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A-Sutil-Arte-de-Ligar-o-Foda-se-Mark-Manson

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tempo para descobrir é que eu não gostava muito de escalar. Só gostava de me

imaginar no cume.

Segundo a narrativa cultural dominante, eu decepcionei a mim mesmo, sou

um desistente, um perdedor, não tenho talento, abri mão do meu sonho e talvez

tenha sucumbido à pressão social.

Mas a verdade é muito menos interessante que essas explicações. A verdade é

que eu achei que queria uma coisa, mas não queria. Fim de papo.

Eu queria a recompensa e não as dificuldades. Queria o resultado e não o

processo. Eu não era apaixonado pela luta, e sim pela vitória.

E a vida não funciona assim.

Você é definido pelas batalhas que está disposto a lutar. As pessoas que gostam

da batalha da academia são aquelas que participam de triatlos, têm barriga de

tanquinho e conseguem levantar um carro. As pessoas que gostam das longas

horas de trabalho e da política de ascensão na hierarquia corporativa são as que

chegam rapidamente ao topo. As pessoas que gostam das tensões e incertezas do

estilo de vida do artista faminto são, no final das contas, as que chegam aos

palcos.

Isso não tem nada a ver com força de vontade ou coragem. Não é a repetição

da ladainha “não há vitória sem dor”. É o componente mais simples e básico da

vida: as batalhas determinam as conquistas. Os problemas criam a felicidade,

junto com problemas um pouco menores e mais atualizados.

Veja bem: trata-se de uma interminável espiral ascendente. Se você acha que

em algum momento terá permissão para parar, infelizmente não entendeu nada.

Porque a alegria está na subida.

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