Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

10.04.2020 Views

saúde física quanto fumar desbragadamente e como o equilíbrioemocional preserva a nossa saúde e bem-estar.Nossa herança genética nos dota de uma série de referenciaisque determinam nosso temperamento. Mas os circuitos cerebraisenvolvidos são extraordinariamente maleáveis; temperamentonão é destino. Como mostra a Parte Quatro, as lições emocionaisque aprendemos na infância, seja em casa ou na escola,modelam os circuitos emocionais, tornando-nos mais aptos — ouinaptos — nos fundamentos da inteligência emocional. Issosignifica que a infância e a adolescência são ótimasoportunidades para determinar os hábitos emocionais básicosque irão governar nossas vidas.A Parte Cinco examina que riscos aguardam aqueles que, aochegarem à maturidade, não dominam o campo emocional —como as deficiências em inteligência emocional ampliam agama de riscos, desde a depressão ou uma vida de violência atéos distúrbios alimentares e o vício em drogas. E relata comoescolas pioneiras estão ensinando às crianças as aptidõesemocionais e sociais que elas necessitam para manter a vidaem equilíbrio.Talvez a informação mais perturbadora deste livro venha deuma maciça pesquisa com pais e professores, que revela umatendência mundial da atual geração infantil de ser mais sujeita aperturbações emocionais que a geração anterior: mais solitária edeprimida, mais revoltada e rebelde, mais nervosa e propensa apreocupar-se, mais impulsiva e agressiva.Se há um remédio, acho que ele consiste na preparação denossos jovens para a vida. Atualmente, deixamos a educaçãoemocional de nossos filhos ao acaso, com conseqüências cadavez mais desastrosas. Uma das soluções é uma abordagem daparte das escolas em termos da educação do aluno como umtodo, ou seja, juntando mente e coração na sala de aula. Nossaviagem termina com visitas a escolas inovadoras, que visam daràs crianças rudimentos da inteligência emocional. Já antevejo odia em que o sistema educacional incluirá como práticarotineira a instilação de aptidões humanas essenciais comoautoconsciência, autocontrole e empatia e das artes de ouvir,resolver conflitos e cooperar.Em Ética a Nicômaco, inquirição filosófica de Aristótelessobre virtude, caráter e uma vida justa, está implícito o desafio ànossa capacidade de equilibrar razão e emoção. Nossas paixões,quando bem exercidas, têm sabedoria; orientam nossopensamento, nossos valores, nossa sobrevivência. Mas podemfacilmente cair em erro, e o fazem com demasiada freqüência.

Como observa Aristóteles, o problema não está naemocionalidade, mas na adequação da emoção e suamanifestação. A questão é: como podemos levar inteligência àsnossas emoções, civilidade às nossas ruas e envolvimento ànossa vida comunitária?[1] Rajadas de tiros disparadas de um carro em movimento. (N. do T.)

saúde física quanto fumar desbragadamente e como o equilíbrio

emocional preserva a nossa saúde e bem-estar.

Nossa herança genética nos dota de uma série de referenciais

que determinam nosso temperamento. Mas os circuitos cerebrais

envolvidos são extraordinariamente maleáveis; temperamento

não é destino. Como mostra a Parte Quatro, as lições emocionais

que aprendemos na infância, seja em casa ou na escola,

modelam os circuitos emocionais, tornando-nos mais aptos — ou

inaptos — nos fundamentos da inteligência emocional. Isso

significa que a infância e a adolescência são ótimas

oportunidades para determinar os hábitos emocionais básicos

que irão governar nossas vidas.

A Parte Cinco examina que riscos aguardam aqueles que, ao

chegarem à maturidade, não dominam o campo emocional —

como as deficiências em inteligência emocional ampliam a

gama de riscos, desde a depressão ou uma vida de violência até

os distúrbios alimentares e o vício em drogas. E relata como

escolas pioneiras estão ensinando às crianças as aptidões

emocionais e sociais que elas necessitam para manter a vida

em equilíbrio.

Talvez a informação mais perturbadora deste livro venha de

uma maciça pesquisa com pais e professores, que revela uma

tendência mundial da atual geração infantil de ser mais sujeita a

perturbações emocionais que a geração anterior: mais solitária e

deprimida, mais revoltada e rebelde, mais nervosa e propensa a

preocupar-se, mais impulsiva e agressiva.

Se há um remédio, acho que ele consiste na preparação de

nossos jovens para a vida. Atualmente, deixamos a educação

emocional de nossos filhos ao acaso, com conseqüências cada

vez mais desastrosas. Uma das soluções é uma abordagem da

parte das escolas em termos da educação do aluno como um

todo, ou seja, juntando mente e coração na sala de aula. Nossa

viagem termina com visitas a escolas inovadoras, que visam dar

às crianças rudimentos da inteligência emocional. Já antevejo o

dia em que o sistema educacional incluirá como prática

rotineira a instilação de aptidões humanas essenciais como

autoconsciência, autocontrole e empatia e das artes de ouvir,

resolver conflitos e cooperar.

Em Ética a Nicômaco, inquirição filosófica de Aristóteles

sobre virtude, caráter e uma vida justa, está implícito o desafio à

nossa capacidade de equilibrar razão e emoção. Nossas paixões,

quando bem exercidas, têm sabedoria; orientam nosso

pensamento, nossos valores, nossa sobrevivência. Mas podem

facilmente cair em erro, e o fazem com demasiada freqüência.

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