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jogos e fugi do trabalho como quem foge do vírus Ebola.
Conforme as semanas se passavam e minha conta bancária mergulhava no
vermelho, foi ficando claro que eu precisava pensar em alguma estratégia para
me forçar a trabalhar as doze ou catorze horas por dia necessárias para fazer um
empreendimento decolar. O plano veio de um lugar inesperado.
Um professor de matemática que tive no ensino médio, sr. Packwood, dizia:
“Se você está empacado num problema, não fique parado pensando; comece.
Mesmo que não saiba o que está fazendo, o simples ato de entrar em ação e
tentar solucionar o problema vai acabar fazendo as ideias certas aparecerem na
sua cabeça.”
Nos primórdios daquela rotina de trabalho autônomo — quando o esforço era
diário, eu não tinha um caminho definido a seguir e estava apavorado com os
resultados (ou a ausência deles) —, o conselho do sr. Packwood começou a
acenar para mim lá do fundo da minha mente. Ressoava como um mantra.
Não fique aí parado. Faça alguma coisa. As respostas virão no caminho.
Ao aplicar o conselho do sr. Packwood, aprendi uma grande lição sobre
motivação. Levei uns oito anos para absorvê-la por completo, mas o que descobri
durante aquele longo e exaustivo período de lançamentos fracassados de
produtos, textos de aconselhamento risíveis, noites desconfortáveis nos mesmos
sofás de amigos, rombos na conta bancária e centenas de milhares de palavras
escritas (a maioria não lida), talvez esta tenha sido a coisa mais importante que
aprendi na vida:
A ação não é apenas consequência da motivação; é também a causa.
A maioria das pessoas só age quando se sente motivada em certo nível, e só
nos sentimos motivados quando temos inspiração emocional suficiente.
Presumimos que esses passos ocorrem numa espécie de reação em cadeia:
Inspiração emocional → Motivação → Ação desejada