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admitir nossa ignorância. É a que nos permite superar nossas inseguranças e
reconhecer quando estamos sendo impulsivos, injustos ou egoístas.
Por ser dolorosa, a opção B costuma ser preterida.
O irmão dessa minha amiga, ao protestar contra o noivado, entrou em uma
batalha imaginária consigo mesmo. É lógico que ele acreditava estar tentando
proteger a irmã, mas, como vimos, nossas crenças são arbitrárias, ou, pior ainda,
muitas vezes são definidas após determinada ação, para justificar valores e
parâmetros que escolhemos para nós. No caso que analisamos, a verdade é que o
sujeito prefere ferrar seu relacionamento com a irmã a considerar que pode estar
errado — embora a segunda opção possa ajudá-lo a superar as inseguranças que
o induziram ao erro.
Eu tento levar uma vida baseada em poucas regras, mas uma das que adotei ao
longo dos anos é: se for preciso escolher entre eu estar errado ou todas as outras
pessoas estarem erradas, é muito, mas muito mais provável que seja eu o errado.
Digo isso por experiência própria: incontáveis vezes agi de forma estúpida levado
pelas minhas inseguranças e certezas equivocadas. Não é algo bonito de se ver.
Isso não quer dizer que a maioria das pessoas não esteja errada, de certa
forma. E também não quer dizer que não existam momentos em que você estará
mais correto que a maioria.
A realidade é algo simples: se parece que é você contra o mundo, é provável
que seja só você contra si mesmo.