Bem Estar Hortensias ed. 135
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ANO 10 • Nº <strong>135</strong> • JUNHO 2020<br />
JORNAL DE COLEÇÃO • TEL. (54) 9 9946.4888 • WWW.NOSSOBEMESTAR.COM<br />
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E NOVA PETRÓPOLIS<br />
<br />
As lições da<br />
pandemia<br />
AULAS ONLINE<br />
Uma tendência que se<br />
consolida durante o<br />
isolamento social<br />
<br />
HOMEOPATIA<br />
M<strong>ed</strong>icamentos vem sendo<br />
aliados na prevenção de<br />
doenças respiratórias<br />
Ganhamos um tempo para repensar o nosso propósito<br />
como indivíduos e como seres em inter-relacionamento<br />
social e com o Planeta. E com ele...<br />
SOLÉ BICYCLES/UNSPLASH/BE<br />
/SenacEADoficial<br />
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960H<br />
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Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 2<br />
transitiva & direta<br />
Nanda Barreto<br />
A revolução do cuidado<br />
HORTÊNSIAS<br />
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a nós agora mesmo!<br />
É da natureza humana: se não houver quem cuide, jamais<br />
haverá quem cresça - em todos os sentidos<br />
A<br />
importância do cuidado nunca<br />
esteve tão evidente na<br />
nossa experiência coletiva. O<br />
mundo pandêmico devolveu<br />
o cuidado ao patamar de onde jamais<br />
deveria ter saído: o centro das nossas<br />
vidas, a base da existência humana. Cuidar<br />
de si, do outro, da nossa casa, da<br />
comunidade, do planeta Terra.<br />
Justo agora que estamos distantes,<br />
reconhecer a nossa interdependência<br />
é caminho mais curto para superarmos<br />
o grave desafio que se apresenta. Está<br />
claro como água: cuidar de mim é cuidar<br />
de você. Estamos isolados em nossas<br />
casas para não contrair o novo coronavírus<br />
e - em igual m<strong>ed</strong>ida - para não<br />
sermos agentes de propagação. Mesmo<br />
que a gente não adoeça, podemos ser<br />
um risco para o outro. E vice-versa.<br />
Como temos visto, esta dimensão<br />
do cuidado compartilhado parece não<br />
ter valor para algumas pessoas - notadamente<br />
para as que acr<strong>ed</strong>itam que a<br />
Terra é plana, o que realmente faz algum<br />
sentido: nessa lógica, bastaria varrer<br />
o vírus para além das beiradas. Assim<br />
como todo o lixo produzido pelo<br />
nosso consumo inconsciente, claro.<br />
Ironias à parte, entendo que existem<br />
inúmeros motivos pelos quais muitos<br />
de nós têm dado de ombros para as<br />
recomendações da Organização Mundial<br />
da Saúde: a necessidade de garantir<br />
o sustento, sem dúvida, é um imperativo.<br />
Mas eu queria aqui tratar de algo<br />
que me parece ser o pano de fundo<br />
desta situação em que nos metemos: a<br />
desconexão com nós próprios e - consequentemente<br />
- com o outro.<br />
Como bem sintetizou o espetaculoso<br />
Leonardo Boff no livro Saber<br />
Cuidar, Ética do humano - compaixão<br />
pela terra, "o cuidado serve de crítica à<br />
nossa civilização agonizante e também<br />
de princípio inspirador de um novo paradigma<br />
de convivialidade".<br />
Então, é preciso voltar algumas casas<br />
no jogo e começar pela autocrítica.<br />
Os erros são civilizatórios e este ônus<br />
também nos diz respeito. Cada um/a<br />
é parte fundamental na transformação<br />
deste modelo individualista de soci<strong>ed</strong>ade.<br />
Isso precisa se dar no nosso zelo<br />
de práticas rotineiras - nas dimensões<br />
física, mental e espiritual - nas r<strong>ed</strong>es de<br />
afeto e comunitárias.<br />
Mas de NADA adiantará usar máscara<br />
e álcool gel se a gente continuar<br />
LAVANDO as mãos frente ao descaso<br />
agravado pelo pensamento neoliberal<br />
Cada um/a é parte fundamental<br />
na transformação deste modelo<br />
individualista de soci<strong>ed</strong>ade.<br />
Isso precisa se dar no nosso<br />
zelo de práticas rotineiras - nas<br />
dimensões física, mental e<br />
espiritual - nas r<strong>ed</strong>es de<br />
afeto e comunitárias.<br />
que exalta a propri<strong>ed</strong>ade privada, encarcera<br />
nossos sonhos, esgota os recursos<br />
naturais e menospreza o bem-<br />
-viver como um direito universal.<br />
Só existe um aparente paradoxo<br />
entre cuidar da economia ou das pessoas<br />
porque nos colocamos à serviço<br />
desta entidade escravagista chamada<br />
mercado financeiro, que concentra<br />
mais de 70% da riqueza mundial às custas<br />
da nossa mão de obra e da evasão<br />
(legal) de impostos. Não sei vocês, mas<br />
eu não tenho dúvidas de quem deve pagar<br />
a conta da crise: é preciso, sim, taxar<br />
as grandes fortunas. E, a partir daí,<br />
investir prioritariamente na saúde pública<br />
- e todos os demais serviços.<br />
Em outras palavras, é dever de todes<br />
que têm acesso à informação CO-<br />
BRAR radicalmente a revitalização do<br />
Estado na sua missão de cuidar da soci<strong>ed</strong>ade.<br />
E isso precisa florescer no cerne<br />
de cada ser humano - especialmente nos<br />
do gênero masculino. A pandemia tem<br />
escancarado também esta desigualdade<br />
na gestão do cuidado: em todas as áreas,<br />
as mulheres estão na linha de frente.<br />
Dentro de casa ou no atendimento<br />
público à saúde, a responsabilidade<br />
pelo cuidado sempre coube a nós - uma<br />
sobrecarga injusta que precisa ser reparada.<br />
Sobre esta desigualdade especificamente<br />
pretendo me debruçar numa<br />
próxima coluna.<br />
Para finalizar, convido quem chegou<br />
até este ponto da leitura a dar um primeiro<br />
passo, oferecendo a sua contribuição<br />
para que a reflexão sobre quem<br />
cuida e quem é cuidado se transforme<br />
em uma prática cotidiana e, principalmente,<br />
num debate público. O interesse<br />
no assunto não poderia ser mais<br />
nobre: garantir a continuidade da nossa<br />
própria espécie.<br />
NANDA BARRETO é jornalista, instrutora de yoga,<br />
feminista y otras cositas más! Nas r<strong>ed</strong>es sociais, é<br />
@transitiva<strong>ed</strong>ireta. Na vida real, é poeta.<br />
/transitiva<strong>ed</strong>ireta<br />
@transitiva<strong>ed</strong>ireta<br />
UNITED NATIONS /UNSPLASH/BE<br />
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Esther Atz<br />
Editores<br />
Carolina Atz Haas<br />
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Diagramador<br />
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CENTRAL BEM ESTAR<br />
INFORMAÇÕES DE QUALIDADE<br />
Max Bof<br />
Jornalista Responsável<br />
Diretor de Operações<br />
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(ARS DESIGN EDITORIAL)<br />
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Informes publicitários, textos e colunas<br />
assinadas não correspondem necessariamente<br />
à opinião do jornal e são de responsabilidade<br />
de seus autores.<br />
Que todos os méritos gerados por<br />
esse trabalho beneficiem e tragam<br />
felicidade para todos os seres.
3 • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />
SUPER GENGIBRE<br />
Uma raiz maravilhosa para tratar de forma natural várias doenças do aparelho<br />
digestivo, além de ser excelente para a imunidade.<br />
Conhecido como uma especiaria e<br />
condimento de cozinha, o gengibre<br />
(Zingiber officinale) é originário da<br />
Ásia, e é cultivado hoje em quase todas as<br />
regiões tropicais. É uma das plantas m<strong>ed</strong>icinais<br />
mais utilizadas em todo o mundo. Em<br />
Europa m<strong>ed</strong>ieval lhe foram atribuídas muitas<br />
propri<strong>ed</strong>ades curativas e acr<strong>ed</strong>itava-se<br />
que proc<strong>ed</strong>ia do Jardim do Éden.<br />
O gengibre é uma planta perene que<br />
pode atingir 60 cm de altura. Do gengibre<br />
aproveita-se seu rizoma fresco – de sabor<br />
picante e aroma agradável - que, quando<br />
convertido em pó é também usado como<br />
tempero na preparação de bolos e biscoitos,<br />
nas frutas cozidas e em conserva. É<br />
também um ingr<strong>ed</strong>iente essencial do curry,<br />
que também é utilizado para temperar ensopado<br />
e outros pratos com carne, típico<br />
da culinária indú.<br />
MUITAS PROPRIEDADES<br />
Junto com seu óleo essencial, composto<br />
por zingiberina e outras substâncias<br />
em proporções menores, o gengibre contém,<br />
também, oleoresinas: pectinas, amidos,<br />
açúcares, ceras e sais minerais.<br />
O gengibre destaca-se como eficaz antiinflamatório<br />
e ótimo estimulante circulatório.<br />
Mas o que lhe deu mais popularidade<br />
foi a sua eficácia no tratamento de distúrbios<br />
digestivos, nas náuseas, indigestões<br />
e gases, cólicas e enjoos causados ao viajar.<br />
É, portanto, uma planta carminativa eficaz<br />
que estimula o apetite e ativa os processos<br />
digestivos. Seu uso é indicado mesmo<br />
em casos de úlcera gástrica e dores de<br />
estômago.<br />
Para preparar uma infusão é preciso<br />
uma colher da raiz por cada xícara de água<br />
e deixar ferver de três a cinco minutos.<br />
Deve se beber três vezes ao longo do dia.<br />
O gengibre também é eficaz para tratar<br />
e prevenir várias doenças respiratórias<br />
como gripes e resfriados. Demonstrou-se<br />
sua eficácia para eliminar a tosse, aumentar<br />
a transpiração e baixar a temperatura<br />
corporal.<br />
Para aliviar o muco do peito, são de<br />
grande ajuda os cataplasmas preparados<br />
pela mistura de duas colheres de sementes<br />
de linhaça com uma de gengibre picado.<br />
Ambos ingr<strong>ed</strong>ientes devem ferver-se<br />
em meio copo de leite até obter uma massa<br />
grossa, que deve ser derramada sobre<br />
uma gaze. Deve ser envolvido num pano e<br />
aplicado bem quente sobre o peito.<br />
Como estimulante circulatório o gengibre<br />
é ideal para corrigir a má circulação<br />
nas mãos e pés e combater a pele rachada.<br />
Além disso, ao melhorar a circulação,<br />
ele indiretamente também ajuda a r<strong>ed</strong>uzir<br />
a pressão arterial. Em tais casos uma<br />
boa m<strong>ed</strong>ida é tomar banho de água quente<br />
preparado a partir da fervura durante<br />
cinco minutos de uma colher de gengibre,<br />
triturado ou em pó. Devem-se submergir<br />
alternativamente as mãos e os cotovelos<br />
em intervalos de cinco minutos, enquanto<br />
a água fica morna. É preferível realizar o<br />
processo com o estômago vazio.<br />
O gengibre é eficaz para tratar<br />
e prevenir várias doenças<br />
respiratórias como gripes<br />
e resfriados. Demonstrou-se<br />
sua eficácia para eliminar<br />
a tosse, aumentar a transpiração<br />
e baixar a temperatura corporal.<br />
Além disso, é um potente<br />
fortalec<strong>ed</strong>or da imunidade.
Comportamento<br />
Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 4<br />
AULAS ONLINE<br />
Uma tendência que se consolida durante o isolamento social<br />
A<br />
Covid-19 modificou a realidade<br />
das pessoas em todas as partes<br />
do mundo. E uma dessas mudanças<br />
está relacionada com o aumento<br />
de aulas online em variados segmentos.<br />
Você já participou de alguma delas?<br />
Devido à necessidade de isolamento<br />
social para conter o avanço da doença,<br />
muitos setores e profissionais levaram<br />
as suas atividades para o ambiente<br />
digital, o que gerou um aumento<br />
nas aulas escolares online, cursos<br />
em geral, aulas de academia, yoga, artes<br />
marciais, dança e teatro, aula de<br />
culinária, aromaterapia, entre outros.<br />
Os temas e a idade dos participantes<br />
são variados, e as aulas<br />
virtuais se tornaram<br />
uma oportunidade para<br />
ocupar parte do tempo<br />
livre, exercitar o corpo<br />
e a mente, desenvolver<br />
uma nova habilidade,<br />
e até melhorar a carreira<br />
com cursos profissionalizantes<br />
ou que aprimorem<br />
competências comportamentais.<br />
Quer saber<br />
mais sobre o assunto?<br />
Então,<br />
continue a leitura!<br />
A tendência dos<br />
cursos à distância<br />
O ensino à distância já estava em<br />
crescimento há alguns anos e um dos<br />
motivos para isso foi o avanço da tecnologia<br />
que facilitou a conexão com a internet<br />
a partir de computadores pessoais<br />
e smartphones. Uma pesquisa realizada<br />
pela Associação Brasileira de Educação<br />
à Distância identificou que, em<br />
2018, mais de 9 milhões de pessoas optavam<br />
pela modalidade EAD, tanto para<br />
cursos universitários quanto livres.<br />
Essa alternativa de aprendizado<br />
apresenta vantagens devido à maior flexibilidade<br />
para o estudo e mensalidades<br />
com um custo mais atrativo. Dessa forma,<br />
mesmo com uma rotina cheia ao<br />
longo da semana, é possível ser d<strong>ed</strong>icar<br />
ao aprendizado no fim do dia ou aos sábados<br />
e domingos.<br />
Contudo, devido ao avanço do coronavírus<br />
e a interrupção de cursos<br />
presenciais para evitar aglomerações,
5 • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />
as aulas online se tornaram a principal<br />
forma de aprendizado, indo desde <strong>ed</strong>ucação<br />
infantil até aulas de academia e<br />
artesanato.<br />
E se a oferta é grande, o interesse<br />
das pessoas também não fica atrás. O<br />
Google Trend, ferramenta que monitora<br />
termos de pesquisas no Google, indica<br />
que houve um aumento de mais de<br />
100% no número de buscas sobre cursos<br />
online entre a segunda quinzena de<br />
março e o início do mês de abril.<br />
As aulas online são uma forma de<br />
ocupar o tempo livre durante o isolamento<br />
social e são positivas para aliviar<br />
o estresse e a ansi<strong>ed</strong>ade gerados por<br />
esse momento bastante delicado, que<br />
envolve preocupação com a própria<br />
saúde e a dos familiares, questões econômicas<br />
e insegurança quanto ao futuro.<br />
As novas tecnologias<br />
para os cursos à distância<br />
O crescimento dos cursos e aulas<br />
online só é possível com a tecnologia.<br />
Hoje em dia, há diversas ferramentas e<br />
plataformas que permitem a criação e<br />
a oferta de conteúdos online com mais<br />
facilidade, o que pode incluir videoaulas<br />
e materiais de apoio.<br />
As r<strong>ed</strong>es sociais são exemplos disso<br />
e, além de conteúdos gravados, que<br />
As aulas online são uma forma de ocupar o tempo livre durante o<br />
isolamento social e são positivas para aliviar o estresse e a ansi<strong>ed</strong>ade<br />
gerados por esse momento bastante delicado, que envolve<br />
preocupação com a própria saúde e a dos familiares, questões<br />
econômicas e insegurança quanto ao futuro.<br />
podem ser acessados quando o usuário<br />
desejar, ainda há o formato de vídeos<br />
ao vivo, conhecidos como lives, que<br />
permitem uma maior interação entre<br />
os participantes.<br />
Os softwares para comunicação,<br />
como o Skype e o Zoom, também<br />
são positivos para os cursos online.<br />
O Zoom é uma das ferramentas<br />
que ganhou destaque durante o período<br />
de pandemia. Ela é bastante utilizada<br />
no mundo corporativo para videoconferência<br />
com equipes e profissionais<br />
que estejam em diferentes localidades.<br />
Contudo, tem sido útil para encontros<br />
com familiares e aulas online,<br />
já que permite reuniões virtuais com<br />
até 500 pessoas.<br />
Vari<strong>ed</strong>ade em época<br />
de isolamento social<br />
Além do ensino a distância para<br />
os alunos da <strong>ed</strong>ucação infantil, ensino<br />
médio e universitários, também houve<br />
um acréscimo em aulas virtuais dos<br />
mais variados temas.<br />
Algumas instituições e plataformas<br />
disponibilizaram gratuitamente cursos<br />
para ajudar a população a passar pelo<br />
isolamento social. Além disso, profissionais<br />
especializados aproveitaram a<br />
r<strong>ed</strong>e para dar aulas e conseguir uma<br />
fonte de renda, como professores de<br />
idiomas, personal trainers e instrutores<br />
de yoga.<br />
Praticar aulas online e desenvolver<br />
novas habilidades se tornaram estratégias<br />
significativas para preencher parte<br />
da rotina e manter a saúde mental<br />
em dia em épocas de isolamento social.<br />
Mas esse crescimento de aulas online<br />
pode ser positivo inclusive após<br />
a pandemia, já que permite a aproximação<br />
entre instrutores e alunos, localizados<br />
em qualquer parte do mundo.<br />
Além disso, a maioria das aulas virtuais<br />
pode ser realizada em qualquer<br />
período do dia ou aos finais de semana,<br />
permitindo adaptar o aprendizado<br />
a sua rotina.<br />
FOTOS: FREEPIK E ARTHURHIDDEN/FREEPIK/BE<br />
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M<strong>ed</strong>icina Alternativa<br />
Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 6<br />
HOMEOPATIA EM AÇÃO<br />
M<strong>ed</strong>icamentos homeopáticos vem sendo aliados na prevenção e tratamento de doenças respiratórias<br />
A<br />
Homeopatia é um método de<br />
tratamento criado pelo médico<br />
alemão Samuel Hahnemann,<br />
em 1796, que se fundamenta na Lei dos<br />
Semelhantes citada pelo Pai da M<strong>ed</strong>icina<br />
Hipócrates no ano 450 AC.<br />
Segundo esta lei, os semelhantes se<br />
curam pelos semelhantes, isto é, para<br />
tratar um indivíduo que está doente é<br />
necessário aplicar um m<strong>ed</strong>icamento<br />
que apresente (quando experimentado<br />
no homem sadio) os mesmos sintomas<br />
que o doente apresenta.<br />
A homeopatia reconhece os sintomas<br />
como uma reação contra a doença.<br />
A doença seria uma perturbação da<br />
energia vital e o tratamento homeopático<br />
promove o restabelecimento do<br />
equilíbrio.<br />
Os m<strong>ed</strong>icamentos homeopáticos<br />
são preparados a partir de substâncias<br />
extraídas da natureza, provenientes<br />
dos reinos mineral, vegetal ou animal.<br />
A consulta homeopática se caracteriza<br />
por ser mais demorada e abordar<br />
uma série de sintomas e perguntas<br />
muito abrangentes, cujas respostas vão<br />
nortear o médico homeopata a identificar<br />
o m<strong>ed</strong>icamento “semelhante”.<br />
No Brasil, a Homeopatia é considerada<br />
como especialidade médica<br />
desde 1980, reconhecida pelo Conselho<br />
F<strong>ed</strong>eral de M<strong>ed</strong>icina, e integra as<br />
Práticas Integrativas e Complementares<br />
disponibilizadas no Sistema Único<br />
de Saúde (PICs).<br />
COVID 19<br />
Há registros de uso de Homeopatia<br />
no Brasil há cerca de 200 anos, incluindo<br />
protagonismos em tempos de pandemia,<br />
como a gripe espanhola de 1918.<br />
Na atual pandemia, a comunidade<br />
de homeopatas brasileiros e de muitos<br />
países já identificaram várias substâncias<br />
homeopáticas para prevenção e ajuda<br />
no tratamento do coronavírus.
7 • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />
M<strong>ed</strong>icina Alternativa<br />
Em Santa Catarina, os postos de<br />
saúde da cidade de Itajaí estão disponibilizando<br />
m<strong>ed</strong>icamentos homeopáticos<br />
com o objetivo de melhorar a imunidade<br />
da população. O município e outras<br />
entidades, porém, destacaram que não<br />
se trata de um remédio contra a doença<br />
Covid-19.<br />
O m<strong>ed</strong>icamento, por óbvio, não<br />
substitui nenhuma outra m<strong>ed</strong>ida de<br />
prevenção. Evitar aglomerações e lavar<br />
as mãos com frequência continuam recomendados,<br />
mesmo para quem usar a<br />
Homeopatia.<br />
Hoje, com o nível de metais<br />
pesados que temos no ar, na<br />
terra e na água e com o estilo<br />
alimentar moderno de baixo<br />
teor nutricional, precisamos<br />
desintoxicar e suplementar<br />
os pacientes para que a<br />
Homeopatia possa estimular de<br />
forma mais eficaz as enzimas<br />
do organismo responsáveis pelo<br />
restabelecimento do equilíbrio”<br />
EQUILÍBRIO BIOQUÍMICO<br />
A farmacêutica Márcia Biegelmeyer<br />
trabalha há mais de 30 anos na área de<br />
manipulação de m<strong>ed</strong>icamentos e ao<br />
longo deste tempo pôde ver ótimos<br />
resultados no uso de Homeopatia em<br />
casos agudos, com um rápida resposta<br />
evitando a uma progressão da doença,<br />
e também em casos crônicos, proporcionando<br />
uma melhora na qualidade de<br />
vida das pessoas. “A resposta é potencializada<br />
quando combinada com orientações<br />
nutricionais para que o equilíbrio<br />
bioquímico do corpo se restabeleça<br />
de uma forma mais rápida”, observa.<br />
Márcia acompanha o movimento<br />
do uso da Homeopatia no contexto<br />
da atual pandemia. Segundo ela vários<br />
médicos homeopatas de outros<br />
países estudaram os sintomas da Covid<br />
e elegeram m<strong>ed</strong>icamentos que pudessem<br />
tratar os mesmos. Porém não<br />
em sua totalidade. Por ser uma doença<br />
desconhecida ainda, no Brasil a Soci<strong>ed</strong>ade<br />
de Médicos Homeopatas vem<br />
se aprofundando nos estudos e elencaram<br />
m<strong>ed</strong>icamentos para os estágios<br />
da doença, mas seguem à procura de<br />
um novo m<strong>ed</strong>icamento que possibilite<br />
abranger a maior parte dos sintomas e<br />
proporcionar a prevenção e recuperação<br />
da saúde.<br />
NUTRIÇÃO<br />
Desde que começou a atuar como<br />
médica homeopata há 35 anos, Neiva<br />
Milani percebeu que alguns pacientes<br />
respondiam rapidamente ao tratamento<br />
e outros não. A constatação levou-a<br />
a buscar novas especializações nas áreas<br />
Ortomolecular e Antienvelhecimento.<br />
“Samuel Hahnemann, o criador<br />
da Homeopatia, já apontava no século<br />
XVIII a deficiência nutricional como um<br />
obstáculo à ação do remédio homeopático.<br />
Hoje, com o nível de metais pesados<br />
que temos no ar, na terra e na<br />
água e com o estilo alimentar moderno<br />
de baixo teor nutricional, precisamos<br />
desintoxicar e suplementar os pacientes<br />
para que a Homeopatia possa<br />
estimular de forma mais eficaz as enzimas<br />
do organismo responsáveis pelo<br />
restabelecimento do equilíbrio”, explica<br />
a médica.<br />
Neiva Milani lembra que o cientista<br />
francês Louis Pasteur foi um dos<br />
pioneiros a descobrir, ainda no século<br />
XIX, que doenças eram causadas por<br />
germes. Antes de morrer reconheceu<br />
que o que importa é o terreno, isto é,<br />
a imunidade do hosp<strong>ed</strong>eiro.<br />
E para manter uma boa imunidade,<br />
o pai da M<strong>ed</strong>icina, Hipócrates, ensinou<br />
há mais de 24 séculos: “Seja o alimento<br />
o teu remédio”.<br />
FOTOS: FREEPIK/BE<br />
YVONE CARDOSO<br />
NATUROPATIA CLINICA<br />
ANALISES POR<br />
BIORRESSONÂNCIA<br />
DESINTOXICAÇÃO<br />
METAIS<br />
PESADOS<br />
AGENDE UMA<br />
CONSULTA!<br />
051 9.8308.3581
Matéria de Capa<br />
As lições da<br />
pandemia<br />
Ganhamos um tempo para repensar o<br />
nosso propósito como indivíduos e como<br />
seres em inter-relacionamento social e<br />
com o Planeta. E com ele...<br />
Nossas crianças<br />
precisam de ajuda!<br />
Alimentação, <strong>ed</strong>ucação, segurança,<br />
saúde e lazer, estes são os<br />
direitos fundamentais assinalados<br />
no Estatuto da Criança e do Adolescentes<br />
e defendidos por meio<br />
da Constituição F<strong>ed</strong>eral. É dever<br />
das famílias, da soci<strong>ed</strong>ade e de governos<br />
(seja municipal, estadual ou<br />
f<strong>ed</strong>eral) assegurar esta garantia de<br />
direitos a todas as crianças e adolescentes<br />
do país. Com ênfase nessa<br />
diretriz que precisamos denúnciar<br />
estes casos (confirmados ou<br />
não) de abuso e violência infantil.<br />
A denúncia precisa existir para ser<br />
investigada.<br />
Confira, abaixo, a relação de<br />
órgãos que podem e devem ser<br />
procurados em caso de suspeita<br />
ou de confirmação de agressões físicas<br />
e psicológicas contra crianças<br />
e adolescentes. Estas entidades<br />
atuam em formato de r<strong>ed</strong>e, partilhando<br />
informações e prestando<br />
auxílio em todos os casos.<br />
*Polícia Civil<br />
*Brigada Militar<br />
*Conselho Tutelar<br />
*Escolas<br />
*R<strong>ed</strong>e de saúde<br />
*Creas<br />
*Cras<br />
*Caps<br />
*Ministério Público
Vera Mari Damian<br />
Paciência, resiliência e compreensão<br />
sobre a impermanência<br />
de todas as coisas.<br />
Refletir sobre o ter e o ser.<br />
Descobrir as maravilhas da simplicidade.<br />
Rever nossos hábitos de consumo,<br />
valorar nossas relações e preservar<br />
nossa saúde.<br />
Questionar sobre a terceirização<br />
da <strong>ed</strong>ucação dos filhos.<br />
Cozinhar, aprender a fazer pão e a<br />
ampliar o uso das tecnologias.<br />
Sentir falta de abraços e cuidar de<br />
quem lhe é caro.<br />
Transitar em meio a um baile de<br />
máscaras.<br />
Limpar, lavar, desinfetar.<br />
Se encantar com os golfinhos voltando<br />
a frequentar os canais de Veneza,<br />
com as imagens de animais selvagens<br />
rondando pelas cidades e com o pássaro<br />
tão diferente que pousa e canta no<br />
fio elétrico em frente à sua janela.<br />
Descobrir que as emissões de gases<br />
do efeito estufa r<strong>ed</strong>uziram em 17% por<br />
conta das quarentenas de diferentes países<br />
e constatar que podemos mudar o<br />
rumo ecocida da atual civilização.<br />
Temer pela crise econômica, mas<br />
se espantar com o paradoxo de que<br />
apenas 2.153 pessoas concentram mais<br />
riquezas do que 4,6 bilhões de pessoas<br />
no mundo.<br />
Constatar que nos últimos 30 anos<br />
surgiram cerca de 200 novas doenças,<br />
como o coronavírus, causadas pela relação<br />
pr<strong>ed</strong>atória de exploração de animais<br />
para consumo humano.<br />
Lamentar que a pandemia evidenciou<br />
uma epidemia igualmente vasta de<br />
vírus ideológicos que estavam adormecidos<br />
na nossa soci<strong>ed</strong>ade: fake news, teorias<br />
da conspiração, paranoias, racismo...<br />
Mas também, e acima de tudo, comemorar<br />
a explosão de solidari<strong>ed</strong>ade.<br />
Assumir a responsabilidade individual<br />
e ser protagonista na busca de um<br />
bem-estar coletivo.<br />
Colocar à prova nossa saúde mental,<br />
controlar as emoções, exercer a<br />
empatia e manter a flexibilidade.<br />
Chorar pelas mortes de milhares<br />
de pessoas pelo mundo. Mortes que<br />
poderiam ter sido evitadas.<br />
A lista de aprendizados não tem fim.<br />
E nessa <strong>ed</strong>ição do Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />
convidamos nossos leitores a responder<br />
à pergunta: QUE LIÇÕES APREN-<br />
DO COM ESSA PANDEMIA?<br />
As respostas de pessoas de 22 a 88<br />
anos são reveladoras de um sentimento<br />
de que podemos ser melhores.<br />
E ser melhor pode viralizar.<br />
a<br />
“Aprendi que tudo pode<br />
mudar como num passe de<br />
mágicas. Que a natureza é<br />
perfeita. Que não sentimos<br />
falta do que não falta, até que<br />
falte! Que em um momento de<br />
crise conhecemos realmente<br />
quem somos e todo nosso<br />
potencial, mas também as<br />
nossas sombras.”<br />
>> JOSI MARCOLIN<br />
SOLÉ BICYCLES E FRANK MCKENNA/UNSPLASH/BE<br />
FREEPIK/BE<br />
/SenacEADoficial<br />
@senaceadoficial<br />
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Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 10<br />
odemos viver melhor e com<br />
“P menos, podemos estar no lar<br />
e no trabalho, distâncias evitadas e relações<br />
estreitadas. Aprendemos a conter.<br />
Entender cortes, na guerra. A pandemia<br />
é a 3 guerra mundial e todos estamos<br />
nela”.<br />
JAILZA DOS SANTOS MARTINS<br />
prendo a viver um dia de cada<br />
“A vez e a valorizar pequenas coisas,<br />
como uma comida feita em casa e o ter<br />
tempo para curtir meu filho de 4 anos”.<br />
“Essa pandemia veio para<br />
mostrar-nos, que só o ter, sem<br />
o ser, é ilusório; que é preciso<br />
fazer uma reforma interior, a<br />
partir do autoconhecimento;<br />
que a essência da vida está<br />
na simplicidade, que o seu<br />
significado está na partilha e que<br />
a razão do viver está no amar. ”<br />
>> VOLNEI FLÁVIO SOLDATELLI, 58 ANOS<br />
CRISTIANE, 42 ANOS<br />
eaprendo minha frase favorita:<br />
“R 'aos elogios do mundo, prefiro<br />
os aplausos da minha consciência'.<br />
LEVI, 22 ANOS<br />
uem sabe não conseguimos<br />
“Q até aproveitar para corrigir alguns<br />
graves problemas estruturais? Tomara.<br />
Eu sempre disse que nunca saímos<br />
os mesmos de uma depressão,<br />
mas não necessariamente para pior. Há<br />
coisas que até podemos melhorar depois<br />
de um período como este, da Covid-19.<br />
Talvez seja isso que vai acon-<br />
tecer com a humanidade. Estamos em<br />
uma espécie de depressão coletiva.<br />
Quando renascermos das cinzas, seremos<br />
diferentes - torço para que não necessariamente<br />
piores”. (veja mais no link<br />
no fim da matéria)<br />
SABRINA DIDONÉ, 31 ANOS<br />
stou me observando e observando<br />
o panorama mundial, nunca<br />
“E<br />
visto até então. Concluo que cada um de<br />
nós vive seu processo particular imerso<br />
dentro do contexto maior. O que ajuda?<br />
<strong>Estar</strong> equilibrado holisticamente,<br />
ou seja, emocional, corporal e espiritual<br />
para assentir ao que está acontecendo<br />
nesta pandemia mundial. Eu me sinto<br />
privilegiada e agradecida por ter me<br />
aberto a este aprendizado de estar disponível<br />
para o que tiver que acontecer ”.<br />
(veja mais no link no fim da matéria)<br />
ELIANA BORELLI, 62 ANOS<br />
prendi que tudo pode mudar<br />
como num passe de má-<br />
“A<br />
gicas. Que a natureza é perfeita. Que<br />
não sentimos falta do que não falta, até<br />
que falte! Que em um momento de crise<br />
conhecemos realmente quem somos<br />
e todo nosso potencial, mas também<br />
as nossas sombras. Que há um abismo<br />
dentro de mim, mas também há um paraíso<br />
e que posso passar de um estado<br />
para o outro em segundos. Cada decisão<br />
e atitude podem ser cruciais. Que<br />
podemos ser milagre na vida das pessoas.<br />
Que não há mais espaço em cima do<br />
muro. Que aprendo mais com minha filha<br />
do que ela comigo. Que muita gente<br />
sabe muito na teoria, mas a prática é<br />
bem diferente. Que apesar de tudo, tenho<br />
fé em um mundo melhor!”<br />
JOSI MARCOLIN, 40 ANOS<br />
TIM MARSHALL/UNSPLASH/BE
11 • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />
Matéria de Capa<br />
cho que existem três aprendi-<br />
muito importantes, que<br />
“Azados<br />
juntos podem formar algo novo dentro<br />
de cada um. A primeira delas é a IM-<br />
PERMANÊNCIA das coisas, como as<br />
coisas mudam muito e a todo o instante.<br />
Outra é o DESAPEGO, a necessidade<br />
abrir mão do que não conseguimos<br />
TER ou CONTROLAR e, por fim,<br />
a TRANSFORMAÇÃO, como maneira<br />
de nos reestruturarmos dentro deste<br />
novo normal”.<br />
sse momento da vida tem me<br />
“E ensinado a viver com intensidade<br />
o amor familiar, o amor pela casa e<br />
o cuidado com ela, o amor com as roupas/vestes<br />
que precisam ser higienizadas,<br />
enfim viver de forma consciente e<br />
grata, pois a vida passa rápido. A morte<br />
faz parte. Todos vamos morrer um<br />
dia, mas o risco dela estar tão próxima<br />
gera movimentos diferenciados que nos<br />
movimenta a intensificar cada momento.<br />
Aprendo a todo instante que posso<br />
ser a cada dia mais gentil e carinhosa.<br />
VITOR RODRIGUES, 47 ANOS<br />
uando fechamos o universo<br />
“Q exterior temos que abrir o interior.<br />
O encontro consigo mesmo dependerá<br />
de como somos. Percebemos<br />
o mundo muito mais a partir do que<br />
somos do que como o mundo é”.<br />
ALBERTO BRACAGIOLI, 60 ANOS<br />
omo já desenvolvia minhas atividades<br />
profissionais na for-<br />
“C<br />
ma de tele trabalho e resido só, o isolamento<br />
não me trouxe muitas alterações<br />
de rotina, a não ser pelo fechamento<br />
dos espaços públicos de cultura<br />
e entretenimento que frequento. Sinto<br />
muita falta deles. Durante a pandemia,<br />
reforcei os laços de amizade e tentei<br />
auxiliar, dentro das minhas possibilidades,<br />
as pessoas que necessitam de algum<br />
tipo de apoio.<br />
RUBEM, 46 ANOS.<br />
prendo sobre a importância dos<br />
“A singelos e puros presentes que a<br />
mãe natureza nos oferece generosamente:<br />
ar, sol, árvores, chuva e os animais”.<br />
ELIS, 40 ANOS<br />
pandemia conseguiu exteriorizar<br />
o que há de melhor em al-<br />
“A<br />
gumas pessoas, mas também o que há<br />
de pior em outras. E vi, sobretudo, que<br />
a ciência e a informação séria e verídica<br />
“Acr<strong>ed</strong>ito que uma das<br />
principais lições é o quanto<br />
escolhas individuais podem<br />
ser determinantes na vida<br />
do outro; o quanto uma<br />
ação individual afeta<br />
profundamente o coletivo”.<br />
>> ALESSANDRA, 42 ANOS<br />
pandemia veio nos mostrar o<br />
quanto somos frágeis, o quanto<br />
necessitamos exercitar nossa fraternidade,<br />
o amor ao nosso próximo!<br />
Precisamos praticar o denunca<br />
foram tão necessárias. E a paz de<br />
espírito também”.<br />
MARLEI, 57 ANOS.<br />
ROSEMARI JOHAN, 62 ANOS.<br />
á um velho ditado que diz<br />
“H‘não deixe para amanhã o que<br />
pode ser feito hoje’. Ele é tão óbvio (alguém<br />
garante que estará vivo amanhã?)<br />
que frequentemente ele é deixado um<br />
pouco de lado (não cabe aqui discutir o<br />
porquê). Esta pandemia veio para lembrarmos<br />
de que o nosso tempo é agora,<br />
não amanhã. Tempo é vida!”<br />
“A<br />
LIDIANE, 26 ANOS<br />
a<br />
JCOMP/FREEPIK/BE<br />
Dica de
Matéria de Capa<br />
Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 12<br />
“Eu percebo este período,<br />
como todo período de crise,<br />
de dificuldades, de ameaça<br />
à zona de conforto, como<br />
sendo de oportunidades.<br />
Oportunidade de mudança<br />
pessoal, oportunidade de<br />
novo negócio, de crescimento,<br />
enfim, oportunidade de algum<br />
aprendizado para a vida”.<br />
>> MARIO, 48 ANOS “A<br />
sapego aos bens materiais e dar valor ao<br />
que realmente importa. E nunca, jamais<br />
esquecer o quanto Deus é bom e justo!<br />
O mal não foi criado por Ele e sim pelo<br />
nosso atraso moral! Estamos na época<br />
da colheita... Esse vírus invisível que nos<br />
ataca quer chamar nossa atenção para o<br />
respeito às leis soberanas. Ao meu ver,<br />
só com o exercício fraterno de apoio<br />
mútuo que a humanidade vencerá o vírus!<br />
Esse é um tempo de avaliar o que<br />
realmente importa em nossas vidas!”<br />
MIRIAM, 63 ANOS<br />
prendi que o mundo nunca<br />
mais será o mesmo e que, para<br />
seguir em frente, será preciso ressignificar<br />
muitas coisas, a começar pelo nosso<br />
mindset. Aprendi a rever a forma como<br />
levava a minha vida, como me comunicava,<br />
como geria o meu tempo e como<br />
me relacionava. Aprendi a viver de maneira,<br />
ainda, mais sustentável". (veja mais<br />
no link no fim da matéria).<br />
LENORA SANTOS, 50 ANOS<br />
into que uma das grandes lições<br />
“S que estou tendo é a de abrir<br />
mão de projetos previamente estabelecidos<br />
e me abrir para viver o que a vida<br />
me oferece neste momento, mesmo<br />
sem nenhuma segurança em relação ao<br />
futuro, continuar tendo esperança, fé e<br />
confiando na benignidade da vida. Outra<br />
grande tomada de consciência está<br />
sendo em relação ao quanto minhas atitudes<br />
individuais, responsáveis ou irresponsáveis,<br />
afetam o todo, contribuindo<br />
para melhorar ou agravar a crise. Então,<br />
tenho conscientemente escolhido colaborar<br />
com o bem comum”.<br />
GINA RAQUEL MARTIN, 59 ANOS<br />
iver cada dia um dia. Sem perder<br />
a esperança e o sorriso no<br />
“V<br />
rosto. Toda crise tem um início, meio<br />
e fim. E essa também irá terminar. Mas<br />
como não sabemos quando, temos que<br />
viver com ela e fazer nosso melhor.<br />
Inovar, cuidar das pessoas que estão ao<br />
nosso r<strong>ed</strong>or. Todos esforços para continuarmos<br />
respirando quanto ser humano<br />
e empresa. Seguir multiplicando<br />
luz e amor no mundo.<br />
VERÔNICA, 31 ANOS<br />
ssa pandemia veio ressaltar a<br />
“E diferença entre ‘ter’ e ‘ser’. A<br />
maioria de nós, anseia ter. Ficou provado<br />
que não somos nada”.<br />
IVAN, 88 ANOS<br />
prendi e estou aprendendo a<br />
“A me valorizar, cuidar mais de<br />
mim para então poder cuidar do próximo”.<br />
CINTIA, 39 ANOS<br />
VERA MARI DAMIAN é jornalista e ambientalista.<br />
LEIA MAIS.<br />
Mais depoimentos dos<br />
aprendizados durante<br />
a pandemia<br />
você encontra no portal<br />
nossobemestar.com<br />
FREEPIK/BE
13 • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />
Como proteger seu animal no inverno<br />
Mantenha a saúde do mascote em dia, nesta estação tão fria, tomando alguns cuidados simples. Leia e faça.<br />
©ISTOCKPHOTO.COM/NIKOLAY POZDEEVS<br />
“Os donos devem ficar atentos<br />
e tomar alguns cuidados para<br />
proteger o animal de doenças<br />
respiratórias, típicas do inverno”.<br />
Quando a temperatura<br />
começa a baixar, não<br />
são só os humanos que<br />
sentem frio e precisam de proteção,<br />
os animais também. Os<br />
mais afetados são os de pelagem<br />
curta, pois têm menos<br />
proteção natural.<br />
Os donos devem ficar<br />
atentos e tomar alguns cuidados<br />
para proteger o animal<br />
de doenças respiratórias,<br />
típicas do inverno.<br />
Caso da gripe canina<br />
ou tosse dos canis,<br />
conhecida tecnicamente<br />
por taqueobronquite<br />
infecciosa canina.<br />
Animais com gripe<br />
canina apresentam<br />
tosse<br />
seca aguda, seguida por movimentos que<br />
lembram os de vômito e engasgo. A doença<br />
é contagiosa, sendo transmitida de um<br />
animal a outro pelo simples contato. Por<br />
esse motivo, cães que frequentam ambientes<br />
com grande concentração de animais,<br />
como por exemplo, parques, hotéis e clínicas<br />
veterinárias, estão mais propensos a<br />
adquirir a doença. Fique atento aos sintomas<br />
e procure o veterinário<br />
de sua confiança em<br />
caso de suspeita.<br />
Importante:<br />
Como prevenir é<br />
o melhor remédio,<br />
os hospitais<br />
e clínicas veterinárias<br />
dispõem de uma<br />
vacina contra a gripe<br />
canina. Vacine o seu cão!<br />
DICAS PARA UM<br />
INVERNO TRANQUILO<br />
• Não deixe seu cão em ambientes<br />
úmidos e próximos a correntes de vento.<br />
Ninguém gosta de passar frio, não é mesmo?<br />
• A temperatura caiu um pouco, mas<br />
não deixe de passear com o seu animal. Ele<br />
precisa disso. Dê preferência para os dias e<br />
horários mais quentes.<br />
• Roupas, lenços e cachecóis são bem-<br />
-vindos, principalmente para animais de pelagem<br />
curta. Mas, lembre-se de escolher a<br />
numeração correta para o seu animal, para<br />
que ele não se sinta ‘amarrado’.<br />
• Não se esqueça, também, de seu<br />
lugar de dormir. Manter o animal aquecido<br />
em períodos frios é muito importante.<br />
Um cantinho bem quentinho para dormir é<br />
tudo de bom.<br />
• Evite banhos em dias muito frios e<br />
diminua a frequência de banhos no inverno.<br />
• Mantenha a pelagem do animal mais<br />
comprida no inverno, evitando tosas muito<br />
baixas. Esta é a proteção natural que<br />
ele tem.
CANELA<br />
FERNANDA MENDES RIBEIRO<br />
Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 14<br />
COMPARTILHANDO OLHARES, SABERES E EXPERIÊNCIAS<br />
Externar é preciso,<br />
mas com responsabilidade!<br />
A nova ordem natural<br />
provoca atitudes renovadas,<br />
pensamentos, estímulos,<br />
fundamentos e porque não incluir<br />
até experiências sensoriais?!<br />
O momento também<br />
exige introspecção. Realinhamento<br />
de nossas energias e<br />
equilíbrio para, sim, ‘sobreviver’<br />
diante desta austera realidade<br />
imposta.<br />
Mesmo já consciente de<br />
nossas próprias convicções,<br />
ainda assim somos vulneráveis<br />
a toda recepção de carga<br />
e força externas que se abate<br />
sobre nós. Não tenho dúvida<br />
que em maior ou menor<br />
grau, somos suscetíveis ao<br />
que identifico como “interferências”.<br />
A própria técnica<br />
Reiki, prática que usa a transmissão<br />
de energia para o corpo<br />
por meio da imposição das<br />
mãos, adota de forma positiva<br />
esta conexão com eficiência,<br />
seguindo a mesma lógica.<br />
Mas não é só isso. Mais<br />
que uma prece, intercessão<br />
ou qualquer ritual que venhamos<br />
à mentalizar – para bons<br />
ou maus momentos –, invocamos<br />
energias que extraímos<br />
de nossa essência. Codificamos<br />
ideias, pensamentos,<br />
reflexões que mais adiante,<br />
poderá ser expresso na<br />
forma verbal ou até se materializar.<br />
E, seja como for, impactará<br />
nas pessoas ou deixará<br />
alguma impressão. Por isso<br />
sempre reforço que palavras<br />
também transmitem energias.<br />
E que repito: para o bem ou<br />
para mal. Portanto, acima de<br />
tudo, responsabilidade no que<br />
exteriorizamos.<br />
Este fluxo da internalizar<br />
ou externar está muito ligado<br />
a nossa motivação ou estado<br />
emocional. E interliga-se<br />
com o ambiente<br />
onde nos situamos.<br />
Como o próprio novo<br />
Coronavírus forçou o<br />
distanciamento social e,<br />
por consequência, voltarmos<br />
para a nossa individualidade,<br />
precisamos<br />
exercitar mais do<br />
que nunca o espírito de<br />
coletividade e utilizando<br />
do atual subterfúgio<br />
propagado pelo conceito<br />
de empatia, aplicar<br />
não só em nossas trajetórias<br />
neste plano, mas<br />
para quem nos cerca.<br />
Claro de forma correta,<br />
no momento certo e<br />
adequado.<br />
Sugiro ao leitor, a título<br />
de conhecimento, um<br />
aprofundamento de relatos<br />
em torno dos conceitos<br />
quânticos, que emanam saltos<br />
de emissão ou absorção<br />
de energia, e que ganham forma<br />
a partir do advento da<br />
pandemia. Em meio a essa enxurrada<br />
de notícias oficiais e<br />
tão ruins que avassalam e nos<br />
contaminam, muitas vezes influenciando<br />
nosso estado de<br />
espírito, sempre é bom sorver<br />
de outras fontes.<br />
Sem teorizar aqui, só compartilho<br />
neste ensaio, o que<br />
na prática muitos adotam em<br />
suas vidas ou já é de conhecimento.<br />
Para provocar novas<br />
reflexões e proporcionar<br />
por aqui, um canal de interlocução.<br />
Para abrir caminhos<br />
e traçar novos rumos. Deixo<br />
aqui o mantra entre vários<br />
ideais que uso para mim: ‘a felicidade<br />
não é um destino, e<br />
sim a forma como se faz a viagem!<br />
Fernanda Mendes Ribeiro<br />
Advogada com especialização em<br />
direito empresarial e negócios internacionais,<br />
membro do Conselho da<br />
Mulher Advogada PoA/RS e idealizadora<br />
do Essência Feminina Empreend<strong>ed</strong>orismo<br />
@Fernanda.mendesribeiro
15 • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />
GRAMADO<br />
ADRIANA SILVEIRA<br />
COMO ENTENDER AS PEDRAS<br />
Já contei aqui que gosto muito de estar<br />
na natureza. Isso começou quando<br />
passei a acompanhar meu marido,<br />
que pratica pesca esportiva, por<br />
lugares incríveis em que a natureza reina<br />
absoluta. Dia desses voltei no tempo<br />
e lembrei o quanto gostava de ir na casa<br />
da avó Olímpia (mãe do meu pai), tudo<br />
porque percorríamos um caminho diferente.<br />
Saíamos do bairro Planalto e íamos<br />
por uma trilha em meio à mata até bairro<br />
Pórtico. Eu e meu irmão corríamos caçando<br />
borboletas e descobrindo cada p<strong>ed</strong>acinho<br />
novo da “aventura”. Quando se<br />
é criança tudo tem uma dimensão maior<br />
e naquela época então... muito mais. Minha<br />
mãe sempre dava um jeito de fazer a<br />
gente se divertir no dia de visitar a “vó”.<br />
Fiquei feliz em relembrar disso, pois<br />
confirma que eu sempre tive essa conexão<br />
com o que é simples e incrivelmente<br />
belo. Correr pelo mato contando os<br />
passos para sentir o cheiro do café com<br />
bolinho de chuva mais gostoso do mundo<br />
ainda seguiria no meu trend topics de<br />
felicidade se ela estivesse viva. Recordações<br />
que se transformam em aprendizados.<br />
As andanças pela natureza têm me<br />
ensinado muito. Talvez porque para haver<br />
conexão é preciso aquietar e observar.<br />
No dia a dia pouco se observa<br />
e ouve. As pessoas escutam já pensando<br />
na resposta (melhor) que vão dar. Em<br />
nossas incursões pelos rios (brasileiros e<br />
argentinos, especialmente) meu marido<br />
pesca eu fotografo. Para acompanhá-lo<br />
é preciso ter disposição, são vários quilômetros<br />
em<br />
trechos que<br />
muitas vezes<br />
parecem impossíveis<br />
de<br />
serem vencidos.<br />
Da mata<br />
fechada eu<br />
já não tenho<br />
mais m<strong>ed</strong>o.<br />
As galochas<br />
me protegem<br />
e eu adoro<br />
sentir o<br />
cheio das flores<br />
do campo,<br />
do eucalipto,<br />
da macela. Descobri que adoro um<br />
trekking! Ah, e tem também a hora do piquenique,<br />
que foi instituído por mim e é<br />
um momento em que relaxamos e curtimos<br />
juntinhos paisagens incríveis.<br />
Mas atravessar os rios é algo que eu<br />
ainda estou aprendendo. Rios de pesca<br />
esportiva são, em sua maioria, rasos e<br />
não apresentam riscos. Mas é necessário<br />
ter uma habilidade ímpar para chegar ao<br />
outro lado da margem: é preciso entender<br />
as p<strong>ed</strong>ras. Entender as p<strong>ed</strong>ras é saber que<br />
elas estão lá aos milhares, de todos os tamanhos<br />
e formas. A água que corre entre<br />
elas adiciona<br />
um efeito<br />
especial, o<br />
limo, deixando-as<br />
lustrosas,<br />
muito lisas.<br />
Como<br />
passar sem<br />
cair?<br />
Eu já encarei<br />
as p<strong>ed</strong>ras<br />
do rio<br />
como um<br />
obstáculo. Já<br />
cai na água<br />
gelada e fiquei<br />
com raiva.<br />
Com o tempo passei a rir da minha falta<br />
de habilidade. Hoje eu encaro o rio de<br />
uma maneira diferente. Eu acolho, aceito<br />
cada p<strong>ed</strong>rinha que está ali. Antes eu queria<br />
passar ligeiro, ficava aflita com aquele<br />
momento, pisava em qualquer p<strong>ed</strong>ra sem<br />
prestar a atenção, e por isso caia.<br />
O Mateus me dizia “vai com calma,<br />
olha as p<strong>ed</strong>ras, depois escolhe em qual vai<br />
pisar”. Então eu comecei a perceber que<br />
era isso que faltava. Olhar para o rio, entender<br />
o movimento da água. Perceber<br />
que nem sempre a p<strong>ed</strong>ra grande é a mais<br />
segura. P<strong>ed</strong>ras menores bem acomodadas<br />
no fundo do rio são uma base mais segura<br />
de sustentação.<br />
Quando olhei para aquele desafio<br />
com inteligência encontrei a resposta. E<br />
comecei a atravessar sem cair na água.<br />
Compreendi que era preciso entender o<br />
papel de cada um, aceitar o que cada p<strong>ed</strong>ra<br />
tem a oferecer, agradecer e seguir o<br />
meu caminho.<br />
Creio que todos nós estamos sempre<br />
fazendo uma travessia. Seja no âmbito<br />
pessoal ou profissional, sempre haverá<br />
p<strong>ed</strong>ras pelo caminho. Elas podem nos<br />
fazer cair ou podem nos sustentar para<br />
chegarmos à outra margem. Só depende<br />
de como nós lidamos com elas.<br />
Adriana Silveira<br />
Jornalista - Gestora de Marcas<br />
Se você quer conversar comigo<br />
eu estou no<br />
fone: 54 98122.2593<br />
e.mail: adriana@adrianasilveira.com<br />
site: adrianasilveira.com
CAMPANHA SOLIDÁRIA<br />
SOU TETEO E TENHO 8 MESES<br />
Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 16<br />
Meu nome é Natália Benavides,<br />
sou médica veterinária<br />
e resido atualmente<br />
em Gramado/RS.<br />
Estou aqui como porta voz de<br />
um bebê muito especial, Matteo<br />
Schmitz Piccin Jardim .<br />
Vou deixar que ele conte um<br />
resumo da sua história para vocês!<br />
SOU TETEO!<br />
TENHO 8 MESES ....<br />
“Oi!<br />
Meu nome é Matteo Schmitz<br />
Piccin Jardim, todos me chamam<br />
de Teteo. Nasci no dia 30 de setembro<br />
de 2019, em Porto Alegre/<br />
RS. Enquanto eu estava na barriga<br />
da minha mãe estava tudo muito<br />
bem, sem nenhuma complicação;<br />
ah, e os exames do pré-<br />
-natal estavam todos “ok”.<br />
A primeira surpresa<br />
que meus pais tiveram<br />
foi o diagnóstico de Síndrome<br />
de Down. Sim,<br />
meus pais só souberam<br />
quando eu nasci, mas<br />
a alegria de todos em<br />
me ver era algo muito<br />
maior! Meus pais e<br />
nossos familiares estavam<br />
tão felizes com<br />
a minha chegada!<br />
Claro que a rotina<br />
dos meus pais iria mudar<br />
um pouco, e já em<br />
casa nós começamos a<br />
nos conhecer melhor,<br />
adaptar as nossas vidas! Eu<br />
recebi várias visitas e muito<br />
amor de todos! Com alguns<br />
dias de vida veio a segunda surpresa<br />
para meus pais e para mim:<br />
comecei a apresentar sérias dificuldades<br />
respiratórias e minha capacidade<br />
motora não estava evoluindo<br />
como deveria. Foi depois<br />
de uma crise respiratória grave<br />
que precisei ser internado na UTI<br />
Neonatal por 57 dias (um tempão,<br />
né?! Eu sei!).<br />
Meus médicos estavam bastante<br />
preocupados, porque o meu<br />
quadro clínico os levava a pensar<br />
na possibilidade de eu ter outra<br />
doença concomitante com a Síndrome<br />
de Down. Após exames<br />
e testes a resposta chegou: sou<br />
portador da doença AME (atrofia<br />
muscular espinhal) uma doença genética<br />
rara, e eu possuo a do tipo<br />
I, a mais agressiva.<br />
Para explicar melhor vou listar<br />
algumas informações:<br />
SOBRE A AME<br />
(ATROFIA MUSCULAR<br />
ESPINHAL)<br />
- É uma doença neuromuscular<br />
caracterizada por degeneração<br />
e perda de neurônios motores da<br />
m<strong>ed</strong>ula espinhal e do tronco cerebral;<br />
- Causa fraqueza muscular progressiva<br />
e atrofia;<br />
- É uma das doenças mais letais<br />
na infância;<br />
- Afeta 1 a cada 10 mil recém-<br />
-nascidos, podendo levar à morte<br />
ou exigir o uso de aparelho de respiração<br />
artificial;<br />
· Talvez eu seja o único portador<br />
de Síndrome de Down e AME<br />
no mundo!<br />
- Ficamos sabendo<br />
de<br />
uma m<strong>ed</strong>i-<br />
cação<br />
que pode<br />
me ajudar, e<br />
muito! O nome dela é<br />
Zolgensma (nome é um pouco estranho,<br />
mas você se acostuma).<br />
SOBRE A ZOLGENSMA:<br />
- Desenvolvida pelo laboratório<br />
Novartis;<br />
- É uma terapia genética (um vírus<br />
transporta uma proteína para<br />
dentro das células motoras, corrigindo<br />
o DNA afetado, uma cura<br />
genética nos casos de tipo 1 (meu<br />
tipo).<br />
- Deve ser administrada até os<br />
2 anos de idade! Detalhe, já estou<br />
com 8 meses!!<br />
- Os tratamentos ainda não<br />
são capazes de recuperar os neurônios<br />
motores que foram perdidos,<br />
mas possibilita que nós, crianças<br />
que não andam e mal conseguem<br />
respirar sozinhas ganhem de<br />
volta a plena capacidade muscular<br />
e uma vida sem limitações.<br />
- O custo dela é de US$ 2,1<br />
milhões – sendo, hoje, a mais cara<br />
do mundo! (Pois é, o valor é este<br />
mesmo! Não estou mentindo).<br />
Assim que meus pais e meus familiares<br />
compreenderam toda a situação<br />
logo foi dado início a diversas<br />
ações, para arrecadar dinheiro<br />
e divulgar minha história. Isso<br />
mesmo, não pense que eles ficaram<br />
sentados chorando por causa<br />
do valor da m<strong>ed</strong>icação, não, não,<br />
não! Junto com<br />
um exército<br />
de<br />
amigos,<br />
familiares e<br />
pessoas do<br />
bem, meus<br />
pais começaram<br />
uma<br />
busca diária<br />
com uma<br />
única finalidade:<br />
conseguir<br />
a Zolgensma!<br />
Se você<br />
está lendo<br />
esta mensagem<br />
já deve<br />
estar desconfiando né, sim eu gostaria<br />
de ter você junto nesta luta,<br />
pois quanto mais pessoas envolvidas<br />
maiores são as chances de<br />
conseguirmos alcançar nosso objetivo!<br />
Atualmente sigo hospitalizado<br />
no Hospital Moinhos de Vento em<br />
Porto Alegre, onde passei quase<br />
dois meses na UTI, e hoje já estou<br />
no quarto, respirando com a ajuda<br />
de aparelhos. Neste meio tempo,<br />
meus pais conseguiram, através<br />
de uma ação judicial, que o nosso<br />
plano de saúde pagasse as doses<br />
da m<strong>ed</strong>icação Spinraza (ela auxilia<br />
para que a doença não evolua).<br />
Já recebi três doses iniciais, e<br />
os médicos dizem que é um “protocolo<br />
de ação”, recebo uma dose<br />
por mês e segundo eles, a partir<br />
da 4ª dose vou mostrar uma evolução!<br />
Mas como eu tenho muita<br />
vontade de melhorar e me esforço<br />
muito, já estou mostrando alguns<br />
sinais positivos: já mexo um pouco<br />
meus d<strong>ed</strong>inhos e minha cabeça<br />
(principalmente quando minha mamãe<br />
fala comigo!).<br />
Meus pais criaram uma Vaquinha<br />
virtual, “ação entre<br />
amigos” presencial e virtual,<br />
temos quatro contas bancárias<br />
disponíveis para doações.<br />
Estamos arrecadando<br />
itens para fazer<br />
um leilão virtual (já temos<br />
camisetas autografadas<br />
por jogadores<br />
de futebol, até o<br />
titio Cristiano Ronaldo<br />
doou uma!!). Tenho<br />
Instagram, Facebook<br />
e várias pessoas<br />
compartilhando minha<br />
história!<br />
Toda e qualquer<br />
forma para me ajudar é<br />
muito bem-vinda!! Caso<br />
queira me ajudar entre em<br />
contato com o fone (54) 9<br />
9616 2615 ou mvbena84@<br />
gmail.com com minha titia Natalia<br />
Benevides que esta lutando pela<br />
minha vida .<br />
Rezem muito por mim e pelos<br />
meus pais, precisamos de muita<br />
energia positiva ao nosso r<strong>ed</strong>or!<br />
Um grande beijo do Teteo!”.