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REVISTA SEGURO É SEGURO

Mercado já oferta seguro

com vigência reduzida

Seguradoras começam a ofertar novas modalidade de seguros. É possível

contratar por um determinado tempo e não só por um ano, que é a prática

mais comum atualmente. A contratação pode ser feita por minutos, horas, dias

e meses. Ou para um determinado trajeto ou situação. Confira na página 7.

1

Veja também:

Veja artigo do advogado Luiz Carlos Checozzi, na Coluna Direito &

Seguro, sobre o risco de contratar seguro por meio de associações

de proteção veicular. Página 12.

Levantamento mostra que só 18% das mulheres estão envolvidas

em acidentes fatais. Página 14.

Só três estados têm aumento no número de veículos furtados ou

roubados durante a pandemia. Página 19.

Confira as Dicas de Segurança para ficar sempre seguro. Página 20.


2


Não solte balões.

Não é seguro!

3


4 Estamos na metade do ano. Seis meses se passaram, desde que

fizemos planos para um 2020 que nascia. Os dois primeiros meses seguiam

a rota normal, até que nos esbarramos em março, quando tudo

começou!

A partir de então nossas atenções se voltaram para o novo coronavírus

e o mundo parece ter ficado de pernas para o ar. De repente

palavras como pandemia, covid-19, quarentena e inúmeras outras começaram

a fazer parte do nosso vocabulário de todos os dias.

Agora, três meses depois, ainda navegamos em águas revoltas,

com novidades surgindo todos os dias. Dias esses que passaram a ser de

máscaras, de lavagens contínuas de mãos e de generosas borrifadas de

álcool em gel.

Já começamos a ver, nos telejornais, como será a nova era, pós

pandemia. E, muitas vezes, nos assustamos com o que nos espera. Mas

tenhamos calma. Vamos viver um dia de cada vez. E torcer para que

tudo melhore!

Que as informações desta edição lhe ajudem de alguma maneira.

Boa leitura!

Helio Marques

Editor


Revista Seguro é Seguro

Uma publicação independente da Nota 10 Produções.

Para falar com a redação escreva para

revistaseguroeseguro@gmail.com.

Ou ligue para (41) 99844-3677.

Jornalista Responsável

Helio Marques - MTb 2524

Revisão

Andrea Marques

Projeto Gráfico

Marcelo Lise

5

Diagramação desta edição

Giulia Marques

Fotos

Equipe Nota 10/Pixabay

Enviada para 100.000 e-mails e divulgada nas redes sociais

Contato para publicidade helio@nota10.com.br ou (41) 99844-3677


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REVISTA SEGURO É SEGURO


REVISTA SEGURO É SEGURO

Já dá para fazer seguro por

horas, dias e poucos meses

Fazer seguro de automóvel ou outro

tipo de veículo para um ano todo é o modelo

mais comum praticado pelas seguradoras no

Brasil. Porém, essa realidade já está mudando.

Hoje é possível fazer seguro e só pagar pelo

tempo que realmente correr algum risco, como

quando estiver rodando pelas ruas, avenidas e

estradas. E não quando estiver em segurança,

na garagem.

Esse novo modelo, que foi autorizado a

funcionar no país em agosto de 2019, por meio

da Circular 592 (veja no final da página 9 link

para o documento), que permitiu a customização

de planos de seguros com vigência reduzida

de contrato e período intermitente.

Se você for até o dicionário e procurar

o significado desta palavra - intermitente - vai

descobrir que é tudo que para e recomeça,

após intervalos.

Para especialistas, é um sistema interessante.

O professor José Antonio Menezes

Varanda, coordenador dos cursos de graduação

da Escola de Negócios e Seguros (ENS), acredita

que o modelo possa atrair cada vez mais interessados.

Em sua opinião, agora,

com a pandemia, quando

muitos segurados estão

procurando formas

de reduzir o valor do seguro,

esse novo modelo

“já poderia ter vingado”.

A questão é que poucas

seguradoras têm o produto

para oferecer neste

momento.

Desde que a

José Varanda é professor

da Escola de Negócios e

Seguros.

Superintendência de Seguros Privados (Susep)

autorizou a novidade, no ano passado, as

seguradoras começaram a esboçar os modelos

que poderiam ser ofertados. “Acredito que seja

porque há muitas dúvidas, relacionadas à precificação

e enclausulados”, observa o professor,

para justificar a pouca oferta do mercado. Para

Varanda, falta segurança jurídica para as companhias

colocarem o produto na prateleira.

Há dois modelos que devem ser definidos

pelas seguradoras como sendo os mais

utilizados. Um deles é o liga-desliga. Para você

entender melhor, é como a luz da sua casa. A

rede elétrica está lá, à sua disposição, mas você

pagará, ao final de um período, pelo consumo

que teve. Ligou o interruptor ou ligou um

equipamento, consumiu. Desligou, desligou a

cobertura. Simples assim. Há também a previsão

de uma assinatura básica.

Tudo deve ser feito por meio de aplicativos

específicos. Através deles, o usuário poderá

ligar e desligar a cobertura do seguro de carro.

Ao fim do mês, pagará pela assinatura e pelo

tempo em que a manteve ativada.

O outro modelo que também deve se

tornar bem comum é o pay per use, ou pague

por uso. Este modelo, de vigência reduzida, é

parecido com o liga-desliga, mas um pouco

mais complexo. O proprietário de um veículo,

por exemplo, que o utiliza apenas algumas

vezes na semana poderá contratar o seguro

somente para esses dias. Nos outros, em que

ficará na garagem, não precisará do seguro.

7


REVISTA SEGURO É SEGURO

Produto oferta flexibilidade,

mas custo requer atenção

8

Um ponto interessante

do seguro intermitente é sua flexibilidade,

que permite a criação

de inúmeros modelos de seguro

de carro. Por exemplo, o seguro

pode ser feito especificamente

para vigorar só durante uma viagem

ou um determinado trajeto.

As variações são as mais

diferentes possíveis. A depender

do perfil de uso do veículo, a novidade

pode ser mais interessante

que o seguro anual. Em outros

casos, a cobertura convencional

será a melhor opção, e isso vai

depender do tempo de ativação

da cobertura.

De acordo com o professor

da Escola de Negócios e Seguros,

José Antonio Menezes Varanda,

quando o seguro de carro

anual é contratado, ele vai cobrir

o veículo por períodos de risco

menores e maiores dentro desse

ano. Assim, o valor da cobertura

será proporcional a todos esses

riscos. “Quando o usuário contrata

um seguro apenas para um

período de maior risco, como é o

caso do intermitente, seu custo

tende a ser proporcionalmente

maior”, ressalta Varanda.

O professor observa que

já há seguros que funcionam

de forma parecida com o novo

intermitente, como nas áreas da

aviação e marítima. “Há seguros

específicos para quando o avião

está em solo, no hangar, ou o

navio sem navegar”, explica. Há

ainda o seguro viagem, que é

contratado somente para um

determinado período.

Para Varanda, o intermitente

pode atrair um novo

consumidor, que não tinha o

hábito de consumir seguro. Em

sua opinião, o interesse pode se

dar para outros tipos de seguros

intermitentes, como de vida,

residencial ou celular, dentre

outros.

Muitos podem querer continuar no modelo tradicional,

com a segurança ofertada por um corretor

O Diretor Executivo do Sindicato das

Seguradoras de São Paulo, Fernando Simões,

diz que, nesse momento, é difícil saber se o

produto cairá no gosto do consumidor. Para

ele, muitos poderão querer continuar com

o seguro anual, no modelo tradicional, pois

irão preferir contratar uma cobertura e não se

preocupar por um ano, como é hoje, deixando

o seu corretor de seguros cuidar de tudo.

“Existe espaço para produtos de necessidades

momentâneas, como o seguro viagem. Nesse

tipo de produto podem surgir outros que

despertem interesses ou cubram necessidades

mais específicas”, diz.

Para Simões, o novo modelo pode

ajudar a atrair novos consumidores mas, para

ele, isso não será preponderante. “Para isso a

cultura do seguro tem que ser despertada”, diz.

O diretor ressalta também que a

pandemia pode auxiliar na divulgação do

novo modelo, mas observa que isso deve

ocorrer com os demais produtos de seguros.

“As pessoas estão mais atentas com os riscos

que ocorrem e desejam para isso a proteção

do seguro. Hoje no meio da pandemia, com

certeza as pessoas pensam mais no seguro

como instrumento importante de proteção”,

observa.


REVISTA SEGURO É SEGURO

Para Susep, produto acompanha

as novas tecnologias

Na avaliação do Coordenador-Geral de

Supervisão de Seguros Massificados, Pessoas

e Previdência da Superintendência de Seguros

Privados (Susep), Eduardo Santos Rente, o

seguro intermitente e o de vigência reduzida

são inovações que chegam junto com as novas

tecnologias.

Rente explica que qualquer seguradora,

devidamente registrada no órgão, pode ofertar

o produto. Não há necessidade de uma autorização

específica.

Apesar de o seguro de auto ser o mais

comum, a autorização existe também para as

seguradoras que queiram ofertar o intermitente

em outras áreas. Para Rente, a oferta vai depender

da criatividade e interesse das companhias

para segmentos como vida e residencial,

além de diversas outras.

Um exemplo de intermitente para o

segmento residencial é que é possível fazer o

seguro para quando se vai viajar e ficar fora de

casa. O seguro viagem já funciona de forma

semelhante, pois se contrata especificamente

para o período que estará fora.

A autorização para esse tipo de negócio

vai completar um ano em

agosto. É ainda muito novo e

desconhecido do público. A

tendência, porém, é crescer

com o passar dos

anos.

Uma possível

maior busca do

consumidor por

esse tipo de

produto pode

fazer com que

mais companhias

passem a

ofertá-lo.

“O consumidor

pode funcionar

como uma

mola-propulsora”,

acredita.

Rente também

acrescenta que

a pandemia poderá

contribuir

Eduardo Rente, da Susep.

para maior disseminação deste novo produto,

pois recursos financeiros mais escassos podem

fazer com que pessoas busquem um tipo

de seguro mais em conta. “Embora isso possa

ser uma constatação um tanto quanto difusa,

muitos podem pensar coisas como ‘nessa quarentena

meu carro ficou mais na garagem que

na rua, então talvez seja melhor procurar por

um seguro mais adequado a esta nova realidade”,

comenta, destacando que o momento está

fazendo muitos refletirem sobre isso.

Rente diz que a Susep não traçou

nenhuma expectativa quanto ao interesse de

seguradoras e público para este produto, mas

que a intenção era sim a de ofertar um produto

com mais possibilidades às pessoas. “É um

produto que evoluirá com o tempo”, acredita.

Para o Coordenador é possível que o

público jovem, adepto às novas tecnologias,

possa vir a se interessar mais pelo intermitente.

“Mas pode chegar a todas as faixas, à medida

que ficar mais conhecido, corriqueiro”, diz.

9

Veja aqui a íntegra da Circular 592.


REVISTA SEGURO É SEGURO

Para corretor, intermitente ainda

é pouco conhecido

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Dilamar Santini é corretor de

seguros em Francisco Beltrão.

O corretor de seguros Dilamar Santolin

Santini, da cidade de Francisco Beltrão, no

Sudoeste do Paraná, acredita que o seguro

intermitente pode decolar com o tempo, mas

assegura que hoje ainda é um produto pouco

conhecido do público e, também, dos próprios

corretores.

Para ele, que também é advogado e

integra a Comissão de Direito Securitário da

OAB-PR em Curitiba, como secretário, ainda falta

muita informação sobre o funcionamento do

seguro, para que possa ser comercializado com

segurança, tanto para o corretor quanto para o

segurado.

Santini acredita que isso virá com o tempo

e o interesse do público, já que hoje até as

seguradoras ainda estão engatinhando no processo

de oferta desse produto. “Existem muitos

pontos obscuros e que precisam de regulamentação”,

afirma.

Outro ponto destacado pelo corretor

é que o intermitente pode atrair mais pessoas

interessadas em seguros, que hoje ainda estão

fora desse mercado, por inúmeras razões, inclusive

custos.

Ele também acredita que o público mais

jovem pode ser o que irá despertar mais interesse

pelo intermitente,

já que o

mais tradicional

prefere a venda

consultiva. “A

tecnologia facilita,

mas é algo mais

frio e muitas pessoas

preferem tirar

as dúvidas olho no

olho”.

Santini diz

que sua corretora

registrou crescimento

de 29% entre abril e maio, em relação a

2019. A empresa tem matriz em Beltrão e está

presente em diversos estados, como Paraná,

Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e

Rio de Janeiro, por meio de franquias, totaliza

cerca de 20 mil clientes, mas no momento não

possui nenhum seguro intermitente na carteira.

“A procura ainda é muito pequena”, justifica.

O que há, segundo ele, é um projeto

com uma transportadora da região, para contratação

de seguros intermitentes de vida para

motoristas, durante o período de viagem. “Estamos

estudando, analisando essa possibilidade”.


REVISTA SEGURO É SEGURO

Seguradoras começam a ofertar

o produto de diversas formas

Algumas seguradoras já ofertam os

seguros de vigência reduzida e intermitente. A

Generali, em parceria com a insurtech Thinkseg,

é uma delas. A companhia, que anunciou recentemente

ao mercado que deixou de operar

com o seguro automóvel tradicional, agora tem

o seguro sob demanda como foco central. A

exemplo dela, outras começaram a trilhar este

caminho.

Somente neste início de mês de junho,

duas outras comunicaram ao mercado o início

da oferta dos produtos pay per use (pago por

uso). A Argo lançou o “Instant”, com proteção

por perda total por acidente. O produto permite

a contratação exclusivamente pelo uso e sob

demanda, diferentemente do que acontece nas

apólices tradicionais.

“Nosso foco são os veículos com valor de

mercado até 30 mil reais e que ainda não tem

seguro por conta do preço. Como o Instant é um

produto ‘pay per use’, seu custo é mais baixo se

comparado a um seguro auto tradicional”, diz

Newton Queiroz, CEO e presidente da companhia.

A contratação será feita por meio de

corretor de seguros, que vai cadastrar o

cliente em um aplicativo desenvolvido

para funcionar como uma

carteira digital, onde será possível

acessar os créditos, ativar

o período de cobertura, obter

dados da apólice e pontos

de contato.

“Antes de viajar, o

cliente vai acionar o seguro

através do app, indicando

seu ponto de partida e o destino.

O seguro cobrirá todo o trajeto, ou

seja, a estrada ou rodovia, além de parte

do perímetro urbano por 24 horas”, explica

Bruno Porte, diretor de Operações e TI da

empresa.

“O Instant é um modelo de seguro

inovador e disruptivo. Ele é o primeiro de vários

outros que vamos oferecer com esse mesmo

conceito. Queremos popularizar a cultura do seguro,

levando proteção para pessoas de todas as

classes sociais, já que elas pagarão apenas pelo

o que usar, tornando todo processo o mais justo

possível”, ressalta Queiroz.

A Sura é outra companhia que já oferta

o produto. Para viabilizar este modelo e disponibilizá-lo

para o mercado brasileiro, a empresa

firmou uma parceria com a Trov. “Encontramos

na Trov a expertise necessária e especializada

para oferecer uma experiência diferenciada para

o consumidor, com plataforma flexível, de fácil

navegação e integração que nos permite pensar

na escalabilidade do negócio”, afirma Thomas

Batt, CEO da seguradora.

Outro ponto identificado pela Sura, em

pesquisas e observação do mercado, é que alguns

consumidores de seguros têm a percepção

de que a contratação convencional faz com que

paguem por períodos que não necessitam.

O seguro sob demanda atende exatamente

a essa questão, pois permite a aquisição

de uma cobertura temporária,

contratada por um período

que o cliente precisar,

mais flexível para o

consumidor.

11


12

Luiz Carlos Checozzi é do escritório Checozzi & Advogados

Associados, especializado em seguros.

Mais informações em www.checozzi.adv.br | Tel 41 3024-0571


Associações, um alto risco

para o consumidor

REVISTA SEGURO É SEGURO

Verifica-se ainda o surgimento em profusão

de associações que marginalmente se

propõem a oferecer seguros, sob o engodo de

constituição de um fundo mútuo destinado à

prevenção e reparação de danos causados aos

interesses dos seus associados. Denominam seus

produtos, comumente, de “proteção veicular”.

Essas associações operam, em verdade,

com produtos típicos do contrato de seguro, sem,

no entanto, estarem respaldadas legalmente e

sem as devidas garantias que são exigidas pelos

órgãos fiscalizadores (notadamente Susep – Superintendência

de Seguros Privados), visando

proteger o consumidor.

O apelo comercial para a venda desses

enganosos seguros é o preço, que serve para

atrair os incautos consumidores, não raro, surpreendidos

quando necessitam da contraprestação

contratada (recebimento da indenização quando

ocorre o sinistro).

No Poder Judiciário já se acham inúmeras

ações ajuizadas por adquirentes desses produtos

contra associações, uma vez que não

lhes foi honrada a promessa de indenização

externada quando da contratação.

Ocorre que para operar com seguros

faz-se necessária toda uma capacitação

técnica e a garantia de solvência

de quem explora tal atividade. E o que se

observa é que essas associações não têm a

necessária estrutura empresarial, patrimonial

e econômica para honrar seus compromissos

quando exigidas pelos seus associados em face

da ocorrência de sinistros.

Por isto, mundialmente se exige para

quem queira operar a atividade que se constituam

como sociedades anônimas ou cooperativas,

devidamente autorizadas. E mais, que tais empresas

formem reservas e provisões técnicas, entre

outras exigências cautelares.

No Brasil, desde o Código Civil de 1916,

determina-se que somente pode ser parte, no

contrato de seguro, como segurador, entidade

para tal fim autorizada. E, definitivamente, associações

não são e não estão autorizadas a operar

com seguros!

Os contratos de seguros são formados

por quatro elementos básicos: o interesse segurável,

o prêmio, o risco e a indenização. Constituem-se

através de propostas, que são assinadas

pelos segurados ou por corretores habilitados,

emergindo a apólice emitida pela seguradora,

que é o instrumento de constituição do contrato

de seguro.

Por explorarem marginalmente a atividade

de seguro, as associações não observam os

ditames legais exigidos para tanto e tampouco

instrumentalizam seus negócios com observância

aos requisitos definidos em lei.

E não se pode conceber que mera liberdade

de associação seja bastante para legitimar

a exploração da atividade de seguros por essas

associações. Tanto assim, que o Superior Tribunal

de Justiça (Recurso Especial n° 1.616.539) reconheceu,

em relação a uma determinada associação,

que:

“Aliás, tanto se trata de atividade que não

encontra amparo na legislação atualmente vigente

que a própria recorrida fez acostar aos autos

diversos informes a título de projetos de lei que

estariam tramitando no Poder Legislativo (e-STJ, fls.

789/811), a fim de alterar o artigo 53 do Código

Civil/2002, para permitir a atividade questionada

nesta demanda.

Ora, trata-se de ponto consolidado na

legislação pátria, não haveria necessidade de

qualquer alteração legislativa, a demonstrar que

o produto veiculado e oferecido pela recorrida, por

se constituir em atividade securitária, não possui

amparo na liberdade associativa em geral e depende

da intervenção reguladora a ser exercida pela

recorrente. (...)”

Não a dúvida que a atividade de seguro,

mercê do ordenamento jurídico em vigor, há de

ser não apenas instrumentalizada em contrato

típico, mas também submetida ao controle governamental,

inclusive com a necessidade de prévia

autorização. As associações não obedecem

a esses requisitos e neles não se enquadram!

Por isto, prezado consumidor, reflita bem

quando necessitar contratar seguro para resguardo

e proteção dos seus bens, assegurando-se que

será devidamente indenizado em caso de danos

ocasionados aos seus bens, objetos do contrato

celebrado.

13


REVISTA SEGURO É SEGURO

Levantamento mostra que só

18% das mulheres estão envolvidas

em acidentes fatais

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Um levantamento feito pela Seguradora

Líder, que administra o Seguro Dpvat, mostra o

que o senso comum já sabia: as mulheres são

mais cautelosas no trânsito.

De acordo com dados da seguradora,

das indenizações pagas a motoristas em 2019,

16% foram para mulheres, comprovando que

elas realmente são mais cautelosas no trânsito.

O estudo “Mulheres no Trânsito” mostra

que, em 2019, das mais de 353 mil indenizações

pagas por acidentes de trânsito, apenas 25%

foram destinadas às vítimas do sexo feminino.

Se considerados apenas os pagamentos

por acidentes fatais, a diferença entre os sexos

é ainda maior: só 18% das vítimas eram mulheres,

sendo a faixa etária dos 45 a 64 anos a mais

atingida.

Para o superintendente de Operações

da Seguradora Líder, Arthur Froes, as mulheres

são mais prudentes. “Dados da Polícia

Rodoviária Federal apontam que a maioria dos

acidentes ocorridos no último ano foi causada

por falta de atenção, desobediência às normas

de trânsito e velocidade incompatível com a

permitida e nesse aspecto, as mulheres costumam

ser mais cautelosas quanto à legislação

de trânsito”, avalia.

Já em uma análise por tipo de vítima, 16%

das vítimas motoristas eram mulheres, enquanto

84% eram homens. A maior parcela das vítimas

do sexo feminino era de passageiras dos veículos,

representando 56% do total das indenizações

pagas.

Quando analisada a categoria do veículo

envolvido nos acidentes, 50% dos acidentes fatais

envolvendo mulheres foram em automóveis e

37% motocicletas. Das vítimas do sexo feminino

que ficaram com algum tipo de invalidez permanente,

76% se envolveram em acidentes com

motos e 19% com automóveis.

Por região, Norte tem mais indenizações pagas

Na avaliação estatística por região,

o Norte chama a atenção porque, embora

concentre apenas 6% da população feminina

do país, os percentuais de indenizações

pagas envolvendo mulheres foram de 9%

para morte e 13% para invalidez permanente,

ambos maiores do que a concentração

de mulheres na região.

Já a região Sudeste, que possui os

percentuais de indenização a mulheres mais

altos do Brasil - morte (36%) e invalidez

permanente (29%) - ficou abaixo da concentração

de mulheres na região que é de 43%.


REVISTA SEGURO É SEGURO

Cautela do sexo feminino

deixa o valor do seguro cerca

de 20% menor

O reflexo desse cautela é que o valor do

seguro de automóveis para mulheres é menor

que para homens. Alguns estudos chegam a

apontar que essa redução gira em torno de 20%,

podendo ter variações de alguns percentuais,

para cima ou para baixo, dependendo do estado.

Além de se envolver em menos acidentes,

os danos causados neles são menores do que os

causados em acidentes com motoristas do gênero

masculino. Tudo isso faz com que as seguradoras

avaliem que as mulheres apresentam menores

riscos.

De acordo com dados da Superintendência

de Seguros Privados (Susep), órgão que fiscaliza

o mercado de seguros no Brasil, o total de

acidentes com mulheres ao volante gera valores

menores de indenização do que os que acontecem

com os homens.

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Valor menor vale de Norte a Sul, para todas as idades e tipos de carros

O preço do seguro é menor em todos

os cenários pesquisados: em diferentes estados,

faixas de idade e categorias de automóveis

por preço.

No Distrito Federal, por exemplo, a

diferença no valor do seguro é de 20%, e

no Paraná, de 19%. A variação de preço é

menor, mas ainda assim relevante, no Pará

(16%), em São Paulo (14%) e na Bahia (10%).

Ao analisar as faixas por idade, o estudo

apontou que a maior diferença no valor

do seguro está entre os mais jovens.

Para as mulheres de até 25 anos, o

preço é, em média, 23% mais barato. Já na

faixa entre 26 e 30 anos, a variação de preço

é de 17%, e entre quem tem de 31 a 35 anos,

de 20%.

Na faixa de 36 a 40 anos, o seguro

para mulheres é 16% mais barato, e entre

41 e 50 anos, 12% mais baixo. Para mulheres

de 50 anos ou mais, a diferença é pequena,

de 3%.


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REVISTA SEGURO É SEGURO


REVISTA SEGURO É SEGURO

Motociclistas respondem por

quase 79% do total de indenizações

do Seguro Dpvat de janeiro a abril

De janeiro a abril, o Seguro Dpvat

pagou indenizações a 112.070 pessoas, que

se envolveram em acidentes de trânsito. Desse

total, 88.290 foram para motociclistas. Isso

equivale a 78,78%.

Desde o início das medidas de distanciamento

social, a demanda por serviços de

entrega tem crescido expressivamente por

todo o Brasil.

Em março, o volume de buscas no Google

relacionadas a esse serviço atingiu o maior

pico desde 2004, quando é iniciada a série

histórica do Google Trends.

Esse movimento acende um alerta para

um cuidado ainda maior da categoria dos

motociclistas com as regras de trânsito, com os

itens de segurança e com a higienização.

Dados do Relatório Anual 2019 da

Seguradora Líder mostram que, no ano passado,

foram pagas mais de 353 mil indenizações

do Seguro Dpvat, incluindo todos os tipos de

veículos no Brasil.

Apesar de representarem apenas 29%

da frota nacional, as motos foram responsáveis

por 77% dos pagamentos do seguro, totalizando

mais de 273 mil indenizações.

Mais de 80% das indenizações por morte

em acidentes com motocicletas foram para

vítimas do sexo masculino. Nos quatro primeiros

meses de 2020, a tendência se repete. Mais

de 88 mil indenizações já foram destinadas aos

acidentes com motocicletas neste ano.

17

Apesar de serem uma pequena parte da frota, as motos são as que mais se envolvem em acidentes de trânsito.


REVISTA SEGURO É SEGURO

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Confira os números relacionados

aos primeiros quatro meses do ano

Ranking das indenizações pagas pelo

Seguro DPVAT de janeiro a abril de 2020:

Ranking 1º quadrimestre

São Paulo 13.728

Minas Gerais 12.898

Ceará 7.815

Santa Catarina 6.587

Goiás 6.419

Pernambuco 6.262

Bahia 6.213

Paraná 6.129

Rio Grande do Sul 4.973

Maranhão 4.601

Rio de Janeiro 4.414

Pará 4.002

Mato Grosso 3.915

Piauí 3.218

Rondonia 2.801

Paraíba 2.767

Rio Grande do Norte 2.734

Mato Grosso do Sul 2.289

Espírito Santo 2.272

Tocantins 1.991

Amazonas 1.444

Sergipe 1.342

Alagoas 1.076

DF 819

Roraima 673

Acre 432

Amapá 256

Indenizações pagas no Brasil

pelo Seguro Dpvat de janeiro a

abril de 2020:

Cobertura

Quantidade

Morte 11.041

Invalidez 76.952

DAMS 24.077

Total Geral 112.070

Tipo de Vítima

Quantidade

Motorista 65.477

Passageiro 13.990

Pedestre 32.603

Total Geral 112.070

Tipo de veículo

Quantidade

Automóveis 17.587

Ônibus / Micro-Ônibus e

Vans

1.688

Ciclomotor 485

Motocicletas 88.290

Caminhões e Pick-Ups 4.020

Total Geral 112.070

Sexo

Soma de conta

Feminino 25,10%

Masculino 74,90%

Obs.: Como os segurados podem solicitar

o seguro por um prazo de três anos, esses

números se referem a acidentes ocorridos

este ano e em anos anteriores.


REVISTA SEGURO É SEGURO

Só três estados têm aumento no

número de veículos furtados ou

roubados durante a pandemia

O número de veículos furtados e

roubados, durante a pandemia, aumentou

em apenas três dos 25 estados (mais Distrito

Federal): Ceará (52,56%), Mato Grosso do Sul

(2,80%) e Rio Grande do Norte (19,80%). Os

demais registraram redução. Os números são

referente ao mês de abril, em meio à pandemia

do coronavírus.

No Paraná, onde o índice foi 16,29%

menor em relação a abril de 2019, o delegado

titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos

de Curitiba (DRFV), Eric Guedes, diz que os

índices já vinham em trajetória descendente antes

do coronavírus, e caíram ainda mais durante

o isolamento.

Na avaliação do presidente do Sindicato

das Seguradoras do Paraná e de Mato

Grosso do Sul (Sindseg – PR/MS), Altevir Dias

do Prado, em regra, os estados que apresentaram

maior queda foram os que fizeram

mais restrições à circulação de pessoas em

suas capitais. “O Paraná, em especial Curitiba,

por ter a pandemia relativamente controlada,

mantém uma circulação maior de pessoas e

veículos, situação que pode mudar”, disse o

presidente, sugerindo um dos motivos que

explicaria a redução menor em comparação

com outros estados.

19


REVISTA SEGURO É SEGURO

Não utilize o carro para namorar

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Tem muita gente que gosta de namorar

no carro. Estacioná-lo em uma rua deserta,

ou com pouco movimento, é um convite para

que pessoas mal-intencionadas planejem

assaltos. Não faça isso de dia e muito menos à

noite. Há lugares certos para tudo nessa vida!

Fuja das conversas envolventes

de estranhos

Quem não gosta de uma boa conversa com

amigos, aquele bate-papo gostoso e descontraído.

Mas desconfie sempre de estranhos de conversa envolvente

que tentem aproximação. Não aceite convites

de desconhecidos casuais que venha a encontrar

na rua, em bares ou casas de diversão noturnas.

Negócio da China pode ser

uma furada

Todos gostamos de boas oportunidades

na vida. Mas é preciso, sempre, ter

precaução. Não se deixe levar pela conversa

de estranhos que venham a abordá-lo para

propor “negócio da China”. São vigaristas,

com toda certeza! Chame a polícia.


REVISTA SEGURO É SEGURO

Não ande armado. É perigoso

Não ande armado. Quem carrega arma

de fogo, muitas vezes sem saber usá-la da forma

correta, pode ser induzido à prática de atos

temerários ante a ação de criminosos. Por isso,

evite a todo custo. Se precisar, peça ajuda ou

chame a polícia.

21

Mantenha o controle

Procure manter o controle, caso se envolva

em uma situação perigosa. Os assaltantes

valem-se do fator surpresa para atacar suas

vítimas. Não grite e nem discuta com eles - seu

nervosismo poderá aumentar a tensão sob a

qual agem e provocar uma atitude mais agressiva

contra você. Procure manter a calma!


REVISTA SEGURO É SEGURO

A vida de qualquer pessoa dá

um livro. E foi pensando nisso que

criamos este projeto, para que

você conte a sua história de vida e

ajude outras pessoas. Com certeza

você já teve medos, dores, perdas

e problemas de toda natureza. Mas

conseguiu vencer esses obstáculos.

Então, que tal contar suas experiências,

transformadas em um livro,

para que outras pessoas se inspirem

em você e também superem

os obstáculos da vida com os seus

ensinamentos? A obra também servirá

para você, que pode estar em

qualquer lugar do Brasil, contar as

coisas boas e como elas inspiraram

você a sempre ter fé na vida!

22


O corretor de seguros Jurandir Leite da Silva, da Corretora de Seguros

Jurandir Leite da Silva Vida e Previdência, da cidade de Cascavel, na região

Oeste do Paraná, participa desta edição de junho para explicar para você um

pouco mais sobre seguro para doenças graves.

Assista ao vídeo:

23


Confira

as duas últimas edições da

Seguro é Seguro.

Edição de Abril

Edição de Maio

24

E não se esqueça de nos seguir nas redes sociais.

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