A-Sutil-Arte-de-Ligar-o-Foda-se-Mark-Manson
vezes a vida é uma droga mesmo, e a atitude mais saudável é admitir isso.Negar sentimentos negativos só os aprofunda e prolonga, levando aproblemas emocionais sérios. Positividade constante é uma forma de fuga,não uma solução válida para os problemas da vida — sobretudo porque essesproblemas podem revigorá-lo e motivá-lo se os valores e medidas corretosforem aplicados.É simples: coisas dão errado, pessoas cometem erros, acidentes acontecem.Tudo isso deixa a gente na merda. E tudo bem. Sentir-se mal é umcomponente imprescindível da saúde emocional. Negar sentimentos ruins éperpetuar problemas em vez de solucioná-los.Quando se trata de emoções negativas, o truque é: 1) expressá-las de umjeito socialmente aceitável e saudável e 2) expressá-las de uma forma queesteja alinhada aos seus valores. Exemplo simples: um dos meus valores é anão violência. Então, quando fico com raiva de alguém, posso expressar essesentimento, mas sempre tomando o cuidado de não dar um soco na cara dequem me irritou. É uma ideia radical, eu sei. Mas a raiva não é o problema. Araiva é natural. Faz parte da vida. A raiva é, sem dúvida, saudável em muitassituações. (Não esqueça que as emoções são apenas um mecanismo deresposta.)O problema seria socar as pessoas. A raiva é apenas o mensageiro do meupunho na sua cara. Não culpe o mensageiro. Culpe meu punho (ou sua cara).Quando nos forçamos a ser otimistas o tempo todo, negamos a existênciados problemas. E quando negamos nossos problemas, nos privamos dachance de resolvê-los e de criar felicidade. Os problemas geram uma sensaçãode propósito e dão substância à vida. Por isso, evitá-los é o mesmo que levaruma existência sem sentido (mesmo que supostamente agradável).A longo prazo, terminar uma maratona nos deixa mais felizes do que comerum bolo de chocolate. Criar um filho nos deixa mais felizes do que ganhar umapartida de videogame. Abrir uma pequena empresa com amigos e vencerdificuldades financeiras nos deixa mais felizes do que comprar um computadornovo. São atividades estressantes, árduas e muitas vezes desagradáveis, além de
trazer consigo inúmeros problemas, mas, ao mesmo tempo, são as que nosproporcionam os momentos mais marcantes e constituem nossas maioresalegrias. Atividades como essas envolvem dor, cansaço, raiva e até desespero —mas, depois de concluídas, olhamos para trás emocionados. É o que contaremosaos nossos netos.É como Freud disse: “Um dia, quando olhar para trás, os anos de luta lheparecerão os mais bonitos.”Isso explica por que não devemos pautar nossa existência em valores escrotos— prazer, sucesso material, estar sempre certo e otimismo implacável. Algunsdos melhores momentos da vida não são prazerosos, não são grandiosos, não sãoreconhecidos e não são positivos.O importante é ter bons valores e bons parâmetros, e o prazer e o sucessovirão como consequências naturais. Se tomados como valores em si, trazemapenas euforias vazias.Definindo valores bons e ruinsBons valores são 1) realistas, 2) socialmente construtivos e 3) imediatos econtroláveis.Valores ruins são 1) supersticiosos, 2) socialmente nocivos e 3) não imediatosnem controláveis.A honestidade é um bom valor porque está sob nosso total controle, é baseadana realidade e beneficia outras pessoas (mesmo que às vezes seja desagradável).Já a popularidade é um valor ruim — se considerá-la como valor, sendo seuparâmetro de sucesso ser o cara/a garota mais popular da festa, grande parte doque acontecer na sua vida estará fora do seu controle. Afinal, você não sabe quemmais comparecerá à festa e provavelmente não vai conhecer metade dosconvidados. Além do mais, não é um valor/parâmetro que se baseie na realidade:você pode se sentir popular ou não, mas na verdade não tem como saber o que osoutros acham de você. (Observação: em geral, as pessoas que morrem de medoda opinião alheia têm medo é de que pensem o mesmo que elas pensam de simesmas.)
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vezes a vida é uma droga mesmo, e a atitude mais saudável é admitir isso.
Negar sentimentos negativos só os aprofunda e prolonga, levando a
problemas emocionais sérios. Positividade constante é uma forma de fuga,
não uma solução válida para os problemas da vida — sobretudo porque esses
problemas podem revigorá-lo e motivá-lo se os valores e medidas corretos
forem aplicados.
É simples: coisas dão errado, pessoas cometem erros, acidentes acontecem.
Tudo isso deixa a gente na merda. E tudo bem. Sentir-se mal é um
componente imprescindível da saúde emocional. Negar sentimentos ruins é
perpetuar problemas em vez de solucioná-los.
Quando se trata de emoções negativas, o truque é: 1) expressá-las de um
jeito socialmente aceitável e saudável e 2) expressá-las de uma forma que
esteja alinhada aos seus valores. Exemplo simples: um dos meus valores é a
não violência. Então, quando fico com raiva de alguém, posso expressar esse
sentimento, mas sempre tomando o cuidado de não dar um soco na cara de
quem me irritou. É uma ideia radical, eu sei. Mas a raiva não é o problema. A
raiva é natural. Faz parte da vida. A raiva é, sem dúvida, saudável em muitas
situações. (Não esqueça que as emoções são apenas um mecanismo de
resposta.)
O problema seria socar as pessoas. A raiva é apenas o mensageiro do meu
punho na sua cara. Não culpe o mensageiro. Culpe meu punho (ou sua cara).
Quando nos forçamos a ser otimistas o tempo todo, negamos a existência
dos problemas. E quando negamos nossos problemas, nos privamos da
chance de resolvê-los e de criar felicidade. Os problemas geram uma sensação
de propósito e dão substância à vida. Por isso, evitá-los é o mesmo que levar
uma existência sem sentido (mesmo que supostamente agradável).
A longo prazo, terminar uma maratona nos deixa mais felizes do que comer
um bolo de chocolate. Criar um filho nos deixa mais felizes do que ganhar uma
partida de videogame. Abrir uma pequena empresa com amigos e vencer
dificuldades financeiras nos deixa mais felizes do que comprar um computador
novo. São atividades estressantes, árduas e muitas vezes desagradáveis, além de