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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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tempo. Não aproveitam o momento para uma

aproximação maior com o filho ou para iniciá-lo na

competência emocional.

• “Laissez-faire.” Esses pais sabem o que o filho está

sentindo, mas partem do princípio que qualquer que seja a

forma com que a criança vá lidar com a tempestade

emocional está ótimo — por exemplo, até mesmo batendo

em alguém. Tal como aqueles pais que ignoram os

sentimentos da criança, estes pais raramente intervêm

para sugerir ao filho um sentimento diferente. Tentam

aliviar todas as perturbações e, por exemplo, serão

capazes de “comprar” a criança para que ela não fique

triste ou zangada.

• Ser muito rigoroso, não respeitar o que a criança sente.

Esses pais são em geral desaprovadores, severos nas

críticas e nos castigos. Podem, por exemplo, proibir

qualquer manifestação de raiva e castigá-las ao menor

sinal de irritabilidade. São os pais que berram irados com

a criança que tenta argumentar: “Não fale assim comigo!”

Finalmente, há pais que aproveitam um momento de

perturbação do filho para agir como uma espécie de treinador

ou mentor emocional. Levam os sentimentos do filho tão a sério

que fazem tudo para entender o que exatamente se passou

(“Você está triste porque Tommy o magoou?”) e para ajudá-lo a

encontrar uma forma de não se sentir tão mal (“Em vez de

bater nele, por que você não brinca com outra coisa até sentir

vontade de voltar a brincar com ele?”).

Para serem treinadores tão eficientes, os próprios pais devem

ter uma compreensão profunda acerca dos rudimentos da

inteligência emocional. Uma das coisas que uma criança deve

saber, e que faz parte de sua aprendizagem emocional, é, por

exemplo, distinguir sentimentos; se, por exemplo, um pai está

fora de sintonia com seu próprio sentimento de tristeza, ele não

será capaz de ajudar o filho a saber a diferença que há entre

lamentar uma perda, sentir-se triste num filme triste e sentir

tristeza porque alguma coisa ruim aconteceu com alguém que a

criança gosta. Além dessa distinção, há compreensões mais

sofisticadas acerca de emoções, como, por exemplo, saber que

a raiva vem do fato de nos sentirmos magoados.

À medida que crescem, as crianças vão adquirindo

maturidade para chegar a um outro nível de aprendizagem

emocional. Mudam as crianças e muda a forma como elas

lidam com as emoções. Como vimos no Capítulo 7, as lições de

empatia começam na infância, com pais em sintonia com os

sentimentos de seus bebês. Embora algumas aptidões emocionais

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