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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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condições em tudo mais, tornará um grupo especialmente

talentoso, produtivo e bem-sucedido, e fará outro — com

membros cujo talento e habilidade são iguais em outros aspectos

— se sair mal.

A idéia de que há uma inteligência de grupo vem de Robert

Sternberg, psicólogo de Yale, e de Wendy Williams, universitário,

que tentaram entender por que alguns grupos trabalham de

forma mais eficaz do que outros.18 Afinal, quando as pessoas se

reúnem para trabalhar em equipe, cada uma porta consigo

certos talentos — digamos, de fluência verbal, criatividade,

empatia ou conhecimento técnico. Embora um grupo não possa

ser mais “inteligente” que a soma total dessas forças específicas,

pode ser muito mais burro caso seus mecanismos internos não

permitam que as pessoas exibam seus talentos. Essa máxima

ficou evidenciada quando Sternberg e Williams recrutaram

pessoal para participar de grupos que receberam o desafio

criativo de produzir uma campanha publicitária eficiente para

um fictício adoçante que prometia ser um substituto do açúcar.

Uma das coisas que surpreenderam foi que as pessoas muito

ávidas para participar eram um peso para o grupo, reduzindo

o desempenho geral; os ansiosos pés-de-boi eram controladores

ou dominadores demais. Essas pessoas parecem não ter um

elemento básico de inteligência social, ou seja, a capacidade de

reconhecer o que é bom e o que não é no toma-lá-dá-cá. Outra

coisa negativa era o peso morto, o pessoal que não participava

do trabalho.

Um dos importantes fatores para a maximização da

excelência de um grupo era o quanto os participantes eram

capazes de criar um clima de harmonia interna, de forma que o

talento de cada um fosse aproveitado. O desempenho geral de

grupos harmoniosos era facilitado pela existência de um

membro particularmente talentoso; nos grupos onde havia mais

atrito era reduzida a capacidade de capitalizar o fato de terem

membros de alta qualificação. Em grupos onde há altos níveis de

estática social e emocional — seja por medo ou raiva,

rivalidades ou ressentimentos —, as pessoas não conseguem dar

o melhor de si. Mas a harmonia permite a um grupo aproveitar

ao máximo as capacidades mais criativas e talentosas de seus

membros.

Embora a moral dessa história fique bastante clara para,

digamos, as equipes de trabalho, tem uma implicação mais

geral para quem trabalha em uma organização. Muitas coisas

que as pessoas fazem no trabalho dependem de sua capacidade

de recorrer a uma dispersa rede de colegas; diferentes tarefas

podem implicar o recurso a diferentes membros da rede de

trabalho. Na verdade, isso cria a oportunidade de formação de

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