmo Vidgrén (44) como o novo Presidente do<br />

Conselho de Administração, em substituição a Juha Vidgrén (49), que<br />

presidia o cargo desde 2010 e agora continuará como membro ordinário<br />

do Conselho. Antes de sua eleição como Presidente do Conselho<br />

de Administração, Jarmo Vidgrén trabalhou como Diretor de Vendas<br />

e Marketing e Vice-CEO, sendo responsável pelos serviços globais de<br />

vendas e pós-venda da Ponsse desde 2008. Como resultado dessa<br />

mudança, todos os proprietários da empresa familiar, quatro filhos<br />

do fundador da Ponsse, Einari Vidgrén, são membros do Conselho de<br />

Administração da empresa. Mammu Kaario continuará como Vice-<br />

-Presidente do Conselho de Administração. Outra novidade é Marko<br />

Mattila (46) na equipe de gerenciamento da empresa. Ele é engenheiro<br />

florestal, com MBA, substituirá Jarmo Vidgrén como Diretor de Vendas<br />

e Marketing, a partir de 1 de junho de <strong>2020</strong>.<br />

Investimento em<br />

floresta e celulose<br />

O BID Invest, do Grupo BID, e IFC, instituição membro do Grupo<br />

Banco Mundial, estão coliderando um financiamento de US$1.1 bilhão<br />

para a LD Celulose S.A., joint venture criada pela Lenzing AG e Duratex<br />

S.A. para a construção de uma das maiores fábricas de celulose solúvel<br />

do mundo, em Minas Gerais. O projeto inclui a plantação de florestas<br />

de eucalipto. A agência de crédito à exportação Finnvera e outros sete<br />

bancos comerciais estão participando do financiamento, que promoverá<br />

o fortalecimento da competitividade do Brasil, criará empregos<br />

e apoiará os esforços locais de mitigação das mudanças climáticas. O<br />

financiamento coliderado pelo BID Invest e pela IFC apoiará o programa<br />

de investimentos da LD Celulose para <strong>2020</strong>-2022, que consiste na<br />

construção de uma fábrica de celulose solúvel e na instalação de uma<br />

usina de cogeração com capacidade de 144 MW (Megawatts). Como<br />

parte do projeto, a LD Celulose também plantará e fará o manejo<br />

responsável de aproximadamente 70 mil ha (hectares) de florestas de<br />

eucalipto. A usina de cogeração estará entre as mais produtivas e as de<br />

maior eficiência energética do mundo, direcionando 40% do excesso<br />

da bioeletricidade gerada no local para abastecer a rede pública com<br />

energia verde. A celulose solúvel é a principal matéria-prima usada<br />

para produzir fibras têxteis à base de madeira, uma alternativa biodegradável<br />

e mais sustentável para o meio ambiente. Os produtos finais<br />

da celulose solúvel incluem produtos têxteis e de higiene, entre outros.<br />

Quanto ao operacional, em 2022, a LD Celulose terá capacidade para<br />

produzir até 500 mil toneladas de celulose solúvel por ano.<br />

Foto: Fabiano Mendes<br />

30 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Manejo florestal na Amazônia<br />

O Estado do Amazonas é grande detentor<br />

de território do bioma amazônico,<br />

com 2.596.347 ha (hectares) de florestas<br />

públicas estaduais aptas para o processo<br />

de concessão e utilização por meio de<br />

plano de manejo florestal. Considerando<br />

as características peculiares da região<br />

amazônica, a Fas (Fundação Amazonas<br />

Sustentável, com assistência técnica do<br />

Governo do Estado do Amazonas, vem<br />

há 12 anos, contribuindo para manter a<br />

floresta em pé, por meio da implementação<br />

do manejo florestal em pequena<br />

escala. A entidade tem disponibilizado<br />

vídeos técnicos sobre o tema no canal do<br />

youtube.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Recuo econômico<br />

Diante do avanço da pandemia de Covid-19 e seus impactos<br />

na economia brasileira, especialmente no segundo trimestre<br />

deste ano, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revisou<br />

as previsões macroeconômicas e divulgou uma estimativa:<br />

queda esperada de 6% no PIB (Produto Interno Bruto) para <strong>2020</strong><br />

e alta de 3,6% para 2021. Em março deste ano, as estimativas<br />

eram de queda de 1,8% em <strong>2020</strong> e crescimento de 3,1% em<br />

2021. O estudo pressupõe o início de uma gradual flexibilização<br />

das restrições à mobilidade e ao funcionamento das atividades<br />

econômicas a partir de junho. Nesse cenário, a projeção é de<br />

queda de 10,5% no segundo trimestre, com retração de 13,8%<br />

na indústria, 10,1% nos serviços e 11,2% no consumo das famílias.<br />

Para o terceiro e o quarto trimestres, projeta-se recuperação<br />

da atividade econômica. O mês de abril foi considerado o<br />

fundo do poço, com sinais de recuperação da economia a partir<br />

de maio. Os indicadores econômicos confirmam essa avaliação.<br />

O Icei (Índice de Confiança do Empresário Industrial) avançou<br />

5,9% em maio, assim como o Nuci (Nível de Utilização de Capacidade<br />

Instalada) do setor, que passou de 57,3% em abril<br />

para 60,3% em maio. Dados de consumo de energia industrial<br />

permitem identificar alta em diversos segmentos, como veículos<br />

automotores (aumento de 60,9%), papel e celulose (26,9%), metalurgia<br />

(17,9%) e produtos de metal (13,3%).<br />

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NOTAS<br />

Cursos de capacitação<br />

a distância<br />

Imagem: reprodução<br />

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa<br />

Agropecuária) está disponibilizando 12 novos<br />

cursos gratuitos de capacitação a distância, incluindo<br />

temas específicos para o setor florestal.<br />

No último mês de abril, a entidade já havia disponibilizado<br />

mais de dez modalidades em meio<br />

às medidas restritivas como forma de contenção<br />

ao novo coronavírus. Todo o conteúdo dos cursos<br />

foi elaborado pelas equipes técnicas da empresa<br />

e possuem linguagem adaptada para o ensino a<br />

distância e para o curso específico. Os programas<br />

compreendem diversas cadeias produtivas. A<br />

maioria dos cursos é gratuita e mais informações<br />

podem ser adquiridas no site da entidade ou<br />

pelo e-mail cnpc.cursos@embrapa.br.<br />

ALTA<br />

TRABALHO REMOTO<br />

A pandemia da Covid-19 impulsionou o home office e<br />

também a criatividade para novas formas de reuniões,<br />

eventos e cursos via internet. No setor florestal, muitas<br />

entidades, universidades e empresas arriscaram em<br />

realizar encontros e atividades no formato virtual<br />

e tem obtido um bom resultado. De modo geral, a<br />

estimativa, inclusive, é que os eventos empresarias e<br />

com profissionais de alto escalão por videoconferência<br />

tenham dobrado em vários setores. A perspectiva é<br />

que o formato veio para ficar.<br />

JUNHO <strong>2020</strong><br />

BLOQUEIO PREJUDICIAL<br />

As determinações da decisão judicial sobre o bloqueio<br />

imediato de toda e qualquer movimentação de<br />

madeira no Sinaflor (Sistema Nacional de Controle da<br />

Origem dos Produtos Florestais) e na obtenção do DOF<br />

(Documento de Origem <strong>Florestal</strong>) em Pará, Rondônia,<br />

Amazonas e Mato Grosso está prejudicando o trabalhador<br />

e as empresas do setor que atuam de forma<br />

lícita e regular na região. “É inconcebível acreditar que<br />

a justiça brasileira seja capaz de penitenciar pessoas<br />

de bem, que trabalham de forma honesta, com uma<br />

atividade tão nobre que é o manejo florestal”, declarou<br />

o presidente do Cipem, Rafael Mason.<br />

BAIXA<br />

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FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

Estamos reivindicando abertura<br />

de crédito para o setor madeireiro<br />

que emprega muitas pessoas e<br />

movimenta a economia da região<br />

norte do país. Sem esses recursos,<br />

muitos não terão como retomar as<br />

atividades quando as vendas forem<br />

normalizadas<br />

Frank Rogieri, presidente do Fnfb (Fórum<br />

Nacional de Atividades de Base <strong>Florestal</strong>)<br />

“Existem propriedades com necessidade<br />

de recuperar entre 20 e 80% de Reserva<br />

Legal e, nessa área, a grande inovação<br />

seria implementar métodos de restauração<br />

florestal que previssem não só a conservação,<br />

mas, lá na frente, também gerassem dinheiro<br />

para produtores. Para fazer isso teríamos que<br />

trabalhar com uma nova silvicultura, com o<br />

plantio de florestas mistas, em sistemas que<br />

gerem recursos financeiros no curto, médio e<br />

longo prazos. Tudo isso mirando em se obter<br />

uma floresta diversificada e com provisão de<br />

serviços ambientais”<br />

“A logística do Paraná<br />

vem se mostrando<br />

extremamente eficiente<br />

e integrada, do campo<br />

ao porto. Isso porque o<br />

governo do Estado vem<br />

dando condição para que<br />

se tenha um movimento<br />

ordenado. Isso faz com<br />

que os nossos produtores<br />

escolham, principalmente,<br />

exportar pelos portos<br />

paranaenses”<br />

disse Erich Schaitza, Chefe Geral da Embrapa Florestas, durante<br />

uma transmissão ao vivo (live) no canal da Embrapa, no youtube<br />

afirma o diretor-presidente da empresa Portos<br />

do Paraná, Luiz Fernando Garcia<br />

Marca<br />

que não precisa<br />

descansar.<br />

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ENTREVISTA<br />

O setor<br />

é bastante<br />

ESTRUTURADO<br />

The sector<br />

is well-structured<br />

ENTREVISTA<br />

C<br />

riada em 2004, a Abaf (Associação Baiana das<br />

Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) se consolidou como<br />

uma das principais representantes do setor<br />

baiano e tem uma atuação expressiva no cenário<br />

nacional. O presidente da entidade, Wilson Andrade, faz uma<br />

avaliação do contexto atual diante da pandemia da Covid-19 e<br />

apresenta suas perspectivas para área florestal.<br />

Wilson<br />

Andrade<br />

C<br />

reated in 2004, the Bahian Association of Forest-<br />

-Based Companies (Abaf) has consolidated itself<br />

as one of the leading representatives of the<br />

Sector in the State of Bahia. It has an expressive<br />

performance in the national scenario. Wilson Andrade, the<br />

president of the entity, provides an assessment of the current<br />

context in the face of the Covid-19 pandemic and presents his<br />

perspectives for the forest area.<br />

DATA E LOCAL DE NASCIMENTO<br />

13/02/1948 - Milagres (BA)<br />

February 13, 1948 - Milagres (BA)<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Diretor executivo da Abaf (Associação Baiana das Empresas<br />

de Base <strong>Florestal</strong>) - Empresário<br />

Executive Director of the Bahian Association of Forest-Based<br />

Companies (Abaf); Business Executive<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Economista<br />

Economics<br />

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Acho que o brasileiro<br />

está ficando mestre em<br />

crises: as empresas<br />

criaram boas condições de<br />

competitividade, capacidade<br />

de planejar e reagir<br />

>> Como avalia o momento para o setor florestal no<br />

Brasil, incluindo antes e depois da Covid-19?<br />

Estamos todos tendo essa preocupação e acompanhando<br />

constantemente tudo o que acontece no Brasil e<br />

no mundo. Sem dúvida vai dar um baque na economia<br />

afetando diversos países e segmentos. Até abril, os especialistas<br />

diziam que a economia mundial, ao invés de<br />

crescer 3%, vai recuar 3%. No caso do Brasil é estimado<br />

pelo menos 6% de queda, que seria de crescimento.<br />

Mas nós já passamos por isso antes, em 2015 e 2016,<br />

quando perdemos 3,5 do PIB (Produto Interno Bruto) a<br />

cada ano. Isso é algo muito duro e deve ser enfrentado<br />

com muito cuidado. Logicamente vai impactar emprego,<br />

renda, impostos, capacidade de investimento.<br />

Infelizmente isso ocorre no momento de recuperação e<br />

de novos planejamentos da economia florestal. O setor<br />

florestal vai ser impactado, mas é um setor bastante<br />

estruturado, tem boas possibilidades de competitividade,<br />

tem uma abrangência muito grande. São cerca de<br />

1.500 municípios de produção florestal no Brasil, tem<br />

empresas bem estruturadas em termos de tecnologia e<br />

liderança de mercado. O Brasil é o maior explorador de<br />

celulose no mundo. Temos condições de nos estruturar<br />

e nos adequar as dificuldades da economia menos acelerada.<br />

>> Quais lições aprendidas nas crises anteriores que<br />

podem ser usadas nesta?<br />

Agora estamos falando de saúde e de pessoas, mas não<br />

é só o vírus que prejudica as pessoas, a economia ruim<br />

também prejudica as pessoas. O que se aprendeu nas<br />

crises, seja de 2008, 2011, 2015, 2017 é que, acho que<br />

o brasileiro está ficando mestre em crises: as empresas<br />

criaram boas condições de competitividade, capacidade<br />

de planejar e reagir. Por exemplo: é preciso cuidar<br />

mais do caixa, é preciso mais produtividade, implemen-<br />

How do you see the Brazilian Forest Sector, both before<br />

and after Covid-19?<br />

We all have this question and are continually monitoring<br />

everything that is taking place in Brazil and the world. It<br />

will undoubtedly lead to a negative bump in the economy<br />

affecting several countries and segments. By April,<br />

experts said the world economy, instead of growing by<br />

3%, would shrink by 3%. In the case of Brazil, a fall of<br />

at least 6% is estimated. However, we’ve been through<br />

this before, in 2015 and 2016, when there was a fall of<br />

3.5 % in GDP each year. This is something very tough to<br />

handle and must be tackled very carefully. Logically, it<br />

will impact employment, income, taxes, and investment<br />

capacity. Unfortunately, this occurs at a time of recovery<br />

and new planning in the forest economy. The Forest<br />

Sector will be impacted, but it is a very well-structured<br />

sector with good possibilities for competitiveness and<br />

considerable scope. There are about 1,500 municipalities<br />

with forest activities in Brazil and with well-structured<br />

companies in terms of technology and market leadership.<br />

Brazil is the largest pulp exporter in the world. We have<br />

the conditions to be able to structure ourselves and adapt<br />

to the difficulties of a less accelerated economy.<br />

What lessons have been learned from previous crises<br />

that can be used in this?<br />

Today, we are talking about health and the population,<br />

but it is not only the virus that harms the population, but<br />

the bad economy also harms. What has been learned in<br />

crises, whether from 2008, 2011, 2015, or 2017, is that I<br />

think the Brazilian is becoming a master in crises: whereby<br />

companies have created the right competitive conditions,<br />

and the ability to plan and react. For example, it is<br />

necessary to take more care of cash flow; it takes more<br />

productivity; implement more technology; and, in this,<br />

the Forest-based Sector has an advantage in industry<br />

development and research, besides increasingly knowing<br />

how to do more with less. Today, the forest industry takes<br />

advantage of 97% of all inputs and waste. As a result, we<br />

will have to improve our strategies further to overcome<br />

the crisis.<br />

In this scenario, what are the main challenges for the<br />

Sector in Brazil? And, especially in the Northeast, which<br />

Abaf directly represents?<br />

In the 2018 scenario, the Sector represented 5.4% of GDP<br />

in the State of Bahia, and 2019 should not have been<br />

different. There is another very distinct advantage, which<br />

is the geographical diversification of the activity. Here in<br />

the State of Bahia, we have activities in 154 municipalities,<br />

always in the interior of the State where, in my view,<br />

a job in the interior is worth two elsewhere. Every activity<br />

that generates income and employment in the municipality,<br />

either directly or indirectly, has to be respected for not<br />

being in the more developed metropolitan regions. This<br />

helps in the deconcentration of economic activity in each<br />

Junho <strong>2020</strong><br />

39


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custos de transporte oferecendo produtos leves,<br />

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máquinas em campo, profissionais<br />

buscam soluções variadas para<br />

resolver o imprevisto de forma rápida<br />

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Because it is difficult to avoid<br />

machinery breakdowns in the field,<br />

professionals seek varied solutions<br />

to solve the unforeseen quickly<br />

Junho <strong>2020</strong><br />

47


PRINCIPAL<br />

É<br />

praticamente um lema no setor florestal: máquina<br />

parada é sinônimo de prejuízo. Por outro lado, é quase<br />

impossível um maquinário ficar sem quebrar com o<br />

passar dos anos, mesmo com as manutenções preventivas.<br />

A alternativa diante da situação imprevisível<br />

é ganhar agilidade no reparo em campo, o que requer um ou até<br />

mais planos de ação como estratégia, em muitos casos, exige um<br />

fornecedor de qualidade.<br />

Oito dias parado foi o tempo que o supervisor florestal Evandro<br />

Oliveira da Silva, da Delta Service, já passou para esperar uma<br />

única peça. “Como vinha do exterior, não teve jeito, tivemos que<br />

aguardar e isso afetou muito nossa produção”, relembra. Após o<br />

trauma, a empresa elaborou a primeira tática: estocar as principais<br />

peças de reposição e preparar a equipe para reparos técnicos, que<br />

são feitos em um espaço próximo a área de atuação da empresa,<br />

localizada em Marau (RS). “Em geral, em 30 min (minutos) a gente<br />

já resolve. Porém, é evidente que não temos todas as peças ou<br />

não conseguimos sempre colocar para rodar a máquina, então,<br />

em casos assim, ligamos o alerta vermelho em busca de parceiros<br />

que possam nos ajudar”, comenta.<br />

Nesta segunda fase, ele cita como fundamental encontrar e<br />

testar um fornecedor que una características como qualidade de<br />

peças, preço compatível, atendimento técnico e, principalmente,<br />

celeridade na resolução do problema (o que inclui a entrega e instalação<br />

do item). “É muito importante ter um parceiro que atenda<br />

bem, dê atenção e ajude a buscar soluções em situações diferentes,<br />

porque nunca sabemos o que vai acontecer em campo”, sugere<br />

Evandro Oliveira, dando como indicação a Lion Equipamentos<br />

com quem mantém parceria há quase três anos. “Eles mandam<br />

a peça por motoboy e a gente já sabe que em 8h a 9h (horas), já<br />

estaremos rodando com aquela máquina. Nunca passou de 24h de<br />

I<br />

t is practically a saying in the Forestry Sector: a broken-down<br />

machine is synonymous with loss. On the<br />

other hand, it is almost impossible for a machine to go<br />

without a breakdown sometime over the years, even<br />

after preventive maintenance. The alternative in the<br />

face of the unpredictable is to have agility in-field repair, which<br />

requires one or even more action plans as a strategy, in many<br />

cases, requires a quality supplier.<br />

Eight days not working was the time that Evandro Oliveira<br />

da Silva, Forest Supervisor for Delta Service, spent waiting for a<br />

single spare part. “As it came from abroad, there was no other<br />

way, we had to wait, and it very much affected our production,”<br />

he recalls. After this occurred, the Company elaborated its first<br />

response: stock the main spare parts and prepare a team for<br />

technical repairs to be carried out in a space located near the<br />

Company’s area of operation, located in Marau (RS). “In general,<br />

in 30 minutes, we can now solve any stoppage. However, it is<br />

clear that we do not have all the parts, nor can we always get a<br />

machine up and running, so in cases like this, we turn on a red<br />

alert in search of partners who can help us,” he comments.<br />

For this second phase, he cites it is fundamental to find and<br />

test a supplier that unites characteristics such as part quality,<br />

compatible price, technical service, and, mainly, speed in solving<br />

the problem (which includes the delivery and installation of the<br />

item). “It is imperative to have a partner that meets our needs<br />

well, pays attention, and helps to seek out solutions in different<br />

situations because we never know what will happen in the field,”<br />

suggests da Silva, citing Lion Equipamentos with whom he has<br />

maintained a partnership for almost three years. “They send<br />

the parts by moto-boy, and so we know that in 8 to 9 hours a<br />

broken-down machine will be up and running. It has never been<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


Junho <strong>2020</strong> 49


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Junho <strong>2020</strong> 51


SUSTENTABILIDADE<br />

Florestas plantadas preservam<br />

MAIS DE UM MILHÃO DE<br />

HECTARES EM MINAS GERAIS<br />

Fotos: Arquivo Cenibra e divulgação<br />

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Indústria florestal ameniza a pressão sobre mata<br />

nativa ao passo em que recupera áreas degradadas<br />

Junho <strong>2020</strong><br />

53


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Patrocinadores:<br />

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Fotos: divulgação<br />

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Junho <strong>2020</strong> 57


MERCADO<br />

Terminal de Paranaguá:<br />

PREVISÃO DE<br />

CRESCIMENTO NAS<br />

CARGAS FLORESTAIS<br />

Fotos: divulgação<br />

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Com movimento mensal<br />

de 2,6 mil contêineres<br />

somente do setor,<br />

administradora já registrou<br />

um aumento neste ano,<br />

comparado a 2019<br />

O<br />

Terminal de Contêineres de Paranaguá<br />

movimenta cerca de 2.600 contêineres ao<br />

mês no segmento florestal, por meio de<br />

produtos como o compensado, madeiras<br />

serradas e laminadas, e no último mês de<br />

abril bateu o recorde de movimentação de cargas do setor,<br />

de acordo com a TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá),<br />

empresa administradora que leva o mesmo nome do<br />

terminal paranaense.<br />

Com uma ampla estrutura, o Terminal oferece custos<br />

operacionais e logísticos e, recentemente, reativou o serviço<br />

que atende a Costa Leste dos EUA (Estados Unidos da<br />

América) – um dos principais destinos para as cargas do setor<br />

– após 13 anos. A infraestrutura do porto paranaense é<br />

apontada como um diferencial competitivo que tem atraído<br />

exportadores do setor de base florestal.<br />

Com o novo serviço semanal destinado ao país norte-americano,<br />

a expectativa do terminal é incrementar a<br />

movimentação para 3.500 contêineres mensais. O armazém<br />

Junho <strong>2020</strong><br />

59


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Junho <strong>2020</strong> 61


ESPÉCIE<br />

Teca:<br />

RIQUEZA TROPICAL<br />

Fotos: Fabiano Mendes<br />

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Espécie produz uma das madeiras mais<br />

valiosas e com propriedades mais conhecidas<br />

Junho <strong>2020</strong><br />

63


ESPÉCIE<br />

ATeca (Tectona grandis L.f.), conhecida comumente<br />

como teca ou teak (Índia, Siam, Birmânia,<br />

Indonésia, EUA - Estados Unidos da América - e<br />

Inglaterra), teck (França), ojati (Java), may sak<br />

(Laos) e tiek (Alemanha), é uma árvore caducifólia<br />

de grande porte, pertencente à família Verbenaceae,<br />

com crescimento sazonal determinado. Natural das florestas<br />

tropicais de monção do sudeste da Ásia (Índia, Myanmar, Tailândia<br />

e Laos), pode alcançar até 60m (metros) de altura total.<br />

A teca produz uma das madeiras tropicais mais valiosas e com<br />

propriedades mais conhecidas (Centeno, 2003; Finger et al.,<br />

2004; Kaosa-ard, 1983; Pandey; Brown, 2000; Somarriba et<br />

al., 1999; Tsukamoto Filho et al., 2003; Weaver, 1993).<br />

As folhas da teca são opostas, elípticas, coriáceas e ásperas<br />

ao tato, dotadas de pecíolos curtos ou ausentes e ápice e<br />

base agudos. Nos indivíduos adultos, as folhas possuem, em<br />

média, 30 cm a 40 cm (centímetros) de comprimento por 25<br />

cm de largura. No entanto, nos indivíduos mais jovens, com<br />

até 3 anos de idade, as folhas podem atingir o dobro dessas<br />

dimensões (Matricardi, 1989).<br />

Em ambientes naturais, a teca apresenta um tronco retilíneo,<br />

com dimensões e forma variadas, de acordo com o local<br />

e condições de crescimento, podendo atingir o diâmetro de<br />

0,9m a 2,4m.<br />

A teca possui flores monoicas, brancas e pequenas, dotadas<br />

de pecíolos curtos, dispostas em grandes e eretas inflorescências<br />

do tipo panícula. As flores são recobertas por pelos<br />

finos, tendo um cálice de cor cinza-pálido, com seis lóbulos.<br />

A corola é esbranquiçada e tem forma de funil, com um tubo<br />

curto e seis lóbulos estendidos. O pistilo contém um ovário de<br />

quatro células, um estilete delgado e um estigma de dois lóbulos.<br />

As flores se abrem poucas horas depois do amanhecer<br />

e o melhor período para a polinização ocorre entre as 11h30<br />

e 13h (Weaver, 1993).<br />

Seus frutos consistem de drupas subglobosas com dimensões<br />

de 1 cm a 2 cm de diâmetro e possuem ampla diferença<br />

de peso, mesmo sendo de uma mesma árvore. Têm estrutura<br />

tetralocular e em raros casos podem conter até quatro sementes<br />

viáveis, uma para cada lóculo. Em decorrência da dificuldade<br />

de quebra para obtenção das sementes, usualmente,<br />

adota-se o fruto para semeadura na produção de mudas,<br />

como se fosse uma semente. Portanto, a partir de então será<br />

denominado como semente/fruto, sempre que se fizer referência<br />

ao uso do fruto como semente.<br />

As cepas de teca rebrotam facilmente ao serem cortadas<br />

ou danificadas e seu crescimento inicial é rápido. A teca também<br />

desenvolve uma copa vigorosa logo após a operação de<br />

desrama (Figueiredo, 2005; Rezende, 2013). A espécie produz<br />

uma raiz pivotante grossa e curta. Na base do tronco pode<br />

ocorrer a formação de sapopemas (Cardoso, 1991; Kaosaard,<br />

1983; Pandey; Brown, 2000). Para Kaosa-Ard (1999), citado<br />

por Krishnapillay (2000), as sapopemas aparecem em diversas<br />

estratégias de manejo e sua formação está em função<br />

do material genético empregado (Shukla, 2011). Próximo à<br />

extremidade, sua aparência é esbranquiçada e delicada, podendo<br />

depois, no sentido do colo da árvore, tornar-se de cor<br />

pardo-clara e lenhosa.<br />

De acordo com Wadsworth (1997), a madeira da teca possui<br />

fibras retas, uma textura mediana e oleosa ao tato e uma<br />

fragrância suave depois de seca. Sua madeira seca rapidamente<br />

a céu aberto (com pouca exposição ao sol) e de maneira<br />

satisfatória. Apresenta um alburno amarelado ou esbranquiçado,<br />

geralmente delgado, contrastando com o cerne que é<br />

castanho-amarelo-dourado. Podem ser observados anéis de<br />

crescimento nítidos e diferenciados nos cortes transversais. A<br />

densidade básica da madeira de teca seca é considerada dura<br />

e pesada, com valores variando de 0,55 g/cm3 a 0,68 g/cm3.<br />

Estudos demonstram que a durabilidade da madeira<br />

diminui quando tem anéis de crescimento largos e quando é<br />

originária de plantios jovens. Uma taxa de crescimento muito<br />

acelerada, principalmente na etapa inicial de desenvolvimento,<br />

diminui significativamente a durabilidade da madeira,<br />

reduzindo seu valor econômico.<br />

USO DA MADEIRA<br />

A madeira da teca é muito utilizada na indústria de construção<br />

naval, devido à sua resistência à ação do sol, calor, frio,<br />

água de chuva e de mar, além de ser facilmente trabalhada.<br />

Também é amplamente utilizada na construção de móveis,<br />

estruturas, pisos, peças torneadas, chapas, painéis, postes e<br />

dormentes (Cardoso, 1991; Finger et al., 2004).<br />

Suas propriedades físico-mecânicas caracterizam-se pela<br />

facilidade de secagem e estabilidade dimensional, possibilitando<br />

estabelecer a teca como um padrão para avaliar as madeiras<br />

de todas as outras espécies de folhosas (Cardoso, 1991;<br />

Finger et al., 2004).<br />

CARACTERÍSTICAS BIOECOLÓGICAS<br />

A maioria dos patógenos de plantios de teca tem sido<br />

identificada na Índia, com poucas ocorrências registradas em<br />

plantações na África, América Latina e algumas regiões de floresta<br />

nativa nos países de origem. Apesar de sua ocorrência,<br />

existe pouca informação disponível a cerca de sua consequência<br />

econômica.<br />

A madeira da teca possui fibras<br />

retas, uma textura mediana e<br />

oleosa ao tato e uma fragrância<br />

suave depois de seca<br />

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Junho <strong>2020</strong> 65


INTERNACIONAL<br />

A SEGUNDA MAIOR<br />

FLORESTA DO MUNDO<br />

Fotos: divulgação<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


O Brasil apresenta a segunda maior área de<br />

florestas e, ao lado de Rússia e Canadá, EUA<br />

(Estados Unidos da América) e China, detém 61%<br />

das regiões de florestas de todo o mundo<br />

Junho <strong>2020</strong><br />

67


INTERNACIONAL<br />

Aárea total de cobertura florestal do mundo<br />

é de 4,06 bilhões de hectares, o que corresponde<br />

a 31% da área total. Mais da metade<br />

das florestas do mundo (54%) estão localizadas<br />

em apenas 5 países: Rússia, Brasil, Canadá,<br />

EUA e China. O Brasil apresenta a segunda maior área<br />

de florestas, de 497 milhões de hectares, atrás apenas da<br />

Rússia, com 815 milhões de hectares, valores projetados<br />

para o ano de <strong>2020</strong>. Os dados são do FAO (Organização das<br />

Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, sigla em<br />

português), um organismo criado pela ONU (Organização<br />

das Nações Unidas). O relatório FRA<strong>2020</strong> (Avaliação Global<br />

dos Recursos Florestais, em português), mostra ainda que<br />

cerca de 30% de todas as florestas são usadas principalmente<br />

para produção, além de apresentar dados mundiais<br />

sobre o manejo florestal.<br />

O documento informa ainda que 93% (3,75 bilhões de<br />

ha) da área de florestas em todo o mundo são compostos<br />

por florestas nativas e 7% (290 milhões de ha) por florestas<br />

plantadas. A área de florestas naturais diminuiu desde<br />

1990, enquanto a área de florestas plantadas aumentou<br />

em 123 milhões de ha. No entanto, a taxa de aumento da<br />

área de floresta plantada diminuiu nos últimos dez anos.<br />

Atualmente, as florestas plantadas cobrem cerca de<br />

131 milhões de ha, que representam 3% da área global<br />

de florestas. Desse total, 45% das florestas plantadas são<br />

manejadas intensivamente, compostas por uma ou duas<br />

espécies e principalmente para fins produtivos. A maior<br />

parte das florestas plantadas está localizada na América<br />

do Sul, onde esse tipo de floresta representa 99% da área<br />

total de florestas plantadas e 2% da área total de floresta.<br />

Planos de manejo.<br />

O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) é o órgão do Governo<br />

Federal responsável pela organização e produção das<br />

informações sobre as florestas do Brasil, por meio do Senif<br />

(Sistema Nacional de Informações Florestais). “Esse estudo<br />

serve de apoio para o desenvolvimento de políticas,<br />

práticas e investimentos que afetem as florestas, tanto o<br />

âmbito de cada país ou região, como fóruns internacionais<br />

que abordam temas relacionados às florestas”, disse Joberto<br />

de Freitas, diretor de Pesquisa e Informações Florestais<br />

do SFB, reforçando que as informações fornecidas pelo<br />

relatório FRA<strong>2020</strong> apresentam uma visão abrangente das<br />

florestas do mundo e as maneiras pelas quais os recursos<br />

florestais estão mudando nas últimas décadas.<br />

manejo, respectivamente. No entanto, o estudo aponta<br />

também que a área de florestas sob manejo florestal vem<br />

aumentando em todas as regiões. A área global passou de<br />

233 milhões de ha em 2000 e atingindo 2,05 bilhões de ha<br />

em <strong>2020</strong>.<br />

O relatório estima que existem 726 milhões de ha de<br />

floresta em áreas protegidas em todo o mundo. Das seis<br />

principais regiões do mundo, a América do Sul é que tem<br />

a maior parcela de florestas em áreas protegidas (31%).<br />

O mundo ainda possui, pelo menos, 1,11 bilhões de hectares<br />

de florestas primárias, ou seja, florestas compostas<br />

por espécies nativas nas quais não existem indicações<br />

claramente visíveis de atividades humanas e os processos<br />

ecológicos não foram significativamente alterados. Combinados,<br />

três países (Brasil, Canadá e Rússia) hospedam mais<br />

da metade (61%) das florestas primárias do mundo.<br />

A maior parte do carbono das florestas é encontrada<br />

na biomassa viva (44%) e no solo orgânico (45%), e o restante<br />

na madeira morta e em decomposição. O estoque de<br />

carbono total nas florestas diminuiu de 668 gigatoneladas,<br />

em 1990, para 662 gigatoneladas, em <strong>2020</strong>. A densidade<br />

de carbono estocado nas florestas aumentou ligeiramente<br />

no mesmo período, de 159 toneladas para 163 toneladas<br />

por ha.<br />

MANEJO FLORESTAL<br />

Outro dado importante é que mais de 2 bilhões de<br />

hectares de florestas do mundo: são manejadas para<br />

produzir madeira ou outros produtos. A área manejada<br />

de florestas varia entre os continentes, enquanto 96%<br />

das florestas da Europa estão sob algum tipo de manejo,<br />

os percentuais diminuem na África e na América do Sul,<br />

representando 24% e 17% das florestas com planos de<br />

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LEGISLAÇÃO<br />

Decreto autoriza concessão<br />

FLORESTAL NA AMAZÔNIA<br />

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Documento presidencial inclui três florestas do Amazonas<br />

no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos)<br />

Fotos: divulgação<br />

Junho <strong>2020</strong><br />

71


LEGISLAÇÃO<br />

O<br />

decreto nº 10.339/<strong>2020</strong>, assinado pelo<br />

presidente da República, Jair Bolsonaro, na<br />

primeira quinzena de maio de <strong>2020</strong>, transferiu<br />

a competência de concessão de florestas<br />

federais do MMA (Ministério do Meio Ambiente)<br />

para o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e<br />

Abastecimento). Com isso, caberá exclusivamente ao MAPA<br />

as decisões sobre políticas, estratégias, planos e programas<br />

relacionados ao tema. O texto do decreto já qualifica os<br />

projetos de concessão florestal das Florestas Nacionais de<br />

Humaitá e do Iquiri e da gleba Castanho, todas no estado<br />

do Amazonas, no âmbito do PPI (Programa de Parcerias de<br />

Investimentos) da Presidência da República.<br />

Decidida em fevereiro durante a 12ª reunião do Conselho<br />

do PPI, que analisou 22 projetos, a inclusão das três<br />

florestas amazonenses faz parte da agenda do Governo Federal<br />

para o desenvolvimento da Amazônia Brasileira através<br />

das concessões de florestas públicas para a realização de<br />

manejo florestal sustentável, considerada uma prioridade do<br />

Mapa e parte do portfólio dos projetos desse ministério. “A<br />

inclusão da concessão florestal das flonas (florestas nacionais)<br />

de Humaitá, Iquiri e da gleba de Castanho, como ação<br />

prioritária do Governo Federal, fortalece a articulação feita<br />

do Serviço <strong>Florestal</strong> junto ao Ministério da Agricultura e dá<br />

visibilidade a agenda, uma vez que entendemos o manejo<br />

sustentável como uma alternativa legal para conservação<br />

das florestas públicas, coíbe o comércio ilegal de madeira e<br />

gera o desenvolvimento local”, apontou o diretor-geral do<br />

SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), Valdir Colatto.<br />

A Floresta de Humaitá terá prazo de contrato de 40<br />

anos, com data prevista para publicação do edital, no segundo<br />

trimestre de <strong>2020</strong> e leilão no quarto trimestre do ano.<br />

O critério será reais por metros cúbicos (R$/m³). O estudo<br />

de logística e mercado está sendo feito pelo SFB e Icmbio.<br />

A concessão da floresta de Iquiri tem extensão de 883 mil<br />

ha (hectares), sendo que a área total é de 1,47 milhão de<br />

hectares. A estimativa de produção anual é de 440 mil m3 de<br />

madeira em tora. Os estudos de logística e mercado estão<br />

em fase de contratação. A data prevista para publicação do<br />

edital é no segundo trimestre de 2021 com leilão no mesmo<br />

período e mesmo critério (R$/m3). A Floresta Nacional do<br />

Iquiri fica no sul do Estado do Amazonas, integralmente no<br />

município de Lábrea, próximo ao limite com Rondônia e<br />

Acre. O acesso pode ser feito pelas BRs 317 e 364. Prazos,<br />

estudos e editais das demais florestais ainda não foram divulgados.<br />

CONSERVAÇÃO E RENDA<br />

A gestão das Concessões Florestais federais é uma das<br />

atribuições do SFB, de acordo com a Lei nº 11.284/2006,<br />

que tem entre seus objetivos conservar a cobertura vegetal<br />

das florestas brasileiras, por meio do manejo florestal sustentável,<br />

da melhoria da qualidade de vida da população<br />

que vive em seu entorno e do estímulo à economia formal<br />

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Junho <strong>2020</strong> 73


PESQUISA<br />

RESTAURAÇÃO<br />

FLORESTAL<br />

Por meio de técnica específica é possível atender a<br />

legislação vigente sem prejudicar as atividades produtivas<br />

Fotos: divulgação<br />

SEBASTIÃO VENÂNCIO MARTINS<br />

PROFESSOR TITULAR DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL DA UFV<br />

(UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)<br />

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RESUMO<br />

N<br />

este artigo, temos um conteúdo parcial do<br />

Boletim de Extensão 67 produzido pelo autor<br />

para UFV devido a questões editorais da<br />

REFÊRENCIA FLORESTAL relacionadas ao espaço.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O crescente aumento do consumo humano no Brasil de<br />

alimentos, energia, minérios e outros tem levado a uma também<br />

crescente utilização dos recursos naturais renováveis e<br />

não renováveis. Atualmente, a palavra de ordem é a busca<br />

pela sustentabilidade ambiental das atividades produtivas,<br />

que tem como objetivo a conciliação do uso racional dos<br />

recursos naturais com o manejo sustentável e a restauração<br />

dos ecossistemas. Nesse cenário, a restauração de florestas<br />

nativas consolida-se como a principal forma de apoio ao desenvolvimento<br />

sustentável, uma vez que pode viabilizar tanto<br />

a restauração de áreas já impactadas como a compensação<br />

ambiental em outras áreas ambientalmente similares.<br />

Por meio da restauração florestal é possível atender a<br />

legislação vigente na forma de restauração de áreas de preservação<br />

permanente e reservas legais sem prejudicar as<br />

atividades produtivas de uma determinada propriedade rural,<br />

ou seja, a restauração das florestas tende a contribuir para a<br />

melhoria da quantidade e qualidade dos produtos e dos serviços<br />

ambientais.<br />

Dessa forma, é importante divulgar os conhecimentos<br />

sobre técnicas de restauração florestal, desenvolvidos por<br />

intermédio de pesquisas científicas, para o público diretamente<br />

em contato com o meio rural, como produtores rurais e<br />

grandes empresas do agronegócio, mineradoras, geradoras de<br />

energia, entre outros.<br />

O QUE É RESTAURAÇÃO FLORESTAL?<br />

A restauração florestal é uma modalidade da restauração<br />

ecológica com foco nos ecossistemas florestais. Entende-se<br />

por restauração ecológica o processo de auxiliar o restabelecimento<br />

de um ecossistema que foi degradado, danificado ou<br />

destruído, sendo uma atividade deliberada que desencadeia<br />

ou acelera a recuperação de um ecossistema com respeito à<br />

sua saúde (processos funcionais), a integridade (composição<br />

das espécies e estrutura da comunidade) e a sustentabilidade<br />

(resistência à perturbação e resiliência) (SER, 2004). Assim,<br />

a restauração florestal busca promover o retorno de uma<br />

floresta em uma área em que a floresta original foi removida<br />

ou impactada por atividades humanas diversas; retorno que<br />

Junho <strong>2020</strong><br />

75


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Junho <strong>2020</strong> 79


AGENDA<br />

AGENDA<strong>2020</strong>/2021<br />

JUNHO<br />

<strong>2020</strong><br />

Imagem: reprodução<br />

Agronegócio em tempos de Covid-19<br />

23<br />

Palestra Online<br />

https://www.embrapa.br/florestas/<br />

busca-de-eventos<br />

JULHO<br />

<strong>2020</strong><br />

SET<br />

<strong>2020</strong><br />

7º WORKSHOP EMBRAPA<br />

FLORESTAS/APRE<br />

Por conta da pandemia do novo coronavírus, o evento,<br />

que seria em junho, foi remarcado para 23 e 24 de setembro<br />

de <strong>2020</strong>. O tema principal será: Os cuidados com as<br />

florestas plantadas: proteção e sanidade; e as inscrições<br />

já estão abertas, com valores entre R$ 450 e R$ 650. Mais<br />

informações podem ser obtidas pelo e-mail vitorprado@<br />

apreflorestas.com.br ou telefone (41) 99680-2830.<br />

Estrada <strong>Florestal</strong> e Logística<br />

01<br />

Webnário online<br />

https://www.ipef.br/eventos/<br />

7º Workshop Embrapa Florestas/Apre<br />

23 e 24<br />

Colombo (PR)<br />

http://www.apreflorestas.com.<br />

br/evento/7o-workshop-embrapaflorestas-apre/<br />

SETEMBRO<br />

<strong>2020</strong><br />

DEZ<br />

<strong>2020</strong><br />

WORLD ARCHITECTURE FESTIVAL<br />

Dedicado ao ramo da arquitetura, o evento conta<br />

com o Prêmio Melhor Uso de Madeira Certificada,<br />

premiando arquitetos pelo uso de madeira certificada<br />

como o principal material de construção de<br />

edifícios destacados em sustentabilidade, inovação,<br />

qualidade ou estética.<br />

Imagem: reprodução<br />

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Disco de corte para Feller<br />

AGENDA<strong>2020</strong>/2021<br />

• Discos de corte com encaixe para<br />

utilização de até 18 ferramentas<br />

• Diâmetro externo e encaixe central<br />

de acordo com o padrão da máquina<br />

OUTUBRO<br />

<strong>2020</strong><br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

Fedema (Feria Internacional del<br />

Mueble y la Madera)<br />

03 a 06<br />

Formosa (Argentina)<br />

http://fedema.com.ar/<br />

• Discos de corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra<br />

• Discos especiais<br />

• Pistões hidráulicos<br />

(fabricação e reforma)<br />

• Usinagem de médio e grande porte<br />

DEZEMBRO<br />

<strong>2020</strong><br />

Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337<br />

Água Vermelha - Sertãozinho - SP<br />

Fone: (16) 3942-6855 Fax: (16) 3942-6650<br />

dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br<br />

D’Antonio Equipamentos<br />

Mecânicos e Industriais Ltda<br />

World Architecture Festival<br />

2 a 4<br />

Lisboa (Portugal)<br />

https://www.worldarchitecturefestival.com/<br />

MAIO<br />

2021<br />

My Wood Home<br />

19 a 29<br />

Piracicaba (SP)<br />

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Junho <strong>2020</strong><br />

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ESPAÇO ABERTO<br />

Foto: divulgação<br />

Como organizar as<br />

FINANÇAS DAS<br />

PMES?<br />

Por Regina Fernandes,<br />

contadora e responsável técnica do<br />

escritório Capital Social<br />

É preciso estratégia na<br />

gestão das finanças no<br />

médio e longo prazo em<br />

meio a crise<br />

Aprorrogação de impostos e o anúncio de novas linhas de<br />

crédito, como a que foi sancionada recentemente para<br />

micro e pequenos negócios, têm garantido a sobrevivência<br />

de muitas empresas. Com taxas de juros facilitadas,<br />

longa carência para pagamento e até subsídio do governo,<br />

os empréstimos oferecem uma oportunidade para que as empresas se<br />

mantenham vivas, mantendo seus funcionários e honrando compromissos<br />

financeiros. Contudo, a grande dificuldade está na gestão dessas<br />

finanças no médio e longo prazo.<br />

Caso opte pelo empréstimo, ele deve fazer o seu fluxo de caixa para<br />

os próximos 12 meses, simulando cenários de geração de caixa, além<br />

de se perguntar: como esse dinheiro será investido? Tenho um plano de<br />

aplicação para esse valor? Há perspectivas para o meu negócio que me<br />

possibilitarão pagar a dívida? Caso seja uma exigência manter o número<br />

de funcionários, isso será viável ou planejo reduzir alguns postos de<br />

trabalho? Só depois de levar tudo isso em consideração é que se deve<br />

captar o dinheiro no mercado financeiro. O mesmo deve acontecer em<br />

relação ao adiamento dos impostos que precisa estar nas projeções<br />

financeiras. A dica de ouro é a formação de um colchão de liquidez.<br />

Portanto, se houver dinheiro disponível em caixa não queime: aplique e<br />

deixe reservado.<br />

Outra medida eficaz é a renegociação de prazos e valores de contratos<br />

e serviços, além da suspensão de gastos que não são essenciais.<br />

A adesão da suspensão de contrato de trabalho ou redução de jornada<br />

pode ser uma indicação para casos de redução brusca de receitas,<br />

entre outras medidas trabalhistas que foram anunciadas. Agora, as empresas<br />

que mais se destacam são aquelas que, além dessas medidas,<br />

tiveram a postura de inovar e se adaptar, pensando na sobrevivência do<br />

negócio em longo prazo.<br />

Se a única certeza é a mudança, acompanhar as tendências, analisar<br />

a sua contabilidade e antever as oportunidades é a maior lição de<br />

casa que o empresário deve fazer. Tendem a se dar melhor os empreendedores<br />

que entenderem que o mercado não parou totalmente, mas<br />

que a forma de consumir mudou. No entanto, se houver um olhar para<br />

além do padrão, será possível enxergar que existe uma demanda reprimida<br />

ou um novo jeito de fazer. Experimentar novas formas de gerir o<br />

negócio é um dos maiores benefícios de uma crise.<br />

A falta de dinheiro é uma fala frequente de todo empreendedor,<br />

isso em qualquer cenário. Um ensinamento que costumo passar para<br />

os clientes do Capital Social é a metodologia Lucro Primeiro. Os empresários<br />

costumam calcular seu lucro a partir da diferença entre faturamento<br />

e despesas. O que sobrar é dividido entre os sócios - e, sinceramente,<br />

quase nunca sobra. Mas essa lógica prejudica o crescimento do<br />

negócio e a própria atividade empresarial. Deve-se pensar primeiro no<br />

lucro que se pretende obter para depois determinar o quanto se pode<br />

gastar.<br />

A dica é começar pequeno, poupando 3% do faturamento e abastecendo<br />

uma boa poupança. Depois de um tempo, haverá dinheiro suficiente<br />

para pagar dívidas, fazer novos investimentos e expandir a margem<br />

de lucro. É como diz a máxima das finanças: mais importa quanto<br />

você poupa do que, efetivamente, quanto você ganha. Assim, com planejamento<br />

e organização, será possível sair desse período turbulento.<br />

Comece agora. E, se precisar de ajuda, converse com o seu contador.<br />

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