BALCONISTA S/A - Edição 25
Normalmente, esta revista conta histórias de balconistas experientes, com 20, 30 anos de profissão. Mas, para começar 2020, resolvemos mostrar a nova geração do balcão, encarnada em Vitor.
Nossa edição nº25 também vai destacar as lembranças agridoces de um Lada Laika placa preta, além de traçar a linha do tempo do Papamóvel. E muito mais.
Boa leitura!
Normalmente, esta revista conta histórias de balconistas experientes, com 20, 30 anos de profissão. Mas, para começar 2020, resolvemos mostrar a nova geração do balcão, encarnada em Vitor.
Nossa edição nº25 também vai destacar as lembranças agridoces de um Lada Laika placa preta, além de traçar a linha do tempo do Papamóvel. E muito mais.
Boa leitura!
HISTÓRIASNos dias atuais, a Lada não étão conhecida, principalmenteentre os mais jovens. Por ser umautomóvel incomum, geralmenteé confundido com outros veículos.“Uma vez eu estava passandopor uma rua devagar aí um rapazdisse: ‘bonito, é aquele Fiat lá né’,eu falei que não era, disse queera o Lada Laika, o jovem insistiu:‘não, é aquele Fiat lá’, ou seja euque sou o dono do carro e eleestava tentando me convencerque o meu carro era outro.”O veículo costuma despertaro interesse de pessoas maisvelhas e já recebeu diversaspropostas. “Não vendo”, é aresposta categórica de Ernane.Ao desfilar pelas ruas de SãoPaulo, o charmoso Laika despertao sentimento nostálgico de quemviveu o auge dos anos 90.Cada detalhe do carro é umalembrança, como se fosse umálbum fotográfico sobre rodas.O rasgo no banco, um pequenoralado no borrachão e uma fitacassete gravada pelo seu tio sãoalgumas memórias que o veículocarrega por ai.“Eu tenho muita lembrançado meu tio aí dentro, tem umbilhete de endereço, uma fitacassete que ele gravou. A fitaé horrível, mas está aí atéhoje, guardada no toca fitas,e funcionando! Eu não quis medesfazer de nenhum detalheque meu tio deixou. Tenhoaté um cartão de bateria daépoca que ele trocou, tenho agarantia.”O Laika, ou Yuri, é um placa pretaque não faz parte de nenhumacoleção, mas sim do coração. Umveículo repleto de lembrançasé o guardião de um artefatoda pré-história do mundodigital: a fita cassete. Apesarde não agradar o gosto musicalde Ernane, o pequeno itemarmazenava alguns minutos deum sertanejo modão que seutio gravou.2021
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HISTÓRIAS
Nos dias atuais, a Lada não é
tão conhecida, principalmente
entre os mais jovens. Por ser um
automóvel incomum, geralmente
é confundido com outros veículos.
“Uma vez eu estava passando
por uma rua devagar aí um rapaz
disse: ‘bonito, é aquele Fiat lá né’,
eu falei que não era, disse que
era o Lada Laika, o jovem insistiu:
‘não, é aquele Fiat lá’, ou seja eu
que sou o dono do carro e ele
estava tentando me convencer
que o meu carro era outro.”
O veículo costuma despertar
o interesse de pessoas mais
velhas e já recebeu diversas
propostas. “Não vendo”, é a
resposta categórica de Ernane.
Ao desfilar pelas ruas de São
Paulo, o charmoso Laika desperta
o sentimento nostálgico de quem
viveu o auge dos anos 90.
Cada detalhe do carro é uma
lembrança, como se fosse um
álbum fotográfico sobre rodas.
O rasgo no banco, um pequeno
ralado no borrachão e uma fita
cassete gravada pelo seu tio são
algumas memórias que o veículo
carrega por ai.
“Eu tenho muita lembrança
do meu tio aí dentro, tem um
bilhete de endereço, uma fita
cassete que ele gravou. A fita
é horrível, mas está aí até
hoje, guardada no toca fitas,
e funcionando! Eu não quis me
desfazer de nenhum detalhe
que meu tio deixou. Tenho
até um cartão de bateria da
época que ele trocou, tenho a
garantia.”
O Laika, ou Yuri, é um placa preta
que não faz parte de nenhuma
coleção, mas sim do coração. Um
veículo repleto de lembranças
é o guardião de um artefato
da pré-história do mundo
digital: a fita cassete. Apesar
de não agradar o gosto musical
de Ernane, o pequeno item
armazenava alguns minutos de
um sertanejo modão que seu
tio gravou.
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