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A-Sutil-Arte-de-Ligar-o-Foda-se-Mark-Manson

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O valor do sofrimento

Nos últimos meses de 1944, após quase uma década de guerra, a maré estava

virando contra o Japão. A economia do país passava por dificuldades, seus

exércitos se dispersavam por metade da Ásia e os territórios que havia

conquistado pelo Pacífico caíam como dominós para os Estados Unidos.

A derrota parecia inevitável.

Em 26 de dezembro de 1944, o segundo-tenente Hiroo Onoda, do Exército

Imperial Japonês, foi enviado à ilhota de Lubang, nas Filipinas. Suas ordens eram

desacelerar ao máximo o progresso dos Estados Unidos, resistir e lutar a todo

custo, jamais se render. Tanto ele quanto seu comandante sabiam que aquela era

basicamente uma missão suicida.

Em fevereiro de 1945, os norte-americanos chegaram a Lubang e

conquistaram a ilha com uma força arrebatadora. Em questão de dias, a maioria

dos soldados japoneses tinha se rendido ou morrido, mas Onoda e três de seus

homens conseguiram se esconder na floresta. Dali em diante, começaram uma

campanha de guerrilha contra as forças dos Estados Unidos e a população local,

atacando rotas de abastecimento, atirando em soldados desacompanhados e

atrapalhando as forças americanas de todas as formas que podiam.

Em agosto daquele ano, seis meses depois, os Estados Unidos lançaram as

bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki. O Japão se rendeu, e a

guerra mais mortífera da história da humanidade chegou a seu dramático fim.

Contudo, milhares de soldados japoneses continuavam espalhados pelas ilhas

do Pacífico, muitos deles, assim como Onoda, escondidos em florestas sem saber

que a guerra acabara. Esses grupos continuaram a lutar e saquear como antes, o

que configurou um grande problema na hora de reconstruir a Ásia Oriental

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