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A-Sutil-Arte-de-Ligar-o-Foda-se-Mark-Manson

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porque realmente se acham melhores que os outros; fazem porque acham que

precisam ser incríveis para serem aceitos em um mundo que só divulga o

extraordinário.

A nossa cultura atual confunde atenção com sucesso, presumindo que são a

mesma coisa. Mas não são.

Você já é incrível, perceba você ou não. Mesmo que os outros não percebam.

Não porque lançou um aplicativo para iPhone, terminou a faculdade um ano

antes ou comprou um barco sensacional. Essas coisas não definem a grandeza.

Você já é incrível porque mesmo diante da confusão infinita e da morte certa,

continua a escolher com o que se importa ou não. Esse simples fato, essa simples

maneira de escolher quais serão seus valores na vida, já faz de você um indivíduo

lindo, já o torna bem-sucedido, e já o torna amado. Mesmo que você não

perceba. Mesmo que esteja dormindo na sarjeta e morrendo de fome.

Você também vai morrer, mas só porque teve a sorte de viver. Pode não sentir

isso agora, mas experimente ficar na beira de um penhasco algum dia e talvez

consiga.

Bukowski escreveu: “Todos vamos morrer, todos nós. Que circo! Só isso

deveria nos fazer amar uns aos outros, mas não. Ficamos apavorados e somos

esmagados pelas trivialidades da vida; somos consumidos pelo nada.”

Relembro aquela noite no lago, quando vi o corpo do meu amigo Josh ser

tirado da água pelos paramédicos. Lembro que olhei para a noite preta do Texas e

vi meu ego se dissolver lentamente nela. A morte de Josh me ensinou muito mais

do que percebi a princípio. Sim, me ajudou a aproveitar o dia, a assumir a

responsabilidade pelas minhas escolhas e a buscar meus sonhos com menos

vergonha e inibição.

Mas essas foram consequências de uma lição mais profunda e fundamental.

Que foi a seguinte: não há nada a temer. Nunca. E pensar na minha própria

morte ao longo dos anos — seja através da meditação, lendo filosofia ou fazendo

uma loucura como ficar na beira de um penhasco na África do Sul — foi a única

coisa que me ajudou a manter essa lição em mente. Essa aceitação da finitude,

essa compreensão da minha própria fragilidade tornou tudo mais fácil.

Esclarecer a origem dos meus vícios, identificar e enfrentar minha arrogância,

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