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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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intrapessoal e as últimas, alta. E, no dia-a-dia, nenhuma

inteligência é mais importante do que a intrapessoal. Se não a

temos, faremos escolhas errôneas sobre quem desposar, que

emprego arranjar e assim por diante. Precisamos treinar as

crianças em inteligências intrapessoais na escola.

EXISTE VIDA INTELIGENTE NAS EMOÇÕES?

Para que tenhamos uma compreensão mais ampla sobre

exatamente como poderia ser esse exercício de raciocínio,

temos que recorrer a outros teóricos que seguem o pensamento

de Gardner — entre os quais se destaca um psicólogo de Yale,

Peter Salovey, que estabeleceu, em detalhes, as formas como

podemos levar inteligência às nossas emoções.12 Esse trabalho

não é novo; ao longo dos anos, mesmo os mais ardentes teóricos

do QI tentaram, às vezes, introduzir as emoções, no domínio da

inteligência, em vez de ver “emoção” e “inteligência” como uma

inerente contradição terminológica. Assim, E. L. Thorndike, um

destacado psicólogo que também foi influente na popularização

da idéia do QI nas décadas de 1920 e 30, sugeriu em artigo na

Harper’s Magazine que um dos aspectos da inteligência

emocional, a inteligência “social” — aquela capacidade de

entender os outros e “agir com sabedoria nas relações humanas”

—, era um aspecto do QI de uma pessoa. Outros psicólogos da

época adotaram uma visão mais cínica da inteligência social,

encarando-a em termos de capacidade de manipular outras

pessoas — levá-las a fazer o que queremos, em detrimento de

suas próprias vontades. Mas nenhuma dessas formulações de

inteligência social exerceu muita influência sobre os teóricos do

QI e, em 1960, um importante livro didático sobre testes de

inteligência considerou a inteligência social um conceito “inútil”.

Mas a inteligência pessoal não seria ignorada, sobretudo

porque faz ao mesmo tempo sentido intuitivo e comum. Por

exemplo, quando Robert Sternberg, outro psicólogo de Yale,

pediu a determinadas pessoas que descrevessem uma “pessoa

inteligente”, as aptidões práticas estavam entre os principais

aspectos que foram relacionados. Pesquisas mais sistemáticas

realizadas por Sternberg o fizeram retornar à conclusão de

Thorndike: que a inteligência social é, ao mesmo tempo,

diferente das aptidões acadêmicas e parte-chave do que faz as

pessoas se saírem bem nos aspectos práticos da vida. Entre as

inteligências práticas tão altamente valorizadas, por exemplo, no

espaço profissional, está aquela sensibilidade que permite aos

administradores eficientes captar mensagens tácitas.13

Nos últimos anos, um grupo cada vez maior de psicólogos

chegou a conclusões semelhantes, concordando com Gardner

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