Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
COVID-19<br />
“O SETOR AUTOMÓVEL É FundamenTAL paRA A ECONOMIA PORTUGuesa.<br />
PELas RECEITAS FISCAIS, PELO EMPREGO. É, TAMBÉM, UM SETOR NO QuaL<br />
PREVALECEM AS PME E MICROEMPResas, MUITAS ORGANIZAÇÕES FAMILIARES.<br />
ESTAMOS A TRABALHAR NUM CONJUNTO DE medi<strong>das</strong> DE APOIO AO SETOR,<br />
INCLUINDO paRA A ATIVidade DO PÓS-Venda AUTOMÓVEL”, dpai/ACAP<br />
deste importante tecido empresarial.<br />
“O setor automóvel representa 19%<br />
do PIB, 25% <strong>das</strong> exportações de bens<br />
transacionáveis e emprega, diretamente,<br />
cerca de 200 mil pessoas. Por<br />
outro lado, em termos da União Europeia,<br />
Portugal é dos países em que as<br />
receitas fiscais gera<strong>das</strong> pelo setor automóvel<br />
maior peso têm no total <strong>das</strong> receitas<br />
fiscais do Estado, representando<br />
21% do total dessas receitas”, afirmam<br />
em comunicado.<br />
Vi<strong>das</strong> em suspenso<br />
Para as empresas do setor, a vida encontra-se<br />
em suspenso. Mesmo que<br />
continuem a laborar, com to<strong>das</strong> as<br />
regras de prevenção, a realidade mudou<br />
muito. “A Autozitânia cumpre,<br />
de forma rigorosa, to<strong>das</strong> as indicações<br />
da<strong>das</strong> pela Direção-Geral de<br />
Saúde. Continuamos a laborar sem<br />
constrangimentos de maior, apelando<br />
ao cumprimento de to<strong>das</strong> as regras<br />
de segurança. No atendimento<br />
ao público, temos algumas restrições<br />
a nível de balcões, essencialmente<br />
no contacto com clientes”, assegura<br />
o responsável de marketing, Jorge<br />
Varan<strong>das</strong>. Poderemos estar perante<br />
um forte problema de stocks? “Existe<br />
a possibilidade de o setor ser afetado<br />
relativamente a stock de peças. Tudo<br />
dependerá <strong>das</strong> medi<strong>das</strong> de restrição<br />
aplica<strong>das</strong> pelos países exportadores<br />
e pelo possível encerramento de<br />
unidades de fabrico”, diz. Segundo<br />
ainda Jorge Varan<strong>das</strong>, “a Autozitânia<br />
está em permanente contacto com as<br />
entidades oficiais e cumpre, escrupulosamente,<br />
to<strong>das</strong> as indicações de<br />
segurança pessoal e coletiva”, além<br />
de ter optado pelo “encerramento do<br />
balcão de atendimento ao público<br />
em alguns pontos de venda (devendo<br />
os clientes efetuar as suas encomen<strong>das</strong><br />
através de email, telefone<br />
ou plataformas digitais existentes”.<br />
Além disso, o levantamento de encomen<strong>das</strong><br />
“é efetuado sem contacto<br />
físico entre colaboradores e clientes<br />
PÓS-Venda EM espanHA<br />
SETOR À BEIRA DO DESESPERO<br />
Os efeitos do coronavírus em Espanha são avassaladores. À data do fecho deste artigo (26<br />
de março), o número de mortos ultrapassara já os 4.000, colocando o país no segundo<br />
lugar em termos de vítimas mortais provocados pela Covid-19 – mais grave só em Itália,<br />
com mais de 7.500. Como seria de esperar, o cenário do pós-venda é caótico. Segundo a<br />
newsletter Posventa, apenas 20% <strong>das</strong> oficinas de Madrid se encontra a funcionar. Informação<br />
avançada por este órgão de comunicação especializado aponta para que a falta<br />
de trabalho seja a causa de 100% dos fechos <strong>das</strong> oficinas; 6% por imposição da ordem<br />
pública; 91% por falta de peças e outros materiais; 4% por baixas médicas e necessidades<br />
de isolamento; 40% por receio de contágio.<br />
Paralelamente, segundo a mesma newsletter, a Fecatra (Federação Catalã de <strong>Oficinas</strong><br />
de Reparação de Automóveis) e a CIRA (Associação Catalã de Retalhistas) emitiram uma<br />
declaração conjunta a denunciar a existência de um “grande número de empresas na<br />
Catalunha, incluindo suas representa<strong>das</strong>, que não são beneficia<strong>das</strong> <strong>das</strong> medi<strong>das</strong> conti<strong>das</strong><br />
no Decreto-Lei 8/2020 para fazer face ao impacto económico criado pela Covid-19. “Como<br />
atividades excluí<strong>das</strong> da proibição de abertura prevista no decreto-lei, não estamos abrangidos<br />
pela situação de força para podermos beneficiar dos apoios anunciados”, afirmam<br />
as entidades. E acrescentam: “O facto de as nossas atividades não serem força<strong>das</strong> a fechar,<br />
não significa que não estejam em situação vulnerável. Basta constatar que, nas nossas<br />
instalações, os clientes não entram e/ou têm dificuldades no abastecimento, sem que se<br />
prevejam moratórias ou prerrogativas para as suas obrigações de pagamento”. Além disso,<br />
acrescentam, “a falta de aprovisionamento durante o estado de emergência compromete,<br />
seriamente, a receita necessária que permita fazer frente aos custos de modo a manter<br />
os nossos negócios a funcionar, custos que não estão a ser considerados nas medi<strong>das</strong> e<br />
apoios anunciados pelo Governo espanhol”.<br />
16 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com