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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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se pode oferecer às crianças para ajudá-las a tentar superar

dificuldades tão debilitantes.

Vejam o caso dos problemas emocionais, males que cerca

de um em cada dois americanos enfrenta durante a vida. Um

estudo de uma mostra representativa de 8.098 americanos

descobriu que 48% haviam sofrido pelo menos um problema

psiquiátrico.64 Os mais seriamente afetados eram os 14% de

pessoas que tinham três ou mais problemas psiquiátricos de

uma só vez. Esse grupo era o mais perturbado, respondendo

por 60% de todas as perturbações psiquiátricas que ocorrem em

qualquer dado momento e 90% das mais sérias e incapacitantes.

Embora precisem de tratamento intensivo agora, o método ideal

seria, sempre que possível, prevenir esses problemas. Claro,

nem todo problema mental pode ser prevenido — mas alguns,

talvez muitos, podem. Ronald Kessler, o sociólogo da

Universidade de Michigan que fez o estudo, me disse:

— Precisamos intervir cedo na vida. Veja a garota que sofre

de fobia social na sexta série e começa a beber no primeiro ano

do secundário para lidar com suas ansiedades sociais. Quando

perto dos 30 anos, momento em que aparece em nossa

pesquisa, ainda é medrosa, tornou-se viciada em álcool e drogas

e está deprimida porque sua vida já está complicada. A grande

questão é: que poderíamos ter feito antes na vida dela para

deter toda essa espiral descendente?

O mesmo se aplica, claro, à evasão escolar ou à violência,

ou à maior parte da litania de perigos hoje enfrentados pelos

jovens. Programas educacionais para prevenir um ou outro

problema específico como uso de drogas e violência

interferiram desenfreadamente na última década, mais ou

menos, criando uma indústria dentro do mercado da educação.

Mas muitos deles — incluindo muitos dos mais espertamente

divulgados e amplamente usados — mostraram-se eficazes.

Alguns, para pesar dos educadores, até mesmo pareceram

aumentar a probabilidade dos problemas que pretendiam evitar,

sobretudo o abuso de drogas e o sexo na adolescência.

Informação não Basta

Um caso instrutivo a esse respeito é o abuso sexual em

crianças. A partir de 1993, cerca de 200 mil casos comprovados

foram comunicados anualmente nos Estados Unidos, com um

crescimento de cerca de 10% ao ano. E, embora as estimativas

sejam muito variadas, a maioria dos especialistas concorda que

entre 20 e 30% de meninas e mais ou menos metade dessa

porcentagem de meninos é vítima de algum tipo de abuso

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