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trazer consigo inúmeros problemas, mas, ao mesmo tempo, são as que nos
proporcionam os momentos mais marcantes e constituem nossas maiores
alegrias. Atividades como essas envolvem dor, cansaço, raiva e até desespero —
mas, depois de concluídas, olhamos para trás emocionados. É o que contaremos
aos nossos netos.
É como Freud disse: “Um dia, quando olhar para trás, os anos de luta lhe
parecerão os mais bonitos.”
Isso explica por que não devemos pautar nossa existência em valores escrotos
— prazer, sucesso material, estar sempre certo e otimismo implacável. Alguns
dos melhores momentos da vida não são prazerosos, não são grandiosos, não são
reconhecidos e não são positivos.
O importante é ter bons valores e bons parâmetros, e o prazer e o sucesso
virão como consequências naturais. Se tomados como valores em si, trazem
apenas euforias vazias.
Definindo valores bons e ruins
Bons valores são 1) realistas, 2) socialmente construtivos e 3) imediatos e
controláveis.
Valores ruins são 1) supersticiosos, 2) socialmente nocivos e 3) não imediatos
nem controláveis.
A honestidade é um bom valor porque está sob nosso total controle, é baseada
na realidade e beneficia outras pessoas (mesmo que às vezes seja desagradável).
Já a popularidade é um valor ruim — se considerá-la como valor, sendo seu
parâmetro de sucesso ser o cara/a garota mais popular da festa, grande parte do
que acontecer na sua vida estará fora do seu controle. Afinal, você não sabe quem
mais comparecerá à festa e provavelmente não vai conhecer metade dos
convidados. Além do mais, não é um valor/parâmetro que se baseie na realidade:
você pode se sentir popular ou não, mas na verdade não tem como saber o que os
outros acham de você. (Observação: em geral, as pessoas que morrem de medo
da opinião alheia têm medo é de que pensem o mesmo que elas pensam de si
mesmas.)