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A ABORDAGEM DA REGRA DO OCTETO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE QUÍMICA APROVADOS NO PNLD 2018

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elementos que formam cada composto e como ocorre o compartilhamento de elétrons de

valência a fim de se adquirir estabilidade, mostrando como estes contrariam a regra. No caso

do fosfato de hidrogênio, por exemplo, o livro afirma que os átomos de oxigênio adquirem o

octeto, mas o fósforo não, pois ele fica com dez elétrons em sua camada de valência. Cabe

ressaltar que os autores ainda afirmam que todas essas moléculas são perfeitamente estáveis, o

que mostra que a regra do octeto é, de fato, apenas uma ferramenta útil em casos específicos.

Já em relação à contração do octeto, os autores afirmam que esta ocorre com

elementos do segundo e terceiro período da tabela periódica, trazendo como exemplo deste

último, a formação de compostos a partir da ligação química entre alumínio com algum

elemento químico classificado como halogênio. São utilizadas como exemplos as fórmulas

estruturais dos compostos dicloreto e tricloreto de alumínio, trifluoreto de boro e monóxido de

nitrogênio. Os autores aqui apresentam as configurações eletrônicas dos elementos que

formam cada composto e como ocorre o compartilhamento de elétrons de valência a fim de se

adquirir estabilidade, mostrando como estes contrariam a regra. No caso do dicloreto de

berílio, por exemplo, o livro afirma que os átomos de cloro completam o octeto, mas o berílio

não, pois este fica com quatro elétrons em sua camada de valência.

É importante ressaltar que, para saber quando uma molécula irá seguir a regra do

octeto, o livro B aborda o uso do cálculo de carga formal. Inicialmente, duas possíveis

estruturas de Lewis para a molécula de SO2 são utilizadas como exemplo, onde a estrutura

que não segue a regra do octeto é a estrutura correta de acordo com o livro. A fim de explicar

o porquê que isto ocorre, os autores utilizam a seguinte fórmula para calcular a carga formal

da molécula:

Carga formal = V (L + 1/2 S)

Onde:

V = número de elétrons do átomo livre;

L = número de elétrons presentes nos pares isolados (não ligantes) do átomo na estrutura;

S = número total de elétrons compartilhados pelo átomo na estrutura.

Ainda no livro B, é afirmado que se uma molécula possui mais de uma estrutura de

Lewis possível, a estrutura a ser considerada como de real existência será aquela que possuir a

menor carga formal para cada átomo de sua molécula. A Figura 3 apresenta o cálculo

realizado pelos autores, da carga formal para os átomos de oxigênio e enxofre para as duas

possíveis estruturas de Lewis para a molécula de SO2.

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