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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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professores da quinta série, fez um curso especial de verão

sobre como ensiná-la, mas sua exuberância sugere que os

tópicos de competência social lhe vêm naturalmente.

A aula de hoje é sobre identificação de sentimentos; poder

dar nome aos sentimentos e, com isso, poder melhor distinguilos,

é uma aptidão emocional importante. O dever de casa tinha

sido recortar de uma revista a fotografia de uma pessoa, nomear

que emoção o rosto exibe e explicar como saber que a pessoa

tem esses sentimentos. Após recolher os trabalhos, Joyce lista os

sentimentos no quadro-negro — tristeza, preocupação,

excitação, felicidade e assim por diante — e lança-se numa

acelerada sabatina com os 18 alunos que conseguiram chegar à

escola nesse dia. Sentados em quatro conjuntos de carteiras, os

estudantes erguem as mãos excitados, esforçando-se para

chamar a atenção dela para darem a resposta.

Quando acrescenta frustrado à lista no quadro, Joyce

pergunta:

— Quantos algumas vezes se sentem frustrados?

Todas as mãos se erguem.

— Como vocês se sentem quando estão frustrados?

As respostas vêm em cascata: “Cansado.” “Confuso.” “A gente

não pensa direito.” “Ansioso.”

Quando ofendido é acrescentado à lista, Joyce diz:

— Esse eu conheço. Quando um professor se sente ofendido?

— Quando todo mundo está conversando — sugere uma

menina, sorrindo.

Sem perder um segundo, Joyce distribui uma folha de

trabalho mimeografada. Numa coluna estão rostos de meninos e

meninas, cada um exibindo uma das seis emoções básicas —

feliz, triste, irado, surpreso, com medo, enojado — e uma

descrição da atividade muscular facial por baixo de cada um,

por exemplo:

COM MEDO:

• A boca aberta e repuxada para trás.

• Os olhos abertos e os cantos internos erguidos.

• Sobrancelhas elevadas e franzidas.

• Rugas no meio da testa.3

Enquanto lêem a lista, expressões de medo, raiva, surpresa

ou nojo flutuam pelos rostos dos garotos da classe de Joyce, que

imitam as imagens e seguem as receitas faciais para cada

emoção. Essa lição vem direto da pesquisa de Paul Ekman sobre

expressão facial; como tal, é ensinada nos cursos universitários

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