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Edição 05/20 contato: portalcdovendas@gmail.com
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Redação:
Diretor Geral:
Caio Augusto
Colaboradores:
Matuka Castro;
Caio Cassola;
Sebastião Cabral;
Kelli Garcia;
Krsna Fonseca;
Daniel Grecco;
Hugo Lapa;
Pablo Araújo;
Janine Oliveira;
Alex S. de Oliveira
Correção e textos:
Equipe Geral
Artes e Distribuição:
Caio Augusto
João Paulo
Capa:
Fontes de imagens da web e montagens feitas pela equipe
Facebook: Portal Caminhos de Ogum
Instagram: @PortalCaminhosdeOgum
NOTA:
Comunicamos que, o Jornal de Umbanda Sagrada
Portal Caminhos de Ogum é um espaço livre que
autores enviam seus textos e trabalhos e é
comunicado na mídia Umbandista, cada um tem
total responsabilidade por seu texto, então o jornal
em geral só se responsabiliza pela montagem e
divulgação!!! Boa leitura.
(Algumas imagens de fonte de internet)
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Pretos Velhos Na Umbanda
Falar de uma das linhas que representa a Umbanda sempre é bem
profundo pois temos trabalhos milhares catalogados, porem sempre
bom pesquisar na fonte o que representa essa linda linha, nesse
momento de Pandemia não á nada mais aconchegante que lembrar de
todo o carinho de nossos Pretos e Pretas Velhas, e trazer
entendimento dessa linha de tanto amor e paz para nosso intimo
enche nosso coração de alegria, acompanhem o texto:
Preto-velho, no ritual de Umbanda Sagrada, é um grau manifestador
de
um Mistério Divino. Nem todo Preto-Velho é preto ou velho. A
forma
como os Pretos-Velhos incorporam, curvados, expressa a qualidade
telúrica de Pai Obaluaiê. O peso que parecem carregar não é fruto do
cansaço, da idade avançada ou velhice, mas é a ação da qualidade
estabilizadora, terra, desse orixá.
Essas entidades manifestam-se sob a aparência de
negros escravos, trazendo-nos o exemplo de humildade
e simplicidade da alma. São espíritos elevadíssimos,
com vasto campo de atuação, encontrados nas Sete
Linhas de Umbanda, pois trabalham a Evolução nos sete
sentidos da vida dos seres.
Trazem sempre palavras de Fé, de esperança, de
consolo e de perseverança, com sua sabedoria,
paciência, paz e serenidade.
São espíritos de velhos africanos que foram trazidos
para o Brasil como escravos e que trabalham na
Umbanda como símbolos da fé e da humildade. Seus
trabalhos são de ajuda aqueles que estão em
dificuldade material ou emocional, sendo que, o seu
trabalho se desenvolve mais para o lado emocional e
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físico, das pessoas que os procuram, sendo chamados,
carinhosamente de psicólogos dos aflitos.
Sua paciência em escutar os problemas e aflições dos
consulentes, fazem deles as entidades
mais procuradas
na Umbanda, são chamados de Vovôs e
Vovós da
Umbanda.
Também usam ervas em seus trabalhos
de magia e
principalmente para rezar pessoas
doentes e crianças
que estão com mal olhado, suas rezas
são conhecidas
como poderosas, usam também de
patuás, saquinhos
que são depositados elementos de
magia e que os
consulentes usam no corpo para
proteção.
Da mesma forma que os
Caboclos, os Pretos Velhos usam
cachimbos para limpeza
espiritual, jogando sua fumaça
sobre a pessoa que está
recebendo o passe
Preto Velho vem… vem de
Aruanda… firma seu ponto com
arruda e guiné… Em seu terreiro
ele não pede o seu nome… em
seu Congá ele não perde a sua
Fé…
Saravá aos Pretos e Pretas Velhas … Salve Vovós e
Vovôs.
…Atrelado à comemoração da libertação dos escravos
no Brasil, no mês de Maio a maioria dos terreiros de
Umbanda saúda essa amada linha de trabalho que tanta
Luz derrama em nossas vidas.
Ao vê-los arqueados em suas manifestações, sempre
simples e humildes mas não por isso servientes, não
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vemos a grandiosidade de seu campo de atuação: que é
vastíssimo enquanto Manifestação Divina. Formada por
falanges inteiras de espíritos que de alguma forma
estão ligados à Evolução pelos Sentidos, trazem em sua
força de trabalho a palavra amiga, o consolo, a
tranqüilidade característica dos que trabalham pela
evolução da humanidade...
Chamada de Linha das Almas por muitos, não deixa de
ser verdade. Vemos muitos Vovôs e Vovós que
respondem por nomes simbólicos de suas falanges
ligadas ao Cruzeiro, por exemplo: Vovó Joana do
Cruzeiro… Cruzeiro é um mistério ligado ao Trono da
Evolução, Pai Obaluaiyê. Mas também ligado pelo
símbolo da cruz ao Trono
da Fé, Pai Oxalá… mas
isso não impede que
haja manifestação de
entidades ligadas a
outras irradiações. Há
ainda dentro da
Umbanda a resistência
de alguns médiuns quando são
intuídos pelos seus
guias, quanto a seus nomes
simbólicos de trabalho,
senão com certeza teríamos
muitos “Pai João da Terra”,
ou “Pai Joaquim das Águas e
porque não Vovó Catarina
do Fogo Divino…”.
…Identificam-se pela sua
origem africana como do
Congo, de Angola, de Guiné,
que dizem respeito a sua
linha de trabalho e campo de atuação. Marcada pela
presença do Negro na Umbanda, de forma nenhuma a
religião poderia deixar de homenagear suas origens afro
e também a raça que permitiu que muitos espíritos
semeadores da nova religião pudessem encarnar no
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Brasil sem chamar muita atenção.
…A primeira manifestação relatada da Linha dos Pretos
Velhos, é descrita na história de Pai Zélio de Moraes : no
dia em que houve a manifestação do Sr. Caboclo das 7
Encruzilhadas, na casa que em seguida seria batizada
de Nossa Sra. da Piedade, nesse mesmo dia houve a
manifestação de Pai Antônio. O espírito do ex-escravo
ali incorporado parecia sentir-se nada à vontade.
Curvado, alquebrado, evitou ficar na mesa.
…“-Nêgo num senta não, sinhô … Nêgo fica aqui
mermo… Isso é coisa de sinhô branco, i nêgo deve
arrespeitá. Nêgo fica aqui nu toco, qui é o lugá di nêgo”
…Estava firmada ali, a presença do Preto Velho na
Umbanda. E esse trejeito humilde, simples, honesto,
sem pedir nada em troca, sempre em nome do Pai
Criador, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, essa
naturalidade cativa dia a dia os filhos de Umbanda e
todos aqueles que procuram ajuda nos templos. E se em
suas manifestações trazem plasmadas as formas de
suas existências como escravos, saibam que essas
falanges acolhem muitos e muitos espíritos afins com
suas vibrações de Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei,
Sabedoria e Vida, que não necessariamente foram
escravos em suas existências anteriores.
…A naturalidade de um Preto Velho é indescritível.
É
algo que sentimos, e se de coração aberto estivermos
para absorve-la como benção, então durará muito em
nosso íntimo. Ao ver um Preto Velho em terra,
pitando
seu cachimbo, sentado em seu banquinho, não tenha
vergonha, ajoelhe-se e peça sua benção. Com certeza
ele está ali, em seu banquinho, baixinho perto do chão,
para que segurando em nossas mãos clamem ao criador
bênçãos de Paz, Saúde, Harmonia, Prosperidade e Fé,
muita Fé!
…Saravá Senhores e Senhoras das Correntes de Pretos
Velhos…
Axé…
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Salve as Almas …
Vossa Benção.
Fontes:
SARACENI, Rubens / VIEIRA Lurdes de Campos - Manual doutrinário, ritualístico e comportamental
umbandista, São
Paulo, Ed. Madras, 2006 pg. 208
SARACENI Rubens, Rituais umbandistas: oferendas, firmezas e assentamentos, São Paulo, Ed. Madras, 2007
pg. 74
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Ao contrário do que muitos pensam, os ciganos, apesar de viverem
em acampamentos que são verdadeiras cidades e de formarem
sociedades próprias, independentes do resto do mundo, não são
simples andarilhos. Eles possuem uma história de vida, bandeira,
idioma próprio (romanês) e carregam consigo uma gama de costumes
e tradições, que são descritos com riqueza de detalhes nesta obra.
A tarefa de falar a respeito desse povo (Rom) sem fronteiras requereu
grande responsabilidade do autor, que realizou diversas pesquisas,
originando este belo trabalho. Aqui, você conhecerá desde a origem
milenar dos ciganos até o modo de vida que eles levam hoje,
espalhados por todas as partes do mundo, e adaptando-se, muitas
vezes, a alguns costumes e religiões de cada região, bem como
alguns dos grandes momentos difíceis pelos quais passaram ao longo
de sua história.
Seja bem-vindo ao mundo encantado dos ciganos e saboreie a
história de vida alegre e festeira desse povo, que foi vítima de
preconceitos injustos e sem fundamentos.
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A SOLUÇÃO PARA TODOS OS PROBLEMAS
Quando o ser humano tem algum problema, ele corre para resolver
logo o problema, sempre para encontrar uma solução rápida e eficaz.
No entanto, muitas vezes a melhor saída não é encontrar um solução
para o problema. Ou seja, a melhor saída não é dar um fim ao
problema.
Quando não encontramos uma forma de se resolver o problema, a
melhor solução é deixar de ver o problema como um problema.
Sim… essa é uma forma simples de se resolver tudo. Isso significa
continuar vivendo em paz mesmo com o problema. Significa deixar
de dar importância ao problema, deixar de dar poder ao problema,
deixar de acreditar que o problema acabou com nossa vida, que o
problema destruiu nossos sonhos, que o problema mudou o rumo de
nosso destino.
Quanto mais nos opomos ao problema, mais forte ele fica. Quanto
mais atenção damos a ele, mais ele nos atinge. Quanto mais
reclamamos dele, maior ele nos parece. Isso implica em deixar de ver
o problema como algo negativo, mau, ruim, péssimo, destruidor,
maléfico, cruel, feroz, odioso. É simplesmente parar de ver o
problema como um problema… como algo que nos consome, que
nos destrói, que nos afeta, que nos abala, que nos tira do sério.
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Quando o problema tem um fim, ótimo… mas se não tem fim ou
solução, a melhor coisa a fazer é deixar de ver no problema, um
problema… É sofrer sem sofrer… É deixar acontecer sem dar poder
ao sofrimento. É aceitar que o problema está ali, que não há o que
fazer e simplesmente deixar a vida fluir mesmo com o problema. É
ser feliz mesmo passando pela problemática.
Muitas vezes nem adianta resolver o problema, pois quando
resolvemos um problema aqui, daqui a pouco aparece outro. E
quando resolvemos esse outro, logo pode aparecer outro, e assim
sucessivamente. A pessoa que deseja viver a vida sem problemas está
se iludindo profundamente, pois viver é o mesmo que conviver com
problemas, com adversidades, com bloqueios, com dificuldades. É
muito provável que você vá passar a vida inteira convivendo com
problemas, e se isso realmente ocorre, não é melhor conviver da
forma mais pacífica possível? Não é melhor deixar de ver um
problema como um problema e vê-lo como parte da vida e aprender a
ser feliz mesmo diante de tantos problemas?
Tentar a todo custo ficar resolvendo os problemas pode ser a posição
mais problemática que alguém possa tomar. Nenhuma felicidade vai
surgir de tentativas sistemáticas de resolução de problemas, mas sim
de se aprender a conviver com o problema, aprender a ver no
problema não mais um problema, não mais algo terrível, mas algo
natural, que faz parte da vida. Isso é semelhante a busca incessante
por segurança e estabilidade em nossa vida. Não é possível, pois a
vida humana é por natureza insegura e instável, nunca será
exatamente da forma como desejamos ou planejamos. Pode
transcorrer de acordo com nosso ideal por um tempo, mas em pouco
tempo tudo muda, tudo se desfaz, tudo vira de cabeça pra baixo, e
logo tentamos moldar as circunstâncias dentro dos nossos desejos, ao
invés de aceitar que a natureza da vida não pode jamais corresponder
aos nossos desejos e sonhos. Já mencionei isso em outras
oportunidades: aqueles que passam a vida sonhando que a vida
poderia ser diferente, poderia ser precisamente como desejamos,
perde sua vida, ao invés de ser feliz na realidade… e não no sonho
que criamos.
De que adianta ficar reclamando? Ficar xingando? Ficar triste pelo
problema… O problema está aqui, é fato, é real, não há como mudar.
É parte de nossa vida… então vamos irradiar amor ao problema,
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vamos aceita-lo, vamos deixar tudo fluir, para que o problema não se
torne um entrave ainda maior pela nossa oposição ou guerra contra
ele. Quanto mais guerreamos contra o problema, mais nos
destruímos. Nessa guerra, o único perdedor somos nós.
Deixe de ver um problema no problema… dessa forma, ele deixará
de ser um problema e não mais te afetará.
Que a todos aguarda. (Hugo Lapa) me siga no facebook!
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Positivo e Negativo
Saravá meus irmãos e irmãs! Aqui estou mais uma vez, para escrever
à vocês, e confesso que não é tão fácil quanto parece as vezes, pois por
mais que tenhamos assuntos para tratar religiosamente, a minha estima
em falar de comportamento humano sempre será maior do que tudo, e
com isso definimos (Caio Augusto e eu) em fazer uma série de
reflexões trazidas pelo Senhor Meia Noite. A intenção é receber as
orientações deste mestre e transformar em texto, refletindo sobre. É
um grande desafio, mas tenho certeza que no final será gratificante.
Tenham uma boa leitura.
O tema que resolvemos discorrer hoje é sobre positivo e negativo, mas
afinal o que é isso? Para que todos possam estar alinhados com o que
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falarei, preciso antes fazer uma conexão de pensamentos, bom vamos
lá!
Positivo: O que entendemos como positivo é tudo aquilo que está em
perfeita harmonia, em equilíbrio, o que não nos faz mal. Um ser
positivado está sempre com boas energias, está sempre bem amparado,
direcionado e acompanhado. Mas isso não o faz melhor que os outros.
Negativo: Como negativo entendemos tudo aquilo que precisa ser
harmonizado, equilibrado, pode nos causar um mal-estar. Um ser
negativado traz consigo energias densas, precisa de amparo, auxilio e
direcionamento. Mas isso não o faz ser menor que os outros.
Dito isso, o que entendemos disso? Que só existem pessoas Positivas
e Negativas? Positivo é melhor que Negativo? Não, não é isso que
queremos expor aqui. O que queremos é que todos entendam que
sempre haverá momentos que estaremos negativados e outros
positivados e que ambos momentos devemos nos entender,
compreender e trabalhar para o nosso melhor desenvolvimento e
conhecimento. Entendam que Positivo e Negativo são estados
emocionais e energéticos onde transitamos durante toda a nossa
experiência de vida e pós vida. Os guias da direita, que trabalham no
positivo estão para nos amparar e nos sustentar enquanto estamos
positivados em nossa vida, e os guias de esquerda nos amparam
quando estamos em desequilíbrio e negativados.
Para trazê-los para o que busco explicar, se estamos positivados no
amor, por exemplo, os nossos amados Pretos e Pretas Velhas estarão a
nos amparar e nos ensinar o que é o amor verdadeiro, o perdão, a
compaixão, entre outros, e com isso devemos aproveitar todo esse
momento e aprender tudo o que eles tiverem para ensinar. Agora se
estamos negativados no sentimento do amor, as nossas amadas
Pombas Giras vêm nos ensinar e ajudar a esgotar todo esse
negativismo, toda essa ausência do amor, e assim que elas nos
auxiliarem e curarem nossa alma elas nos encaminharam para os
braços dos vovôs e vovós. Entendem?
Não existe mal ou bom, quando falamos de polaridades, não é porque
algo é negativo que é ruim, ruim são as ações que nós tomamos quando
estamos em uma polaridade negativa, e por isso temos amparo das
Pombas Giras e Exus, pois eles irão trabalhar com tudo o que
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precisamos aprender e esgotar tudo de ruim que estivermos sentindo e
passando, para assim nos direcionar para o positivo. Ah, mas falando
assim, positivo é melhor que negativo. Não!
Não é, e sabe por que? Porque no negativo aprendemos a lidar com os
nossos sentimentos, com nossas sombras, com os nossos vícios. Estar
no negativo é estar direto com o seu “eu” escondido, aquele seu “eu”
que você esconde de todo mundo, que as vezes nem mesmo você quer
enfrentar.
Uma vez ouvi uma frase do Senhor Meia Noite, que me fez refletir
sobre esse texto que é: Filho, quando estou incorporado eu desperto o
melhor e pior de todos que estiverem por perto, e o que vocês fazem
com isso é problema de vocês.
Isso só me faz entender que nós somos tanto positivo quanto negativo,
e que precisamos nos resolver com tudo o que nos atrapalha, e que
devemos ajudar os nossos irmãos sem julgamentos, pois um dia
estamos positivo e no outro negativo, e que no final de tudo o que
importa é o que eu aprendi com tudo o que vivi.
Espero que este texto tenha contribuído para o seu entendimento de
positivo e negativo, e que todos lembrem que tudo sempre tem seu
motivo de ser e de existir.
Axé, Axé, Axé!
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A purificação pela dor.
O ser humano vive sua estadia no plano da matéria de forma
intensa, corrida, por vezes sem parar para avaliar a qualidade do
que se vive, de como se alimenta, de como se relaciona com
outras pessoas e com suas atividades como o trabalho, a
espiritualidade, a família e o lazer.
Devido essa correria infinita o que se vivencia de bom ou de ruim
acaba por passar batido. As experiências que nos trazem alegria,
contentamento, elucidação, felicidade, não passam de breves
momentos eufóricos que não se instalam em nosso ser, e são
esquecidos no decorrer dos dias atarefados. O nosso emocional
não guarda integralmente as memórias positivas, apenas alguns
fragmentos das sensações são acumulados como memórias
afetivas em nosso íntimo.
Já as experiências e sensações negativas que ocorrem como a
quebra de expectativas projetadas para algo ou alguém, os
momentos de fraqueza, as decepções amorosas e quebras de
confiança, as ilusões que mergulhamos, as tristezas e mágoas, são
passadas sem o devido tratamento ou esgotamento, e
forçosamente nos impulsionamos a continuar a trajetória da vida
sem dar a devida atenção as feridas formadas na alma por estes
sentimentos.
Ignoramos o nosso intimo e tentamos seguir em frente, mas o que
realmente acontece é que esses dissabores vão se acumulando,
não só como lembranças mas também como energias negativas,
coágulos energéticos densos que vão se alimentando de nossas
fontes vitais e absorvendo nossas energias puras, enfraquecendo
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nosso ser e nos tornando mais densos e suscetíveis a influencias
de espíritos de baixo escalão.
Esses dissabores acumulados em nosso emocional se instalam no
espirito na forma de coágulos e se enraízam em camadas
profundas do campo mental (subconsciente). Permanecem no
mental aparentemente escondidos enquanto esquecemos dos
acontecimentos ocorridos e damos continuidade ao curso natural
da vida. Enquanto que no espírito os coágulos densos começam
vagarosamente a comprometer nosso magnetismo e nossas
energias, dificultando nossa desenvoltura em ações espirituais e a
conexão com as forças astralinas.
A resultante disso são as sensações de cansaço interminável, o
desanimo, a falta de foco e de percepção do entorno, a
dificuldade de estabelecer uma meta ou objetivo, a depressão, o
estresse, a ansiedade, a falta de sentido para as coisas, entre
muitos outros.
Existem momentos em nossa vida, excessivamente conturbada e
atarefada, em que somos forçosamente paralisados, seja por uma
época do ano ou comumente por uma doença, freando o ritmo
intenso de atividades e distrações e nos colocando prostrados em
nossas casas.
Esses períodos de pausa forçada são quase sempre encarados de
forma ruim, onde o vitimado desdenha e reclama de seu estado
enfermiço. Mas existe uma função muito importante desses
acontecimentos, que culminará na cura emocional do ser, se bem
aproveitado o momento. Pois se não, tenderá e se repetir várias
vezes no decorrer da vida até que o ser esteja livre de suas chagas
emocionais.
Uma pessoa que esteja buscando seu crescimento pessoal e
consciencial se depara com dificuldades que não consegue
transpassar facilmente, dificuldades estas que estão ligadas
diretamente com seu campo emocional, das experiências
passadas que trouxeram dissabores e que foram acumuladas no
subconsciente. Ao chegar no momento em que nosso corpo e
nosso ser não consegue mais conviver com tais frustrações e
acúmulos energéticos negativos que sugam nossas forças e
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exaurem energia vital, a pessoa desenvolve algum tipo de
enfermidade, podendo variar o tipo de doença conforme a
gravidade do que se acumulou de negativo e da quantidade de
coágulos formados no corpo espiritual. Essa doença se manifesta
justamente como uma forma de expurgar esses coágulos e
acúmulos energéticos negativos do seu íntimo, como uma forma
de expurgar as dores do íntimo manifestando no corpo físico. É
um processo de materialização da enfermidade emocional na
matéria, que vem como uma oportunidade do ser poder se livrar
de suas dores e aflições acumuladas no mental e no emocional
que o estejam prejudicando, e que por ventura este os tenha
ignorado.
Este processo chamamos de purificação pela dor, que nada mais
é do que o processo de purificação do ser em seu campo mental,
seu emocional e no seu espiritual que estavam sobrecarregados
de negativismos e dissabores através de um dos mecanismos da
Lei Maior e da Justiça Divina que ativa um processo onde o ser
adoece, materializa a dor intima no corpo, que tem por
consequência acelerar o processo de cura e regeneração de seus
corpos afetados pelos negativismos acumulados.
O corpo humano é feito de matéria densa e resistente, que pode
se curar e se regenerar até certo ponto, mas que, por ser mais
denso do que o espirito, consegue suportar melhor uma demanda
física e alcançar a cura, livrando o espirito dos coágulos
energéticos magnéticos, pois se permanecesse no espirito
levaríamos muito mais tempo para a recuperação e tratamento
das dores causadoras dos negativismos íntimos.
Até que o espírito dilua todas as fontes geradoras dos coágulos,
perderíamos energias o suficiente a chegar no estágio em que nos
tornaríamos apáticos. Por isso, o processo de purificação pela
dor é um processo de cura, de libertação das mazelas que nós
mesmos produzimos.
Este processo está inserido na dimensão humana da Criação,
onde nós seres humanos temos a dádiva e a oportunidade de nos
curar e nos conscientizar sobre o que fazemos com nós mesmos.
Não encontramos esse mecanismo das Leis Divinas em outras
dimensões da vida ou em outros planos da Criação.
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Quando nos deparamos em um momento de enfermidade,
devemos parar de reclamar e refletir sobre nossa vida, nossa
conduta íntima e o que ainda existe de dor em nós, em nosso
íntimo, que esteja refletindo no corpo físico. Meditar sobre sua
vida deveria ser algo costumeiro, porém, no momento de
necessidade física o ser é acometido pela dor e mergulha na
tristeza que já estava instalada em seu interior, sem refletir do
porquê de tudo estar acontecendo dessa forma. Meditar e refletir
são chaves para a cura interior, parar e analisar a sua vida e sua
conduta para consigo e para com os outros traz a clareza e o
entendimento do que se deve mudar.
Entender as suas necessidades e principalmente as suas falhas
conduzirá o ser ao reequilíbrio, a relação consciente de suas
emoções e sentimentos, o despertar processo de aprimoramento
do ser em todos os sentidos.
Este processo de purificação pela dor é também uma
densificação do nosso corpo, que ocorre quando precisamos nos
livrar daquilo que
que inda incomoda,
que não precisamos
mais trazer em
nosso íntimo. O
corpo fica denso ao
ponto de adoecer
para assim poder
expurgar as fontes
geradoras de
coágulos negativos, e assim retornar ao crescimento evolucionista
e ascensionista do nosso espírito e de nossa consciência. O ser que
não entende este processo e deixa passar em branco o momento
de rever-se por completo, tenderá a passar repetidamente por
esse processo até que enxergue que não é necessário carregar as
dores, as tristezas, as mágoas, as decepções e dissabores do
passado em sua vida, livrando-se do que é inútil e imutável para
se afinizar as relações positivas, ao bom convívio, ao
aprimoramento dos sete sentidos e a elevação consciencial.
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Liguemo-nos as verdades do espírito, as progressões humanistas,
a busca de melhoria intima, a elevação da consciência, pois são
em si o caminho para a vida em nosso Divino Criador.
Paz e bem a todos.
Texto do sr. Caboclo Sete Estrelas
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Médium, Maga, Sacerdotisa de Umbanda, Dirigente Espiritual do TEU Ogum Beira Mar.
Reflexões de uma Sacerdotisa de Umbanda em
tempos atuais.
Muitas vezes me pego refletindo sobre a responsabilidade de um
Sacerdote dessa religião tão rica e abrangente que é a Umbanda,
em tempos atuais. E, todas as vezes que estou neste momento de
reflexão, percebo que, além das responsabilidades ( não me refiro
às responsabilidades administrativas, logística, materiais. A
expressão “responsabilidades”, no plural, vai muito além deste
plano físico), há hoje os grandes desafios.
Em um mundo onde os cidadãos são moldados pelas mídias,
escravizados pelo dinheiro e pelo relógio, fatores que fez surgir
inúmeras doenças como síndrome de pânico, depressão, estafa,
estresse, entre outras, lidar com os seres humanos em tempos
atuais se tornou uma tarefa árdua. Hoje, como já dissertei em
textos anteriores, ser um Sacerdote de Umbanda ou de qualquer
outra religião, requer uma visão globalizada de mundo, um
entendimento sobre os fatores existentes em nossa sociedade,
sobre comportamento humano (behaviorismo), equilíbrio
psíquico, etc.
Nós, Sacerdotes de Umbanda de tempos atuais, não podemos
fazer juízo de valor e mais: precisamos ter a consciência plena de
que lidamos com mentes humanas e que, cada indivíduo traz
uma história de vida, um conhecimento de mundo, fatores
psicológicos ligados à infância para serem analisados e, é óbvio,
as famosas questões cármicas, vícios de outras existências que
precisam ser decantados e por aí vai abrindo um leque imenso.
Senhora Dama da Noite é a Guardiã que me orienta nesta
encarnação a lidar com as questões da “mente” humana. Essa
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magnífica e sábia Pombagira sempre me diz que precisamos ter a
capacidade de empatia e analisar as pessoas e os fatos com
neutralidade, sem deixar que os nossos conhecimentos prévios, o
nosso hábito de fazer julgamento preconcebido, atrapalhe ou
influencie no tratamento de alguma pessoa enferma da alma.
Nós Sacerdotes de Umbanda em tempos atuais precisamos ter
essa visão, pois tratamos da “mente”, além dos fatores
espirituais, pois nada irá evoluir, curar, transmutar em um ser,
se sua mente estiver doente, com diagnóstico de raiva, ódio,
soberba, entre outros sentimentos contrários aos caminhos da
evolução, não forem tratados.
Senhora Dama, como assim a chamam as demais Entidades que
atuam na linha de frente do TEU Ogum Beira Mar, nos relata,
nas Giras Fechadas de nossa Casa, que, muitos espíritos que
desencarnam e vão para as dimensões do embaixo, onde
permanecem para que haja um esvaziamento de sentimentos
destrutivos que curtiram durante toda a sua encarnação na
Terra, desenvolvem um cérebro de tamanho diferenciado e um
coração que cresceu muito, devido tais sentimentos.
Assim como os desequilíbrios relacionados às questões sexuais
transformam os aparelhos genitais, os desequilíbrios mentais
transformam a aparência do cérebro e do coração. E essa
transformação não se inicia quando estão desencarnados, nas
camadas do Vazio. Elas dão início aqui na Terra, quando ainda
esses espíritos (seres humanos como nós), estão encarnados,
vivendo suas vidas, despreocupados com a vida após a morte,
com a vida espiritual e presos e conectados por sentimentos que
vão destruindo, matando-os aos poucos, adoecendo seus corpos
espirituais, perdendo uma vida, uma encarnação de
oportunidades de evolução, de crescimento.
Muitas doenças físicas que nós seres humanos encarnados
adquirimos na Terra, em nossa trajetória neste planeta onde
vários níveis consciências habitam (heterogeneidade), estão
relacionadas à tais sentimentos destrutivos.
É tempo de refletirmos! Estamos vivendo o século das catástrofes
silenciosas que definham os seres e estes, perdem uma vida
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inteira, ao invés de reparar erros, de ajustar falhas, de evoluir e
fazer evoluir o nosso planeta.
E nós, Sacerdotes de Umbanda que somos direcionadores,
orientadores, facilitadores e intermediadores entre o mundo
profano e o Sagrado, precisamos ter essa visão. Saber discernir o
que é físico do que é espiritual. E mais: saber que o que é físico
desequilibra os corpos espirituais e o que é espiritual,
desequilibra o corpo físico, mental, energético e contamina até
mesmo as pessoas ao redor com uma energia densa,
desestruturando o planeta e dando um trabalho imenso para os
Guardiões e Guardiãs.
Obviamente esses seres encarnados trazem em sua bagagem
espiritual marcas de outras existências, vícios que não
conseguiram se dissipar ou ainda, marcas do período ao qual
passaram por “Vazios”, enquanto estiveram no plano espiritual
antes de vir para uma nova existência na Terra.
Senhor Capa Preta é o Guardião Orientador do TEU Ogum
Beira Mar, além de executar outras atribuições às quais aqui
ainda não me são permitidas revelar. Esse Grande Pai, que
também me conduz pela vereda correta na Terra, atua na linha
de frente da Casa que dirijo no plano material e ambos, Senhor
Capa e Senhora Dama, são Guardiões de uma Dimensão que
abriga espíritos desencarnados e enfermos da mente.
Capa e Dama costumam me orientar, para que eu, enquanto
Orientadora Espiritual, tenha um olhar para as enfermidades da
alma, às quais são classificadas por Eles como ódio, raiva, cólera,
etc. Esses sentimentos desequilibram os seres e os conduzem às
doenças de desequilíbrio mental e, consequentemente, espiritual.
Dama da Noite sempre aborda este tema, enfatizando que, esses
irmãos em desequilíbrio na Terra, são iscas para os famosos
chefes das trevas, de dimensões trevosas.
Seres encarnados que possuem essa predisposição à
desequilíbrios emocionais e/ou psíquicos, são presas fáceis para
os “inimigos” espirituais.
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Portanto, a reflexão de hoje, enquanto Sacerdotisa, líder
religiosa, Orientadora Espiritual, vai além de usar colares
representando os Orixás, os Guias. Vai além de fazer as Giras e
as divulgá-las nas redes sociais...esse grande desafio que
enfrentamos em tempos atuais, na Contemporaneidade,
precisamos vencer, estar atentos às estas questões. É preciso
estudar para entender na íntegra e não apenas para
pendurarmos diplomas nas paredes dos nosso Terreiros, as
questões ligadas aos Planos, Realidades Paralelas, Dimensões. E
mais: a Psiquê. É na mente que tudo começa e se finda. Uma
frase que sempre é dita pelo Senhor Zé da Maré, Marinheiro que
é o Guia Chefe do TEU Ogum Beira Mar e responsável pelos
Cursos que são ministrados em nossa Casa e pelo
Desenvolvimento Mediúnico, sempre diz: o peixe morre pela
boca e apodrece pela cabeça.
Nos sentimentos sentidos pelo coração que muitas almas se
perdem, desvalorizando uma existência. Mente e
coração...coração e mente!
Vale ressaltar que nós Sacerdotes de Umbanda não somos Superheróis,
não somos a personificação do nosso Orixá de frente na
Terra. A evolução de cada um depende de cada um! Mas, nós
temos muitas outras responsabilidades sim, que muitas vezes nos
esquecemos:
Estudar sempre, pois o conhecimento é inacabado e quanto mais
estudamos, mais descobrimos que menos sabemos.
Contudo, precisamos ter uma noção básica, no mínimo, dos
fatores que estão ligados ao psicológico e dos fatores que estão
ligados às questões espirituais dos seres em desequilíbrios, tanto
encarnados quanto desencarnados, que recebemos e tratamos.
Desequilíbrios psicológicos retratam uma mente enferma, um
coração enfermo que, se não forem tratados em vida na Terra, se
tornaram ainda mais destrutivos no plano espiritual, pois há a
Lei das Afinidades, e atraímos o que vibramos e, se eu não me
preocupo com isso, não me preocupo com a evolução da Terra.
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Uma das minhas atribuições na Terra, enquanto espírito
encarnado é a de ordenar e disciplinar alguns seres. Isso pode
explicar muito bem o porquê em meus 16 anos como Professora
da Rede Pública de Ensino (sou Pedagoga, Psicopedagoga e
Historiadora), obtive experiências e vivências nas escolas da
periferia de São Paulo, lecionando também para adolescentes
liberdade assistida e hoje, morando na Baixada Santista, realizo
um trabalho de resgate de valores, formando opiniões e
transformando a realidade de muitas crianças e adolescentes.
E na minha atuação dentro da missão espiritual não tem sido
muito diferente. Julgo pertinente dizer isso, pois precisamos
analisar quem somos, o que fazemos, nossas habilidades e
competências, para compreendermos a nossa essência (e ela é
Divina). E todas essas questões citadas por mim, acima, são
importantes para refletirmos sobre o trabalho de reordenação
dos seres desordenados, enquanto Pais e Mães Espirituais.
Finalizo dizendo que, ainda que a evolução de cada um dependa
da vontade, da determinação, do querer de cada um, não
podemos ignorar, fazer vistas grossas ou ainda, não podemos nos
preocupar apenas com o “belo” da nossa religião, tais como
exposições, Festas, etc. Claro que tudo isso faz parte do processo
para que nossa religião ganhe ainda mais espaço na sociedade à
qual pertencemos. O propósito deve ser ainda maior: um olhar
delicado e diferenciado para com todos os irmãos, pois na
Umbanda não devemos excluir, nem tão pouco selecionar os
“melhores”. Na Umbanda, os melhores são os que se empenham
na luta diária para vencer o mal, as demandas criadas por suas
próprias mentes e sentimentos.
Eu saúdo as Forças de cada irmão que ler essa reflexão. Saravá!
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Como saber se estou me comportando direito em
frente a uma entidade?
Muitas vezes somos doutrinados a não perguntarmos nada para as
entidades por respeito, a não falarmos muito, a não pedirmos nada a
não ser agradecer. Com esses acúmulos de barreiras que são deixadas
em nossa frente fica muito difícil saber exatamente quem são esses
seres que sempre estão em nossos trabalhos, nos orientando,
educando e nos ouvindo. Neste momento, sem eu saber quem são
esses seres não saberei como me comportar, logo posso não me
conectar nos atendimentos, nos ensinamentos e não saberei quanto
este trabalho é sagrado. Vou fazer uma pergunta e mas pense bem
antes de responder: Imagine estar no terreiro, ao ser chamado percebe
que não será atendido por uma entidade, mas sim por Jesus Cristo,
como se comportaria? Não estou aqui para falar sobre cristianismo,
mas sim de Umbanda, porque entendo que o Caboclo está para
Umbanda como Jesus está para o cristianismo. O grande mestre
cristão é Jesus Cristo, porém, já se perguntou quem é o grande mestre
da Umbanda? Sendo o Brasil uma região até a data do descobrimento
era habitada por Índios, é fundamental saber que a primeira
manifestação de um espírito, que começaria um trabalho de
fundamentação de uma nova religião, foi um caboclo. A partir da
morte de Jesus o cristianismo começa, e a partir da chegada do Srº
Caboclo das 7 Encruzilhadas a Umbanda começa, logo, não consigo
perceber diferenças entre esses dois mestres da Luz. Quando se
iniciam os trabalhos de fundamentação da religião, sentiu-se a
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necessidade da manifestação de outros seres para que isso pudesse
acontecer, então apresenta-se aos trabalhos o Srº Pai António, um
preto velho. Com essa base estruturada o ritual começa a ser
fundamentado e a Umbanda começa a aparecer para o Brasil. É
necessário deixar claro que essa é a nossa doutrina e que devem
existir diversas formas de se entender esse início, porém estamos
baseados em fatos. Dessa forma começamos a entender como é
grandioso e respeitoso o trabalho dessas entidades dentro de nossos
terreiros, e que não podemos de forma alguma trata-los com desdém.
Saravá.
Reflexão de um Sacerdote
Sou dirigente espiritual na religião de Umbanda, hoje fico triste e
pensativo sobre o rumo que anda tomando a religião que escolhi para
servir a Deus.
Vejo pessoas querendo aprender com cursos e mais cursos, se
formando sacerdotes, sem vivência alguma na religião, com 1(um),
2(dois) ou 3(três) anos de religião abrindo casas de oração sem fazer
sua reforma íntima, para saber se estão preparados para receber as
pessoas com seus problemas espirituais e materiais, e com seus
infernos pessoais. Sem preparo algum acabam maltratando o seus
semelhantes por falta de paciência e até mesmo por não saber como
ajudá-los espiritualmente.
Fui consagrado, e apresentado como sacerdote Umbandista, pelo meu
Pai espiritual, mentor e mestre. Onde ele me ensinou que a Umbanda
é sustentada pelo mistério do amor, e que ela ensina o indivíduo a ser
uma pessoa melhor com ele mesmo e com seus semelhantes.
Aprendi com uma entidade de luz, Pai Joaquim de Aruanda, um preto
velho, que me ensinou que não é a religião que você irá evoluir seu
espírito, porque ela é apenas um meio, e sim o que você auxilia o seu
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semelhante, e Pai Joaquim de Aruanda me disse "filho quando você
desencarnar, ninguém do outro lado irá perguntar qual foi sua
religião na terra, e sim o que você fez em auxílio do seu semelhante."
Uma religião necessita de evangelização, que é o alimento espiritual
que um sacerdote tem que fazer pelos seus fiéis e adeptos da religião
que ele serve a Deus.
Assim é a religião de Umbanda, com seus princípios e fundamentos
religiosos, recebem o seus adeptos para auxiliá-los com conselhos e
atendimentos espirituais. Muitos sacerdotes dão a reza mas não diz o
santo, dão o santo mas não dizem a reza, criam uma dependência
espiritual e emocional nas pessoas.
Tenho fé na Lei Maior e na Justiça Divina, de que tudo está sendo
visto, e uma providência Divina será colocada à disposição da
humanidade para equilibrar as religiões.
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A força dos antepassados
Os seus antepassados não consistem em apenas pai, mãe, avós,
bisavós. Consiste em todos os seus ancestrais até a origem da própria
vida. Lá, quando a primeira célula, possivelmente um ser primitivo
das bactérias, se formou o que hoje chamamos de vida. Essa vida foi
passada a cada uma das gerações e foi repleta de histórias tristes e
felizes, de lutas e de conquistas, de fracassos e de vitórias. Mas, na
verdade, o que houve na história deles, hoje, pouco importa. O que
passou o tempo levou e o que importa é que tudo o que aconteceu
com eles, fez com que você nascesse e, por mais imperfeita que foi a
família, foi essa a família que você teve.
Não nos cabe julgar o porquê de um pai, uma mãe, um bisavô ter
agido de tal forma, nós não somos eles e eles não têm a mesma
consciência que nós temos e vise e versa. A aceitação de que o que
era mais importante para nós esses antepassados já fizeram, que foi
dar-nos a vida, traz liberdade para fazermos o que queremos com a
nossa vida. Sem repetir histórias, sem dever nada a ninguém que veio
antes. Mas toda força de luta que nossos antepassados enfrentaram
pode ser acessada ao aceitar a vida.
Nesse tempo tão difícil de corona vírus, lembre-se de todas as
dificuldades que seus antepassados passaram. Essa força, para
superar todos os desafios, está aí, dentro de ti, dentro da vida que
você carrega, dentro de cada ancestral que continua vivendo e
lutando através de ti! Se precisar chorar, chore, mas na hora de
levantar e lutar saiba que não está sozinho. Todos teus ancestrais
vivem em ti e lutam contigo! Puxe uma respiração, sinta todos eles
contigo e tome a vida como ela é!
Simples e complexa,
Dura e maleável,
Feliz e triste.
Viva!
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