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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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exigem são precisamente estas: autocontrole e piedade.

NOSSA VIAGEM

Neste livro, eu atuo como um guia numa viagem através de

percepções científicas acerca das emoções, uma viagem que

visa levar maior compreensão a alguns dos mais intrigantes

momentos de nossas vidas e do mundo que nos cerca. O fim da

jornada é entender o que significa — e como — levar

inteligência à emoção. Essa compreensão, por si só, pode

ajudar, em certa medida; levar a cognição para o campo do

sentimento tem um efeito meio parecido com o impacto

causado pelo observador no nível da física quântica, que altera o

que está sendo observado.

Nossa viagem começa na Parte Um, com as novas

descobertas sobre a arquitetura emocional do cérebro, as quais

explicam aqueles momentos mais desconcertantes de nossas

vidas, quando o sentimento esmaga toda racionalidade. A

compreensão da interação existente entre as estruturas do

cérebro que comandam nossos momentos de ira e medo — ou

paixão e alegria — revela muito sobre certos hábitos emocionais

adquiridos que solapam nossas melhores intenções, e também

sobre o que podemos fazer para dominar impulsos destruidores

ou que já trazem consigo a própria destruição. Mais importante

ainda, os dados fornecidos pela pesquisa em neurologia sugerem

a existência de uma boa oportunidade para moldar os hábitos

emocionais de nossos filhos.

A parada seguinte de nossa viagem, a Parte Dois deste livro,

mostra como os dados neurológicos atuam sobre o instinto

básico para viver chamado inteligência emocional: por

exemplo, poder controlar o impulso emocional; interpretar os

sentimentos mais íntimos de outrem; lidar tranqüilamente com

relacionamentos — como disse Aristóteles, a rara capacidade de

“zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa,

pelo motivo certo e da maneira certa”. (Os leitores que não

sentem atração por detalhes neurológicos talvez prefiram passar

diretamente para essa parte.)

Esse modelo ampliado do que significa ser “inteligente”

coloca as emoções no centro das aptidões para viver. A Parte

Três examina a importância dessa aptidão: como esses talentos

preservam nossos relacionamentos mais valiosos, ou como a

ausência deles os corrói; como as forças de mercado que estão

remodelando nossa vida profissional começam a valorizar a

inteligência emocional para um melhor desempenho no

trabalho; como as emoções nocivas são tão danosas para nossa

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